quarta-feira, 23 de março de 2022

IRON MAIDEN: 40 ANOS DE “THE NUMBER OF THE BEAST”




Iron Maiden é uma das mais importantes bandas de Heavy Metal de todos os tempos. Nome importante do chamado New Wave of British Heavy Metal, a banda marcou seu nome na história da música e tem uma obra vasta já registrada com grandes discos.


Um dos maiores clássicos da banda é o álbum The Number of the Beast (1982) e este ano comemora 40 anos de lançamento. A banda é muito reconhecida principalmente com a fase iniciada a partir deste trabalho e com isto tem uma grande legião de fãs ao redor do mundo todo.

O canal do Youtube chamado Só Me Resta o Rock ‘n’ Roll fez um vídeo falando sobre o clássico do Iron Maiden. Quer saber mais sobre? Basta clicar abaixo.




Há 40 anos cravados, em 22 de março de 1982, o Iron Maiden lançava o álbum The Number Of The Beast, seu terceiro trabalho de estúdio, gravado no início daquele ano no Battery Studios, de Londres, com produção de Martin Birch. Ele é muito importante na história da banda porque marca a estreia de Bruce Dickinson nos vocais. Com seu estilo operístico, abriu novas possibilidades de composições para a banda, o que resultou em músicas que se tornariam clássicos do rock.

A faixa-título foi uma inspiração do baixista Steve Harris após ter um pesadelo depois de ter assistido ao filme Profecia II (1978) e lido o poema “Tam o’Shanter” do escritor escocês Robert Burns. A canção também ganhou uma introdução que se tornou clássica com uma sombria narração do Apocalipse pelo ator inglês Barry Clayton.

Outro detalhe desse disco é sua arte de capa concebida pelo artista Derrick Riggs originalmente para o single “Purgatory”, do álbum anterior Killers, mas como a banda considerou o desenho bom demais, o segurou para ilustrar seu novo trabalho.

The Number of the Beast foi o primeiro disco do Iron Maiden a alcançar o topo da parada britânica e o seu single de estreia “Run to the Hills” colocou a banda pela primeira vez no Top 10 inglês. Ele é considerado um dos melhores álbuns de heavy metal de todos os tempos. Steve Harris comentou recentemente esse trabalho e soltou a seguinte frase: “Considerávamos ter gravado um bom álbum, um álbum forte. Mas não saímos do estúdio achando que tínhamos feito história”.

DECAPITATED LANÇA VIDEOCLIPE DO SINGLE “CANCER CULTURE”

 



A banda polonesa de Death Metal, Decapitated, batizou seu oitavo álbum de estúdio “Cancer Culture” e o lançará em 27 de maio pela Nuclear Blast. O vídeo oficial da faixa-título foi lançado no YUoutube e você confere no player abaixo.


Vários artistas convidados aparecerão no disco, incluindo os membros Jinjer na música “Hello Death” e membros do Machine Head em “Iconoloclast”. O guitarrista do Decapitated, Waclaw “Vogg” Kieltyka, tem tocado ao vivo com o Machine Head nos últimos anos.

“Cancer Culture” track listing:




01. From The Nothingness With Love
02. Cancer Culture
03. Just A Cigarette
04. No Cure
05. Hello Death (feat. Jinjer)
06. Iconoclast (feat. Machine Head)
07. Suicidal Space Programme
08. Locked
09. Hours As Battlegrounds
10. Last Supper




segunda-feira, 21 de março de 2022

BLOODHUNTER: “A TWIST OF FATE TO COME” PRIMEIRO CLIPE DE NOVO ÁLBUM É LANÇADO

 

Diva Satânica e cia estão de volta com toda a força, que os fãs da Bloodhunter esperam. A banda prepara o lançamento de seu próximo álbum, Knowledge Was The Price, via Maldito Records. E para preparar o terreno para este próximo petardo sonoro, os espanhóis lançaram nesta semana o primeiro vídeo clipe oficial, para a canção “A Twist of Fate to Come”, que você assiste abaixo:




SLIPKNOT: FINALMENTE REVELADA A IDENTIDADE DO PERCUSSIONISTA TORTILLA MAN


 


O Slipknot usou as redes sociais para finalmente revelar a identidade do integrante que é conhecido como Tortilla Man. Muitos fãs já desconfiavam que o percussionista seria o multi-instrumentista Michael Pfaff, mas o mistério foi guardado pelos integrantes do Slipknot até esta semana. A revelação aconteceu através de uma foto do integrante segurando um cartaz com seu nome e data da revelação, além de um sinal para os fãs entrarem em um link do Reddit, em que ele assume sua identidade, abrindo um fórum de discussão entre os fãs. Veja abaixo:






sábado, 19 de março de 2022

Entrevista chaos synopsis










Entrevista chaos synopsis


1) Como foi o inicio do Chaos Synopsis?
Jairo: acho que não muito diferente do que temos na maioria das bandas, um monte de adolescente que se juntou e queria tocar música veloz igual aos seus ídolos. Por sorte, todos eram compromissados o bastante pra fazer a coisa virar e dar certo.

