segunda-feira, 29 de abril de 2024
Avatar no Summer Breeze 2024.
Summer Breeze 2024: Avatar, Overkill e Death Angel se apresentam no último dia da edição de 2024
Festival acontece no Memorial da América Latina em São Paulo
Após uma sexta-feira e um sábado de bastante sucesso, acontece, neste domingo, 28, o último dia de Summer Breeze Brasil 2024. Sediado no memorial da América Latina, a versão nacional do festival alemão trouxe uma variedade grande de artistas dos mais diferentes estilos, entregando performances que encantaram o público.
A cobertura dos dois primeiros dias já está publicada aqui no site. Clique aqui para conferi-las.
Overkill
O dia se iniciou com o show do Eclipse no Ice Stage, seguido pelo While She Sleeps, no Hot Stage. Voltando ao primeiro palco, a banda norte-americana Overkill trouxe uma performance marcada pela velocidade e técnica. Os músicos não exitaram em mostrar toda a potência de um thrash metal clássico, bem característico dos anos 1980.
O grupo, atualmente formado por Robert Ellsworth (vocais), Derek Tailer (guitarra), Dave Linsk (guitarra), David Ellefson (baixo) e Jason Bittner (bateria) entregou um show repleto técnica, com destaque especial aos solos de guitarra.
Ellefson, antigo baixista do Megadeth, está substituindo D.D Verni, que não participou desta turnê sul-americana — que se encerrou com a passagem pelo Brasil — uma vez que passou por uma cirurgia em seu ombro e se encontra em estado de recuperação.
Outra característica marcante sobre o som do Overkill, é a voz característica de Ellsworth. que não agrada a todos, já que não é das mais melódicas, mas é inegável que ele entrega uma boa performance e que exala a essência do metal.
Uma música que merece destaque dentro do setlist que a banda escolheu para apresentar em São Paulo, é “Wicked Place”, do álbum mais recente do grupo, Scorched (2023), que além de trazer um excelente riff de guitarra, conta também com linha de bateria presente. Linsk executa um solo de guitarra de forma cativante.
Mas não apenas nessa faixa. O guitarrista é uma verdadeira explosão em seu instrumento, sem deixar a régua cair em momento algum.
O show do Overkill é uma pedida clássica para qualquer fã de thrash metal old school, porém, pode não ser das mais agradáveis a quem não é um grande entusiasta do gênero — muito por conta da voz de Ellsworth que, até mesmo em momentos de fala, dia alta e gritada.
Avatar
Retornando ao Hot Stage, Avatar iniciou os trabalhos às 14:30. Além de seu som, a banda é popular por um visual icônico.
Com a sensacional “Dance Devil Dance”, do mais recente álbum de mesmo nome, lançado em 2023, o grupo já mostrou todo o talento que tem, em uma performance explosiva e que levou a plateia a gritar o bom refrão, juntamente com a banda.
O grupo já está na ativa há alguns anos e, definitivamente, é uma banda que vale a pena ser conferida. Não apenas as músicas são bem acima da média, mas também toda a apresentação que eles entregam ao público é diferenciada.
A presença de palco do vocalista Johannes Eckerström é absolutamente cativante. É impossível parar de olhar para o palco enquanto ele está em cima dele, além de ser um grande vocalista, que atinge as notas e canta sem demonstrar nenhuma dificuldade.
A estética deles remete a de palhaços, e que melhor palhaço para incorporar do que o Coringa? Pois sim, o vocalista fala como o vilão clássico dos filmes do Batman enquanto interage com a plateia, e é fenomenal.
Outro detalhe especial do show do Avatar, é quando eles se unem e começam a bater cabeça em completa sintonia. Isso agita ainda mais os fãs e dá vontade de fazer como eles.
Apenas o riff introdutório de “Bloody Angel” já fez o público saber qual música seria tocada. Uma faixa belíssima do Hail The Apocalypse, de 2014 e que ao vivo, o que já era potente, torna-se ainda mais, espetacular.
O show do Avatar não traz nenhuma música desanimada, e a banda logo embalou “The Black Waltz” em seguida, com Eckerström misturando guturais com vocais melódicos.
O setor de cordas da banda, formado pelo baixista Henrik Sandelin e os guitarristas Tim Öhrström e Jonas Jarlsby desempenham papel fundamental na sonoridade da banda, executando alguns dos melhores acordes que já ouvi ao vivo.
As linhas de baixo são potentes e pesadas, enquanto os solos e riffs de guitarra são melódicos e precisos. Mas nada disso seria possível sem a bateria de John Alfredsson, que une tudo no mais verdadeiro poder.
“Tower”, do Hail The Apocalypse (2014), marcou um momento mais calmo do show do Avatar, em que o vocalista mostrou seus graves impressionantes, que entravam em contraste com alguns trechos mais agudos de forma belíssima, em uma música mais intimista, com ele ao piano.
A melhor música do setlist foi “The Dirt I’m Buried In”. Faixa presente no mais recente registro da banda, ela é dançante, fenomenal, e é ainda melhor ao vivo.
O show do Avatar foi um dos melhores do festival e é um grande exemplo de boa música aliada a ótima performatividade.
Death Angel
Do outro lado do Memorial da América Latina, fica o Sun Stage, que recebeu o Death Angel às 16:30, horário esse que, graças ao palco, as pessoas estavam protegidas do sol.
Enquanto acontecia o show do grupo norte-americano de thrash metal, nos palcos gêmeos, apresentava-se o Carcass, mas a questão do som não foi um problema, não interferindo no show da banda.
Uma questão deste palco, é o fato de ele não contar com telão, o que prejudica bastante quem está mais para trás, sendo impossível ver a banda. Pelo fato de ser menor, em comparação aos outros dois, a estrutura é bem reduzida.
Diferentemente do que acontece com o Overkill, o Death Angel conta com vocais de Mark Osegueda, que são mais “fáceis” de se assimilar, algo que tende a agradar melhor alguém que não curta o estilo.
A maior parte dos shows que aconteceram nesse palco tinham por volta de 1 hora de duração, e com eles não foi diferente.
Isso fez a banda entregar um show com poucas pausas, em um ritmo acelerado e trazendo uma performance com poucas pausas.
Talvez por conta disso pareça que o show deles foi curto, mas na realidade, diversas outras bandas tiveram o mesmo tempo de apresentação, porém com o Death Angel, a percepção foi de um show que poderia contar com mais algumas músicas.
Um exemplo de faixa veloz que configurou o setlist da banda no Summer Breeze Brasil foi “The Dream Calls For Blood”, do álbum de mesmo nome, lançado em 2013. A bateria pulsante de Will Carroll, que manteve a potência em toda sua duração, merece grande destaque.
Este foi o último show da turnê sul americana, e a banda encerrou com uma boa apresentação. O grupo traz bons riffs de guitarra e linhas de baixo, mas o que verdadeiramente se destaca é a bateria de Carroll, que definitivamente, é um elemento essencial nas faixas da banda.
Outro destaque por parte do Death Angel, foi a música “Mistress of Pain”, do álbum The Ultra-Violence, lançado em 1987. Trazendo um bom solo, a música é também bastante potente.
Nossa colaboradora Leca Suzuki registrou os shows com fotos exclusivas que você pode conferir na galeria abaixo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário