O Stratosphere Project, é um projeto de Power Metal do talentoso músico multi-instrumentista Flávio Brandão, formado em 2019. Para quem é fã de bandas como Helloween, Stratovarius, Masterplan, entre outras, irá se identificar muito.
1)Como surgiu a idea de fazer o projeto stratosphere.
O Stratosphere Project surgiu como uma forma de voltar a música é colocar minhas ideias de músicas para as pessoas ouvirem. Eu toquei power metal nos anos 90 e início dos anos 2000 no underground carioca com o Lifestealing (powermetal) e com o Delta S (Rock Nacional). Tive que abandonar a música por questões familiares por volta de 2003. Em 2017 eu voltei a tocar guitarra e voltei já com essa ideia de criar uma banda/projeto em que eu pudesse expressar todas as minhas ideias. Então em dezembro 2019 eu iniciei as composições até meados de junho de 2020 (no início da pandemia) e lancei o primeiro álbum “Strarosphere” em agosto daquele ano.
2) Stratosphere tem diversas referencias de bandas do metal melodico ,Quais são suas influencias
Eu sempre ouvi muito Helloween, muito Rhapsody, muito Stratovarius, muito Angra e Royal Hunt. Muito além do power metal eu sempre ouvi muito outra subgêneros do metal. Eu tenho uma nostalgia muito boa do power metal dos anos 90 e 2000. O final da década de 90 e início dos anos 2000 com grandes bandas surgindo foi muito marcante pra mim.
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3)Confesso que nunca havia ouvido falar sobre você como musico na cena do metal brasileiro ,como
foi sua trajetoria como musico .Eu comecei tocar instrumentos aos 15 anos. Naquela época e com a situação financeira da minha família eu não tinha como pagar um curso de violão ou até mesmo comprar uma guitarra/violão/baixo. Peguei um violão que minha tia tinha emprestado por um tempo enquanto fui fazendo uns trabalhos aqui e ali até conseguir comprar um baixo e tirar cópias de umas revistas com técnicas e exercícios que alguns amigos tinham. Passava também procurando alguns vizinhos que sabiam tocar alguma coisa para perguntar como fazer um acorde ou uma escala. Eram tempos difíceis! Pouco mais de 1 anos depois eu comecei a estudar guitarra após um amigo meu (Dinho Fernandes) me vender uma guitarra que ele achou em um lixo de uma igreja lá perto de casa. Já naquela época eu sonhava em conseguir tocar aquelas músicas legais do Malmsteen e do Timmo Tolkki entre outros grandes nomes. Consegui comprar a guitarra por um valor que hoje seria de uns 30 reais e comecei a estudar feito louco! Não tinha amp, não tinha pedal, só um cabo improvisado em um radio stereo que quando a guitarra era conectada no microfone distorcia. Após isso ingressei no Lifestealing usando equipamento emprestado e começamos a criar músicas (pode ouvi-las no meu EP Lifestealing Years) e começamos a tocar no underground Carioca junto com nomes como Endless, Imago Mortis, Alegro, Firewalker entre outros!
4)As musicas lembram muitas vezes Rhapsody of fire principalmente sobre as partes de orquestras.
Suas composições são feitas de forma espontanea ou voce já tem uma referencia de como soar no stratosphere.
Eu tenho sim muita influência de Rhapsody e sempre que posso, faço uma orquestração aqui e ali. O Stratosphere tem a própria identidade apesar das referências. Eu faço músicas com orquestrações como Twilight Storm e ao mesmo tempo tenho músicas mais diretas como Depersonalization, Stratosphere e Silver Line. E muito além dessa variação, ter vozes diferentes faz também com que o ouvinte se identifique melhor com cada música como se fosse algo totalmente novo sem perder a noção de unidade do projeto.
5)Você possui um home studio ,e grava tudo sozinho. A bateria é eletrônica? E quanto tempo voce passa nas gravações?
Eu gravo sim tudo sozinho menos a parte vocal. Uma exceção a essa regra é o coral em Soldiers of Eternity onde eu gravei 32 vozes. Quanto a bateria, eu gosto de dizer que meu baterista é uma “máquina”. Em média cada gravação pode durar entre 5 e 20 horas, as vezes mais, as vezes menos. Gravar não é tão difícil quanto mixar e masterizar, que é onde eu realmente gasto boa parte do tempo de produção.
6)Eu ouvi algumas musicas do projeto ,tais como silver line,me lembrou avantasia,a anos
não vejo nenhuma banda que tenha trazido nada de novo dentro do metal melodico ,todas soam da mesma forma ,o que isso e bom e o que e ruim para uma banda ou projeto.
Eu sou da opinião que time que está ganhando se mexe! Eu sempre estou ouvindo bandas novas e algumas inclusive de power metal moderno! Eu sou muito chato com isso, eu não sou fã de afinação baixa, de riffs “percursionados” (djent). O que poderia ser adicionado ao powermetal hoje em dia que já não foi adicionado anteriormente? Mais música brasileira? Angra já fez com louvor! Música clássica? Já fizeram! Samba? Já fizeram! Jazz? Já fizeram! Existe uma questão importante aqui, pra onde o power metal pode ir para se tornar inovador? Eu raramente vejo alguém questionando uma banda de metal extremo sobre inovação, mas metal extremo não é só sobre técnica mas também sobre atitude e posicionamento. Acho que o ideal é você fazer seu som e tentar divulgar para o maior número de pessoas e ter o seu público.
7) O Brasil e uma fabrica de novas bandas. Vimos a poucos meses a desintegração do Shaman (que havia voltado) devido a questões politicas. Mas a propria politica não ajuda o metal no brasil, e diversas bandas lutam por questoes que meramente entendem ,o Stratosphere project , procura se reter dessas questões e focar somente na musica , devido ao estilo praticado pela banda.
Eu acredito que é muito mais uma questão de respeito ao próximo. Nós como artistas temos que respeitar nossos fãs e nosso colegas de banda. O Stratosphere Project é sobre metal, ouvir
10)ficamos honrados de falar com voce ,o espaço e seu deixe um recado aos fãs da banda..
A princípio, sem meus ouvintes e amigos o Stratosphere Project não seria nada além de um cara tocando todos os instrumentos e produzindo músicas sozinho. Acredito que estou trilhando o bom caminho para quem gosta das minhas músicas. Apesar de não ter uma banda para tocar ao vivo por aí, eu continuo fazendo o trabalho pelo estúdio e pela internet sempre focando em trazer novidades ao meu público. Então só tenho a agradecer a todos que me apoiam direta e indiretamente, seja gravando comigo, me passando feedbacks, me ajudando com as redes sociais (Mary) ou engajando nas redes sociais. Dada as limitações do projeto, cada interação é uma renovação da vontade de continuar! Pode parecer pouco, um like, um comentário, uma mensagem falando que gostou das músicas, tudo isso conta muito! Apoiem seus artistas preferidos, comprem merchan de quem tiver pra vender, apoie os perfis das redes sociais, interaja, se faça presente! O metal nacional depende de vocês ouvintes!
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