2) a banda tem uma discografia de dar inveja a muitas bandas como a banda compoe suas músicas?quais influências da banda?

Jairo: durante o tempo a coisa foi mudada, antigamente nos juntávamos nos ensaios e os riffs iam saindo e um ia complementando o outro, mas com o passar do tempo, no geral cada um chega com suas músicas prontas e aí decidimos em conjunto se vai ocorrer alguma mudança pontual nos riffs e, após isso, eu incluo as linhas vocais.

Nossas influências vão do Motley Crue ao Death, do Iron Maiden ao Slayer, muita coisa englobada aí.


3)A música “Coronavírus teve participação especial de Sebastian Phillips como foi trabalhar com ele?
Jairo: o Seb foi muito solícito quando fiz o convite. O conhecemos durante uma mini tour que fizemos junto ao Exhumed em abril de 2019, nos divertimos horrores em 4 dias de muito rolê pós show e criamos uma amizade maneira. Ele entendeu a proposta da música, gravou de seu home studio e nos enviou e o resto é história.


4)Ao longo dos anos a banda lançoou diversos albuns Kvlt ov Dementia’ (2009 – Free Mind Rec), ‘Art Of Killing’ (2013 – Psycho Rec), ‘Seasons Of Red’ (2015 – Black Legion Productions), o split ‘Intoxicunts’ (2016 – Defense Rec) e ‘Gods Of Chaos’ (2017 – Black Legion Productions). Consta ainda o EP ‘Garden Of Forgotten Shadows’ (2006 – independent), o MCD ‘Postwar Madness’ (2009 – Free Mind Rec) e ‘Live Dementia’ (2010 – não oficial). Qual álbum mais marcou a carreira da banda em termos de produção e divulgação?
Jairo: acredito que em Art of Killing tivemos uma mudança grande para a banda. O álbum esgotou mil cópias em coisa de 6 meses do seu lançamento e com ele chegamos a muitos lugares diferentes, tocamos em várias cidades brasileiras e em vários países europeus, subindo bastante o status da banda perante os fãs.


5) Como a banda define o som do Chaos Synopsis?
Jairo: gostamos de falar que tocamos Death Metal Rock 'n Roll. As músicas em si são uma boa mistura de thrash e death metal, mas a postura no palco é sempre de diversão, aquela pegada de rockeiro mesmo, arrepiando e se divertindo junto ao público.


6)Quais os planos da banda?

Jairo: no momento, temos alguns singles planejados e um EP para sair no segundo semestre de 2022. Além disso, estamos aos poucos relançando toda nossa discografia remasterizada em vinil.

Para dia 05/04 vamos lançar o single Chaos Synopsis, que já está disponível para pré-save no link abaixo:

https://onerpm.link/992212334597

7) vivemos em uma época de isolamento,como a banda enxerga essa nova realidade do mundo?
Jairo: acredito que o pior já passou, mas dentro do possível ainda devemos tomar muito cuidado. A falta de shows complicou muito para as bandas, mas acho que a retomada será brutal, já venho vendo muitas tours rolando e isso me trás muita alegria.



8) Qual o significado do nome Chaos Synopsis?
Jairo: a ideia é de ser uma sinopse de todo o caos existente e transformar isso em música desgracenta. Quando você olha o nome já pensa, vixi, vem pedrada pela frente.


9)A banda vai lançou a música serpent in flames com Anna Murphy do Cellar Darling. Como a banda teve o contato com a vocalista?
Jairo: eu trabalho agenciando algumas tours e em 2019 tive o prazer de agenciar a tour do Cellar Darling na América Latina. Quando surgiu a ideia de fazermos esse som acústico, na hora me veio a Anna em mente, seu vocal é sensacional e encaixaria muito bem na proposta. Além de cantar na música, ela também foi responsável pela mixagem da mesma.




10) Deixe uma mensagem aos fãs da banda e do hell metal rock?

