quarta-feira, 29 de março de 2017

DEF LEPPARD É CONFIRMADO NO ROCK IN RIO





Evento anunciou ontem

O Rock In Rio anunciou esta semana mais uma banda para o line-up de Rock, Def Leppard. A banda britânica se apresentará no dia 21 de setembro, mesmo dia em que quando o Aerosmith fechará o festival.

O Rock In Rio também já confirmou presença de Red Hot Chili Peppers, Alter Bridge, Alice Cooper, Sepultura e mais. A venda de ingressos para o festival será iniciada no dia 06 de abril, às 19h, através do site Ingresso.com.

PHIL ANSELMO ELOGIOU O MEMBRO DO MEMBRO DO MASTODON






Veja os trechos da entrevista

Em entrevista ao podcast Talkhouse, os membros do Mastodon Troy Sanders e Bill Kelliher compartilharam histórias de banheiro que passaram com o vocalista Phil Anselmo.

O guitarrista Kelliher começou contando: “Phil Anselmo é um gênio, ele é muito engraçado. Ele deveria ser um comediante, não estou zoando. Ele estava no banheiro com o Troy uma vez, e eles estavam fazendo xixi um do lado do outro. E daí ele virou e falou ‘Ei amigo, olha minha nova tatuagem’. O Troy olha e ele só está segurando seu pênis. Tão estúpido!”

Então Sanders continuou a história: “Eu estava fazendo xixi naquela mesma tarde e ele vem atrás de mim e só abaixa a cabeça até a minha cintura, só a sua cabeça, do lado do meu pênis e diz ‘seu negócio é maior do que o comum’ e só vai pra trás e sai. Ele estava tentando me elogiar? Porque ele faria isso? Bons tempos”.

terça-feira, 28 de março de 2017

TANKARD revela capa de 'One Foot In The Grave'


A banda de Thrash Metal alemã TANKARD, revelou a arte de capa do seu mais novo álbum intitulado 'One Foot In The Grave'.

A banda entrou no Gernhart Studios em Troisdorf com o produtor Martin Buchwalter (Destruction, Perzonal War, Suidakra), no início deste mês e guitarras, baixo e bateria já foram gravados, faltando apenas os vocais de Gerre para serem finalizados.

A arte de capa foi criada mais uma vez por Patrick Strogulski, que é um estudante de Sebastian Krüger, artista que desenhou a maioria das capas dos álbuns da banda. Patrick Strogulski já trabalhou com a banda nas artes de capa dos álbuns "A Girl Called Cerveza" (2012) e "R.I.B." (2014).

Alien o mascote da banda comemora seu retorno após cerca de 13 anos de ausência. O Alien nasceu em 1989 com o EP "Alien" e já apareceu em cinco capas de álbuns. O fã-clube oficial da banda "Maniac Aliens" também é nomeado em homenagem ao mascote.

O vocalista da TANKARD Andreas "Gerre" Geremia comenta: "Mister Strogulski criou mais uma verdadeira obra-prima e superou a si mesmo. Nosso primeiro plano era que eu estivesse na capa ao invés do Alien ... mas por sorte, acabou sendo o alienígena...".

O disco está planejado para ser lançado em 02 de Junho de 2017 via Nuclear Blast Records. Mais detalhes serão revelados em breve.

Links Relacionados
Facbook: facebook.com/tankardofficial
Homepage: tankard.info/start.html
Myspace: myspace.com/tankardfrankfurt
ReverbNation: reverbnation.com/tankard
Twitter: twitter.com/tankardofficial
Youtube: youtube.com/user/tankardofficial

PARADISE LOST INICIA GRAVAÇÕES DE NOVO ÁLBUM





Banda anunciou no Facebook

O Paradise Lost anunciou hoje no seu Facebook oficial que iniciou o processo de gravação de seu próximo álbum, que seguirá o lançamento de 2015, “The Plague Within”.

A banda está trabalhando novamente com o produtor Jaime Gomez Arellano, que além de ter produzido o último álbum do Paradise Lost, também já colaborou com Ghost, Cathedral e mais.

O novo álbum do Paradise Lost é esperado para o segundo semestre.

CERVEJA DO MEGADETH GANHA MEDALHA DE OURO E É CLASSIFICADA COMO EXCEPCIONAL





Cerveja ganhou 93 pontos

A recém lançada cerveja do Megadeth À Tout le Monde recebeu esta semana a medalha de ouro pela Beverage Testing Institute, organização que testa bebidas e dá pontuações de acordo com a qualidade. A bebida do Megadeth recebeu 93 pontos de 100, e foi classificada como excepcional.

