segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Em show histórico em São Paulo, Evanescence honra o título de uma das maiores bandas de sua geração




Em show histórico em São Paulo, Evanescence honra o título de uma das maiores bandas de sua geração
O grupo apresentou todos os seus maiores hits e deu atenção especial ao álbum ‘Fallen’

Evanescence em São Paulo. Crédito: Jéssica Marinho



A noite de sábado, 21, vai ficar para sempre na memória do Evanescence e dos fãs brasileiros. Foi no estádio Allianz Parque, em São Paulo, que a banda realizou o maior show solo de sua carreira até o momento, mesmo com capacidade reduzida de público.

São 20 anos desde o lançamento do emblemático álbum de estreia, Fallen (2003), que nos apresentou aos vocais líricos de Amy Lee e às influências góticas do Evanescence em sucessos que ecoam até hoje, como “Bring Me To Life”, “Going Under” e “My Immortal”.

O elemento nostalgia dos anos 2000 certamente foi responsável por parte do público que encheu o Allianz na noite de sábado, mas a longevidade da música também se faz óbvia quando notamos o número surpreendente de adolescentes na multidão – todos usando maquiagem, camisetas da banda ou até mesmo imitando figurinos icônicos usados por Amy Lee.

Duas décadas depois de sua estreia estrondosa no mercado musical, o Evanescence ainda transcende gerações, mesmo que sua música tenho muito menos espaço comercial hoje em dia. Isso, sem dúvida, deve-se às composições que dialogam com o público, seja a nível individual, através dos sentimentos profundos e viscerais expressados por Amy Lee, ou em mensagens para o coletivo, como a poderosa “Use My Voice”.

Esquentando a plateia, o Ego Kill Talent subiu ao palco uma hora antes da banda principal e entregou um show eletrizante de aproximadamente 30 minutos. A banda brasileira de hard rock está fazendo os primeiros shows com sua primeira vocalista feminina, Emmily Barreto, do Far From Alaska, e tocou os novos singles, “Call Us By Her Name” e “Finding Freedom”, além de duas músicas inéditas que serão lançadas em novembro. A energia de Emmily no palco e seus vocais roucos e impactantes tornam o Ego Kill Talent a escolha perfeita de abertura para uma banda como o Evanescence, também conhecida pela notoriedade de sua vocalista feminina.

Na noite de sábado, o Evanescence honrou sua discografia cantando alguns de seus maiores sucessos, como “Call Me When You’re Sober” e “Lithium”, além das faixas mais populares do álbum mais recente, The Bitter Truth (2021). Mesmo com quatro discos em seu repertório, a banda deu uma atenção especial ao álbum de estreia, tocando não só as favoritas do público, mas também “Imaginary” e um medley com “My Last Breath”, “Haunted”, “Everybody’s Fool” e “Whisper”.

O carisma e o talento de Amy Lee são a força motriz por trás da performance e da continuidade do sucesso das músicas do Evanescence. Seus vocais ao mesmo tempo tocantes e potentes continuam tão impressionantes como sempre foram, mesmo que atualmente haja uma certa dificuldade em sustentar com perfeição algumas notas que ela atingia naturalmente no início da carreira. Em sua passagem pelo Brasil ela atendeu fãs no aeroporto, andou de ônibus, e, como surpresa para os fãs brasileiros, tocou ao piano uma breve composição em português, cantando os seguintes versos: “Amor é a sua luz, deixe brilhar / Eu nunca vou deixar isso passar / Não acaba / Nunca acaba / Você sabe”.

Antes de emocionar cantando “Lithium” ao piano, a vocalista tirou um momento para dizer que, depois de tudo que vimos acontecer no mundo nos últimos anos, uma das coisas que ela tinha aprendido era como se manter no momento presente e aproveitar cada segundo. Mais de uma vez, ela disse que não queria que o show de sábado acabasse, e o Evanescence se despediu de São Paulo com um show de fogos de artifício, muitos acenos e longos agradecimentos, honrando o título de uma das maiores bandas de sua geração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário