domingo, 10 de setembro de 2023

AS MÁGOAS DE TARJA POR TUOMAS NAS MÚSICAS DE SUA CARREIRA SOLOS











Pois então, há pouco mais de 15 anos, Tarja foi demitida da banda e a incógnita ficou em relação ao que ela faria de sua carreira. Iria se tornar uma cantora lírica? Iria integrar outra banda? Iria se focar em sua carreira solo dentro do metal?

Ela optou pela terceira escolha.

Mas e como ela levaria esta sua carreira? Ela nunca havia composto uma melodia que fosse para o Nightwish até aquele momento. Os anos passaram e Tarja obteve um feito que poucos conseguiram no metal que é ter uma carreira solo que a sustentasse e até pagasse mais do que ela recebia quando integrava a banda. Até o momento ela possui cinco discos de metal, dois natalinos e um de ópera. Grande produtividade em tão poucos anos.



Apesar de no início haverem aquelas rixinhas de uns apoiando a banda e outros apoiando a cantora, a verdade é que a imensa maioria dos fãs gostam de ambos. Eu não acompanho tanto Tarja como faço com o Nightwish e acho o primeiro disco dela bem fraco, mas gosto dos seguintes e acho Colours in the Dark [2013] o seu melhor trabalho.

Falando brevemente sobre como a cantora lidou com a situação com o passar dos anos, posso dizer que me surpreendi positivamente. Logo após sua saída, em seu primeiro disco (de heavy metal) lançado, pude notar algumas diferenças grandes de postura da finlandesa. Ela deixou um pouco aquele lado meio “sisudo” que ela demonstrava na banda e passou a agir de maneira muito mais afável tanto com os fãs quanto com os músicos que trabalham com ela e com os produtores de shows. Obviamente, Tarja está muito mais feliz com sua carreira solo. Ao que parece, o ambiente pesado e ruim de isolamento que sentia na banda a deixava mal e não muito contente de lidar com o mundo da música como um todo.





Atualmente, Tarja é considerada uma das cantoras mais simpáticas do metal. Nunca isso era dito nos tempos em que estava na banda. Todo mundo ressalta o quão aberta ela é nas entrevistas, no atendimento aos fãs e mesmo em seus projetos. O clipe de “Railroads” ela montou com imagens de centenas de fãs de todas as partes do mundo cantando ou tocando a música. A meu ver, uma ideia fenomenal.

Mesmo nos shows, ela não renega seu passado com a banda. Ela sempre toca pelo menos uma ou duas músicas do Nightwish para os fãs irem ao delírio. Várias vezes ela escolheu músicas que estão esquecidas há muito tempo ou que mesmo nunca foram tocadas pela banda. Sem contar que ela também dança no palco, faz piadas, brincadeiras, está sempre sorrindo. Enfim, uma artista que faz um show que não há pagante que não saia ainda mais fã da cantora por onde ela passa.

Agora, uma das coisas que mais me impressionou foi que ao longo de seus discos, Tarja começou a soltar umas alfinetadas a Tuomas em suas músicas. Com a influência do próprio tecladista, a finlandesa percebe que falar um tanto mais de si e do que ela viveu são ideias muito boas para se transformarem em música. Ela não fez muitas músicas falando de Tuomas, mas na maioria dos álbuns há sim pelo menos uma ou duas faixas com algumas alfinetadas e deboches em relação a sua vida na banda e sua demissão. Segue então aquilo que eu interpreto como músicas de Tarja falando sobre Tuomas ou coisas relacionadas à banda.

I Walk Alone: está claro que é um recado a Tuomas e a banda que ela seguirá em frente. Uma resposta clara a sua demissão. Nos primeiros versos em que ela coloca “I left a thorn under your bed” seria como se fosse uma espécie de “vingança” ao demonstrar que mesmo que a dispensassem, ela ainda é parte importante da história da banda que nunca se apagará.

Boy and the Ghost: no disco My Winter Storm [2007], Tarja criou também alguns personagens e entre eles está o “Dead Boy” que sabemos que representa Tuomas. Há uma pequena estrofe no disco que faz referência a “Sacrament of Wilderness” do Oceanborn [1998]. E nessa parte, Tarja sentiu-se traída por terem descumprido o “juramento” que eles fizeram nesta música que podemos interpretar que todos os membros fariam do Nightwish uma banda grande (lembrando que a ideia da banda surgiu em um acampamento). A finlandesa aqui relembra o “Dead Boy” do “juramento que fizeram”.

Dark Star: essa música é cheia de veneno. Tarja se refere a Tuomas como uma “estrela negra”, o sujeito que se acha o tal, que se considera o grande líder mas que na verdade é somente um escravo do show business. Também o chama de vazio e insistindo em um amor que nunca terá por parte dela.

Never Enough: interpreto que Tarja aqui questiona que ela deu tudo de si para a banda e Tuomas nunca estava satisfeito com suas performances. E isso de fato ocorreu, principalmente na época de Oceanborn. No próprio livro do Nightwish eles mencionam que eles levaram Tarja ao limite para gravar seus vocais em que chegou um momento em que ela caía em choro por nunca estarem bons. Tanto é que Tarja nunca conseguiu repetir certas performances vocais do álbum nos shows.

