Kerry King revela como soube que o Slayer estava aposentando
Apesar de querer continuar, o guitarrista sentiu que Tom Araya não estava com o mesmo sentimento
Kerry King. Crédito: Reprodução/FacebookKerry King, icônico guitarrista do Slayer e que esta atualmente com projeto solo, revelou em uma entrevista recente para Revolver Magazine, como soube da precoce aposentadoria do Slayer.
King disse: “Eu tinha intenção de fazer um novo disco”. O guitarrista continuou: “Isso até que Tom (Araya) estava dando uma entrevista e eles perguntaram a ele sobre o próximo álbum do Slayer: ‘Preciso falar com Kerry antes de começarmos a trabalhar no próximo disco’. No entanto, Tom não queria fazer outro disco com Slayer. Ele queria se aposentar”.
“E quando descobri isso, é claro que fiquei magoado, inicialmente”, continuou King. “Depois, pensei: ‘Tenho muito trabalho a fazer. Eu só preciso fazer meu show da melhor maneira possível todas as noites e me preparar para seguir em frente.’ Por fim, pensei: ‘Ok, todas essas músicas que eu estava escrevendo para o Slayer agora são só minhas’”.
Kerry King disse que sentiu ter mais liberdade criativa. O guitarrista comentou que suas composições para o álbum From Hell I Rise, talvez soassem um pouco diferentes se fossem feitas com o Slayer.
Kerry King e o recrutamento para seu novo projeto
Kerry King contou como foi o processo de seguir em frente em sua carreira. E como foi a escolha de sua banda de apoio.
“Não havia como fazer isso sem Paul Bostaph”, começa o guitarrista. “Ele é realmente fantástico e eu acho que é um baterista de thrash esquecido. Dave Lombardo (ex-baterista do Slayer) é um ótimo músico. Nunca poderei tirar isso de Dave. Mas Paul trabalha duro a cada segundo para ser o melhor baterista que pode ser. Ele é muito aberto. Ele pensa em como tocar uma música, 10 vezes antes de tocá-la”.
Para o baixo, King pensou em Kyle Sanders (irmão de Troy Sanders do Mastodon). O baixista é ex-integrante do Hellyeah e Bloodsimple. “Eu conheci Kyle no Mayhem Festival que fizemos juntos, e nos demos muito bem, e eu sabia que queria que ele fosse meu cara”, lembra King. “Mas eu tive que tocar com ele muito mais cedo do que queria. Vince (Vinnie Paul) desistiu de nós em 2018, e eu não queria oferecer a ele a vaga perto da morte de Vince, porque isso é inapropriado. Mas eu estava ao telefone com Kyle antes do Hellyeah fazer sua turnê final, apenas checando como ele estava, e eu disse: ‘Não quero atrapalhar o que você está fazendo, mas quando 2020 chegar, tenho algo em que você provavelmente vai se interessar’. E ele respondeu: ‘Ouço você em alto e bom som’”.
Cozinha montada, hora de selecionar o companheiro de guitarra
Para lhe acompanhar nas guitarras, Kerry King buscou Phil Demmel (ex-membro do Machine Head e Vio-Lence). Demmel tinha substituído Gary Holt, nas últimas apresentações do Slayer na Europa. “Quando Phil aparece para aqueles shows europeus, tudo o que ele conseguia falar era que sabia que eu iria continuar depois disso. E ele me disse: ‘Eu quero fazer parte do seu futuro'”.
King chegou a pensar em seu velho amigo Gary Holt: “Mas comecei a perceber que quanto mais peças eu tirar do Slayer, mais ele se chamará ‘Slayer Lite’. Quero dizer, é claro que vai soar como o Slayer. Eu escrevi 90 por cento do último álbum, mas se eu levar menos do Slayer comigo, haverá menos para as pessoas se basearem, no que diz respeito a fazer comparações preguiçosas. Tive que refazer o Slayer novamente depois de Jeff Hanneman (falecido em 2013). 110 vezes em 100, eu escolheria Gary Holt. Ele era o cara certo, mas a percepção das pessoas pesa sobre mim, e eu não quero lidar com isso”.
A escolha do vocalista
Por fim a voz para do novo disco, foi escolhido Mark Osegueda (Death Angel). Quando sairam as notícias de que King estava montando uma banda para seu álbum solo, poucos vocalistas se apresentaram. “Talvez eles pensassem que eu já tinha alguém”, reflete King, “ou talvez não achassem que conseguiriam lidar com os vocais rápidos. Definitivamente tenho alguns trava-línguas em minhas letras, mas sabia que Mark conseguiria. Eu o conheço desde sempre, mas nos aproximamos em meados de 2010, quando o Death Angel abriu para nós no Repentless. Ele é um cara divertido e um ótimo cantor. Mas eu não contei a ele até cerca de um ano atrás que ele tinha chances. Queria testar sua capacidade de treinamento, para ter certeza de que ele não era um pesadelo para trabalharmos juntos, o que ele não era. E descobri que ele tinha outro nível de voz que nenhum de nós conhecia”.
Reigning Phoenix Music lança nesta sexta, 17, seu aguardado álbum de estreia From Hell I Rise.
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