segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Slayer: Reign in Blood completa hoje 32 anos




Em 07 de Outubro de 1986, o SLAYER lançava um disco que mudaria a vida de todos: da banda, do Thrash Metal, da sua vida, caro leitor, da vida deste redator que vos escreve, enfim… O disco mais violento, rápido, agressivo da história do Heavy Metal: “Reign In Blood“.

Muitos colocam “Reign In Blood” e “Master of Puppets“, do METALLICA no mesmo patamar, e de fato estão: com 7 meses de diferença entre um e outro (O METALLICA lançou antes a sua obra-prima), ambos são reconhecidos não só pelos fãs, mas também pela crítica como os melhores álbuns das respectivas bandas e referências das próprias.

Se “Master Of Puppets” é mais técnico, sem abrir mão da velocidade do Thrash Metal, em “Reign In Blood“, Tom Araya, Kerry King, Jeff Hanneman e Dave Lombardo são mais diretões, priorizando os riffs rápidos e solos ainda mais rápidos. Bem, chega de comparações, pois hoje o homenageado é o álbum do SLAYER.

Gravado entre junho e julho de 1986, no Hit City West estúdio, em Los Angeles e lançado pelo selo Def Jam, de propriedade do produtor Rick Rubin, que se aventurava pela primeira vez no Metal, uma vez que seu selo era mais voltado para o Rap. Mas o disco foi concebido de forma tão avassaladora que a parceria tornou-se duradoura.

O disco abre com “Angel of Death“, que fala sobre Josef Mengele, o chamado “Anjo da Morte”, responsável por todo aquele triste e deprimente horror cometido contra a espécie humana: o Holocausto. A música não foi bem compreendida por alguns na época, que acusaram a banda de nazismo. A música é arrasadora, como as demais que dão sequência ao petardo. Difícil ficar parado ao escutar os primeiros acordes desta música.

Cabe aqui uma curiosidade: o SLAYER NÃO foi a primeira banda a abordar o “Anjo da Morte” em suas letras. No mesmo ano, a banda carioca DORSAL ATLÂNTICA já havia abordado em seu debut, “Antes do Fim”, o mesmo tema, na música “Josef Mengele”.

Voltando ao nosso homenageado, “Piece By Piece” mantém a pancadaria sonora dos caras, mesmo que o começo dela seja mais “devagar”. Ledo engano, caro leitor, em menos de 25 segundos, o “pau canta na casa de Noca”.

“Necrophobic” mantém o nível alto, com os caras apostando em riffs rápidos e Tom Araya cantando mais rápido do que narrador de turfe.

“Altar of Sacrifice” aposta no dueto de guitarras e a bateria rápida. Ela serve como ponte para “Jesus Saves“, que começa com os melhores riffs já escritos pela dupla King e Hanneman, bem carregados. Se a música vai seguir nesse andamento? Ledo engano, logo logo, os caras descem a mão em seus respectivos instrumentos. É uma tarefa quase que impossível escolher a melhor música deste disco, visto que muitas são populares e tocadas até os dias atuais nos shows da banda (e de forma OBRIGATÓRIA), mas em minha opinião, “Jesus Saves” é a melhor do disco. O fato curioso é que ao vivo, ambas as músicas são tocadas na sequência.

“Criminally Insane” começa com a bateria quebrada de Dave Lombardo… Mas eles pensam que enganam a quem? Logo logo a velocidade e o peso tomam conta da música, embora essa seja um pouco diferente, tendo uma mudança de andamento no meio dela, mais arrastada, mas depois voltando à velocidade.

“Reborn” segue o ritmo das músicas anteriores: velocidade, peso, mais velocidade. Em “Epidemic”, uma virada de bateria na introdução é a ponte para que a dupla de guitarristas entre com seus riffs alucinantes. Aqui a velocidade é um pouco quebrada, mas nada que deixe a música ruim, pelo contrário.

“Postmortem” é mais calcada nos riffs e no andamento “menos rápido”. Aqui, Araya arrisca um agudo, tal qual como na faixa de abertura. Apesar de um andamento mais arrastado, no meio da música, eles não resistem e voltam à receita que deu certo nas demais músicas: a velocidade.

E os bumbos de Dave Lombardo anunciam que o disco está chegando ao final. E que final épico. Assim podemos definir a faixa “Rainning Blood“. Aquela música que todo headbanger que se preze poga sozinho em casa, ao escutar com o volume no talo. Aquela que todos sonham em entrar no mosh (inclusive este que vos escreve). Rapidez, brutalidade, duetos de guitarra ditando as coisas por aqui, além do vocal espetacular de Tom Araya, talvez a sua melhor performance na carreira. O disco termina com o solo veloz, com a mesma velocidade que ele se iniciou.

E assim termina um álbum que nasceu clássico, o melhor da história do Thrash Metal. Ele é direto, pode ser considerado tosco se comparado com outras obras em que os músicos são mais virtuosos, mas aqui falamos em feeling, e nisso, os caras do SLAYER são mestres. Longa vida a este disco! E que a banda possa tocar por aqui em sua turnê de despedida, incluindo todas as músicas possíveis desta obra.

Formação:

Tom Araya – Vocais/Baixo

Kerry King – Guitarra

Jeff Hanneman – Guitarra

Dave Lombardo – Bateria

Track List:

01 – Angel Of Death

02 – Piece By Piece

03 – Necrophobic

04 – Altar of Sacrifice

05 – Jesus Saves

06 – Criminally Insane

07 – Reborn

08 – Postmortem

09 – Rainning Blood

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