sexta-feira, 11 de novembro de 2016

RIGOR MORTIS (Entrevista)







1) Em que ano foi formada a banda e como foi a trajetoria ate os dias de hoje?
Alexandre: A banda foi idealizada em 90 e entrou em atividade por volta de 91.A ideia era somente juntar um pessoal e gravar umas músicas (covers) para ter como portfólio musical para cada músico e a forma mais rápida de se conseguir isso era gravando uns covers. Não tínhamos interesse em formar uma banda em si porque cada um dos músicos tinha seu projeto pessoal. O meu era de começar uma carreira de sideman em bandas de Metal. Mas começaram a surgir shows para agente abrir e cada vez que tocávamos a resposta era muito boa e éramos cada vez mais chamados para tocar e a coisa foi tomando corpo. Como eu tinha algumas músicas eu comecei a incluir nas apresentações e depois de um tempo só tocávamos músicas autorais.

Depois de alguns anos, por volta de 1994 chegamos a gravar 3 demos por conta própria mas com o objetivo de ter um material físico para apresentar para os selos. ( esse era o objetivo na época em se gravar demos) e conseguir lançar um full. Mas na época não existiu interesse por nenhuma gravadora/selo no nosso material e a banda acabou parando por volta de 98/99 e cada um seguiu com seus projetos pessoais. Paralelamente eu sempre segui estudando guitarra e compondo e acabei ao longo dos anos fazendo singles até que por volta de 2007 eu me vi com bastante música e acabei tentando um retorno da banda. Depois de 2 anos de tentativa frustrada eu decidi parar e resolvi que se a banda voltasse seria com as pessoas certas.

Um dia por volta de 2013 eu e o Leafar (Vocal) resolvemos pegar essa empreitada e colocar a Rigor Mortis de volta e começamos a ir atrás dos caras que vestiriam a camisa mas desta vez sem pressa, se desse certo seria com as pessoas certas da forma certa. Um ano depois agente estava com a banda formada novamente.

2) Quais as influencias do Rigor Mortis BR?
Alexandre: Cada um tem sua influência e isso acaba se refletindo na musicalidade de cada um. Uma coisa que em absoluto nós não fazemos é cometer o erro de querer soar como banda tal ou tal. Até quando eu estou trabalhando em alguma musica nova eu paro de ouvir totalmente qualquer coisa para não me influenciar.
Posso lhe dizer que o que eu ouço/ouvi muito é ...

Necrophagist, Spawn Of Possession, Deeds of Flesh, Suffocation, Severe Torture, Beneath the Massacre, Beyond the creation, Immolation, Origin, The Faceless, Rings of Saturn e por ai vai.

Christian: As minhas influencias são bandas de Death Metal. Particularmente eu diria que Dying Fetus, Cryptopsy e Cannibal Corpse.

Ricardo: Cannibal Corpse, Dyng Fetus, entre outras.



3) A banda antes se chamava apenas Rigor Mortis. A inclusão do "BR" no nome e logo, se deve a outra banda, americana, como o mesmo nome? O grupo chegou a ter algum problema com a Rigor Mortis americana?
Christian: A banda no seu início na realidade se chamava In Rigor Mortis. Depois acabou ficando Rigor Mortis e por fim Rigor Mortis BR, pois a Rigor Mortis dos EUA estavam ameaçando processar e ir para justiça. Então para evitar qualquer problema resolvemos então fazer a mudança.

Alexandre: Isso mesmo, aconteceu que há 3 anos eu havia composto a música “Medieval Impalement” e resolvi fazer um single. Esse single, eu lancei e o mesmo acabou chamando a atenção de um selo/gravadora gringa. Esse selo entrou em contato comigo me fez a proposta de lançar um “full” por eles. O fato é que no mesmo selo havia uma banda com o mesmo nome lançando seu material novo e ela não gostou nada disso e acabou entrando em contato com a banda solicitando a modificação do nome e ate sugerindo o nome atual ao qual foi feito.

4) O Rigor Mortis BR lançou esse ano o "The One Who...", execelente album. Como foi a gravação e composição do full?

Christian: As composições foram feitas pelo Alexandre atraves de riffs antigos que estavam na gaveta, idéias novas que surgiram, e muita dedicação. As letras foram compostas pelo Rafael explorando os limites ou a falta de limites com base na mente humana. Ja a gravação foi feita de forma egoísta como fala o Alexadre, pois queriamos mostrar nossa identidade e ao mesmo tempo ter um trabalho bem feito. Toda parte de gravação mixagem e masterizaçao foi feita pelo próprio Alexandre na Dark Medieval Produções, a qual ele se dedica muito tambem. Durante as gravações ocorreram alguns problemas que acabaram atrasando um pouco, como eu (Christian) ter quebrado o braço entre outras coisas. Mas o trabalho saiu como queríamos e ficou ótimo.

Alexandre: Na verdade a gravação do álbum ocorreu de forma muito tranquila porque as músicas já estavam prontas faz muito tempo. A dificuldade foi escolher quais musicas iriam entrar no álbum quais ficariam de fora de forma que não ficasse uma coisa chata abarrotada de musica e com uma coerência entre elas e a concepção do álbum.