A notícia foi compartilhada pelo Megadeth no Facebook, que comentou: “Estamos orgulhosos de anunciar que À Tout le Monde ganhou sua primeira medalha de ouro, pontuando o máximo de sua categoria, 93 pontos, classificando como “excepcional” (…). Parabéns ao cervejeiro Jerry Vietz e o colaborador definitivo, Dave Mustaine”

A cerveja do Iron Maiden recebeu 88 pontos pela mesma empresa, e foi classificada como “altamente recomendável”.

BREAK THE ICE – OS PRIMÓRDIOS DO STRATOVARIUS





stamos falando de quatro discos que antecederam os clássicos “Episode” e “Visions”"

por Leonardo Correia

Não há dúvidas que o Stratovarius conquistou o mundo na segunda metade da década de 90. Seu Power Metal repleto de refrões marcantes e sua sonoridade extremamente melódica definiu um novo padrão do gênero, sendo seguido por muitas bandas posteriormente. Embora esta fase de ouro da banda seja sempre relembrada, seus trabalhos iniciais muitas vezes passam despercebidos. Estamos falando de quatro discos que antecederam os clássicos “Episode” (1996) e “Visions” (1997) e é sobre esta fase um tanto oculta da banda que abordaremos neste texto.

“Black Water” (1984-1985)

Em Agosto de 1984, na cidade de Helsinki (Finlândia), a banda é formada sob o nome de Black Water. Sua formação inicial era composta por Tuomo Lassila (Bateria e Vocais), Staffan Stråhlman (Guitarrista) e John Vihervhä (Baixo). Porém em pouco tempo optam a mudança do nome para Stratovarius (sugestão de Lassila), uma junção dos nomes Stratocaster (modelo de guitarra) e Stradivarius (modelo de violino). No fim deste ano o baixista John Vihervhä deixa a banda e Jyrki Lentonen assume seu posto.

Pouco se sabe sobre este início da banda pois nunca foi divulgado nenhum registro desta época. Há relatos de que duas demos foram gravadas e que eram fortemente influenciados por Black Sabbath e Ozzy Osbourne, além da inclusão de elementos da música erudita (trazidos pelo guitarrista Staffan Stråhlman). É interessante notar a dupla função de Lassila, algo semelhante ao da banda Exciter (Seriam eles mais uma influência?).




No final do ano seguinte, Stråhlman resolve deixar a banda uma semana antes de um show em Aalborg (Dinamarca). Sem querer abrir mão do concerto, Lassila telefona para Timo Tolkki (que já havia tocado em uma banda junto com Lentonen) pedindo para se juntar ao grupo e acaba se tornando um membro definitivo. Tolkki traz suas influências de Ritchie Blackmore e música barroca, deixando sua sonoridade mais melódica.

Devido ao alcance vocal de Lassila ser um tanto limitado e da dificuldade de encontrarem um vocalista, Tolkki passa a assumir também os vocais da banda. No ano de 1987, é gravada mais uma demo com as músicas Future Shock, Fright Night e Night Screamer.

O primeiro disco

Após enviarem suas demos para diversas gravadoras, eles assinam um contrato com a CBS da Finlândia no ano de 1988. Contando com a presença de Antti Ikonen, que é convidado para incluir umas linhas de teclado nas gravações, a banda dá início à gravação de seu primeiro áalbum e lança seu primeiro single Future Shock/Whitch Hunt. Além do single, a música Future Shock também ganha o primeiro videoclipe da banda.
Já no começo do ano seguinte é lançado o single “Black Night/Night Screamer”, que já serve de aperitivo para o debut, intitulado “Fright Night”, que sairia em Maio do mesmo ano.




Gravado no Finnvox Studios e produzido pela própria banda, o disco traz músicas extremamente rápidas, agressivas (bastante diferente da sonoridade que todos conhecem) e com passagens um tanto virtuosas. O álbum segue os moldes das bandas de Heavy Metal dos anos 80, mas também definindo o que viria a ser o Power Metal. Suas letras trazem a temática obscura e fantasiosa que já é bem conhecida no gênero. Vale destacar a veloz faixa de abertura Future Shock, a criatividade na composição de False Messiah e a instrumental Fire Dance.

Após vários shows no Verão e Outono de 1989, o baixista Jyrki Lentonen resolve deixar a banda. No início do ano seguinte, Tolkki e Lassila já se preparam para gravar o sucessor de “Fright Night” porém a CBS não se mostra muito interessada em lançar algum material novo. Além disso, o contrato exigia que a banda arcasse com todos os custo de gravação, fazendo com que abandonem o selo. Depois de muita insistência, a banda consegue entrar em estúdio com Tolkki gravando as linhas de baixo. Isto acontece porque Jari Behm, que entra na vaga de novo baixista, tem um estilo de tocar que não se encaixa bem nas músicas. No início de 1992 é lançado “Stratovarius II” pela Bluelight Records.