Jairo: Só tenho a agradecer pelos muitos amigos que fizemos durante todo esse tempo na estrada, são 17 anos de muita curtição e rock 'n roll e não vejo a hora de voltar a fazer tudo isso, essa parada por 2 anos foi complicada, mas logo estaremos de volta ao que todos gostamos de fazer. Agradeço também a todos que acompanharam minha internação por causa do COVID, minha quase morte e recuperação, foi sensacional acordar do coma e ler uma quantidade enorme de mensagem e desejos de melhora e saber o quanto somos queridos pelos amigos.




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quarta-feira, 16 de março de 2022

GHOST - IMPERA

 



I know. That’s quite a statement from a protestant pastor (that would be me) when talking about a band leader who delves into the occult and the perils of organized religion. More on that later.

But how else to explain that his last Ghost effort, Prequelle, dealt with plague and sickness BEFORE the Covid pandemic reared its ugly head?

And then there’s the new one. Impera is a consideration of empires that grow and rule and then crash and burn, only to be replaced by other empires. Forge put this one together BEFORE the current crisis as Russia tries to regain the former stature and power (and size) of the Soviet Union. His work on the album preceded questions about the role of the U.S. empire in the world.

Forsooth, the guy is a soothsayer.

Or not.

The man behind the makeup of Papa Emeritus IV denies any special gifts. Instead, he says, history is circular. What goes around will come back around in due time. It’s an Eastern approach to viewing the world, as opposed to the Western sense of life and history as linear, a straight line that takes us from point A to the destination of Z. Do not stop, slow down or smell the roses. Just get to the finish line.

Okay, that’s a bit high-fallutin’ for rock ‘n’ roll, but Tobias Forge is a different kind of ghoul. He’s a man with a plan, who is already looking ahead to the next three or four Ghost albums. But for our purposes, we’re going to concentrate on “Imperia.” And that’s easy to do; this album is mind-blowing—musically, lyrically, in musicianship and production. I played it 15 times over the first two days I had it. And who knows how many times since.

It’s that good. Er, great. No, supernatural.



I hope Forge will forgive if we do a linear rundown of Impera. From song to song to song.


§ “Imperium.” A quiet and slow overture to set the scene for what’s to come. The guitars, acoustic and electric, carry this one forward. One can hear echoes of “Imperium” throughout the proceedings, giving this album a certain prog feel. Tobias Forge can do anything.

§ “Kaisarium.” The call to arms, a Rush-reminding arena rocker (complete with rhythmatic change in the break) that spews indignation over injustice, judgementalism and extremism. Hypatia was a pagan philosopher/mathematician in ancient Alexandria who was murdered by Christians. It may have happened 1600 years ago, but Tobias is still pissed—and finds modern equivalents.

§ “Spillways.” I can’t decide who all this sounds like. The intro is sorta Bon Jovi-ish, with a pounding, rinky-tink piano a la “Runaway.” But the song also has echoes of 10CC and The Sweet. In any case, this one is pure Papa for now people—I suspect that metalheads are not going to like it. Too bad. It’s a great, great song, really up-tempo and catchy. The message, on the other hand, is not so “up” according to Messr. Forge: “This is an elegy for the darkness that most people have inside. When you have a dam, spillways are the run-offs so the dam won’t overflow. That darkness inside us needs to find its way out.” I’ll be dammed.

§ “Call Me Little Sunshine.” The first single from Impera (although “Hunter’s Moon” came out first, due to its movie connection). A mid-tempo piece that starts low and slow with a simple guitar part—and then rises up with power and grace. Victorian England (and the world) were forever changed by the Industrial Revolution. Lives were altered, for good and bad, as the devil tempted folks to go farther and farther into the technology at the expense of human contact and relationships. Like most Forge works, the lyrics have implications for past, present and future. And yes, you heard it here: Forge is warning us about Satan and his temptations.

§ “Hunter’s Moon.” Forge explores his fascination with horror flicks in this powerful rocker that accompanies the end credits for the movie Halloween Kills. Our lyricist says it’s about yearning for someone from the past—of course, most of Forge’s songs deal with a yearning of one type or another. On this one, Ghost kills.

§ “Watcher In the Sky.” A great meld of up-tempo metal and hard rock, with a huge beat that you can dance to. Forge says this is about how science can have some unintended effects on people and society.

