segunda-feira, 22 de abril de 2024

Megadeth traz toda a energia do thrash metal em show técnico em São Paulo




Megadeth traz toda a energia do thrash metal em show técnico em São Paulo
Na noite da última quinta-feira, 18, a banda fez seu show único no Brasil



Megadeth lançou, em 2022, seu mais recente álbum, The Sick, The Dying… And The Dead!, que definitivamente foi um dos melhores lançamentos do ano. A banda está com a turnê Crush The World, que finalmente chegou ao Brasil na última quinta-feira, 18, para um show único em São Paulo, no Espaço Unimed.

Apesar de não ter esgotado os ingressos, a casa estava cheia, com fãs das mais diferentes idades, inclusive, um número grande de adolescentes.

O palco do Megadeth chamava a atenção, trazendo uma grande imagem da capa do trabalho mais recente do grupo que, ilustra também, uma das melhores e mais emblemáticas aparições de Vic Rattlehead, icônico mascote que estampa as artes dos registros do grupo.

Os últimos anos foram agitados para o Megadeth, com trocas de formação e o diagnóstico de câncer na garganta do líder Dave Mustaine. Referente à doença, o frontman já está curado, e quanto aos novos músicos, a banda se apresenta incrivelmente bem entrosada.

No final de 2023, o então guitarrista Kiko Loureiro anunciou sua saída do grupo, sendo então substituído pelo finlandês Teemu Mäntysaari, elogiado por Mustaine, e não é para menos. O guitarrista é realmente muito bom.

Luzes apagadas, gritos e celulares em pé. O Megadeth já subiu ao palco em grande estilo performando a excelente faixa título “The Sick, The Dying… And The Dead!”. Ela definitivamente é uma ótima forma de se iniciar o show: é uma música agitada, com um bons riffs e solo de guitarra, além de uma bateria explosiva. Com poucos minutos de show, Mäntysaari já mostrou toda a sua incrível habilidade no instrumento.

Sem dar tempo de respirar “Skin O’ My Teeth” iniciou-se e levou o público a loucura, que se empolgou mais ainda no refrão da faixa do Countdown To Extinction (1992).

Mais um clássico veio em seguida, “Angry Again” fez as pessoas, literalmente, gritarem a plenos pulmões e saltarem. A faixa é um espetáculo em sua versão de estúdio, mas ao vivo é de se arrepiar. Essa nova formatação do Megadeth é fenomenal e esta performance foi apenas uma pequena amostra de toda a potência que a banda tem.

Uma breve, breve mesmo, pausa antecedeu “Wake Up Dead”, em uma performance que abalou todas as estruturas do Espaço Unimed, com velocidade e a banda demonstrando toda a sua técnica, com uma explosão de thrash metal combinando com as luzes e gerando um ritmo frenético. A banda logo embalou “In My Darkest Hour” em seguida.

Bateria pulsando e palminhas resumem a introdução de “Countdown To Extinction” que, apesar de uma música pesada, segue em ritmo de balada, sem solos rebuscados ou bateria rápida, mas que traz um belíssimo solo.

“Hello, me. Meet the real me” tem que ser uma das frases mais icônicas do metal e sim, os fãs do Megadeth gritaram a parte introdutória de “Sweating Bullets”, assim como o refrão e as outras partes faladas da faixa. Ou seja, foi um total sucesso. Uma explosão de luzes acompanhou o talentosíssimo baterista Dirk Verbeuren, antes de Dave Mustaine quebrar tudo com o solo.

“Dystopia”, faixa título do álbum de 2016, seguiu. Esta é uma daquelas músicas em que os solos e partes instrumentais empolgam mais do que os trechos que contam com vocais.

“See if you recognise this song”, disse Mustaine antes de tocarem “Hangar 18”, do Rust In Peace (1989) uma queridinha dos fãs, com uma performance impecável por parte da banda, em especial de Mäntysaari que, quando une-se à bateria de Verbeuren, emociona qualquer fã de metal.

Não há outra palavra para descrever a introdução de “Trust” que não “explosão”. James LoMenzo entrou para a banda em 2021 e substituiu o baixista de longa data David Ellefson. Ele e Verbeuren formam uma dupla espetacular para a faixa, que conta também com um dos melhores refrões da carreira da banda. A música toda é espetacular e uma alegria para a audiência brasileira que pôde ouvi-la.

Outra para os fãs dos clássicos. “Tornado Of Souls” fez o público cantar a plenos pulmões. Nada mais justo. Faixa excepcional, e mais uma vez, o Megadeth impressiona com a sua capacidade de soar mais potente ao vivo.

Palmas acompanharam o riff introdutório de “A Tout Le Monde”, única adesão do excelente álbum Youthanasia (1994). Uma balada poderosa para dar uma diminuída no ritmo acelerado que o show levava. Mais uma que encantou, especialmente quando eles jogaram para o público, que cantou o refrão com a bateria e palmas.

Ficou a cargo de Dave Mustaine o veloz riff introdutório de “Devil’s Island”. Aqui, o frontman encontrou alguns problemas vocais, não sendo possível ouvir sua voz em alguns trechos.

“Symphony Of Destruction” não precisa de apresentação. A alternância entre momentos mais lineares e outros mais rítmicos, cria a perfeita combinação que é a faixa, aliada às luzes, e criam toda uma ambientação ainda mais incrível.

“Peace Sells” veio já no final da apresentação do grupo norte-americano, que contou com a participação de Vic Rattlehead no palco. A banda não performou a música inteira, apenas o refrão e se despediu do público antes do bis.

Para encerrar a noite, eles voltaram com tudo ao palco e tocaram “Holy Wars… The Punishment Due”, em uma performance que concluiu da mesma forma que iniciou: com excelência.

Técnica, velocidade e precisão. Isto é o show do Megadeth. Em uma performance repleta de clássicos, a banda entregou uma apresentação perfeita e emocionou os fãs.

Com poucas pausas e menos falas ainda, o Megadeth tinha o público de São Paulo na palma da mão, foram poucos os momentos em que os fãs não cantavam as músicas, batiam cabeça e pulavam ao ritmo das músicas. A escolha de setlist foi perfeita, apenas um detalhe, este sendo uma opinião completamente pessoal: a banda poderia adicionar mais faixas do álbum Youthanasia, repleto de músicas excepcionais e que às vezes acabam sendo esquecidas.

Nem os mais ferrenhos críticos de Dave Mustaine podem falar algo de sua voz com relação a este show. Os pontos a serem levantados sobre este quesito são mínimos e o frontman entregou uma apresentação digna de elogios.

Esta nova formação é realmente fenomenal ao vivo, entrega tudo o que promete e muito mais. O novo guitarrista parece muito confortável e conectado com a banda, que toca em completa sintonia.




















































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