segunda-feira, 29 de abril de 2024

Anthrax no Summer Breeze 2024.




Summer Breeze 2024: terceiro dia de festival traz Killswitch Engage e Anthrax
Festival acontece no Memorial da América Latina em São Paulo



A segunda edição do Summer Breeze Brasil se encerra neste domingo, 28, após dois dias repletos de shows, com bandas dos mais diferentes estilos.



Com o sol já baixo, para a alegria de todos, o Killswitch Engage subiu no Hot Stage, com o festival já se encaminhando para seus últimos shows da edição de 2024.

Uma música que merece ser destacada na performance da banda durante sua passagem por São Paulo, é “The Arms Of Sorrow”, presente no álbum As Daylight Dies (2006), com uma ótima interpretação ao vivo, sendo a melhor da performance da banda no Summer Breeze Brasil. Ela é melódica e sofrida, em uma balada potente, como de costume da banda. Seu refrão é um ponto alto da faixa, quando a voz do vocalista Jesse Leach soa limpa.

O som da banda traz o contraste entre as diferentes interpretações de voz por parte de Leach. Em certos momentos, ela soa melódica, com elementos bem característicos dos anos 2000, mas em outros, ele utiliza-se de guturais agressivos, que criam uma bela diferença durante a faixa.

Um exemplo disso, é “The Signal Fire”, faixa em colaboração com Howard Jones, que integra o álbum Atonement, lançado em 2019. O show do Killswitch Engage contou com elementos pirotécnicos que acrescentam um detalhe ainda mais interessante à performance do grupo.

Com “Unleash”, a banda entregou uma performance de alto nível, em especial, por parte do baterista Justin Foley, que executou a faixa com a potência e com a força necessária.

Em diversas músicas do grupo, o público se movimentou, com as famosas rodinhas punk, — ou mosh pit — e com “Hate By Design”, do Incarnate (2016), não foi diferente. Ela levou o vocalista a descer do palco e ir até a grade da pista que ficava mais próxima ao palco, não sendo a única vez em que ele fez isso durante a noite.

Algumas das faixas do Killswitch Engage contam apenas com gutural, sendo essas, as mais potentes e aceleradas, porque, aquelas que contam com partes de vocais mais serenos, tendem a ter elementos relacionados a coisas melódicas mais emocionantes.

O grande destaque em “Rose Of Sharyn” é, justamente, o vocalista, que entrega vocais poderosos, realmente parecendo ter saído de seu interior, com muita força. A música traz uma bela letra que é emocionante.

Sem dar sequer uma pausa, “Strength of The Mind”, também do Incarnate, veio a seguir e arrancou aplausos do público.

Exibindo o icônico coração com pregos que ilustra a capa do álbum The End Of Heartache (2004), a música de mesmo nome encaminhava a banda para o final de seu setlist.

Se o público achou que “My Last Serenade” seria uma balada tranquila, a fim dar uma diminuída, na velocidade do setlist, se enganou.

Para finalizar o show, em homenagem a um dos maiores nomes da história do metal, Ronnie James Dio, eles fizeram uma versão cover de “Holy Diver”, em uma versão com algumas diferenças com relação a original, mas sem ser uma coisa tão marcante.

Apesar disso, é uma boa dedicatória e por ser um grande clássico, mais pessoas conheciam, levando-as a cantarem, acompanhando a banda.

Apesar de a banda ser boa, o show deles acaba se tornando um pouco cansativo. Com uma estrutura semelhante das canções, algumas músicas até mesmo se parecem, dando uma certa impressão de já ter ouvido coisa ou outra no mesmo show.

Mas a performance deles está longe de ser ruim. Ela traz músicos que tocam bem, são comunicativos com a plateia e pareciam felizes em estar realizando aquele show.

Fazendo uma declaração de amor para o público brasileiro, a banda se despediu ao som de “Careless Whisper”. Sim, a música do saxofone de George Michael.
Anthrax

Em um dos shows mais aguardados da noite, o Anthrax fez seu retorno ao Brasil em grande estilo, já abrindo com a faixa introdutória de Among The Living, — um dos melhores álbuns lançados em 1987 — que também leva o mesmo nome do álbum.

A faixa é uma absoluta explosão sonora, levando o público a cantar junto o trecho final da faixa.

Fazendo jus ao nome da música, “Caught In A Mosh” veio em seguida, com o público já fazendo a rodinha punk obrigatória de qualquer show de metal.

Com o lendário guitarrista Scott Ian destruindo tudo no riff, “Madhouse”, do Spreading The Disease (1985) mostrou mais uma vez toda a potência que o grupo de thrash metal tem. Sendo um dos grupos mais clássicos dentro do estilo, a banda faz parte do famoso Big 4.

Perguntando se os fãs amavam thrash metal, Scott Ian anunciou “Metal Thrashing Mad”, que faz parte de um dos álbuns mais clássicos, não apenas dentro do estilo, mas do metal como em um geral. Com um solo de guitarra simplesmente fenomenal, executado por Jonathan Donais, a faixa torna-se ainda mais viva com as luzes frenéticas que piscam no palco.

Antes da música seguinte, o vocalista Joey Belladonna provocou uma interação com a plateia, que foi bem recebida. “Efilnikufesin” (N.F.L.) traz uma ótima performance por parte da banda, com todos os instrumentos alinhados e funcionando bem, mas com um detalhe em especial, que é a bateria de Charlie Benante.

Outro detalhe importante, é que engaja o público também. O refrão fácil da faixa, traz apenas as letras do título da música — mesmo que o resto de seu nome seja impronunciável.

“Keep It In The Family” é outro espetáculo ao vivo. A faixa pesada do Persistence Of Time (1990) ganha ainda mais potência quando executada ao vivo, com mais um riff de guitarra viciante e bem ritmado.

A levada que a música tinha se altera, com a participação de Benante sendo mais veloz e presente.

Com a excelente introdução de “Antisocial”, do State Of Euphoria (1987), a banda fez o público gritar o refrão de fácil assimilação que a faixa tem, em outra apresentação veloz por parte do Anthrax.

O Summer Breeze Brasil trouxe algumas participações especiais de músicos de outras bandas em seus shows. Chamando Andreas Kisser ao palco, o público ficou bastante empolgado, e então, juntos tocaram “I Am The Law” em uma performance que só pode ser descrita como icônica. Ver duas lendas do metal em cima do palco é de se emocionar.

A banda mostrou o motivo de ser um dos melhores nomes do metal, com uma apresentação repleta de técnica e velocidade. Um verdadeiro espetáculo.

Com sinos tocando e a guitarra pesada, “In The End”, do Worship Music (2013), veio em seguida, com um bom solo de guitarra.

Mais uma para os fãs do Spreading The Disease, “Medusa” continuou o setlist do show do Anthrax no festival.

Em um riff de baixo pesado, executado por Frank Bello, “Got The Time” é uma música rápida, que não dá muito tempo para pensar, apenas cantar.

“A.I.R” antecedeu “Indians”, trazendo uma linha potente de bateria icônica.

O Anthrax é formado por músicos icônicos, que construíram carreiras lendárias dentro do metal e trouxeram, nesta noite, um show que agrada a qualquer fã.

Extremamente técnicos, a banda se complementa e entrega uma performance digna de elogios.

Essa apresentação mostrou, àqueles que ainda não sabiam, que a banda está entre os melhores nomes do metal de toda a história.

Nossa colaboradora SUKA registrou os shows com fotos exclusivas que você pode conferir na galeria abaixo.


















































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