Essa lendária banda dispensa comentários, não preciso apresentar e nem comentar nada sobre esses britânicos que nos trazem alegria com sua música. O tão aguardado novo álbum do Judas Priest, “Firepower“, chegou agora em 2018, há pouco mais de um mês. E depois desse tempo, o álbum ainda soa bom? Ainda tem aquela energia da primeira audição? Vamos de uma breve resenha pra tirarmos essas questões a limpo.
Na primeira audição, confesso que fiquei totalmente encantado com “Firepower“, aquele riff da faixa-título já tira um sorriso do ouvinte facilmente. Tudo começa muito bem, aquele refrão matador com a voz aguda de Halford dá uma nostalgia tremenda, lembrando a sensação de ouvir “Painkiller” pela primeira vez.
Sem tempo pra respirar, logo vem “Lightning Strike“, essa com outro riff lindo, mas com os vocais levemente mais graves. Me lembro rapidamente das faixas de álbum anterior, “Reddemer Of Souls” (2014), porém, com uma pegada muito mais enérgica, o que foi o grande defeito de “Reddemer“, a falta de uma energia mais forte.
“Evil Never Dies” chega com uma afinação um pouco mais baixa, mais pesada e não tão rápida. Seu refrão com certeza é o destaque, tanto liricamente quanto musicalmente, juntamente com um solo sensacional. Essa sem dúvidas eu espero ouvir nos shows.
Já que as três primeiras tiram o fôlego de qualquer um, pra dar aquela recuperada temos “Never the Heroes“, uma faixa mid-tempo que dá aquela acalmada, não chega e ser uma balada, está mais pra alguma faixa do “Turbo” (1986), mas sem dúvidas é um baita som. O Judas sempre manda bem em faixas desse tipo.
á que demos aquela respirada, “Necromancer” já chega com os pés no peito de novo, outra faixa pesada com refrão marcante. Os solos são outra coisa linda de se ouvir, e não me ache repetitivo, pois você ainda vai ler muito isso aqui. O pior é que já vi pessoas falando que essa música passa despercebida, vai entender…
Children Of The Sun” é outra cadenciada, um Heavy Metal muito bem tocado com uma cozinha muito pesada. Aqui, Halfordmostra seus vocais super dinâmicos, sem exageros, apoiado em um instrumental muito competente.
“Guardians“, a pequena instrumental tocada no piano, é a transição para outra faixa espetacular do álbum, “Rising from Ruins“, uma das mais melódicas do álbum, gruda na cabeça facilmente, suas passagens são dignas de aplausos. Grande balada que merece aquela ouvida mais atenciosa.
Um pouco de Hard Rock cai bem também, e é o que temos em “Flame Thrower“, cheia de Groove e riffs muito bem construídos. “Spectre” é a volta do Heavy Metal, mesmo que com uma cadencia evidente, tem alguns agudos muito bons do Metal God.
Traitors Gate” mostra o Judas com muita energia novamente, com riffs oitentistas e um refrão sombrio. Assim como “No Surrender“, que é mais um Hard N’ Heavy que merece muita atenção na audição. Particularmente gostei muito do refrão da mesma.
“Lone Wolf” tem uma pegada de Doom Metal muito influenciada pelo Black Sabbath. Essa sem dúvidas é uma das melhores do LP, e se tornou uma de minhas favoritas da banda, em geral.
Pra fechar, temos a linda balada “Sea of Red“, um violão companha a interpretação fantástica do Metal God até a metade da faixa, quando se torna mais intensa, mas não deixando de ser melódica e até melancólica. Faixa épica que fecha de forma brilhante.
“Firepower” é sem dúvida um dos melhores trabalhos do Judas Priest, a produção de Tom Allom e a mixagem cristalina de Andy Sneap, que com certeza tem muito crédito por toda a qualidade do álbum, deixa tudo muito agradável de ouvir, sem exageros em questão de volume e artificialização. É um dos melhores produtores do mundo, senão o melhor do gênero. Vide o que o mesmo fez com o Accept, acho até que Andy deveria ser apresentado à uma tal Donzela que tá precisando de uma renovada, mas isso é assunto pra outra hora.
E sim, o álbum ainda soa espetacular, ainda tem uma energia ótima que faz querer repetir a cada hora. Ouça essa pedrada do Judas sem dó nem piedade, pois estamos vivenciando um momento único na história, uma provação de uma banda que não precisa provar mais nada pra ninguém. Só nos resta admirar e aplaudir.
Formação:
Rob Halford (vocais);
Glenn Tipton (guitarra);
Richie Faulkner (guitarra);
Ian Hill (baixo);
Scott Travis (bateria).
Faixas:
01. Firepower
02. Lightning Strike
03. Evil Never Dies
04. Never the Heroes
05. Necromancer
06. Children of the Sun
07. Guardians
08. Rising from Ruins
09. Flame Thrower
10. Spectre
11. Traitors Gate
12. No Surrender
13. Lone Wolf
14. Sea of Red
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