segunda-feira, 29 de abril de 2024

Simone Simons, do Epica, no Summer Breeze 2024.




Summer Breeze 2024: HammerFall e Epica fazem shows explosivos no segundo dia de festival
Festival acontece no Memorial da América Latina em São Paulo



Acontece, neste sábado, 27, o segundo dia do Summer Breeze Brasil 2024, que contou com uma série de artistas, como Exodus, Sebastian Bach, Mr. Big Gene Simmons, Lacuna Coil, Nervosa, Angra.

O festival, de origem alemã, está sendo realizado no Memorial da América Latina e continua até domingo, 28. Com uma grande quantidade de artistas, de diferentes estilos, o segundo dia foi mais focado em bandas de power metal.

O HMR está cobrindo todos os dias do evento, com as resenhas dos shows de sexta-feira já publicadas, além dos primeiros que aconteceram no sábado.
HammerFall

Um dos artistas mais aguardados do dia, o HammerFall subiu no Hot Stage com o sol se pondo, às 17:10, já abrindo os trabalhos com “Brotherhood”, do mais recente trabalho, Hammer Of Dawn (2022), faixa essa, que traz uma bateria poderosíssima, aliada a solos de guitarra muito bem executados.

Em seguida, veio a excelente “Any Means Necessary”, do No Sacrifice, No Victory (2009), que conta com um refrão cativante e leva o público a cantar o refrão juntamente com a banda.

O HammerFall sabia exatamente o que estava fazendo quando compôs “Hammer Of Dawn”. Ela é também uma faixa do novo trabalho da banda e instiga o público a, novamente, cantar o refrão “pausado” da música, que é guiado pela bateria.

“Blood Bound” segue na mesma linha que a anterior, em termos de engajar o público a cantar. Mesmo que não saibam todo o refrão, o título da faixa chama atenção, por ser fácil de se assimilar e dar vontade de gritar a plenos pulmões.

Com linhas de baixo potentes e presentes, “Renegade” continua o acelerado setlist do HammerFall.

Para “Hammer High”, o vocalista Joacim Cans pediu que o público levantasse seus punhos “como se fossem martelos” (sim, que trocadilho). A música foi excelentemente performada ao vivo e continuou com o mesmo padrão de fazer o público cantar a plenos pulmões na parte do refrão.

Essa foi uma característica bastante presente no show da banda sueca. As composições que contavam com refrões mais “simples” fisgavam a plateia. Mesmo quem não soubesse as palavras, acabava aprendendo ali mesmo e embalava o coro.

A velocidade da banda também é algo que merece ser destacado. A dupla de guitarristas Oscar Dronjak — que tem uma guitarra de martelo, não a ferramenta, mas sim ao estilo do Thor — e Pontus Norgren executam os bons solos e riffs do HammerFall de maneira empolgante e cativante, enquanto acompanhados pelo forte baterista David Wallin que se junta ao baixista Fredrik Larsson em sons explosivos. Tudo isso unido pelos precisos de Cans, que não falha em entregar uma performance muito bem feita.

A explosiva “Last Man Standing”, do Any Means Necessary (2009), é um grande destaque da seleção de músicas escolhidas pela banda. Com trechos mais calmos, o grande diferencial dela é o contraste entre isso é o poderoso refrão, em uma das melhores da performance do HammerFall no Summer Breeze Brasil.

É difícil, dentro do power metal, ter muitas diferenças ou vertentes, levando a muitos dos elementos semelhantes, o que faz algumas músicas se parecerem. Isto acontece com algumas das músicas do HammerFall, em termos do que já foi apontado sobre os coros. Não que seja uma coisa ruim, é muito legal ter faixas que podemos gritar a plenos pulmões, empolgados e emocionados. Em minha opinião, a questão é mais quando as músicas — verdadeiramente — parecem a mesma.

Em homenagem a seu país originário, “(We Make) Sweden Rock”, do Dominion (2019), é um tanto quanto sem graça e não havia necessidade de estar no setlist, apesar de agradar ao público.

