terça-feira, 25 de julho de 2023

Discografias Comentadas: Destruction [Parte II]



Já nos anos 2000 e animados com a ótima recepção de All Hell Breaks Loose [2000], o Destruction agora entra em uma fase quase industrial de lançar vários discos com poucos anos entre eles (em média de 1 a 3 anos) seguidas de turnês para promovê-los. Schmier volta a assumir a liderança principal em termos de composições, com eventuais colaborações de Sifringer e dos outros vários integrantes (principalmente bateristas) que passaram pela banda em todos esses anos. E já nessa virada de milênio eles soltam um álbum que seria um dos mais elogiados da sua discografia!

The Antichrist [2001]

Com a produção e participação de Peter Tatgren (do Hypocrisy), o Destruction não só voltou à sua melhor forma como lançou esse petardo que conseguiu uma rara façanha na música: ser considerado por muitos fãs o melhor de sua discografia isso sendo o sétimo disco de estúdio e sem exatamente estar em sua “formação clássica”. Com temáticas heréticas (como o próprio nome do álbum sugere), a banda mete o pé no acelerador e produz faixas pesadas, velozes e furiosas tais como “Thrash till Death” e “Nailed to the Cross” e algumas mais cadenciadas mas tão boas quanto como “Meet your Destiny”. Embora até um tempo atrás eu ainda gostasse mais de D.E.V.O.L.U.T.I.O.N. [2008], este disco galgou algumas posições em minhas preferências pessoais sendo agora meu segundo favorito (com o de 2008 caindo para um quarto lugar). Não dá para negar que Mike Sifringer reuniu seus melhores riffs de guitarra para juntá-los todos neste álbum. Todo mundo que curte thrash ama as guitarras deste álbum. E com toda razão. Excelente e memorável, ouça este disco e curta todo o seu peso. Curiosamente, ele saiu apenas duas semanas antes dos ataques aos Estados Unidos de 11 de setembro. Embora o cristianismo seja o alvo principal, dá de se considerar que todas as religiões em si receberam críticas fortes nas letras aqui. Parece até que estavam prevendo o ataque.

Após o término das gravações. o baterista Sven Vormann anuncia a sua saída da banda. Ele publicou uma nota dizendo que a vida na estrada em volta de longas turnês não era para ele e que saiu do Destruction amigavelmente. Sem perder muito tempo, a banda chama Marc Reign para as baquetas.

Metal Discharge [2003]

Sempre difícil para o álbum seguinte se destacar após um grande clássico ter sido lançado. Metal Discharge cai nesta categoria. Apesar de eu considerá-lo um bom disco, nota-se claramente uma queda em termos de arranjos, riffs e criatividade. Há muitas coisas boas por aqui, canções como “The Ravenous Beast” e “Desecrators (of the New Age)” são muito boas, mas há outras que considero pobres ou repetitivas tais como “Mortal Remains” e “Vendetta”. A primeira parece que foi produzida por uma banda nanica noventista com poucos recursos (a produção inteira do disco sofre, mas aqui foi pior) e a segunda tem uma cara de filler descartado dos primeiros discos. Sifringer parecia preguiçoso e não inspirado quando criou ou tocou os riffs dessas músicas. Ainda que com defeitos, o disco me agrada por ser um thrash interessante e que me anima a ouvir se considerarmos o disco por inteiro. O próprio trio decidiu se autoproduzir, o que não foi a melhor das ideias. Melhorariam nos álbuns seguintes, mas por aqui ainda estavam crus. Prefira outros álbuns já citados nesses meus textos para conhecer a banda e ouça esse aqui depois de conhecer os principais.

