segunda-feira, 26 de junho de 2023
CRADLE OF FILTH ANNOUNCE VIP UPGRADE PACKAGE FOR SECOND LEG OF 2023 "DOUBLE TROUBLE LIVE" US CO-HEADLINE TOUR WITH DEVILDRIVE
sábado, 24 de junho de 2023
Discografias Comentadas: Destruction
Tudo começou com Mike e Tommy, que eram já amigos de adolescência em Weil Am Rheim. Tommy tocava bateria mas estava parado e Sifringer já tocava guitarra fazendo algumas jams com uns amigos locais. Até que um dia convidaram Kühne para tocar com eles. Este deu uns berros e o Knight of Demon foi criado. Mas faltava um baixista.
Um dia, os três estavam bebendo em um clube local e viram um cara desconhecido deles usando roupas de heavy metal. Foram atrás dele, começaram a conversar e ficaram amigos. Umas semanas depois o convidaram para se juntar à banda como baixista. Ele aceitou. E esse baixista é o Schmier.
Continuaram a ensaiar mas eles não gostavam do nome Knight of Demon. Continuaram a pesquisar nomes até que o baterista Tommy veio com a ideia de se chamarem Destruction. A banda aprovou na hora.
Pouco antes de gravarem sua primeira demo, Kühne foi expulso da banda devido a um conflito por causa de uma garota com Mike Sifringer. O fato dele preferir que a banda fizesse um som mais ao estilo Twisted Sister também não ajudou. Em forma de trio e com Schmier também assumindo os vocais, e já sob o nome Destruction, eles lançam uma demo em cassete chamada Bestial Invasion of Hell [1984] e com a gravadora alemã Steamhammer gostando do material dos caras, eles lançariam ainda no final de 1984 um EP chamado Sentence of Death. Com boas vendas e recepção do público e dos zines, em poucos meses já emendariam seu primeiro disco de estúdio iniciando sua trajetória pelos palcos mundiais; uma história parecida com a dos contemporâneos do Kreator e do Sodom. Estes são até hoje considerados como a “Tríade do Thrash Alemão”. Veremos então a primeira parte da longa discografia dos germânicos.
Infernal Overkill [1985]
Aproveitando algumas faixas retrabalhadas de sua demo e mais algumas composições novas, temos as 8 músicas de seu primeiro trabalho de estúdio. Schmier faz aquele vocal de thrash meio agudo e esganiçado, bem típico de outras bandas similares dos anos 80. Apesar de um som veloz e cru, aquela típica produção meio pobre que para a galera desse estilo dá até um charme a mais, vejo que as músicas eram muito boas mas que tinham potencial para muito mais. Eu até perdoo geralmente essas gravações oitentistas pobres, mas aqui eu acredito que elas interferiram no resultado final. O baixo é quase inaudível e os pratos da bateria possuem uma mixagem muito ruim. Mas as composições e os riffs são ótimos e canções como “Death Trap”, “The Ritual”, “Tormentor” e “Bestial Invasion” são praticamente hinos da banda. Um disco curto mas que mostrou uma banda com grande potencial e que conseguiu logo no seu disco de estreia fazer uma tour com o Slayer pela Alemanha e indo tocar no festival WWIII no Canadá.
Eternal Devastation [1986]
Voltando do Canadá a banda já se enfiou em estúdio para em pouco tempo lançarem este Eternal Devastation. A banda melhorou muito sua técnica aqui. Esses 12 meses tocando e viajando fizeram um bem danado à banda. O disco é o meu favorito deles e as músicas são uma pedrada atrás da outra. O melhor saco de riffs de Sifringer está aqui. A produção, mesmo ainda tipicamente abafada, melhorou bastante. Até recomendo que ouçam a versão remasterizada deste disco que o melhorou imensamente. E a banda apresenta uma variação maior de suas facetas e influências como a introdução dedilhada de guitarra de “Curse the Gods” para então cair em um thrashzão fodido. Mesmo Tommy, que nunca foi lá um grande baterista, se segura muito bem e consegue uma ótima performance. Schmier manera um pouco mais nos agudos e apresenta um vocal rasgado muito melhor do que no primeiro disco. Todas as faixas são excelentes aqui, mas além de “Curse the Gods”, tenho como preferidas “United by Hatred” um pouco mais cadenciada e que me remeteu à coisas do Iron Maiden e “Confused Mind”, novamente com aquele belo dedilhado de guitarra e baixo em sua intro mostrando que a banda não precisa ficar apenas socando riffs para soar boa e interessante. Claro que isso dura pouco e a velocidade do thrash à la Slayer volta com tudo logo depois contando com riffs e solos muito bons. Discaço do Destruction e um dos melhores álbuns thrash que se ouvirá em sua vida. Deguste sem moderação!