Diva: aqui ela tira um sarro da situação quando na carta de demissão a chamaram de diva. Na letra, ela ri da situação, deixa as coisas para lá, dá umas alfinetadas que ela é a “diva” e dá a entender que a verdadeira “diva” da banda é o próprio Tuomas. Exemplos são uma passagem de diálogos perguntando sobre dinheiro, que sem bebida não tem show, que nunca tem certeza de nada, etc. Nos shows, ela também tira um barato colocando uma coroa como uma “diva”. O instrumental meio circense também tira sarro do ambiente interno da banda que se resumia a piadas bestas e bebedeiras. Um verdadeiro “circo”.

No último disco In the Raw [2019], não identifiquei mais nenhuma referência a Tuomas e ao Nightwish. Até acho bom ou seriam provocações baratas já que a banda nunca mais se pronunciou sobre Tarja. As respostas e alfinetadas ficaram no “ponto certo”. Mais do que isso já seria um exagero a meu ver.

Finalizo esta série de artigos sobre Tarja e o Nightwish com esse bônus. O Nightwish sofreu o recente revés com a saída de Marco Hietala. Espero que a banda encontre um novo baixista/vocalista para que entrem nos eixos e torço para que Marco passe bem nos seus projetos futuros. Já em relação a Tarja, ela vai muito bem na sua carreira solo e aproveitou o ano passado para interagir mais com seus fãs através de lives e postagens.



Yes e Jethro Tull: Os Dinossauros Estão De Volta?





Yes e Jethro Tull: Os Dinossauros Estão De Volta?





Por  Melina born
Este artigo especial focaliza em duas das maiores bandas do rock dos anos 70, que passaram pela sua dose de problemas no século XXI e ressurgiram recentemente: Jethro Tull e Yes. A primeira banda passou mais de vinte anos sem lançar nenhum álbum original, a segunda perdeu o último membro fundador da sua formação em 2015, com a morte de Chris Squire. Ambas lançaram dois álbuns de inéditas com pouco tempo entre eles, fazendo a gente pensar que as bandas estão efetivamente de volta (e não somente fazendo shows), e, como quando a esmola é muita o santo desconfia, vai-se aqui analisar essa produção recente.



JETHRO TULL: Existe vida sem Martin Barre?
O caso do Jethro Tull é curioso. A banda pertence a Ian Anderson, ninguém jamais questionou, mas entre 1969 e 2011 contou com o excelente guitarrista Martin Barre. Anderson, de acordo com Barre, quis encerrar o Jethro Tull, e lançou os seus álbuns seguintes com seu próprio nome: Thick as a Brick 2 e Homo Erraticus. Mas em 2017 o flautista anunciou uma turnê de 50º aniversário para o Jethro Tull, e como integrantes da banda, os membros de sua banda solo: Florian Opahle na guitarra, John O’Hara nos teclados, David Goodier no baixo e Scott Hammond na bateria. Também anunciou um novo álbum de material inédito. A turnê veio e terminou, e o novo disco não saiu.

Em 28 de janeiro de 2022, The Zealot Gene saiu com Anderson sozinho na capa e o nome Jethro Tull. Gravado ao longo de um período de quatro anos, o álbum registra uma banda que já não existia quando do lançamento, pois Florian Opahle tinha anunciado que iria sair para se dedicar à produção e ao trabalho em estúdio em 2020. Seu substituto, Joe Parrish-James, participa em uma música, “In Brief Visitation”, e outras quatro músicas do disco, que Ian Anderson decidiu lançar como estavam por causa da dificuldade de reunir os músicos por causa da pandemia, são gravações solo do vocalista.

Detalhes para lá, o que se tem em The Zealot Gene é um bom disco do Jethro Tull, aberto pela excelente “Mrs. Tibbets”, dedicada à sra. Enola Gay, mãe do coronel Paul Tibbets, que comandou o bombardeiro – batizado “Enola Gay – que lançou a primeira bomba atômica em Hiroshima. Arrisco dizer que é a melhor música da banda desde os anos 80, com um ritmo contagiante, uma bela melodia, bom arranjo e uma letra excelente, mas infelizmente nenhuma das posteriores é tão marcante; há boas músicas no disco, algumas mais rock, como “Shoshana Sleeping” e a faixa-título, outras mais elaboradas, como “Mine is the Mountain”, e várias com influência mais folk, como “Sad City Sisters” (com belo trabalho de O’Hara no acordeão), mas nenhuma se compara à abertura. Mas a guitarra de Opahle não é tão forte quanto a do velho Martin Barre, e em “Barren Beth, Wild Desert John” e “The Betrayal of Joshua Kynde”, este fez muita falta. “Three Loves, Three” faz menção ao livro “Os Quatro Amores”, de C. S. Lewis, e é provavelmente a melhor das músicas solo de Ian Anderson no disco, com uma bela melodia e um arranjo mais elaborado. “Fisherman of Ephesus” traz algumas memórias do Jethro Tull dos anos 70, mas, mais uma vez, Barre faz muita falta.



