quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

CONVERSAMOS COM STEVE MORSE DO DEEP PURPLE: “NÓS AMAMOS FAZER MÚSICA. É UM HÁBITO”




A banda se apresenta no Brasil essa semana

O Deep Purple, uma das bandas pioneiras do Rock mais pesado, tem um grande respeito e amor pelos fãs brasileiros. Em suas várias visitas ao país, a banda continua surpreendendo com sua capacidade de honrar seus clássicos enquanto lança novas músicas.

Nós do HellMetal Rock  conversamos com o guitarrista Steve Morse, um pouco antes de vir ao Brasil e o músico confessa estar animado para os shows. A banda se apresenta em Curitiba (12/12), em São Paulo (13/12) e Rio de Janeiro (15/12) no evento Solid Rock ao lado de Cheap Trick e Tesla.

Guitarrista da banda desde 1993, Morse relembra a época que conheceu a banda. “‘Hush’ e ‘Kentucky Woman’ foram as primeiras músicas que ouvi. ‘Kentucky Woman’ eu não gostei muito e também era um cover, mas quando eles fizeram ‘Hush’ era pesado e a guitarra soava maravilhosa com aquele grande vibrato”, ele conta.
Guitarrista falou sobre a motivação para compôr

Ao conversar sobre as suas inspirações e a vontade de fazer música, o guitarrista confessa que escrever tornou-se um hábito: “Nós amamos fazer música. Durante dois anos escrevemos nossas próprias ideias e depois nos juntamos para discutir. É um hábito. Estamos sempre escrevendo coisas novas e quando você está em uma banda, ao ter uma ideia, você mostra para todos e todos estão sempre com coisas novas então mesmo quando estamos fora da turnê, ainda estamos juntos tendo ideias. É o que fazemos.

Você aproveita o companheirismo e a oportunidade de fazer o que fazemos e se diverte. Ao mesmo tempo, você precisa estar concentrado naquilo que faz para apoiar todos os integrantes da banda. É preciso saber seu lugar, isso é fazer parte de um time. Nós curtimos estar juntos.”

Ele também revela que quando entrou para a banda, sentiu que havia algo errado com a setlist que tocavam nos shows. “Não soava como o Deep Purple”, ele disse. Ao conversar com os colegas de banda, eles decidiram tocar a faixa “Hush”, “E ficou muito bom! Quando demos uma chance à música, todos acabaram gostando. Tocamos ela até hoje. É um trabalho em equipe”, ele completa.



Steve Morse falou sobre a formação do setlist

Ao ser questionado sobre futuras mudanças no setlist, Morse conta que algumas faixas não farão parte de nenhum show, pois há certas fases da banda que eles não gostariam de reviver. “Não é sobre a música. Mas tocar faixas da fase de David Coverdale, por exemplo, é difícil, pois ninguém fez parte daquilo com exceção de Ian Paice. Eu acho que não há chances de tocar essas faixas.”

Steve Morse foi o terceiro guitarrista da banda, sucedendo Ritchie Blackmore e Tommy Bolin. Ao falar sobre os lendários músicos, Morse conta que Blackmore ajudou a trazer o som que a Invasão Britânica explorou na década de 60. “Ritchie era um ótimo membro de uma das mais pesadas bandas que já existiu nessa época e eu gosto do seu som. É uma honra tocar seus solos nos shows”.

E Tommy era um dos meus guitarristas preferidos quando ele era do Zephyr. Ele tinha um talento muito grande. Ele era brilhante no estúdio e passava por momentos difíceis quando estava em turnê. É isso o que uma turnê faz com as pessoas, ela faz você se sentir isolado. Mas nós músicos nos sentimos bem ao tocar e então tudo acaba valendo a pena.”

Finalizando a entrevista, agradecemos a atenção do guitarrista, lembrando do amor que o Brasil sente pela banda. “Obrigado. Nós sentimentos o mesmo”, ele diz encerrando.

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