sábado, 16 de junho de 2018

Gus G: guitarrista relembra teste para tocar com Ozzy Osbourne





Jimmy Kay, do The Metal Voice, conversou com o guitarrista grego Gus G (Firewind, ex-Ozzy Osbourne) sobre as tentativas de fazer uma carreira na música em seu país de origem, seu teste e contribuições na época em que esteve com Ozzy Osbourne e também sobre seu novo álbum, “Fearless”, lançado em 20 de abril pela AFM Records.

Questionado sobre o teste com o Mad Man depois da saída de Zakk Wylde:

“Eu acabei sendo um guitarrista de turnê do Arch Enemy, então eu estava no Ozzy Fest com o Iron Maiden e o Black Sabbath em minha primeira grande turnê nos EUA. No verão anunciaram que Ozzy estava se separando de Zakk Wylde e ele estava procurando um novo guitarrista. Eu fui ao escritório de produção em um dos dias da turnê e deixei um CD do Firewind na mesa e disse ‘Ei, eu estou no segundo palco com o Arch Enemy e ouvi que você estava procurando um guitarrista.’ Mas não tive resposta porque o Zakk continuou com o Ozzy e eles gravaram outro disco, o ‘Black Rain’ (2007). Em 2009 eu estava tendo algum sucesso com o Firewind. Recebi um e-mail do empresário da Sharon (Osbourne) e eles pediram que eu fosse em uma audição para o Ozzy. Foi uma loucura. Não consegui dormir durante três dias e não conseguia acreditar naquilo. A partir dali, eu achei que não esperava que algo fosse acontecer. Eu não me achava bom para ser parte da banda. Pensei que se não desse em nada, teria uma história para contar. Não tinha nada a perder.”

Quando perguntado sobre quais músicas tocou na audição:

“Nós tocamos ‘Bark at the Moon’, ‘I Don’t Know’, ‘Suicide Solution’, ‘Paranoid’, ‘I Don’t Want to Change the World’. Cinco ou seis músicas. Ozzy parecia impressionado. Acho que alguém mostrou a ele algum vídeo meu e parecia que eu seria escolhido. Ozzyaté me disse antes da audição para não me estressar e que viu alguns vídeos meus e tinha um bom pressentimento e que se eu cometesse algum erro estaria tudo bem. A audição foi muito boa”.

Quando questionado sobre a reação de Ozzy depois dos testes:

“Ozzy virou e disse ‘você é muito bom’ e o pessoal dele foi para uma sala, conversaram por alguns minutos e perguntaram se eu queria voltar e fazer uma turnê. Eles nunca disseram nada sobre depois da tour, mas pareciam bem entusiasmados. Posteriormente eu fiz outra turnê, depois Ozzy me convidou para a casa dele para ouvir um pouco do novo material de ‘Scream’ (2010). Eu terminei e fiquei alguns dias tocando alguns solos. Foi um período de testes. Depois eu voltei para casa e não ouvi nada durante um mês e então eu recebi um e-mail da Sharon me pedindo para voltar e tocar as guitarras do novo álbum”.

Quando perguntado se tinha liberdade para contribuir nas gravações de “Scream”:

“Eles já haviam gravado e estavam felizes com o resultado. Não foi uma situação em que teríamos que reescrever a coisa toda. Tem duas formas de ver isso: você pode tentar e dizer que gostaria de trazer canções próprias e eles falarem que podem até ouvir ou então dizer que gostaria de ir embora que eles acham outra pessoa. Não era um requisito para a turnê.”

Quando perguntado se ele escreveu algo depois de “Scream” para um novo álbum de Ozzy:

“Eu escrevi várias ideias prontas para um possível próximo álbum. Em algum momento Ozzy até me mandou mensagem pedindo para enviar alguns riffs. Acho que mandei por volta de 12 ou 13 músicas. Nós até escrevemos duas músicas juntos na estrada na turnê de ‘Scream’. Nenhuma delas saiu do papel. Na verdade, uma delas (‘Don’t Trend On Me’) eu acabei usando em meu novo álbum solo, ‘Fearless’ (2018). Mas sem as letras e melodias dele.”

Quando questionado sobre a vibe do novo álbum solo, “Fearless”:

“O disco tem boas músicas de Hard Rock e Metal. Levando em conta o que eu já comecei nos dois primeiros álbuns solos e fazendo soar como um esforço da banda, em vez de parecer apenas um material experimental. Porque isso é oque os dois primeiros álbuns foram. Mas desta vez eu trabalhei com produtor Denis Ward. O álbum é mais coeso comparado aos dois primeiros. Meu estilo se baseia na cena dos anos 80. Quando eu digo anos 80, não significa Hair Metal e Sleaze Rock. Me refiro ao Metal Clássico da época. Você consegue captar essas influências em todo o disco.”

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