Um aspecto interessante é o número de referências religiosas na maioria das músicas. No belo livreto da edição Deluxe, Anderson chega a incluir uma lista de versículos da Bíblia que o inspiraram para compor as músicas; além disso, há várias fotos de igrejas e objetos religiosos. Essa edição é acompanhada por um segundo CD com as demos para as doze músicas do álbum final, mais “She Smells Sweet”, que não chegou a ser completada. Um DVD ou Blu-Ray completa a edição, trazendo a mixagem em Surround de The Zealot Gene, mas não as demos. Uma experiência que pessoalmente fiz e achei interessante: ouvi “Aqualung” e este disco com as letras nas mãos, e é interessante ver a mudança de posição de Ian Anderson sobre a religião, pois, se em “Aqualung” o ódio à religião é nítido, aqui se está diante de uma declaração de respeito. O livreto traz, inclusive, os acordes de cada música.

Em novembro de 2022, anunciou-se que um novo álbum do Jethro Tull, RökFlöte, seria lançado em breve (e de fato o disco saiu em abril deste ano). Baseado na mitologia nórdica, e inspirada pelo fato de que Anderson mapeou seu DNA para descobrir que tinha ancestrais vikings, RökFlöte traz a formação atual do grupo (Anderson, O’Hara, Goodier, Hammond e Parrish- James) e conseguiu uma boa colocação na parada britânica, atingindo o 4º lugar (The Zealot Gene foi 9º na Inglaterra). A atriz e cantora islandesa Unnur Birna participa do disco em duas faixas, declamando textos sobre a base musical da banda, incluindo a abertura, “Voluspo”, e o encerramento com “Ithavoll”. Pode-se destacar diversas músicas no álbum. “Ginungagap” traz generosas e bem-vindas doses de peso à música do Tull, ressuscitando a dinâmica de guitarras distorcidas e bateria pesada com a suavidade da flauta. O clima épico de “Hammer on Hammer” cativa, mas a música se beneficiaria de um acompanhamento mais forte – os músicos atuais são bons, mas fico imaginando essa música com Barre, Clive Bunker e Dave Pegg, por exemplo. “Wolf Unchained”, bem trabalhada e variada, é outra que chama a atenção, destacando o bom trabalho de guitarras. O acordeão de John O’Hara dá as caras em “Trickster (And the Mistletoe)”, que em alguns momentos me lembrou do clássico “The Whistler”. A bela “Cornucopia” é provavelmente a minha favorita, com sua melodia que remete aos grandes momentos do Jethro Tull no passado. “Ithavoll” fecha o ciclo trazendo de volta Unnar Birna e sua voz expressiva.



Particularmente, acho RökFlöte um álbum menos interessante do que The Zealot Gene, mas não é, de modo algum, um disco ruim. Pelo contrário, o fato de ser um álbum conceitual, em que as letras foram escritas seguindo um mesmo padrão, cada uma com três estrofes narrando a lenda ou mito que a inspirou e mais duas trazendo essa história para os tempos atuais, indica que Anderson não se aquietou e ainda tem lenha para queimar. Independentemente disso, é um esforço mais coletivo do que o disco anterior, e Joe Parrish-James se mostra um guitarrista bem mais presente do que seu antecessor Florian Opahle. A edição Deluxe traz as demos das músicas no CD 2, e o Blu-Ray, a mixagem em Surround, bem como uma versão alternativa para “Voluspo” e uma entrevista com Ian Anderson. No todo, os dois discos recentes do Jethro Tull mostram que a banda ainda consegue brindar seus fãs com boa música. Está à altura do passado? Não, ninguém deve esperar esses álbuns no Top 10 da banda, mas, convenhamos, nenhuma banda com 50 anos de carreira lançará seu melhor disco nesses tempos que vivemos…

YES OR NO? STEVE HOWE SE RECUSA A DEIXAR A BANDA MORRER



Em 2001, o Yes lançou Magnification, último álbum com Jon Anderson. Quando este, por problemas de saúde, não pôde participar de uma turnê da banda, Chris Squire, Steve Howe e Alan White simplesmente decidiram seguir em frente, contratando Benoit David para o vocal e Oliver Wakeman para os teclados. No álbum que lançaram em 2011, a banda retrabalhou um épico dos tempos de Drama que ficara inédito, Fly from Here, o que trouxe Geoff Downes de volta para o grupo, e resultou em um bom disco. Três anos depois, saiu o questionável Heaven & Earth, com Jon Davidson nos vocais acompanhando Squire, Howe, White e Downes. Essa formação também rendeu dois álbuns ao vivo, ambos intitulados Like it is, que revisitam álbuns clássicos do grupo.