Pouco tempo depois do lançamento de Eternal Devastation, o batera Tommy Sandmann se viu em uma enrascada. Aos 19 anos ele teria que servir 12 meses no exército ou passar 18 meses fazendo serviço comunitário. Schmier e Sifringer conseguiram dispensa do quartel, mas ele não. Tendo que se decidir entre deixar a banda na mão durante todo esse período, questionando a própria carreira futura visto que não acreditava que pudesse tocar em alto nível até os 30-35 anos e sem ainda saber uma profissão que pudesse exercer caso tivesse que parar de tocar bateria, ele optou por deixar a banda. Christian Dudek do Sodom tocou bateria na tour que se seguiu até que a banda recrutasse Oliver Kaiser para o seu lugar. Para o Destruction foi ótimo porque Kaiser é um baterista melhor que Sandmann. E o velho batera resolveu se aposentar da música e se tornou um policial. Mesmo não creditado, Tommy disse que contribuiu como convidado a fazer alguns backing vocals para vários discos da banda. Ele ainda possui boas relações com eles e Schmier volta e meia o visita para assistem shows juntos.
Release from Agony [1987]
Um pouco depois com o lançamento do EP Mad Bucther [1987] (e cuja faixa título se tornou um clássico nos shows da banda) eles também recrutam Harry Wilkens para fazer a segunda guitarra para o disco. Agora como um quarteto, veio este Release from Agony. A banda agora se tornou mais técnica com estes novos membros o que começou a desagradar o rabugento Schmier que era favorável ao “bom e puro thrash metal”. Embora o álbum esteja entre os favoritos dos fãs da banda, ainda tenho preferência maior pelo segundo. As músicas continuam soando bem, o baixo de Schmier finalmente aparece com mais clareza e a banda parece estar mais confiante no próprio taco. Minhas favoritas aqui são a porrada “Dissatisfied Existence” e a última faixa “Survive to Die” que me lembram mais o Destruction do disco anterior. Esta canção tem seus últimos segundos uma ripagem de “In the Mood”, clássico antigo da velha swing music eternizado por Glen Miller. Um ótimo álbum, uma evolução do anterior e que a despeito de eu ainda preferir o segundo, vejo que as composições deste álbum mantém um patamar alto de qualidade no que diz respeito a serem um thrash de qualidade.
Veio a turnê aos quais eles abriram para o Celtic Frost (na bizarra tour do álbum Cold Lake, que Tom Warrior renega até hoje) e começaram os conflitos internos em relação a Schmier e o restante da banda. Iniciaram as gravações para o que seria o próximo disco e segundo Sifringer, Schmier estava sempre desanimado e reclamando das composições (ainda mais técnicas que do álbum anterior). Sem muita conversa, os caras dispensaram o baixista e vocalista e chamaram André Grieder do Poltergeist para o seu lugar. Para os baixos, Mike e Harry dividiram eles junto ao convidado Christian Engler (que entraria para o Destruction como membro oficial somente uns anos depois). O velho Shima fundou então uma nova banda chamada Headhunter e lá esteve durante os anos 90 e até lançou um disco nos anos 2000 quando já havia retornado ao Destruction. Porém, difícil conciliar as duas bandas e o Headhunter está inativo há algum tempo.
Cracked Brain [1990]
Dentro da carreira do Destruction, este é um álbum tremendamente injustiçado. Grieder faz um belo trabalho com seus vocais e as composições continuam no nível Destruction de qualidade. Mas em termos de vendas este ficou muito abaixo dos anteriores e há relatos até mesmo de fãs que boicotavam a banda devido a dispensa do antigo baixista e vocalista. Aliás, devido aos próprios méritos deste disco, é o único trabalho que a banda considera como oficial sem ter Schmier em seus créditos. O disco é uma sequência natural de Release from Agony e faixas como “Time Must End” seguem novamente com uma alta qualidade de riffs por parte de Sifringer e solos por parte de Wilkens. Há até um cover bizarro do sucesso da banda de power pop The Knack, e eles gravaram “My Sharona” que ficou uma mistura a um estilo pop/thrash. Acho que com Schmier na banda, eles nunca poderiam viajar numa dessas.