§ “Dominion.” A short horn hymn (although the performance is likely on the keyboards). Slow, majestic, it’s not so much as a segue as it is an interlude, an aural palate cleanser before things go crazy with…

§ “Twenties.” Okay, hear my confession. The first time this assaulted my ears, I was puzzled and irritated. Forge himself says this is “Slayer meets Missy Elliott,” and that’s very accurate. It’s catchy, but “Twenties” sticks out because it doesn’t seem to fit into the rest of the album. And the lyrics? Forge’s wordsmith talents seem to go into parody:

“In the Twenties (Twenties) We'll be singing in a reign of pennies / In the Twenties (Twenties) We'll be soaring in disguise of Bevies / In the Twenties (Twеnties) We'll be smooching at thе feet of Da Rulah / In the Twenties (Twenties) We'll be grinding in a pile of moolah”

Forge is likely talking about more than the decade in which we live. The Roaring 1920s were a turbulent time of wealth and anything goes—but new empires of Nazism in Germany and Fascism in Italy started to make their presence felt. And the financial empires imploded into the Great Depression. Is that where we are headed?

I should add: this song is growing on me, the more I hear it. I still wonder if it wouldn’t have been better as a bonus track…

§ “Darkness At the Heart Of My Love.” A brooding piece, almost a love dirge. Forge goes back to one of his favorite promises: “I am with you always.” Who “I” and “you” are is up for speculation. God and people? Lovers? Whatever. The song makes the case that pure love is not just light and joy.

§ “Griftwood.” Papa Van Halen, with a tapping guitar intro and blazing solo in the break. Forge’s voice takes this away from the VH sound and into power Papa land. Tobias says this song is about former U.S. Vice President Mike Pence—a Bible thumper who preaches one message but acts in an entirely different way. Such men promise the world: you’ll “never ever suffer again.” Jesus didn’t even promise that!

And speaking of biblical references, where in hell does Forge dig his up? In this one song, he mentions Asiah and Sennacherib. Most Christians don’t know who they are. Does he have a secret religious counsel who feeds him these names and words? Does he know Latin? Inquiring minds want to know…

§ “Bite Of Passage.” A brief instrumental interlude that takes the mood down, preparing us for the terror of a serial killer.

§ “Respite On the Spital Fields.” Tobias the Ripper goes back to the fear inflicted by one brutal killer in Victorian England. It’s a tune and performance of mystery that builds and recedes in turn. The fading end harkens back to the opening track Imperium. If you have your player on repeat, one hears the decline of one empire and the start of a new one. And so it goes…

Impera is the sum of many parts; Papa is not working alone. Just which Nameless Ghouls are on the record and what they’re playing is not clear—but that’s why they’re nameless, of course. Opeth’s Fredrik Akesson helps out his fellow Swedes with searing guitar leads that add a huge amount to the sound. And then there’s the songwriting assistance. Folks who have worked with Madonna, Lady Gaga and Katy Perry have offered their ten cents worth to “up” the catchy quota. And Klas Ahlund, who helmed Ghost’s classic Meliora, is back to twiddle the dials.

Impera is the best Ghost album—up to now. It further synthesizes Tobias Forge’s vision of catchy, powerful music combined with thoughtful lyrics wrapped in an entertaining shtick. It is a realization but also a promise. That’s a reason to celebrate this album, this band, and the work of this man. Forge is one of the most exciting men in rock, onstage and in the studio.

All of that begs the question: why in God’s name would a middle-aged United Methodist pastor from the Bible Belt like Ghost?

Why not?

Let’s set aside the hooks, the arrangements, the guitar army and swooping vocals and everything that takes the music outside the bounds of typical metal.

Does Tobias Forge go after Christians with a square hammer? Absolutely. But what might surprise him and you is that there are plenty of us at Sunday worship who agree. Organized religion has done terrible damage over the centuries. It is filled with liars, snakes and hypocrites (and we all fall into those traps at various points). We’re an easy target, and rightfully so, because we’ve set ourselves up to be holier than thou. Many—maybe most—at the local level do our best to follow Jesus’ example and words and still fall short. It hurts to be reminded of that. But we need to be jabbed, and it’s a little easier when there’s a big beat and melody accompanying it.



Yet O ye of little or no faith shouldn’t get too fat and sassy. Papa also melts down the secular golden calves of science, technology, business, government, and the various leaders in those fields as well. And then there’s the things we all have in common—selfishness and greed, anger, hate, bias, and all those human attitudes and behaviors that make us less than what we could and should be.

