Jeffrey Phillip Wiedlandt, conhecido como Zakk Wylde, é um dos maiores guitarristas no mundo do Rock e isso é inegável. Um grande fã de trabalhar com diversos projetos diferentes como Pround & Glory, Black Label Society, Zakk Sabbath, Ozzy Osbourne e até mesmo sua carreira solo, Wylde é apaixonado pelo o que faz e é nítido quando ele fala sobre música.
Às vésperas de sua vinda ao Brasil com Ozzy em sua última turnê de despedida, o guitarrista conversou com o Wikimetal e revelou algumas ideias suas sobre a aposentadoria de seu amigo e mestre além de detalhes no seu processo de criação de um álbum e suas maiores inspirações.
2018 é um grande ano para o músico. Além de ter completado 51 anos em Janeiro, ele também tem outros aniversários chegando como as três décadas acompanhando Ozzy e suas loucuras e duas décadas desde a formação de sua banda Black Label Society. “Eu não acredito que já faz tanto tempo”, ele conta, “É muito louco isso! Eu não sinto que tenho 51 anos, eu não me sinto diferente do que era quando tinha 28 anos.”
Talvez Zakk tenha aprendido alguns truques com o Príncipe das Trevas para se sentir tão jovem, pois apesar de ter anunciado que irá se aposentar dos grandes palcos mundiais, o vocalista está em ótima forma conquistando inúmeros amantes da música pelo mundo. “Eu não sei se o Ozzy vai se aposentar totalmente. Se ele quiser fazer alguns shows por aí depois dessa turnê, eu vou com ele. Mas eu acho que ele quer parar de fazer apenas turnês longas.”
Juntos há 20 anos, a dupla é uma das mais famosas e importantes do Rock. Sua força e talento já renderam cinco discos de estúdio e três álbuns ao vivo em períodos onde ele se dedicava apenas ao cantor, isto é, entre os anos de 1987 e 1995, o ano de 1998, entre 2001 e 2004 e depois entre 2006 e 2009. Agora, eles finalmente estão de volta e Zakk não podia estar mais feliz: “Eu estou aqui para qualquer coisa que ele quiser fazer”.
Quando não está com Ozzy, o foco do guitarrista é o Black Label Society que em Janeiro deste ano lançou o sucessor de Catacombs of the Black Vatican (2014), o disco Grimmest Hits: “As pessoas olham e acham que é um disco com os melhores hits da banda mas não tenho hits então como podemos fazer uma coletânea deles? É “grimmest” [os piores, os mais tenebrosos].”
Sobre o processo criativo do álbum, Zakk revelou que foi um tanto agitado: “Nós estavámos em turnê com Zakk Sabbath e eu lembro que tínhamos 20 dias para escrever um álbum e então foi o que eu fiz. Todos os dias, todas as manhãs eu levantava e começava a escrever riffs. No jeito que eu vejo, se você consegue fazer algo hoje, ótimo, se não, tudo bem, amanhã é um novo dia. Você continua escrevendo até conseguir algo que você gosta.”
Dedicação e perseverança com certeza fazem parte da rotina do guitarrista. Agradecido por tudo o que conquistou durante sua carreira, ele faz questão de provar que leva muito a sério seu trabalho: “Você precisa trabalhar e lutar por aquilo que você quer. Não importa o que seja, com o que você trabalha, você precisa se esforçar e fazer dar certo. Eu faço o que eu amo então para mim, foi fácil. Ninguém nunca me disse que precisava treinar porque eu já fazia isso por amor. É preciso ser persistente porque sempre é possível ser melhor, sempre. Você precisa ter essa mentalidade.”
Com tantos projetos em mãos, é de se imaginar que de vez em quando algumas dificuldades te desanimarão, mas não Zakk, ele não se deixa abalar pelo malabarismo entre os diferentes sons que produz: “As músicas do Black Label Society são guiadas pelos riffs e são coisas mais pesadas, já o que eu fiz com Book Of Shadows, por exemplo, é mais melódico.”
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