Quando falamos em bandas de Hardrock Heavy metal que tem inovado dentro e fora da cena ,podemos podemos citar algumas, muitas buscam ser apenas clones das bandas dos anos 80 ,mais trago a todos os amantes desse estilo uma das maiores expoentes do Hard Heavy Metal Brasileiro a banda Maya situada no Rio de janeiro essa banda traz ao ouvintes um som inovador com diversas influencias ,de outros estilos musicais sem duvida a banda Maya vai ser uma das maiores bandas do genêro, se já não é ,confiram a entrevista que fizemos com essa banda fantástica..
1 - Como foi o inicio da banda Maya? Qual significado do nome?
Gimmy : A banda teve início quando eu e o antigo tecladista, Bruno Lima, nos conhecemos e vimos que tínhamos um gosto musical muito parecido. Começamos a compor e reunir pessoas desde então, o que levou ao nosso primeiro disco uns anos depois. Maya significa “ilusão” em sânscrito, que é uma língua morta. O sentido é bastante amplo, mas basicamente é como se essa ilusão fosse o que pensamos que é a realidade e na verdade há muito mais além dessas percepções. Esse conceito conversa bastante com o conteúdo das nossas letras.
2 - O disco “Maya” de 2012 é muito bom. Como foi a gravação e distribuição desse álbum?
Gimmy: Esse disco demorou muitos anos para ser completado. Algumas músicas ali eu compus com 14 anos, por exemplo. Quando finalmente pudemos lança-lo, as composições para o nosso segundo álbum já estavam quase completas. Esse primeiro trabalho representa muito bem o início de nossas experimentações com o peso, com o blues e principalmente com o psicodélico, mas infelizmente foi lançado num momento em que já estávamos mais maduros, em outra fase. Mas rendeu dois clipes que gosto muito, inclusive o nosso de estreia “Newborn Sin”. O CD foi distribuído de forma independente, mas bem recebido no meio, apesar de tão experimental e esquisito.
3 - A banda pratica um Rock calcado no Progressivo e Hard Rock. Quais são as influências da banda?
Gimmy: Eu sempre comento que minha maior influência na vida é a banda americana The Doors, mas sem dúvida o Pink Floyd também merece grande destaque para mim. E poderia citar muitos outros conjuntos clássicos como Black Sabbath e Deep Purple ou até mais recentes como Slipknot ou Ghost. E sem jamais subestimar as coisas fora do rock ou metal como Paco de Lucia, Carlos Santana, Buena Vista Social Club... É uma pergunta difícil. Acredito que a ideia como músico é sempre manter a mente aberta o suficiente para saber beber das fontes mais inusitadas possíveis. Daí que vem as novidades.
Thiago Alves: Acredito que a banda faz uma união de estilos que a torna única. Os membros da banda têm influências que pegam diferentes estilos de música. Como baterista, minhas influências são voltadas para o Rock Progressivo como Yes, Rush, Pain of Salvation, Dream Theater, porém o meu começo na música foi ouvindo um bom Hard Rock como Guns ‘n’ Roses, Skid Row, Bon Jovi, Van Halen, Kiss. Acho que a banda faz uma boa mistura disso tudo e ainda, claro, com conceitos sensacionais nas letras e mensagens fortes.
Gabriel Ferraz : Minhas influências, como compositor e tecladista, estão calcadas em grande parte dentro do Rock Progressivo. Tanto bandas antigas, como Emerson Lake & Palmer, King Crimson e Gentle Giant, quanto artistas mais contemporâneos, como Dream Theater, Pain of Salvation e Steven Wilson. Também tenho a música sinfônica de forma geral como inspiração, além de jazz e suas diversas fusões (poderia mencionar nomes como Chick Corea, Snarky Puppy e Hiromi Uehara). Também não poderia deixar de citar bandas do coração como Deep Purple, Savatage e System of a Down. Procuro continuamente conhecer bandas e estilos novos, que de vez em quando me surpreendem e me acrescentam bastante como músico.