Com a morte de Chris Squire no ano seguinte, parecia o fim da banda. Steve Howe, entretanto, tinha outros planos. De acordo com ele, Squire queria que o grupo continuasse, e sugeriu seu velho amigo e parceiro de composições Billy Sherwood (que participara do Yes nos anos 90, gravando Open Your Eyes e The Ladder) para o baixo. E, verdade seja dita, Sherwood não apenas desenvolveu um estilo que emula bem o mestre, como ainda por cima canta de maneira muito semelhante a Squire. O Yes continuou se apresentando ao vivo, lançando três álbuns ao (Topographic Drama, 50 Live e The Royal Affair Tour, provando que o grupo executava bem as composições antigas e honrava o passado) e em outubro de 2021 saiu The Quest, com uma formação composta por Howe, White, Downes, Davidson, Sherwood e Jay Schellen, que acompanhava a banda ao vivo devido aos problemas de saúde do veterano Alan White. Esse primeiro fruto do Yes liderado por Steve Howe (que o produziu) é muito superior ao disco anterior (o que não era difícil, convenhamos), e começa com a boa “The Ice Bridge”, parceria entre Jon Davidson e Geoff Downes, com créditos também para Francis Monkman, do Curved Air – Downes aproveitou uma velha demo que tinha tanto ideias suas quanto uma gravação de Monkman.

O sintetizador da abertura remete um pouco a “Touch and Go”, do Emerson, Lake & Powell, mas não se trata de plágio e nem compromete a música, que é favorecida pelas belas guitarras de Howe. A música seguinte, “Dare to Know”, é um AOR relaxado e tranquilo, que traz acompanhamento da orquestra do FAME Studios, localizado na Macedônia do Norte, e destaca o dueto entre Howe e Davidson. A música é boa mas fica muito aquém do que se espera do Yes – até porque eles já fizeram coisa muito superior nessa área. “Minus the Man”, que vem a seguir, não melhora muito e mantém o álbum numa vibe suave, desta vez com Billy Sherwood acompanhando Jon no vocal. “Leave Well Alone” é aberta por Howe, e seguida por um riff razoavelmente pesado para os padrões do Yes; com mais de 8 minutos de duração, a música é bem variada e faz a gente lembrar das glórias do passado. O que lhe falta é uma presença mais incisiva dos teclados (aliás, o desempenho de Downes está abaixo de sua capacidade), mas no todo é uma das melhores do álbum.



“The Western Edge” é outro destaque, com belo trabalho de vocais e as guitarras etéreas de Howe se destacando sobre a base orquestrada – mas mais uma vez sente-se falta de teclados mais proeminentes (o sintetizador de Downes ficou muito baixo na mixagem). Já a baladinha de Jon Davidson, “Future Memories”, é prejudicada pelo excesso de açúcar no arranjo, ainda que apresente mais um bom desempenho de Steve Howe. Felizmente, o álbum volta a ganhar força com “Music to my Ears” – outra balada, mas bem mais interessante, com Downes no piano e um dueto bonito entre Davidson e Howe; durante o refrão, a música tem um andamento semelhante às do Yes dos anos 80, com Trevor Rabin, mas o arranjo remete à década anterior. “A Living Island” encerra o disco normal, mas não se destaca, com melodia pouco atraente e sem grande variação no arranjo. O álbum foi lançado com um CD bônus de três músicas, a razoável “Sister Sleeping Soul”, a fraca “Mystery Tour”, cuja letra alude aos Beatles (e é a única coisa interessante da música) e “Damaged World”, que é a melhor das três, e poderia ter substituído “Future Memories” no disco principal.



Infelizmente, em maio de 2022 Alan White veio a falecer. Mais uma vez, Steve Howe se recusou a pôr fim no Yes, e a banda efetivou Jay Schellen na bateria. E outra vez com produção do guitarrista, saiu em maio de 2023 Mirror to the Sky. O 23º álbum de estúdio creditado ao Yes mostrou-se mais ambicioso do que os anteriores, com músicas mais longas (a faixa-título dura quase 14 minutos), e mais uma vez tem-se a participação da FAME Studios Orchestra. O álbum começa com a boa “Cut from the Stars”, parceria entre Jon Davidson e Billy Sherwood; a bela linha de baixo deste é digna de quem ocupa o posto de Chris Squire. Os nove minutos de “All Connected” são introduzidos pela steel guitar de Howe (um dos craques desse instrumento no rock), e a música tem suficiente variação para sustentar essa duração, com os vocais de Sherwood soando muito parecidos com os de Chris Squire. É um dos destaques não apenas do álbum, mas de toda a discografia do Yes sem Jon Anderson.

“Luminosity”, na sequência, tem uma introdução um tanto pomposa, diferente do resto da música, mas o que vem a seguir não decepciona e novamente tem-se uma composição de mais de nove minutos que consegue prender a atenção do ouvinte. Aqui há um pouco mais de presença dos teclados de Downes, que na maior parte do disco está muito discreto – e ele faz falta. Mas o final da música, com Howe solando acompanhado da orquestra, é marcante. Howe, aliás, é o astro de “Living Out their Dream”, com múltiplas guitarras e um ótimo solo – mas cujo final é um tanto abrupto, como se a banda não soubesse como encerrar a música. E a seguir, a faixa-título, música mais ambiciosa do disco, com longa introdução instrumental, seguida por um trecho acústico e orquestrado, com Howe, Davidson e Sherwood harmonizando nos vocais. A música é bem trabalhada, com um interlúdio instrumental que destaca a orquestra, e Howe mais uma vez é destaque absoluto, com um excelente trabalho de guitarras. Entretanto, mais uma vez sente-se a falta de maior destaque para os teclados, com Downes soando muito tímido. O trecho orquestral perto do final é muito bonito, tornando Mirror to the Sky uma das melhores músicas do Yes no século XXI. “Circles of Time” encerra bem o álbum, uma bela balada com bom desempenho de Davidson.