Grieder apenas quebrou esse galho e logo voltou ao Poltergeist. Harry Wilkens também abandonou o barco para se tornar produtor de vídeo de uma tv suíça. Um tempo depois acabou voltando a tocar e lançou um disco há dois anos com a banda V-HAJD. Para piorar, o Destruction perdeu o contrato com a Steamhammer. Sifringer e Kaiser basicamente pegaram metade da formação do Ephemera’s Party (o chatíssimo vocalista Thomas Rosenmerkel, o baixista Christian Engler e o guitarrista Michael Piranio) e então passaram a se chamar “Neo-Destruction”, como uma sonoridade diferente do thrash de antigamente. Entre 1994 e 1998 lançaram os horrendos EPs Destruction e Them Not Me. Então veio 1998 e…
The Least Successful Human Cannonball [1998]
Sinceramente, nem quero me aprofundar muito nesse aqui. Tente imaginar uma mistura de Korn com Pantera feito por adolescentes espinhentos de 15 anos. Letras terrivelmente mal escritas, uma produção saturada e guitarras repetitivas sairão do som de suas caixas. Sem contar que Thomas Rosenmerkel tenta imitar Phil Anselmo. E com vocais cheios de efeitos ainda por cima. Bem compreensível que a banda renegue este álbum em sua discografia. Nada aqui se salva.
Agora também com Oliver Kaiser pulando fora, restou a Mike Sifringer sozinho reunir os cacos do que era o Destruction. Devido a questões jurídicas, Mike e Schmier tiveram que se reunir para discutirem estas questões. Já rolavam boatos de reunião entre a imprensa e os fãs. Os organizadores de alguns festivais como o do Wacken e With Full Force disseram que a banda poderia tocar nestes eventos caso se reunissem. Ambos botaram o rabinho entre as pernas, ensaiaram, tocaram e foram elogiadíssimos. Não restou outra alternativa senão Schmier retornar de vez.
All Hell Breaks Loose [2000]
Schmier e Sifringer se uniram ao baterista Sven Vormann e o restante da banda foi demitido. Como trio, soltaram em 2000 o lançamento deste ótimo disco. Para ajudar ainda, foi pela gigante Nuclear Blast. Com uma produção já mais modernizada e aos moldes dos anos 2000, a banda retorna em boa forma e exemplos disso já estão na excelente segunda faixa “The Final Curtain”, música que poderia facilmente estar nos dois primeiros discos com seu peso e velocidade. Ao longo do álbum Schmier e companhia não dão descanso e outra porrada de destaque se dá na forma de “World Domination of Pain”, seguida de “X-Treme Measures” que já dá uma cadenciada e se foca em riffs mais lentos e poderosos. Até este momento seu disco mais pesado e furioso e tal sonoridade continuaria nos lançamentos seguidos (com variados graus de sucesso).
Oliver Kaiser hoje é professor de musicologia e toca em uma banda pequena de jazz-fusion (jazz sempre foi uma de suas paixões),
A partir dos anos 2000 até hoje, a banda solta um calhamaço de álbuns com uma diferença de 1 a 3 anos entre cada lançamento. Alguns entre os melhores lançamentos da banda, outros menos inspirados. De qualquer forma, retorno em mais ou menos 20 dias para continuar com a segunda parte da discografia comentada do Destruction.
FROZEN SOUL - GLACIAL DOMINATION
New breed DM A-listers Frozen Soul are back with album number two, following up 2021 debut Crypt Of Ice. And yes, it's all cold, freezing cold, but the sounds love the swamps too, opener “Invisible Tormentor” downright Obituarian with the stomp and pummel, and “Death And Glory” just absolutely nails that tempo and vibe, the band sounding like old seasoned vets.