Algumas tiveram seu arranjo modificado para que tudo tivesse coerência, para que as músicas conversassem entre si e tivessem a mesma direção. Não queria um álbum com músicas que parecessem contar uma história diferente cada uma.

A gravação foi feita de forma experimental. Eu trabalho com isso e tinha algumas ideias que eu não conseguia colocar em prática com outras bandas por diversos motivos e queria muito experimentá-las.

Fizemos tudo de forma bem calma e com o cuidado de deixar o resultado final exatamente como queríamos.

Apesar da calma o álbum foi gravado fora de nossa zona de conforto e isso foi muito bom para todos.



5) Como está sendo a aceitação do album na midia especializada?

Alexandre: Confesso que está muito maior do que eu esperava.

Como lhe disse fizemos tudo de forma egoísta, nos fechamos cada um em seu mundo particular e colocamos de forma fiel no trabalho. Tinha que nos agradar em primeiro lugar para que o resultado fosse verdadeiro. Tínhamos que nos ver com clareza nas músicas, o produto final tinha que nos representar de forma fiel para que, quem ouvisse tivesse certeza que foi feito de forma verdadeira.

E acho que o trabalho está encontrando espelhos em algumas almas perdidas por ai. Quem está gostando esta gostando muito, não está tendo meio termo.

Outra coisa que está nos surpreendendo é a resposta fora do país, tanto nas resenhas e mídias especializadas como de publico e de músicos de bandas grandes lá de fora. A internet esta possibilitando sentir isso quase em tempo real e de forma bem próxima. Posso dizer ate que a resposta lá fora esta maior que dentro do nosso país.

Estamos realmente muito satisfeitos com tudo isso.

6) A banda lançou o full album com diversos selos qual a importancia dessa ajuda para o Rigor Mortis BR?

Christian: Fundamental. Todos que participaram do lançamento tiveram uma importancia fundamental para que os objetivos fossem alcançados. Essa união acaba sendo boa para todas as partes.

Alexandre: Acho que a participação de vários selos faz com que a coisa chegue em mais lugares que com apenas um selo/gravadora trabalhando. Fica tudo muito mais abrangente uma vez que cada selo é de uma região diferente.

 
7) A banda trabalha com assessoria de imprensa, qual o retorno paras as bandas que querem trabalhar dessa forma?

Alexandre: Já havia trabalhado com duas assessorias diferentes e a Sangue Frio Produções é a terceira. Estamos muito satisfeito com o trabalho do Patrick. Acho que encontramos uma assessoria da forma que queríamos. A Sangue Frio Produções entende as bandas underground porque ele vem do undergorund. A forma de dialogo com a mídia esta perfeita.

Acho que hoje em dia onde a imagem vem ANTES do produto final, acertar na assessoria correta é imprescindível. Ter uma pessoa que venda a sua imagem da forma correta e com o alcance correto é de extrema importância. Temos consciência do peso da Sangue Frio Produções no lançamento desse álbum e só temos de agradecer a forma leal e como a Sangue Frio Produções veste a nossa camisa. Ele é realmente um amigo e muito dedicado.

8) Qual o futuro da banda ?            
Christian: Shows e mais show assim espero. E um próximo álbum que dará continuação a saga Rigor Mortis BR.

Alexandre: Queremos como banda tocar principalmente. Mostrar nosso trabalho. E continuar compondo sons para os próximos álbuns.

Ricardo: Com certeza, continuar, trabalhando noa próximos álbuns, e turnês, eu penso grande, sou muito ambicioso quanto a isso.

9) Como está a agenda da banda?
Alexandre: Viemos 12 meses bem cheios, com uma agenda bem cheia e resolvemos dar uma parada para focar no lançamento do álbum e também para eu organizar a minha vida pessoal. Agora estamos com agenda aberta para 2017.

Christian: Particularmente eu gostaria de tocar todos os dias, embora a banda passou por um periodo de troca do baterista. Nesse sentido acho que está faltando um pouco. Queremos tocar.





10) Qual a formação atual da banda?
Alexandre: Eu, Rigor Mortis (G), Leafar Sagrav (V), Christian Peixoto (B), e Ricardo Chakal (B).

11) Agradeço pela entrevista deixe um recado aos bangers que acompanham HellMetalRock?

Ricardo: Aqui vai meu forte abraço a todos que acompanham a Hell Metal Rock, agradeço desde já a equipe e aos fãs, a banda não é feita só de bons músicos, mas não seríamos nada se não fosse o carinho de vocês, grande abraço.

Christian: Agradecer ao espaço, aos verdadeiros apoiadores da cena. E tambem dizer que curtam o nosso trabalho. Comprem o disco e conheçam a Rigor Mortis BR.

Alexandre: Nos que agradecemos a Hell Metal Rock e a todos que de alguma forma realmente apoiam o underground.

Bangers !!! Queremos muito ir ao seu estado/cidade levar nossa brutalidade e quebrar alguns pescoços Brasil afora!!!!!

EXTREMO SEMPRE!!!



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Entrevista  (ALEX MARTINS)

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