O disco foi gravado no Millbrook Studios (Helsinki) e novamente produzido pela banda. Agora, com o tecladista Antti Ikonen como membro oficial, os teclados se mostram mais presentes (não servindo só como fundo como na maior parte do álbum anterior). Neste trabalho encontramos uma banda mais segura, que abriu um pouco do peso para apostar nas fortes melodias. Podemos destacar o Hard Rock de Break The Ice, os belos refrões de The Hands Of Time e Out Of The Shadows, além da pegada progressiva da instrumental Metal Frenzy. A temática das letras continua semelhante à já feita no álbum anterior.

Para chamar a atenção para o novo disco, é lançado o single Break The Ice/Lead Us Into The Light no mesmo ano. Apesar do apoio dado pela Bluelight Records, os seus discos eram lançados somente na Finlândia. Na busca de alcançar o mercado exterior, a banda torna a enviar fitas para diversas gravadoras e a Shark Records se interessa após ouvir a música The Hands Of Time. Devido à falta de compatibilidade com o grupo, Jari Behm é dispensado.

Rumo ao exterior

Em outubro de 1992 a banda lança “Stratovarius II” na Europa sob o título de “Twilight Time”. O disco fica cinco meses no Top 10 de discos importados no Japão, o que leva a um contrato com a JVC Victor Entertainment e o lançamento do disco no país em Julho de 1993. Ainda no mesmo ano, a banda se reúne para compor e gravar seu próximo álbum. O baixista Jari Kainulainen se junta ao grupo, mesmo com a maior parte do disco já pronto. Porém Tuomo Lassila sofre uma grave lesão de estresse em suas mãos, tendo que se afastar das baquetas por 8 meses. Cabendo à Sami Kuoppamäki (baterista do Kingston Wall) terminar o disco.

Gravado e mixado no Soundtrack Studios, sob o selo T&T Records, o terceiro álbum “Dreamspace” foi lançado mundialmente em fevereiro e março de 1994. Ele foi altamente elogiado entre os críticos e levou a popularidade da banda para um nível diferente. As músicas soam mais bem trabalhadas, com ritmos mais variados (as vezes tendendo um pouco para o Metal Progressivo) e se aproximando da sonoridade que elevaria a banda ao seu patamar mais alto. Vale à pena conferir a forte melodia de Chasing Shadows, Hold On To Your Dream e We Are The Future. A triste balada Tears Of Ice e a forte influência progressiva da introdução de Dreamscape.



Em junho, a banda vai para o Japão em sua primeira turnê e toca em Tóquio, Osaka e Nagoya, vendo os fãs japoneses cara a cara pela primeira vez. Neste momento, Tolkki se encontra no seu limite e decide que a banda deve buscar um bom vocalista para o posto. Após uma audição, Timo Kotipelto se torna o novo vocalista, cabendo à Tolkki somente o posto de guitarrista. Ainda sob o mesmo selo, a banda lança em Abril de 1995, seu quarto album “Fourth Dimension”.

Tempos de mudanças

Gravado novamente no Soundtrack Studios, a banda abre mão de algumas elementos dos trabalhos anteriores e inicia uma nova sonoridade que marcaria sua fase de ouro. Desta vez as linhas de voz parecem soar um tanto mais livres, devido ao Kotipelto exercer somente a função de vocalista. Dentre as faixas podemos destacar Distant Skies, a instrumental Stratovarius e a clássica We Hold The Key.




Pode se dizer que este disco serve como porta de entrada para o mundo da fama para o Stratovarius. A banda faz grandes shows em toda a Alemanha, Suíça, Holanda, Finlândia, Grécia e Japão. Com o fim da turnê, Tuomo Lassila e Antti Ikonen, membros de longa data, são convidados a deixar a banda. Havia muitas razões para essa mudança de linha, as mais importantes eram a química pessoal e as diferenças musicais. Principalmente porque Timo Tolkki não acreditava que tivessem habilidade técnica para tocar o novo material que ele estava imaginando.

Em Outubro do mesmo ano, a banda retorna ao Finnvox Studios para gravar o sucessor de “Fourth Dimension”. Agora contando com o alemão Jörg Michael (Bateria) e o sueco Jens Johansson (Tecladista), é formado o line-up clássico da banda . O quinto álbum “Episode”, lembrado até hoje como um clássico absoluto, começa a ser composto. Porém, esta história todo mundo já conhece.

