quinta-feira, 10 de março de 2022

Sabaton Novo álbum e possibilidade de nova música sobre Brasil

 

The War To End All Wars’, décimo álbum dos suecos, chega nesta sexta-feira, 04








SABATON é a enciclopédia de guerras de todo fã de power metal. A banda sueca se debruça sobre a história dos conflitos armados para criar músicas épicas, baseadas em fatos reais e, por vezes, pouco conhecidos do público geral. No álbum The War To End All Wars, que será lançado nesta sexta-feira, 04, pela Nuclear Blast, a banda segue nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.

Em coletiva de imprensa para veículos da América Latina, acompanhada pelo Wikimetal, o vocalista Joakim Brodén falou com bom humor e empolgação sobre o novo álbum, o retorno aos palcos e se o Sabaton gostaria de escrever outra música com personagens brasileiros, assim como “Smoking Snakes”, de 2014.

A conversa aconteceu antes da invasão da Rússia na Ucrânia, iniciada na última semana, mas o tema foi o primeiro a ser levantado na coletiva. “Uau, uma pergunta fácil, que ótimo começo! Você precisa conversar com alguém mais inteligente que eu”, riu Brodén, sem querer se aprofundar na questão.

Voltando ao conflito do século 20, o assunto já foi explorado pela banda no álbum antecessor, The Great War (2019), mas a descoberta de novas histórias, unido ao desejo antigo de abordar episódios como “The Christmas Truce”, motivou a banda para seguir no assunto em mais um álbum para complementar o tema





Questionado se a Grande Guerra poderia se tornar uma trilogia, o cantor não descartou a possibilidade. “Bom, não vou dizer que é impossível porque não decidimos o que faremos em seguida, mas sinto que não faremos o próximo sobre a Primeira Guerra Mundial”, disse.

Qualquer fã pode entrar em contato com a banda pelo site oficial, e a enorme quantidade de histórias sobre a Primeira Guerra recebidas por e-mail ou pessoalmente, nos bastidores dos shows, definiram os rumos desse álbum – e talvez coloquem o Brasil no radar mais uma vez, caso o Sabaton encontre outra história de guerra com soldados daqui., assim como fizeram com “Smoking Snakes”, com direito até a um trecho cantado em português.

“Existem muitos temas no mundo sobre os quais não temos tanta informação quanto deveríamos. Não sabemos tanto sobre a história da América Latina, França ou Europa Oriental, existe uma barreira linguística”, explicou. “No caso de ‘Smoking Snakes’, por exemplo, [recebemos] um e-mail de um cara brasileiro, pesquisamos no Google e achamos que era uma história fantástica”.




A escolha dos eventos e personagens que serão transformados em música depende do quão única aquele acontecimento ou pessoa é, como no caso de “Lady of The Dark”, sobre Miluna Savic, uma mulher sérvia que tomou o lugar do irmão no exército disfarçada de homem e se tornou um dos soldados mais condecorados da guerra. Apesar de ainda não lançada, a história peculiar chamou atenção da imprensa.

“O fato de ser homem ou mulher não é um fator decisivo [na escolha], apenas se é interessante o suficiente. Se a pessoa é uma mulher, mais legal ainda,, por ser mais único e inesperado”, comentou Joakim.

O maior desafio musical deste álbum, explicou Joakim ao Wikimetal na coletiva, foi a quebra do ritmo de produção normalmente seguido pela banda: lançar um álbum, sair em turnê e começar a compor novamente depois de um ano.

“Não tive tempo o suficiente para ter ideias”, contou. “Interessante você perguntar isso, hoje eu estava no banho e foi a primeira vez que fiquei animado para escrever [novas] músicas e ter ideias. E agora fazem meses desde quando terminamos de gravar esse álbum. É, leva quase um ano para eu começar a me animar para compor novamente”.






Estaria a banda trabalhando no próximo álbum, então? “É engraçado, as pessoas me perguntam quando vou ‘começar a pesquisar’ ou a ‘escrever novas faixas’ para o próximo, mas faço isso todo dia, eu assisto documentários de história ao menos cinco vezes na semana, porque é isso que amo fazer!”, contou com bom humor.


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