Renan Weignater: Cresci ouvindo em casa, além dos Raimundos, bandas como Yes, Rush, Iron Maiden. Essas últimas depois que comecei a tocar baixo ganharam um espaço especial na minha playlist. Quando conheci Dream Theater fiquei alucinado por ver elementos similares de forma renovada. Hoje curto de tudo, inclusive Infected Mushroom que apesar de ser eletrônico, tem um quê progressivo e influencia minha forma de ver a música.
4 - Em 2013 a banda lançou o álbum “Tower”, com uma inovação dentro do contexto do rock com ritmos cubanos e brasileiros. Como foi o processo de composição desse álbum ?
Gimmy: Foi um processo bem natural. Já estávamos com várias canções deste disco prontas quando lançamos o primeiro, então foi só continuar. Optamos por um som mais seco, indo menos para o psicodélico e procurando outras influências e misturas. Os ritmos diferentes misturados com nosso jeito de fazer rock agradaram bastante e as opiniões foram bem bacanas na época. Foram dois clipes também derivados deste disco: “Begun”, que foi lançado no auge das manifestações de 2013, foi muito polêmico e até hoje é o vídeo mais visualizado de nosso canal; e “Backdoor Girl”, que por sua vez era mais sexy e pela mistura interessante com ritmos cubanos também foi muito bem recebido.
5 - O Maya trabalha com temas relacionados a diversas questões perigosas como violência policial, liberdade sexual, existencialismo e a perda da individualidade para se pertencer a um grupo. Quem é o letrista da banda e como a banda se posiciona a todos esses temas?
Gimmy: A maioria das músicas são assinadas por mim. Apenasagora no nosso terceiro disco que o pessoal começou a contribuir com ideias de tema e letras, o que me deixa muito feliz, pois adoro a colaboração. Na minha opinião é o que enriquece um trabalho, é o que define uma banda. Eu considero que o tema de uma música, a sua capacidade de mandar uma mensagem, é o maior poder de uma obra. Eu sempre costumo dizer que não acredito em arte inofensiva. Jamais conseguiria trabalhar assim. Eu preciso estar dizendo algo. E além de apenas escrever a letra e construir uma música que encaixe sonoramente com ela, nos preocupamos muito com a parte gráfica. Nossos álbuns sempre trazem as artes psicodélicas de Aroldo Lima, que sabe criar imagens como ninguém a partir das ideias. E nos clipes temos a direção maravilhosa do Allan Caju que dá vida a todas essas loucuras e deixa bem claro, clipe a clipe, a nossa posição em cada assunto.
6 - Em 2015 a banda lançou o single "Fear" que marcou o início da parceria musical com o produtor Tércio Marques do Fibra Estúdios. Como foi trabalhar com esse produtor?
Gimmy: O Tércio é um profissional maravilhoso. Ele foi o responsável por masterizar o nosso primeiro e segundo álbuns. Quando o Bruno Lima saiu da banda, o Tércio assumiu a produção, o que foi muito positivo. Ter alguém de fora, com a experiência e bagagem tão diversas que ele possui, fez toda diferença. O currículo do cara passa por muitos estilos e artistas de renome. É uma honra ter ele como produtor. E a possibilidade de gravar em um estúdio tão excelente quanto o Fibra também abriu muito as possibilidades e temos muito a agradecer a eles. Acho que foi o ponto de mudança que fez o nosso novo álbum possível, acima de tudo.
7 - Seu terceiro álbum "Egophilia", tem novamente a direção musical de Tércio Marques e masterização no Sterling Sound de New York (USA). Como foi a produção desse grande álbum e como está a repercussão até o momento?
Gimmy: A produção foi diferente. Algumas das músicas foram compostas com outros integrantes e fomos adaptando até a formação atual. Por conta dessas algumas trocas de integrantes no meio do caminho, o álbum demorou mais do que prevíamos para sair, mas valeu a pena. As influências e estilos de cada integrante está bem impressa nas músicas e isso é algo fantástico. Como todos os últimos clipes que lançamos desde 2015 já são de músicas que fazem parte deste novo álbum, a recepção está sendo excelente. Quem segue a banda tem visto que os clipes são interligados, que há personagens que se repetem, que há uma trama que os conecta. E isto fica bem evidente com o álbum em sua totalidade. Acabou de sair nas plataformas digitais e estou muito feliz com o que temos recebido de comentários nos nossos canais nesses últimos dias.
