domingo, 26 de fevereiro de 2017

Resenha: Suicide Silence – Suicide Silence (2017)





Uma banda que sofreu uma grande perda não muito tempo atrás, com a morte do seu fundador e vocalista Mitch Lucker, lhes falo do Suicide Silence, um dos principais nomes do Deathcore. Após o ocorrido, a banda optou por chamar o vocalista Hernan “Eddie” Hermida (ex-All Shall Perish).

Lançaram então o álbum “You Can’t Stop Me” (2014), que ainda contou com algumas composições de Mitch. Agora em 2017, a banda lança o novo álbum homônimo, onde pela primeira vez não com nenhuma composição do falecido vocalista.

Outra curiosidade é que pela primeira vez a banda optou por usar vocais limpos nas faixas, fato que gerou uma certa revolta por parte dos fãs, que até fizeram um abaixo-assinado para que o álbum não fosse lançado.

Bom, vamos ao álbum de uma vez. “Suicide Silence” foi lançado em 24 de fevereiro de 2017 pela gravadora Nuclear Blast, conta com nove faixas e teve a produção por conta de Ross Robinson (Slipknot, Sepultura, Korn).
O primeiro single, “Doris”, foi o motivo do início da discórdia, a faixa até começa com os tradicionais Screams, mas logo entram em contraste com os vocais limpos, o que soou completamente estranho pra quem acompanha a banda há anos. De início me lembrou muito Deftones. É uma faixa diferente, mas não ruim, seria uma faixa perfeita para outras bandas, mas é estranha para o Suicide Silence.



“Silence”, segunda faixa do álbum, tem uma pegada até mais leve que a primeira, com vocais limpos desde seu início. Gostei bastante da bateria muito bem mixada, assim como as guitarras. Me lembrou bastante algumas músicas do Korn. Boa faixa, melhor que a primeira.



“Listen” já é mais pesada, posso dizer que 90% são vocais gritados, na próxima faixa, “Dying in a Red Room” é totalmente o oposto, vocais limpos a todo momento, mais uma vez, faixa estranha na primeira ouvida, mas depois agrada bastante, principalmente por ser mais melódica e melancólica.

Agora sim temos algo que é a cara da banda, “Hold Me up, Hold Me Down” é uma faixa extrema, pesada, com urros sensacionais de Eddie, essa com certeza não decepcionou ninguém.

“Run” conta com ótimos riffs, um refrão mais pegajoso, tem uma ponte muito boa, mas não chega a empolgar. “The Zero” já é mais legal, tem uma cozinha muito boa, riffs bacanas e se encerra mais pesada que seu início, ótima faixa.

Agora temos talvez a faixa mais diferente da história da banda, “Conformity” tem até com violões, é lenta, melódica e conta com uma ótima letra em uma atmosfera triste e sombira. Foi a faixa que mais me agradou no álbum, justamente por ser a mais distinta de todas.


ra encerrar temos “Don’t Be Careful You Might Hurt Yourself” vem pra estourar o tímpanos, vocais rasgados e ótimos Blast Beats estruturam a faixa, que fecha muito bem o álbum.

Por conta do produtor, provavelmente, houve muita influência do Korn, Deftones e até do Slipknot em certas partes, o que eu considero ótimo. Destaco as faixas “Silence”, “Hold Me up, Hold Me Down”, “Dying in a Red Room” e “Conformity”, essa pra mim a melhor do álbum.

Destaco demais a mixagem de Joe Barresi, que deixou tudo muito claro aos ouvidos e ao mesmo tudo bem cru, principalmente a bateria, que mesmo nas partes mais lentas está com um peso sensacional. Toda a sorte do mundo pra essa banda que já provou ser uma das melhores do gênero, e que essa nova exploração lhes traga muito mais sucesso e abra muito mais portas, mas perderam muito a característica aqui, sem dúvidas essa mudança no novo trabalho, faz a banda correr o risco de perder fãs, mas também ganhará muito outros. Acho que agora a banda pode ser considerada Deathcore com elementos do Metalcore e New Metal. Um bom álbum para o “recomeço”.

Formação:
Hernan “Eddie” Hermida (vocal);
Mark Heylmun (guitarras solo);
Chris Garza (guitarra rítmica);
Dan Kenny (baixo);
Alex Lopez (bateria).

Faixas:
01 – Doris
02 – Silence
03 – Listen
04 – Dying in a Red Room
05 – Hold Me up, Hold Me Down
06 – Run
07 – The Zero
08 – Conformity
09 – Don’t Be Careful You Might Hurt Yourself

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