Moreover, the Ghost gospel is one that requires thought and analysis. Forge is a man of depth and substance, and his messages reflect that. There are a lot of possible interpretations in the lyrics, and that is both appealing and challenging (note: Jesus’ parables also require the audience to reach their own conclusions…which may already have occurred to Papa in all his incarnations).

In Forge’s circular view and philosophy, the next rotation might bring something better than the last—the possibilities are endless and likely good. The circle itself is complete and whole, ever connected, unbreakable. The spheres of the sun and stars bring light, which is reflected by moons and other heavenly orbs. The dark comes from the void at the finish of all things. The circle offers hope; the straight line comes to a dead end.

So while Tobias Forge sees past, present and future in the circle of life, he’s not giving in to the depression and plague and corruption and spiritual hubris that are part of every era (and documented in his music). He’s looking for signs of something better just around the corner. That, folks, is hope and faith. So with Impera, Ghost is not just taking down empires. It is building something new and positive. Thank God.

And that’s why this follower of Jesus is into Ghost. Amen.

Marcus D’Angelo, do Claustrofobia, faz faixa-a-faixa do novo álbum da banda, ‘Unleeched’




No último dia 11, a banda brasileira Claustrofobia lançou o álbum Unleeched, primeiro trabalho completamente em inglês da carreira, lançado pela Metal Assault Records e com distribuição no Brasil pelo selo Wikimetal Music.

Gravado durante a pandemia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, o disco teve a produção assinada por Adair Daufembach, que já trabalhou com bandas como Hangar e Project46, em conjunto com a própria banda.

Com exclusividade aqui no Wikimetal, o vocalista e guitarrista Marcus D’Angelo fez uma faixa-a-faixa da novidade, explicando o conceito por trás de cada uma das nove canções, além de contar algumas curiosidades sobre o trabalho. Leia o faixa-a-faixa na íntegra logo abaixo!
01) Stronger Than Faith

Marcus D’Angelo: Sem dúvida a música mais poderosa do álbum. Os riffs são muito influenciados pelo thrash/death metal tradicional, mas com aquele jeito brasileiro de se tocar, principalmente quando a bateria ataca a música em conexão com o baixo. Foi a primeira vez que usamos guitarras de sete cordas, e o fato curioso é que a sequência dos riffs foram compostos com a guitarra de seis cordas na nossa afinação padrão e depois transportamos para sete cordas soando mais brutal e contemporâneo.

Tínhamos uma sequência pronta, mas ainda faltava algo, foi então que o Yamada [Rafael Yamada, baixista do grupo] trouxe o riff do refrão que caiu como uma luva na composição. Um dos riffs mais poderosos do álbum sem dúvidas. O refrão marcante e letra forte também são ponto alto. Não adianta apenas ter fé, tem que lutar sem reclamar, ter devoção ao sacrifico, ser voluntario na batalha para conquistar, domar os próprios demônios que nos perseguem como se fosse o culto mais sinistro do século, enfim encarar tudo isso de frente por mais cruel que seja. Foi uma escolha unânime dentro da banda para abrir o disco.
02) The Encrypted

Marcus D’Angelo: Essa música soa como uma máquina, palhetadas simples e cheia de segredos, muita interação entre os três instrumentos, me arrisco a dizer que talvez seja a música mais pesada do disco. Letra interessantíssima, algo sobre o choque de ambiguidade, prosperidade por meio da decadência, aquele quebra cabeça que é a personalidade de cada indivíduo; jamais ninguém vai entender o que se passa dentro da sua mente e você nunca escapará de si mesmo. O coro de vozes do refrão com a melodia tribal em cima de um groove 100% brasileiro convoca a movimentação.
03) Neuro Massacre

Marcus D’Angelo: Esse foi o primeiro single lançado, uma composição clássica do Claustrofobia. O riffs são rápidos, quebrados e perturbados conduzindo a trilha para uma letra que expõe um pensamento autodestrutivo, impaciente e colérico, que na verdade representa um mecanismo de defesa. Curiosidade: esse riff saiu de uma jam que fizemos no dia que o Brasil perdeu de 7×1 pra Alemanha (risos). Sem mais.
04) Psychosapiens

Marcus D’Angelo: Essa é a minha favorita do álbum, um hip hop com death metal monstruoso. Minha melhor performance vocal, letra destruindo na responsa a espécie humana e o refrão possuído de fúria com os backing vocals do Yamada interagindo com meu vocal. A bateria de “malako” do Caio [D’Angelo, baterista] junto com o baixo dita o groove perfeito. Drenagem de cérebros psicóticos estuprando a terra com as mãos sujas de sangue. A confiança joga sujo as escondidas…
05) Corrupted Self