Como em The Quest, há um CD bônus de três músicas, todas de autoria de Steve Howe. “Unknown Place” poderia ter feito parte do álbum principal sem problemas, com mais de oito minutos de duração e belo trabalho de vocais, numa música em que Jay Schellen se mostra um substituto à altura de Alan White. Downes aparece um pouco mais no órgão, e Howe dá seu show no violão. “One Second is Enough” e “Magic Potion” completam o segundo CD; a primeira também traz Downes com um pouco mais de destaque, e embora não comprometa, não chega a se destacar. Já “Magic Potion” é mais animada, outra vez colocando o destaque nas ótimas guitarras de Steve Howe. No todo, o álbum se mostra um pouco superior ao seu anterior, em especial por conta de “Mirror to the Sky”, uma música que faz o fã se lembrar dos motivos pelos quais aprendeu a gostar do Yes. Como atestam os vários álbuns ao vivo, o Yes atual consegue honrar seu passado, tocando muito bem os clássicos, e até arriscando algumas novidades. Em estúdio, a banda sofre a falta de Jon Anderson, principal compositor da fase clássica, mas não chega a embaraçar os fãs ou os ex-integrantes com discos ruins (à exceção de Heaven & Earth, possivelmente o pior álbum lançado sob o nome do grupo); Steve Howe confessou que estava inseguro em gravar novos discos após a morte de Chris Squire, mas The Quest saiu-se melhor do que ele esperava – e Mirror to the Sky o agradou ainda mais (com o plus de serem bem-sucedidos comercialmente, pois ambos alcançaram o 22º lugar na Billboard). Os dois álbuns mais recentes, como os do Jethro Tull, não são bons o bastante para aparecer entre os favoritos dos fãs, mas são discos que trazem bons momentos em quantidade suficiente para satisfazer quem gosta do Yes.



YES E JETHRO TULL AINDA SÃO RELEVANTES?
A produção atual dessas duas grandes bandas, certamente, não se compara com a clássica, mas não chega a fazer a gente se perguntar por que eles insistem em continuar. Em ambos os casos, cada uma lançou dois álbuns que agregam positivamente ao seu legado, ainda que muito provavelmente as músicas não venham a sobreviver nos setlists após o encerramento das respectivas turnês. Além disso, “Mrs. Tibbets”, no caso do Jethro Tull, e “Mirror to the Sky”, no do Yes, são músicas surpreendentemente boas para bandas tão veteranas, e ajudam a justificar o lançamento de novos discos. É verdade que ninguém vai tirar Close to the Edge ou Aqualung para colocar qualquer um dos quatro discos recentes, mas pelo menos não são um Under Wraps ou um Big Generator. Ian Anderson e Steve Howe não deixaram suas bandas morrerem, mesmo que falte um Martin Barre para um e um Jon Anderson para o outro, mas não estão envergonhando seu passado ao lançarem novas músicas. Ian Anderson já declarou que não sabe por quanto tempo ainda conseguirá gravar ou fazer shows, mas não dá sinais de quem vá parar. E embora o Yes tenha adiado sua turnê de 2023, tudo leva a crer que a banda ainda irá circular por mais um tempo. Mas se eles encerrarem suas carreiras agora, pelo menos o farão com trabalhos melhores do que J-Tull Dot Com ou Heaven & Earth.


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Dieth “To Hell And Back”





“To Hell And Back” é o álbum de estreia da banda Dieth, uma nova banda de thrash/death metal formada pelo baixista David Ellefson, o guitarrista e vocalista Guilherme Miranda e o baterista Michał Łysejko. Esses três músicos renomados formam uma nova força musical, fundada na Polônia. O primeiro single “In The Hall Of The Hanging Serpents” foi lançado em meados do ano passado e já tivemos uma amostra do que teríamos pela frente, uma otima amostra.


O título do álbum descreve o processo individual pelo qual os membros da banda passaram. Eles foram para o inferno e voltaram. Para Ellefson, esse foi o desastre que levou à sua saída forçada do Megadeth. Michał Łysejko deixou o Decapitated depois que a acusação de estupro coletivo foi retirada para toda a banda. A batalha contra o câncer e a morte do grande amigo Lars-Göran Petrov, vocalista do Entombed AD, tem cobrado seu preço de Guilherme Miranda. Às vezes é preciso morrer por dentro para renascer. Todos esses problemas deram força para o trio formar a banda Dieth, como diz o velho ditado: “A males que vem para o bem”.

O primeiro single “In The Hall Of The Hanging Serpents” está no álbum. A faixa-título apareceu como o segundo single e é igualmente descolada e cativante. A transição da introdução limpa para a violência brutal é bastante abrupta e não muito agradável. A faixa pesada deixa claro que especialmente David Ellefson ultrapassou consideravelmente seus limites musicais. Quando “Don’t Get Mad … Get Even!” foi lançado, mostrou o lado thrash do trio. A melhor vingança é ser melhor do que antes. Esta faixa também tem um significado mais profundo e, de fato, se aplica a todas as músicas.