Thiago Alves: Esse novo álbum mostra uma nova banda muito amadurecida, algo que é possível verificar ao longo da produção do disco, na minha percepção. Todos que já ouviram o novo álbum estão comentando que está muito bom. Isso realmente nos motiva, porque essas músicas tem um pouquinho de cada um da banda e isso nos une para continuar em frente.
Renan Weignater: Tem sido uma experiência e tanto. Pra mim foi novidade muitas coisas a respeito de como se conduz o resultado final. Afinal é um trabalho conjunto onde todos metem a mão, então há surpresas positivas e outras nem tanto. É uma escola de convívio, aceitação e decidir pelo que manter e pelo bem do todo.
8 - Quais os planos da banda para o futuro?
Gimmy: O que podemos dizer é que esse álbum, apesar de ser o terceiro, marca o início de uma nova era para a banda. Continuaremos o projeto de lançar um clipe para cada música do “Egophilia” nos próximos meses, o que continuará a manter este novo álbum vivo e amarrará esse universo audiovisual que estamos construindo há tanto tempo. Mas sem dúvida, o futuro reserva projetos totalmente novos. Todos os quatro integrantes são bem criativos e curtem muito compor. Depois da experiência intensa de trabalhar no “Egophilia” em meio de tanta turbulência de trocas de integrantes, lançamentos de clipes e tudo mais, sem dúvidas aprendemos muito uns com os outros e estamos preparados para o que vier por ai.
Thiago Alves: Acredito que aprendemos muito como trabalhar juntos e estamos em um processo de afinar todo esse fluxo de trabalho. O Maya mesmo sendo uma banda que não tem investidores e membros que não vivem de música, consegue manter uma rotina de lançamentos maior que muita banda grande. Então para o futuro a ideia é continuar cada vez mais lançando e aumentando a experiência que qualquer um sente ao conhecer a banda.
Renan Weignater: A ideia é manter a locomotiva funcionando para que estejamos sempre preparados e com um acervo vasto para novas oportunidades.
9 - Como está a cena metallica em sua cidade e como a banda vê o underground de um modo geral?
Gimmy: Há excelentes bandas por aqui pelo Rio de Janeiro. Sejam covers ou autorais. A cena, contudo, se mantém um tanto espalhada e volta e meia há brigas de ego mesmo que uma galera tente se unir. A maioria dos estabelecimentos renegam bandas autorais ou as marginalizam, mesmo que muito do público seja mais receptivo do que pensam. Há público para tudo, mas infelizmente há bastante despreparo e falta de interesse de todos os lados. Ainda assim, acredito que a forma mais pura de expressão artística tem de vir do underground, de onde não há contratos, patrocínios e manipulações. O real truque é conseguir romper o underground para a notoriedade, mas ai é outra história.
10 - Gostaria de agradecer a banda pela entrevista deixe um recado aos fãs da banda e todos os bangers que acompanham o HellMetalRock?
Gimmy: Agradecemos imensamente a entrevista! Perguntas excelentes que nos fizeram lembrar de nossos lançamentos e de nossa história, além de divulgar nosso álbum. É muito bacana rever tudo que passamos no momento de um novo lançamento. Peço que, quem curtiu a banda, dê uma olhada em nossa página do Facebook e canal do YouTube. Os mantemos sempre atualizados com novos clipes, making ofs e tudo mais.
Quem estiver pelo RJ, dia 11 de agosto fazemos o show de lançamento de “Egophilia” no Teatro Solar de Botafogo às 21h. Estaremos gravando a noite, então, será fantástico ter a galera eternizada com a gente. ROCK ON!!!
Serviço:
MAYA - Lançamento do CD "Egophilia"
Data: 11.08.2018 às 21h00
Local: Teatro Solar de Botafogo (RJ)
Rua General Polidoro 180, Botafogo (RJ)
Ingressos R$20,00
Vendas online: https://goo.gl/BXmPR9
http://www.furiamusic.com.br