John Gallagher of Dying Fetus shows up in “Morbid Effigy”, not that you'd really notice, and “Annihilation” is a rare example of a cool instrumental interlude. Not that we're really talking about building atmosphere here: despite the band's cool icy theme, there's basically one sound here, and it's not as cold as I imagined it would end up being.
It's Florida DM through and through, and it's done incredibly well, the slower grooves on cuts like the title track absolutely devastating, the all-important but often neglected vocal hooks prominent in the song “Frozen Soul”, everything here except much of a musical personality (although they're holding hard to the brrrr theme, as hilarious/awesome song title “Best Served Cold” proves).
METALLICA GIVES BACK THROUGHOUT EUROPE ON M72 TOUR VIA ALL WITHIN MY HANDS FOUNDATION; CHARITABLE ORGANIZATIONS REVEALED
Metallica have checked in with the following message for the fans:
"We want to thank all of you who made the kick-off of the M72 tour so memorable! Not only did you share ten awesome nights with us, but you also helped us give back to eight charitable organizations doing critical work.
If you’ve been following along with All Within My Hands, you know we donate a portion of all ticket sales back into the communities visited during each tour stop. In partnership with local promoters, the Foundation has been working diligently to find organizations that align with the AWMH mission and actively put funds to use to better the lives of people in need. Curious where the money has gone while the M72 World Tour made its way through Europe?
Doro anuncia novo álbum e lança primeiro single
DORO anunciou um novo álbum de estúdio intitulado Conqueress – Forever Strong and Proud e lançou o primeiro single do trabalho, “Time For Justice”, que você pode ouvir no fim desta matéria.
Previsto para sair no dia 27 de outubro, Conqueress – Forever Strong and Proud traz 19 faixas inéditas do ícone do heavy metal. O álbum sucede Forever Warriors, Forever United (2018).
quinta-feira, 22 de junho de 2023
Carcass LIVE
Death metal legends CARCASS are undertaking an intimate run of shows ahead of their appearance at Download Festival, a non-stop two week club tour before capping it off with their festival appearance.
Opening for them are fellow UK metallers CONJURER, whose enthralling blend of death, doom, sludge and more has won them legions of fans and catapulted them to the very fore of the country’s scene. They’ve a truncated set compared to earlier shows now UNTO OTHERS have joined the party but they’re no less brilliant. Opening with the furious Scorn and following it with Choke then Hollow is sheer sonic obliteration, the gradually growing crowd nodding their agreement. As is practically tradition by now, Hollow opens with Dan Nightingale roaring micless, and the set closes with the towering Hadal, whose final breakdown is a close contender for heaviest matter of the universe.
ANGRA É A PRIMEIRA BANDA CONFIRMADA NO ARMAGEDDON METAL FEST 2023
Armageddon Metal Fest, um dos festivais de heavy metal mais aguardados do Brasil, acaba de anunciar a lendária banda Angra como atração principal da edição 2023. O fest acontece no sábado do dia 18 de novembro na Bless (rua Monsenhor Gercino, 60) em Joinville (Santa Catarina).
O Angra é uma banda brasileira de power metal formada em 1991, na vanguarda da cena do metal há mais de três décadas. Com combinação única de elementos de metal progressivo, sinfônico e heavy metal tradicional, o Angra cativa distintos públicos ao redor do mundo.
O quinteto atualmente está em turnê que celebra 30 anos de história, com set list recheado de clássicos da extensa e vitoriosa carreira.
O Armageddon Metal Fest promete uma experiência única para os fãs do metal, apresentando uma programação diversificada de bandas nacionais e internacionais, que serão anunciadas em breve
Os ingressos para o evento estão disponíveis para compra on-line na plataforma Bilheto. O setor pista promocional, devido à grande procura, já está no segundo lote, por R$ 180.
Os fãs são incentivados a garantir seus lugares antecipadamente para não perderem a oportunidade de presenciar o festival. O Armageddon Metal Fest 2023 está de volta, para ficar!
Para mais informações, siga o festival no Instagram @armageddonmetalfest.
Serviço
Armageddon Metal Fest 2023 – Desolation Rising
Data: 18 de novembro de 2023 (sábado)
Local: Bless
Endereço: Rua Monsenhor Gercino, 60
Horário: a partir das 15h
Classificação etária: 16 anos