O que você pode esperar é muito mais do que apenas as faixas pré-lançadas. Não estou falando tanto de grooves esmagadores como em “Wicked Disdain” e “The Mark Of Cain” , ou o thrasher “Dead Inside”. Não, os números mais marcantes são realmente surpreendentes. “Free Us All”, com vocais limpos e grunhidos brutais, uma atmosfera psicodélica e um baixo sinuoso e jazzístico, é uma música que cresce a cada escuta. “Heavy Is The Crown” atinge imediatamente a nota certa com notas de blues e stoner.

Mais uma vez, a combinação de vocais limpos e grunhidos é o grande trunfo. Imediatamente depois vem a tão esperada estreia de David Ellefson como vocalista, em “Walk With Me Forever”, que é uma música séria sobre a perda de um ente querido e sua memória fornecendo forças para continuar. Como é o desempenho dele? É realmente muito bom. Dave certamente tem uma boa voz e é bom que ele finalmente tenha a saída criativa para utilizá-la. A música em si é diferente do estilo musical do resto do álbum do Dieth, mas funciona bem e ajuda a adicionar uma diversidade bem-vinda. Lembrando que Dave também divide os vocais com Guilherme em “Heavy is the Crown” e faz os backing vocals em “Don’t Get Mad… Get Even”, “To Hell and Back” e “Mark of Cain”.



Posso dizer que “To Hell And Back” é um álbum interessante de se ouvir. Riffs poderosos, grooves esmagadores e letras raivosas predominam e a produção própria também é excelente. David Ellefson, Michał Łysejko e Guilherme Miranda deixaram para trás os estereótipos de seus gêneros anteriores e aproveitaram sua própria dor e conflito para entregar um álbum de estreia forte. Você só pode admirar isso. Ficamos na torcida, para que essa banda lance outros trabalhos na sequência.



Músicas
1- To Hell And Back
2- Don’t Get Mad … Get Even!
3- Wicked Disdain
4- Free Us All
5- Heavy Is The Crown
6- Walk With Me Forever
7- Dead Inside
8- The Mark Of Cain
9- In The Hall Of The Hanging Serpents
10- Severance

KIKO LOUREIRO FORA DO MEGADEATH?




Na tarde desta terça-feira (05), o Megadeth, através de seu líder Dave Mustaine, comunicou em suas redes o aviso de Kiko Loureiro, que precisará dar um tempo da atual turnê de divulgação do álbum The Sick, The Dying… And The Dead! por questões familiares que, ao que tudo indica, demandam urgência.

Disse Mustaine na postagem:

“Drogies! Kiko teve algo acontecendo em sua vida familiar que o obriga a perder a próxima etapa da nossa “Crush The World Tour”. Vou deixar ele explicar…

“Kiko por aqui! Nosso novo disco, “The Sick, The Dying… And The Dead”, e nossa “Crash the World Tour”, têm sido ótimos. As posições nas paradas mundiais foram as melhores até agora! Queremos realmente agradecer por isso.

Tenho algo que é difícil de compartilhar, mas gostamos sempre de mantê-los informados com a verdade. Tenho que deixar a turnê por enquanto, para estar em casa com meus filhos, e ajudá-los a enfrentar os difíceis desafios que surgem de nós, sendo “pais que trabalham fora de casa”.

Encontrei um guitarrista, Teemu Mäntysaari, para me substituir durante o outono, e acho que vocês ficarão muito felizes. Ele é um guitarrista incrível, fantástico. Eu compartilhei isso com meu parceiro, Dave Mustaine, e sem nenhuma surpresa, ele disse: ‘Vá, vá ficar lá com sua família e nos mantenha informados!”

Aos meus companheiros de banda e a todos os nossos fãs ao redor do mundo, até breve, de volta à Killing Road“.

Não cancelaremos a turnê e apresentaremos Teemu a vocês no dia 6 de setembro em Albuquerque, Novo México, na Revel Arena. Pedimos seu apoio e compreensão neste momento” – DAVE MUSTAINE.






De outro lado, o guitarrista substituto, Teemu Mäntysaari, comentou:

“Estou realmente animado por tocar com o Megadeth em sua turnê norte-americana que começa amanhã, 6 de setembro! Aprender as músicas tem sido bastante divertido e eu estou feliz em sair e detonar com a banda!”.





O finlandês Teemu Mäntysaari é um guitarrista e professor de 36 anos de idade. Desde 2004, ele toca com a banda de death metal melódico Wintersun. Teemu também tem trabalhos com as bandas Imperanon, Induction e Smackbound.O finlandês Teemu Mäntysaari fará seu primeiro show com o Megadeth nesta quarta-feira (06)



CRYPTOPSY As Gomorrah Burns’



Os reis do death metal técnico canadense CRYPTOPSY anunciam seu retorno com ‘As Gomorrah Burns’, seu primeiro álbum completo em mais de uma década, com lançamento previsto para 8 de setembro pela Nuclear Blast Records. O inovador quarteto de metal extremo surge renovado e vital como sempre em seu massivamente antecipado novo álbum que continua seu pioneiro caminho pela exploração sonora com composições excepcionalmente complexas resultando em um de seus álbuns mais complexos até agora.

