sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Luta contra pornografia ganha voz com Femegades: “É importante desafiar o status quo”

 





No começo da pandemia, em março de 2020, o isolamento social causou aumento vertiginoso de acessos em sites pornográficos. O que deveria ser um momento de crescimento exponencial para os executivos dessa indústria se tornou uma crise, graças ao fortalecimento do movimento antipornografia ao redor do mundo. Nesse mesmo período, nascia a banda londrina Femegades, que agora dá um hino para essa causa com o EP Pornsick.

A ideia para criar a banda surgiu da parceria musical já existente entre Kat (baixo) e Tom (guitarra). A dupla tinha uma visão em comum: criar música para levantar o debate sobre questões sociopolíticas cruciais, algo que se tornou possível ao conhecerem Em (vocalista) e Simone (bateria). Com influências de punk, grunge e indie da década de 1990, o grupo traz letras diretas e com análises profundas sobre as vivências das mulheres atualmente, desde consentimento até a violência masculina.

O EP Pornsick, trabalho de estreia do Femegades, foi lançado em 22 de setembro e aborda diferentes assuntos de cunho feminista ao longo das cinco faixas – mesmo que a banda não se defina dessa maneira.






Na faixa-título, são abordadas as recentes denúncias realizadas contra grandes empresas do ramo da pornografia, acusadas de não remover vídeos de abusos sexuais reais dos sites e não possuírem ferramentas de verificação de idade dos participantes que realmente impeçam a publicação de conteúdo criminoso nas plataformas, conforme descrito pela petição Traffickinghub, que já arrecadou mais de 2 milhões e 300 mil assinaturas pelo fechamento do Pornhub e responsabilização dos executivos por trás de um dos maiores sites de pornografia do mundo. De acordo com a BBC, pesquisadores apontam ainda que o conteúdo pornográfico estimula o sexismo.

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