Inventor of Evil [2005]

Mantendo a formação anterior e sem inventar muito, este disco soa como o anterior mas muito melhor trabalhado. As faixas são mais fortes, os riffs e solos melhores e o baterista Marc mandando ver com velocidade e viradas alucinantes. Não há surpresas aqui (exceto talvez uma extensa lista de convidados famosos fazendo backing vocals em “The Alliance of Hellhoundz”), você terá um ótimo disco thrash para curtir e banguear bastante. É como aquele restaurante de sua confiança quase sempre com as mesmas receitas mas que você bate lá com frequência atrás de uma comida de boa qualidade a um preço em conta. As faixas de destaque para mim são a já citada “The Alliance of Hellhoundz”, o peso de “The Chosen Ones”, os ótimos riffs de “Under Surveillance” e de Schmier se esgoelando nos refrãos de “Twist of Fate”.

Thrash Anthems [2007]

Não costumo olhar com bons olhos estes esquemas de regravar material antigo ou de novas versões de clássicos, mas aqui eu dou o braço a torcer. Nada de incrível, mas curti as boas versões mais modernizadas de velhas faixas conhecidas dos fãs do Destruction. O foco foi regravar as suas melhores músicas dos discos oitentistas da banda junto a mais duas inéditas que são “Profanity” e “Deposition (Your Heads will Roll)”. As canções do primeiro disco Infernal Overkill [1985] foram as que ganharam mais com a produção nova. “Invincible Force” por exemplo ganhou nova vida. “Curse the Gods” do segundo álbum ficou muito melhor que a original em minha opinião. Várias outras melhoraram, embora algumas como “Sign of Fear” ainda gosto mais da crueza da original. É digamos que um “best of” para aqueles fãs que compram tudo de uma determinada banda que amam e que, se você amar o Destruction, vale a pena. Do contrário, vale como uma ótima curiosidade.

D.E.V.O.L.U.T.I.O.N [2008]

Este sim é um dos meus discos favoritos desta década dos alemães. Depois de um bom tempo, finalmente senti que a banda tentou ousar mais em seu thrash e o fez corretamente! Peso e velocidade são muito legais, mas as vezes um riff mais cadenciado e lento aqui, uma harmonia fora do comum acolá caem bem aos ouvidos. Você percebe guitarras e baixos tocando de forma diferenciada e se destacando (principalmente este último) e a banda também pegando algumas influências mais extremas do death e do black metal de forma mais clara. O disco inteiro é muito bom, mas as cinco primeiras faixas fazem parte dos melhores momentos em toda a discografia do Destruction. Eu recomendo muito que ouça este álbum que demonstra que os velhos thrashers ainda tem muitas ideias para canções pesadas e lenha para queimar!

Infelizmente, em 2010 logo após a gravação do DVD A Savage Symphony – The History of Annihilation [2010], o melhor baterista que a banda já teve, Marc Reign, os deixou alegando que o stress e o excesso de trabalho prejudicaram as relações pessoais e profissionais junto a Schmier e Sifringer. Empilhando discos um atrás do outro junto a turnês mundiais, era de se esperar. Os caras nesta década de 2000 tocaram em tudo o que foi canto e praticamente viveram na estrada quase sem descanso.

A banda chamou então o polonês Wawrzyniec Dramowicz, ou Vaaver para os íntimos. Mal sentou no banco e, como de costume, veio disco novo já no ano seguinte à sua entrada.

Day of Reckoning [2011]

Diferente do anterior, aqui temos o Destruction sendo aquele Destruction padrão como no disco Metal Discharge [2003]. Ótimos riffs, ótimos vocais de Schmier, mas infelizmente sem o carisma e as boas composições presentes em álbuns anteriores. Nenhuma novidade, nenhuma ousadia, nada. É um disco bem feito como bons álbuns do Destruction normalmente são, mas sem qualquer destaque na discografia dos alemães. Somente “Devil’s Advocate” me agradou um pouco mais e achei o cover para “Stand up and Shout” do Dio bem sem graça. É um disco que acaba entrando por um ouvido e saindo pelo outro sem deixar muitas lembranças. Tem muitos outros melhores que você pode ouvir antes de tentar este.

E chegamos ao final da segunda parte da discografia do Destruction. Restam ainda cinco álbuns aos quais irei comentar em cerca de 20 dias. Até lá!