O vocalista Matt McGachy comentou o novo álbum:
“Estou animado para finalmente revelar ‘As Gomorrah Burns’. É um álbum no qual temos trabalhado nos últimos cinco anos. Um esforço meticuloso do qual nos orgulhamos muito. É a mistura perfeita da velha escola do Cryptopsy com algumas reviravoltas modernas. Nós nos inclinamos fortemente para os grooves e deixamos alguns dos riffs respirarem um pouco mais do que nos últimos lançamentos. Estou muito feliz com a nova era do Cryptopsy”

Hoje, CRYPTOPSY lança o primeiro single do álbum, ‘In Abeyance’, e o vídeoclipe que o acompanha foi dirigido por Chris Kells (THE AGONIST, BENEATH THE MASSACRE).

McGachy acrescenta sobre a nova faixa:
“‘In Abeyance’ é conceitualmente sobre se sentir isolado ao ser emergido em um novo ambiente. A busca por um sentimento de pertencimento enquanto lamenta uma vida anterior. Musicalmente, é um tapa na cara. É uma faixa que parece ser direta, mas permanece ultra complexa.”

Faça a pré-venda de ‘As Gomorrah Burns’ e ouça “In Abeyance” aqui: https://cryptopsy.bfan.link/in-abeyance.ema

Tracklist ‘As Gomorrah Burns’:Lascivious Undivine
In Abeyance
Godless Deceiver
Ill Ender
Flayed The Swine
The Righteous Lost
Obeisant
Praise The Filth



Sobre CRYPTOPSY:

O gigante do death metal CRYPTOPSY retorna para esmurrar nossos sentidos coletivos novamente com seu novo álbum, As Gomorrah Burns. O primeiro deles pela gravadora Nuclear Blast, o quarteto de Montreal – apresentando o membro fundador/baterista Flo Mounier, o guitarrista Christian Donaldson, o vocalista Matt McGachy e o baixista Olivier “Oli” Pinard – continuam avançando no mercado musical com seu típico som extremo e celebram já 30 anos de história como uma das bandas mais renomadas em seu estilo. As explosões impiedosas de ‘Lascivious Undivine’ e ‘Flayed the Swine’ oferecem um CRYPTOPSY em sua forma mais intensa e maníaca, enquanto ‘In Abeyance’ e ‘The Righteous Lost’ abraçam um lado mais selvagem. ‘As Gomorrah Burns’ ressalta a alma do álbum favorito dos fãs – o intitulado None So Vile (1996) como também o meticuloso tecnicismo de And Then You’ll Beg (2000) com uma vibração notavelmente sinistra.

Formado em 1992, o CRYPTOPSY lançou oito álbuns de estúdio – contando com o As Gomorrah Burns – até o momento. Fora do padrão, a banda que é da cidade de Québec estabeleceu novos padrões para o death metal com seu ataque sem compromisso e musicalidade de um nível completamente novo. O álbum de estreia, Blasphemy Made Flesh, chocou todos que o ouviram, pois os sucessores None So Vile, Whisper Supremacy (1998) e Once Was Not (2005) posicionaram os canadenses como predadores de ponta. Ao longo de sua carreira histórica, o grupo embarcou em turnês de alto nível, como a turnê inaugural Death Across America em 1998, a Summer Slaughter Tour em 2008 e a turnê Devastation on the Nation em 2017. A banda já completou 1.000 shows em 47 países. O lançamento de As Gomorrah Burns pela Nuclear Blast reposiciona o CRYPTOPSY em seu domínio dentro de um estilo em que são mestres supremos – o death metal.

As Gomorrah Burns não é apenas a continuação dos EPs The Book of Suffering – Tome I (2015) e The Book of Suffering – Tome II (2018). É um animal selvagem completamente diferente. Elaboradas ao longo de dois anos durante a pandemia, as sessões iniciais aconteceram em uma cabana nas florestas de Quebec. McGachy chama o cenário de terror de “surreal”, mas, como em tudo relacionado com o CRYPTOPSY, o processo de composição foi como esperado bem árduo. Donaldson foi o principal motivador por trás de As Gomorrah Burns. O guitarrista e produtor serviu como capataz e advogado, extraindo de seus companheiros de banda que no caso são McGachy, Mounier e Pinard tudo o que ele poderia retirar. Se CRYPTOPSY era formidável antes de As Gomorrah Burns, eles são absolutamente monstruosos agora.

Conceitualmente, As Gomorrah Burns coloca a história bíblica de Sodoma e Gomorra contra a Internet moderna. A ideia de McGachy era mostrar como é o local de nascimento da invenção e uma fossa de exploração. As histórias são baseadas em incidentes da vida real – perseguidores online, cultos, desinformação, isolamento e intimidação – mas todas situadas em um ambiente tortuoso para aumentar sua potência. CRYPTOPSY contratou o artista italiano Paolo Girardi (POWER TRIP, TEMPLE OF VOID) para complementar os temas líricos do velho mundo. Se os mestres renascentistas Hieronymus Bosch e El Greco fossem lançados na mente moderna de McGachy, a impressionante capa de As Gomorrah Burns seria o resultado.