*Este texto foi elaborado por um hell  e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.

Kreator - Gods of Violence (2017) (CD/DVD)

                      
Kreator - Gods of Violence (2017) (CD/DVD)
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)

CD
01. Apocalypticon
02. World War Now
03. Satan Is Real
04. Totalitarian Terror
05. Gods Of Violence
06. Army Of Storms
07. Hail To The Hordes
08. Lion With Eagle Wings
09. Fallen Brother
10. Side By Side
11. Death Becomes My Light
12. Earth Under The Sword (bonus track)

DVD - Live at Wacken 2014
01. Mars Mantra
02. Phantom Antichrist
03. From Flood Into Fire
04. Warcurse
05. Endless Pain
06. Pleasure To Kill
07. Hordes Of Chaos
08. Phobia
09. Enemy Of God
10. Civilization Collapse
11. The Patriarch
12. Violent Revolution
13. United In Hate
14. Flag Of Hate / Tormentor

No auge da explosão do Thrash Metal alemão, mesmo diante de grandes nomes como Sodom, Destruction e Tankard, o poder de fogo do Kreator era indiscutível. Simplesmente enfileiraram 5 clássicos do estilo em 6 anos, Endless Pain (85), Pleasure to Kill (86), Terrible Certainty (87), Extreme Agression (89) e Coma of Souls (90). Esses álbuns não só marcaram seu nome na história da música pesada, como também influenciaram bandas em todos os cantos do mundo. Indiscutivelmente, uma verdadeira instituição do Metal germânico e mundial.

Mas o Kreator também se notabilizou por sempre fazer o que quis, musicalmente falando. Na sua primeira fase, não teve problema em seguir uma linha mais técnica em Extreme Agressions e Coma of Souls, assim como na década de 90, um período de crise para o Metal, agregaram influências de Industrial e Gótico em sua música, resultando em ao menos um trabalho clássico, Renewal (92), e outros 3 que dividem opiniões, o bom Cause for Conflict (95), o insosso Outcast (97) e Endorama (99), que se tivesse sido lançado como um trabalho solo de Mille, certamente seria mais reconhecido, pois é um ótimo álbum de Gothic Metal.

Em 2001, nova virada na carreira, com o ótimo Violent Revolution, onde a banda retornou ao Thrash veloz, agressivo e muito, muito pesado. Era nítido também certa influência de Death Metal Melódico na sonoridade da banda, algo que veio a ter desdobramentos futuros em sua música. De lá para cá, essa fórmula veio sendo aprimorada nos 3 álbuns seguintes, Enemy of God (05), Hordes of Chaos (09) e Phantom Antichrist (12), com uma abordagem melódica cada vez maior, mas, ao mesmo tempo, começando a soar cada vez mais desgastada. Dentro desse panorama, era inevitável perguntar qual seria o próximo passo do Kreator. Manter a sonoridade que, apesar de tudo, vem rendendo bons resultados, ou mais uma vez dar uma guinada e renovar tudo? Gods of Violence é a resposta.

Desde seu lançamento em 27 de janeiro, já se passaram 2 meses e nesse tempo, pude escutar o 14º trabalho de estúdio dos alemães por dias a fio, fazer considerações, dar um tempo nas audições e finalmente, retornar a mesma, para reafirmar ou não minhas impressões iniciais. Ao final, esse tempo acaba sendo benéfico, pois quando se é fã, a tendência é sempre ter uma reação mais apaixonada em um primeiro momento. Sem dúvida, Gods of Violence é o trabalho mais melódico do Kreator em seus mais de 30 anos de carreira. A influência de Metal Tradicional se faz fortíssima, diminuindo até mesmo em parte, a selvageria característica da banda. Claro, o peso e a agressividade sempre se fazem presentes, a voz de Petrozza continua tão boa quanto era no início da carreira, Jürgen “Ventor” Reil se mostra tão raivoso como sempre por trás de seu kit de bateria, fazendo uma bela dupla com Christian "Speesy" Giesler, e o trabalho de Mille e Sami Yli-Sirniö é excelente, com as guitarras despejando ótimos riffs, mas essa queda cada vez maior para a melodia certamente vai incomodar alguns.

