Os guitarristas Dave Murray, Janick Gers e Adrian Smith, trio imparável do Iron Maiden, refletiram sobre o processo criativo de Senjutsu, álbum mais recente da banda, e contaram quais partes foram mais difíceis de gravar no disco durante entrevista à Guitar World.
“Qualquer coisa que pareça difícil… era difícil de tocar!”, resumiu Murray após dar risada da pergunta, mas logo respondeu com mais detalhes. “Esse álbum possui muitos riffs pesados e padrões difíceis. Partes complexas. Muito [da dificuldade] era conseguir o timing: se você está tocando uma linha da melodia, nem sempre você precisa estar bem em cima da nota. Você pode recuar ou subir um pouco para criar uma sensação diferente”.
Para Smith, as partes mais complexas foram aquelas que ele mesmo compôs. “Porque você fica muito investido pessoalmente nessas. Tive muitos problemas com ‘The Writing On The Wall’. Você tem três guitarras tocando o mesmo riff, no mesmo acorde, e a entonação é crucial”, explicou. “É simples, mas tem que ter as três guitarras naquele ré e todo mundo toca um pouquinho diferente. (…) Sou muito sensível à tonalidade. Precisei dar uma pausa e andar ao redor de Paris por algumas horas para esfriar a cabeça (risos)”.
Por fim, Gers pareceu mais tranquilo com relação aos desafios. “Acho que o desafio foi a quantidade de melodias por trás dos vocais, mas isso não é sobre mim. Estou procurando fazer as músicas acontecerem. A partir desse contexto, acho que tudo parece se encaixar e tudo parece bom”, disse.