A banda lançou, na última quinta-feira, 25, o single “Hail To The King”, que fará parte do próximo álbum do grupo, intitulado Avenge The Fallen, previsto para ser lançado em agosto. Ela esteve presente no show da banda e, se for uma amostra do que será o registro, configura em um bom sinal.

Os suecos finalizaram a participação no festival com “Hearts On Fire”, em uma performance que agradou o público, trazendo vários hits e engajando com seus fãs.
Epica

Mudando de estilo, o show da Epica aconteceu no Ice Stage, agora sim, já de noite e com a temperatura mais amena. A vocalista Simone Simons subiu ao palco com muita animação e performaram a primeira música do set, “Abyss Of Time”, em uma apresentação cheia de contrastes, entre os instrumentais pesados — em especial do baixo de Rob vans der Loo e vocais de Mark Janssen — e a parte de Simmons.

A icônica vocalista estava deslumbrante, com um macacão de bordados de manga e calça compridas, cheio de brilhos e que cativavam a atenção.

Com elementos pirotécnicos, de fogo voando pelos ares, a excelente “The Essence Of Silence”, do The Quantum Enigma (2014), seguiu o show da banda. A música já é um espetáculo sozinha, mas com esse detalhe artístico e visual, ficou ainda mais viva.

A voz de Simons impressiona. Atingindo altas notas — e com maestria — a vocalista também esbanja presença de palco.

“Unleashed” do Design Your Universe (2009) é outra faixa poderosíssima, que torna-se ainda mais presente, notável e bonita ao vivo. Mais uma vez, a vocalista demonstra todo seu talento, em uma performance impecável e irretocável. Quando você já acha que ela está cantando em um tom agudo, Simons mostra que consegue ir mais alto.

O solo de guitarra de Isaac Delahaye também merece destaque, bem harmonioso e que complementa a faixa.

Em “The Final Lullaby”, os teclados de Janssen aparecem com bastante presença, o que é um grande ponto.

O show da Epica é repleto de empolgação por parte da banda, que parece se divertir muito em fazer o que estão fazendo. O grupo aparenta ser muito apaixonado por música e tocar ao vivo, o que é algo muito bonito de se ver.

Um detalhe que auxilia a banda a executar um show tão bem desenvolvido, é o fato que eles contam com elementos visuais. Sejam as luzes piscando em velocidade frenética, o fogo ou a fumaça, tudo isso traz às músicas, que já são boas, um aspecto diferenciado.

“The Obsessive Devotion”, do The Divine Conspiracy (2007), traz os guturais de Jansen, em uma performance que só pode ser descrita como pesada.

Um ponto alto da noite, foi quando o grupo tocou “The Skeleton Key”, trazendo mais um belo solo de guitarra, em uma boa faixa do Omega (2021).

Mas é impossível de compará-la com “Code of Life”. Só os vocais introdutórios de Simons já arrepiavam, com a vocalista demonstrando, uma vez mais, o quão talentosa e técnica é.

Outro ponto alto, são os teclados. Fundamentais na música, ele é um elemento característico que a faixa parece tem, parecendo saída diretamente do Egito antigo.

Unindo duas musas do metal, Cristina Scabbia, do Lacuna Coil, subiu ao palco e juntos, tocaram “Storm The Sorrow”, como uma surpresa da Epica para os fãs brasileiros.

Como bem avisado por Simons, a plateia identificou “Cry For The Moon (The Embrace That Smothers, Pt.4)” nos primeiros instantes em que a música foi tocada, e logo cantou a harmonia quando a vocalista jogou para a plateia.

O público do show da Epica manteve uma animação constante durante sua extensão, mesmo que variando em intensidade e engajando sempre que a banda dava a deixa.

O grupo holandês fez uma boa apresentação e que, mesmo para quem não curte o estilo, há de gostar: Todos os músicos soam bem, mas quem rouba a cena mesmo, é a vocalista Simone Simons. É impossível não ficar cativado com a sua voz e presença.

Nossa colaboradora Leca Suzuki registrou os shows com fotos exclusivas que você pode conferir na galeria abaixo.


































































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