“Apocalypticon” é uma introdução orquestrada, que prepara o terreno para o que está por vir. Vale dizer que os arranjos orquestrais presentes no trabalho foram obra da dupla Francesco Ferrini e Francesco Paoli, ambos do Fleshgod Apocalypse. Então surge “World War Now”, que obstantes algumas melodias, é uma verdadeira pedrada Thrash. Veloz, agressiva, com riffs verdadeiramente furiosos e refrão forte. “Satan Is Real” surge em seguida, com uma pegada mais cadenciada, bons riffs e melodias mais evidentes, graças às claras influências de Metal Tradicional. O refrão é um dos mais marcantes de todo trabalho e vale destacar o ótimo solo. O Thrash Metal volta ao centro das atenções com “Totalitarian Terror”, faixa veloz e que vai te remeter aos bons momentos do Kreator nos anos 80. Ainda assim, a melodia se faz presente, mas de forma muito positiva. Não se assuste, é uma harpa que você está escutando na introdução de “Gods of Violence” (tocada por Tekla-Li Wadensten, de apenas 12 anos), e que funcionou muito bem, com suas melodias orientais. Daí pra frente, é peso, agressividade e um ótimo trabalho das guitarras, além de melodias marcantes, em uma das melhores músicas de todo o trabalho. Encerrando a primeira metade do álbum, “Army Of Storms” surge com forte influência de Metal Tradicional e alguns riffs que poderiam estar em um trabalho do Iron Maiden. Ainda assim, o Thrash está lá presente, firme e forte, como deve ser.


A segunda metade abre com “Hail To The Hordes”, mais cadenciada, pesada e que soa como uma mescla de Thrash, Power Metal e Metal Tradicional. E sim, tem uma bagpipe nela, tocada por Boris Pfeiffer, do In Extremo, e que funciona muito bem. “Lion With Eagle Wings” aumenta a velocidade e por trás de seu peso, tem riffs com fortes influências de NWOBHM. Poderiam até, quem sabe, estar em um álbum do Iron Maiden. O álbum dá sequência com a ótima “Fallen Brother”, bem direta, melódica e alguns trechos cantados em alemão. Ela conta com a participação do cantor pop Dagobert, famoso na Alemanha e amigo de Mille (que fez uma participação no álbum do mesmo, em 2015). Por sinal, tanto a letra desta, como a de “Satan is Real”, foram feitas em parceria pelos dois. “Side By Side” chega em seguida, com um riff fortíssimo, ótimo desempenho de Ventor, além de ótimas melodias. Reparem como as guitarras, em muitos momentos, poderiam estar em um trabalho mais atual do Iron. Fechando a versão básica do CD, temos “Death Becomes My Light”, outra com bastante de Metal Tradicional, algumas ótimas melodias e riffs interessantes. A versão nacional ainda conta com mais uma faixa, “Earth Under The Sword”, que saiu na versão japonesa de Gods of Violence. Tem um ótimo solo, melodias fortes e mantém o bom nível do trabalho como um todo.

Ainda de bônus na versão nacional, temos o DVD com a apresentação da banda no Wacken de 2014. O Kreator no palco não tem erro, e sempre faz um show bom de se assistir. Com o público nas mãos, um repertório que uniu clássicos como “Endless Pain”, “Pleasure To Kill” e “Flag Of Hate”, com faixas da fase mais atual e contando com uma bela produção, fizeram a alegria de todos os presentes.

Gravado, produzido e mixado pelo onipresente Jens Bogren e com a masterização feita por Tony Lindgren (Angra, Enslaved, Sepultura, Katatonia, Soilwork), Gods of Violence tem uma qualidade altíssima, já que tudo aqui é claro e cristalino, mas ainda assim, pesado e agressivo. A belíssima capa foi obra de Jan Meininghaus (Bolt Thrower, Lost Society, Orphaned Land) e embala o belíssimo digipack no qual a Shinigami lançou o material no Brasil. Por todo pacote envolvido, é uma aquisição que certamente vale a pena.

Indo ainda mais fundo na abordagem melódica adotada nos últimos 15 anos, Gods of Violence certamente agrada, até porque é um belo trabalho, mas fica evidente que essa fórmula se desgastou, dando talvez aqui seus últimos suspiros. Se não fosse a qualidade de Mille como compositor além do peso e a energia que transborda por todos os poros aqui, certamente não estaríamos diante de um trabalho tão bom. Se fosse 2 meses atrás, certamente a nota seria maior, mas agora, com a adrenalina em níveis normais, o que resta é um trabalho de melodias intensas, cativantes, com riffs afiadíssimos e que mantém a sequência positiva dos últimos anos, mesmo estando um pouco abaixo de seus antecessores. Mas chegou a hora de mudar, isso é evidente.


- Mille Petrozza (vocal/guitarra);
- Sami Yli-Sirniö (guitarra);
- Christian "Speesy" Giesler (baixo);
- Ventor (bateria).

Homepage
Facebook
Twitter
Instagram