Tal como acontece com The Unspoken King (2008) e o autointitulado (2012), CRYPTOPSY recrutou seu colega de banda Donaldson para dirigir a produção, mixagem e masterização de As Gomorrah Burns. Dom Grimard, famoso por Ion Dissonance, também entrou na produção. McGachy diz que o tempo no estúdio demorou muito mais do que o previsto, mas com a direção de Donaldson e todos finalmente na mesma sala novamente após a pandemia, CRYPTOPSY foi capaz de capturar vigor (e velocidade) recém-descoberta em As Gomorrah Burns. Faixas como ‘Godless Deceiver’, ‘Ill Ender’ e ‘Praise the Filth’ demonstram a maestria do death metal de Donaldson.

Agressivo ao extremo, mas atencioso em sua totalidade, As Gomorrah Burns – com canções como ‘In Abeyance’, ‘Flayed the Swine’ e ‘Lascivious Undivine’ – perfura a normalidade completa e implacavelmente. Este é um death metal sem limites, do tipo que nosso mundo belicoso precisava e que somente o CRYPTOPSY poderia oferecer.

“Estamos de volta”, diz McGachy. “Quero que nossos fãs saibam que somos mais do que uma banda com um legado. Sim, tivemos muitos álbuns favoritos e cultuados – como None So Vile – mas estamos criando música extrema moderna e relevante 30 anos depois. Estamos muito orgulhosos de As Gomorrah Burns e mal podemos esperar para que você ouça!”

LEFT TO DIE FEAT. CLASSIC DEATH MEMBERS ANNOUNCE REBORN DEAD WESTERN US TOUR WITH MORTUOUS, MORTAL WOUND, STREET TOMBS




Left To Die, featuring former Death members Terry Butler (bass) and Rick Rozz (guitar), announce their second US tour, to take place this November.

Butler and Rozz have teamed up with Gruesome members Matt Harvey (guitar, vocals of Exhumed, etc) and Gus Rios (drums, ex-Malevolent Creation) to perform their classic album Leprosy in its entirety, along with cuts from the Death debut, Scream Bloody Gore.

“You asked for it, and you got it!” stated Butler, adding “We’re excited to bring the Reborn Dead tour to the Western US. Rick Rozz, Matt Harvey, Gus Rios and yours truly will be hitting the dusty trail and rockin’ these DEATHly tunes for you in November!”









Edu Falaschi “Eldorado









Edu Falaschi anuncia “Eldorado”, seu segundo álbum solo
Sucessor de “Vera Cruz” será a parte seguinte de uma trilogia épica sobre o descobrimento, agora não só do Brasil, mas da América






Após o êxito de seu primeiro trabalho solo, o conceitual “Vera Cruz” (2021), o vocalista Edu Falaschi anunciou o disco sucessor, “Eldorado”. Trata-se do segundo capítulo de uma trilogia iniciada com o disco anterior e continua a história de Jorge, agora ambientada não em um Brasil dos tempos do descobrimento, mas no México dos Aztecas e do conquistador espanhol Hernán Cortez.Guia completo: os álbuns de rock e metal que saem em 2023




“Eldorado” deve seguir a mesma linha do antecessor, agora com influências e ritmos latinos acrescidas ao power metal bem executado pela banda solo de Falaschi, composta por Diogo Mafra e Roberto Barros (guitarras), Raphael Dafras (baixo), Fábio Laguna (teclados) e Aquiles Priester (bateria). A trama leva os personagens do primeiro disco a um novo mundo, que carrega semelhanças com a então desconhecida “Ilha de Vera Cruz”.

A história de “Eldorado” é explicada em nota à imprensa. Confira a seguir.


“1501 e a saga de Jorge continua…

Com a derrota do exército da Ordem da Cruz de Nero, durante a batalha final na ‘Ilha de Vera Cruz’ contra Jorge, seus aliados indígenas e o exército da Ordem de Cristo, seu líder, o Bispo Negro, ordena que seus navios remanescentes batam em retirada e voltem para Portugal. Mas durante o retorno, com a frota quase que totalmente destruída, o maléfico líder e seu exército são surpreendidos por uma tempestade sem precedentes, que os desviou de seu destino final.

Levados a mares nunca antes navegados por eles, após a tempestade, uma estranha calmaria se fez. Quase sem vida, com suas caravelas totalmente destruídas, Bispo Negro e parte de seus homens acordam em um novo mundo. Uma terra desconhecida, sob olhos curiosos e assustados de quem os vigiava a distância…

A mata densa, o sibilar da serpente, o canto do Quetzal e o rugido do Jaguar estavam por revelar o futuro do Bispo Negro, seus planos, novas alianças com o navegador espanhol Hernán Cortez, que em 1519, fundou a primeira cidade do México que curiosamente foi denominada ‘Villa Rica de la Vera Cruz’.”



O novo álbum de Edu Falaschi tem previsão de lançamento para agosto de 2023 e a pré-venda já está aberta. O box disponível para quem comprar primeiro consiste em uma caixa estilizada em arte azteca, digibook, camiseta, caneca, réplica de um Dobrão Espanhol e um brinde surpresa.
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Edu Falaschi – “Eldorado” (capa)