RESENHA: ELEINE – WE SHALL REMAIN








Foi somente no ano passado que eu finalmente conheci o Eleine. A banda sempre esteve ali, nas indicações do Youtube e do Spotify, mas eu nunca clicava por saber que a banda era de Symphonic Metal. O Symphonic Metal é um estilo que eu amo, mas – assim como o Power Metal – estava passando por um momento de estagnação. Então, num dia qualquer, eu cliquei no vídeo de “Ava of Death”.


Pesado e sem vocais líricos, o disco “Dancing in Hell” foi um belo refresco para o estilo que, como eu disse, eu amo (à época o Beyond The Black, outra boa nova banda do estilo, estava indo em direção de algo “moderno”). E na sexta-feira da semana passada (14), os suecos do Eleine firmaram de vez o seu nome entre os principais da nova safra do Symphonic Metal (junto com o Beyond The Black, que voltou às origens), com o seu quarto álbum de estúdio, “We Shall Remains”.

O quarto álbum de estúdio da banda foi o primeiro em parceria com a gravadora alemã, Atomic Fire, e saiu três anos após “Dancing In Hell”. Neste meio tempo, a banda lançou o disco acústico “Acoustic In Hell” e a partir de março deste ano eles começaram a divulgar o seu novo disco.

Com riffs pesadíssimos (cortesia do guitarrista, Rikard Ekberg), sempre cadenciando entre linhas mais melódicas e outras mais “groovadas”, Ekberg – que também é encarregado dos vocais guturais – é um dos responsáveis direto pelo peso da banda. Faixas, como “Never Forget”, “Promise Of Apocalypse”, “Suffering” e “Through The Mist”, oferecem perspectivas diferentes para o ouvinte. O outro destaque logicamente vai para a vocalista, Madeleine Liljestam que, dentro da sua elegância, consegue soar bastante agressiva.





notório que o Symphonic Metal passou por mudanças, com o Epica seguindo bastante pesado e mais direto e o Within Temptation adicionando elementos eletrônicos a sua sonoridade, e o vocal lírico ficando em segundo plano. Com o Eleine, a perspectiva oferecida é mais obscura, densa, Dark (Symphonic Metal). O Dark Symphonic Metal que a banda se autodenomina, está além da própria estética. Com a parte sinfônica sendo relegada a boas intervenções, a banda focou muito mais em melodias; e é nessa junção que faixas, como “Blood In Their Eyes” e “We Are Legion”, estão entre os destaques do álbum.

Embora o Power Metal tenha sido mais popular, a comparação sobre a renovação que está acontecendo (após um momento de estagnação) é totalmente pertinente. No Symphonic Metal, o Eleine sem dúvidas é uma das grandes novas bandas do momento

PAUL DI’ANNO: VOCALISTA CANTA CLÁSSICOS DO IRON MAIDEN PELA PRIMEIRA VEZ EM UMA DÉCADA, EM SHOW NA INGLATERRA

 



O ex-vocalista do Iron Maiden, Paul Di’Anno , apresentou um conjunto de clássicos da Donzela ontem à noite (6 de julho), no KK’s Steel Mill, em Wolverhampton, Reino Unido. O show, que marcou a primeira apresentação ao vivo de Di’Anno no Reino Unido desde 2013, contou com Paul abrindo para a nova banda do ex-guitarrista do Judas Priest, KK Downing, a KK’s Priest. Vídeos da apresentação, filmados por um fã podem ser visto abaixo, no final da matéria.


O setlist de Di’Anno foi o seguinte:



01. Sanctuary
02. Wrathchild
03. Prowler
04. Murders In The Rue Morgue
05. Remember Tomorrow
06. Killers
07. Phantom Of The Opera
08. Running Free

segunda-feira, 24 de julho de 2023

I Am Morbid volta ao Brasil em outubro para tocar ‘Covenant’ na íntegra




Covenant, o terceiro disco do Morbid Angel, foi lançado há 30 anos, em 1993. Até hoje esse é um álbum seminal do death metal, que impactou o mundo da música pesada com 10 faixas rápidas e agressivas.