Marcus D’Angelo: Segundo single lançado, um death/doom/industrial extremo com influência de Hellhammer que contém a participação do Marc Rizzo que fez um solo épico. Ele se ofereceu para participar e criamos aquela base hardcore/death metal especialmente para ele representar com suas habilidades. O riff perturbador e as linhas de bateria são um massacre. As nuances do baixo dessa música são incríveis e fazem toda a diferença na atmosfera. Letra sobre ser nascido e criado no Brasil, o berço da corrupção, onde ser corrupto se tornou um ato de sobrevivência e também expressamos todo nosso desprezo aos pseudo revolucionários hipócritas que com seus discursos supérfluo se vangloriam em atacar os coitados doentes, mas não tem coragem de atacar a doença.
06) Unleeched

Marcus D’Angelo: Música que leva o nome do disco. Todos os riffs foram criados pelo Caio e eu apenas aperfeiçoei na minha pegada. Ficamos pirando no ensaio fazendo todas as variações possíveis até chegar num consenso. Uma música 100% Claustrofobia com aquelas mudanças drásticas de tempo, que poderia facilmente integrar álbuns como Thrasher ou Peste. Tem samba, tem sample do mestre Alborgheti etc. Estamos “dessanguessugados”, estamos unidos e juntos começamos uma revolução em nossos pensamentos removendo tudo que possa vir nos acorrentar. Existem tratamentos que usam os sanguessugas para cura, e as vezes temos que ser sugados para entender o valor da liberdade e das nossas convicções. Expostos a essa raça pestilenta desenvolvemos anticorpos para o progresso. Essa vai destruir no mosh pit.
07) Snake Head

Marcus D’Angelo: Esses riffs nasceram no mesmo dia da “Neuro Massacre” quando o Brasil perdeu de 7×1 pra Alemanha (risos). A letra quem fez foi um talentoso e grande amigo nosso, chamado Ivan Goetschi, ele nos dá assistência em todas as letras, mas quando ele ouviu essa música em primeira mão ele me respondeu com essa letra magistral. Ele sentiu o clima da serpente. Essa era única faixa que não estava pronta quando entramos em estúdio, finalizamos durante as gravações e se tornou a faixa mais misteriosas do álbum.
08) Crawling Back to Yourself

Marcus D’Angelo: Música poderosíssima que optamos por deixar mais para o final para não perder a potência do disco. Levada contagiante e letra pesada, a ideia da letra veio do Yamada e eu adaptei para encaixar as vozes. Tem bastante nuances de vocais que são elementos que temos agregado aos poucos nos últimos anos. Começa o momento de redenção no álbum, quando se entende que você precisa ser 100% você mesmo, mas a partir dessa escolha definitiva você percebe que esse caminho de volta, de desapego será muito difícil, por este motivo, vai até o inferno e retorna a si mesmo, rastejando e buscando se restabelecer.
09) 2020 (March to Glory)

Marcus D’angelo: Sem dúvidas foi a música mais diferente que já compusemos, tenho muitos riffs e melodias diferentes que toco aleatoriamente no violão que nunca pensamos que encaixaria no Claustro, porém no último minuto o Caio nos encorajou a fazermos essa que se tornou a “2020 (March to Glory)”. Pela primeira vez eu gravei vozes limpas como principal elemento. Foi um desafio que tive que encarar com a ajuda dos meus irmãos de banda.

O ano de 2020 nos provocou muitas reflexões e foi muito pertinente falar sobre isso, mas optamos por abordar de um ponto de vista mais orgânico e de questionamentos interior, sem acusações ou julgamentos. Eu fiz essa letra em parceria com meu grande amigo Ivan Goetschi (mencionado acima).

A música é bem emocionante e o coro de vozes limpas do refrão transmite muito bem o resumo de tudo isso. Que seria algo como: “Somos todos guerreiros anônimos e ordinários, vagando e sonhando alto pela terra desde o ventre até o túmulo, mas que certamente de alguma forma, estamos unidos em busca da glória, da luz, cada um em seu grau de consciência” Tenho muito orgulho dessa música.

Vale ressaltar a importância do produtor Adair Daufembach na caracterização e a grandeza do som do álbum. Um mestre. O álbum termina de uma forma muito emotiva e bonita. Foi feito para ser apreciado do começo ao fim, como nos velhos tempos, e isso nos dá aquela sensação de primeiro disco.

Unleeched representa a cura, o progresso e a libertação.