Para celebrar as três décadas deste consagrado disco, o I Am Morbid, nova banda do baixista e vocalista David Vincent, fundador do Morbid Angel, volta ao Brasil em outubro para uma série de shows, dentro da tour latino-americana até novembro com 16 apresentações.

A tour é uma realização da Vênus Concerts, a produtora que viabilizou o vitorioso e concorrido giro do I Am Morbid em 2022. Os ingressos começam a ser vendidos no dia 25 de julho, próxima terça-feira.

O primeiro show no Brasil é dia 19 de outubro em São Paulo, no Fabrique Club. Depois segue para Brasília, dia 20, no Toínha, e ainda passa pelo MOA (Maranhão Open Air), em São Luís, no dia 21.

Para mais informações, acompanhe as redes sociais da Vênus Concerts:

VOIVOD – MORGÖTH TALES

 



I have very little time for bands re-recording early material—the older I get, the more I actually actively oppose this practice—but, when Voivod come knockin', I answer, full stop. So, in celebration of 40 years of being the absolute best, the Canadian prog-metal icons have gone through their history and selected a nice variety of tunes to re-record with their current lineup and some notable guests.

“Condemned To The Gallows” kicks things off, and it is sort of nice to actually hear this song with a production that allows the song to be heard, loud and proud, galloping strong and hard, although you can't beat the original recording(s) for spirit (which is my beef with these releases in general). “Thrashing Rage” is tons of fun and proves Away still has the double-kick skills; “Killing Technology” could be a brand-new track, which shows both how ahead of their time the band was back then and also how well the material from that era has held up.



Again, it's fun to hear these songs with a clearer production, although you can't beat the original for charm. And I'm of the mindset that Nothingface is one of the greatest records ever recorded by human beings, so the re-recording of “Pre-Ignition” here, well, it's awesome, but you can't improve upon perfection. “Nuage Fractal” and “Fix My Heart” don't offer much of a leg up on the originals, although they do serve as a reminder to how great these tunes are

NITA STRAUSS – “AN URGE TO JUMP AFFIRMS THE URGE TO LIVE”

 

Best known as one of the guitarists in Alice Cooper’s band, Nita Strauss will release her second solo album,

The Call Of The Void, on July 7 via Sumerian Records. “It was a long process, definitely a labor of love. I’m so happy to finally have it out to the world,” proclaims Nita.

In addition to rocking stages around the globe with Alice Cooper since 2014, Nita Strauss has played with all-female Iron Maiden tribute band The Iron Maidens, and Demi Lovato. Furthermore, Nita is the first ever female signature artist with Ibanez guitars, and she’s performed at numerous home games for football teams The LA KISS and Los Angeles Rams, as well as at WWE pay-per-view events.



While The Call Of The Void is comprised of 14 brand new, jaw-dropping tracks, it also pays homage to Nita’s past. Specifically with the instrumental song “Consume The Fire”, as that was the name of one of her previous bands. “Yes! Actually, some of the riffs from that song were written when I was in that band, and it was a song that band never used. So, that was where some of the song came from and the title,” says Nita. Although it hasn’t been updated since 2014, the Facebook page for Consume The Fire is still online, along with a few videos on YouTube. “Everybody in the band got pulled in different directions; there was never a full-length effort or a tour. But there was an EP that we put out for free download. So, maybe it’ll turn into more people hearing those songs. I hope so, cause they are cool songs.”

IRON MAIDEN - FRONT ROW FAN-FILMED VIDEO OF ENTURE MURCIA SHOW STREAMIN









ron Maiden brought The Future Past tour to Estadio Enrique Roca in Murcia, Spain on July 20. Fan-filmed video of the etire show shot from the front row can be viewed below.

The setlist was as follows:



"Caught Somewhere In Time"
"Stranger In A Strange Land"
"The Writing On The Wall"
"Days Of Future Past"
"The Time Machine"
"The Prisoner"
"Death Of The Celts"
"Can I Play With Madness"
"Heaven Can Wait"
"Alexander The Great"
"Fear Of The Dark"
"Iron Maiden"