quarta-feira, 27 de abril de 2022

MAYHEM – – A última entrevista com Euronymous



Em maio deste ano, o lendário “De Mysteriis Dom Sathanas” do The True MAYHEM completou seus 25 anos de lançamento. O disco até hoje é considerado pela mídia especializada e ouvintes de metal extremo como um dos mais influentes discos da história.

É impossível desassociar a personalidade de Oysten Aerseth (Euronymous) da banda e do álbum, que mesmo que não tenha sido fundador da mesma, ele representa até hoje, segundo a visão deste que vos escreve e de muitos como a melhor fase da banda. Fase esta que foi infelizmente abreviada de maneira abrupta em agosto de 1993.
Abaixo podemos acompanhar uma entrevista de Euronymous realizada em 1993, cerca de uma semana antes de seu assassinato (10/08/1993).

Entrevista originalmente cedida ao Kill Yourself!!! Magazine #2 e republicada na #4 (Finlândia)
Feita por Esa Lahdenpera e republicada e na KILL YOURSELF!!! MAGAZINE

Você acabou de abrir uma loja de Black Metal. Helvete, como estão indo as coisas?

Euronymous – Nós começamos com a Helvete porque é exatamente o tipo de loja na qual eu gostaria de comprar CDs, e só tínhamos umas poucas lojas ruins vendendo Death Metal e Disco. Há alguns meses atrás nós tivemos que fechá-la por causa do assédio dos jornalistas depois da prisão do Count Grishnackh (Burzum). Mas vamos reabri-la em breve em outro local.

Que tipo de música uma banda tem que tocar para assinar um contrato com a Deathlike Silence Productions?

Euronymous – Eu assino apenas com as melhores bandas do mundo, na minha opinião. EU NUNCA irei contratar uma banda que exista apenas por causa de uma moda. Todas as bandas da Deathlike Silence Productions serão especiais. A maioria dos selos apenas distribui um monte de “merda” produzida para as massas, mas ficaremos acima disso tudo. Quando as pessoas comprarem um lançamento da Deathlike Silence Productions elas saberão que estão comprando uma obra única de obscuridade e qualidade, apenas com bandas que acreditam 100% no que escrevem. Quanto a DARKTHRONE , eles têm um acordo de quatro álbuns com PEACEVILLE, e eles se incomodariam um monte se eles romperem o contrato. Vamos ver o que acontece no futuro, ninguém sabe o que DARKTHRONE vai fazer, ou sequer se existirão.

Foi você quem achou o corpo do Dead. Como você se sentiu ao ver o cadáver do seu amigo? E os rumores das fotos do cadáver?

Euronymous – Não estou nesse negócio por divertimento. Então é claro que não fiquei apavorado. Não é todo dia que você tem a chance de ver e tocar num cadáver de verdade. E é importante aprender uma coisa quando você está lidando com o lado negro: não há nada que seja doentio, maligno ou pervertido demais.

Você costumava dizer que o Dead estava aborrecido com todos os falsos “Black Metallers” e modistas do mundo, então ele resolveu acabar com sua vida na terra. Você poderia falar mais sobre isso?

Euronymous – Dead queria fazer música maligna para pessoas malignas, mas as únicas pessoas que ele via estavam andando por ai de boné, moletom e tênis, falando de paz e amor. Ele odiava tanto e não viu nenhuma razão em perder tempo com elas.

Apesar do status cvlt do MayheM, pessoas tem dito que a banda apenas caminha devido a reputação de seu Mini LP e não lançou nada novo em anos. Qual a sua opinião sobre isso …

Euronymous – Bom que perguntou, porque vai ser muito embaraçoso para estas pessoas, pois dentro de um mês após ter escrito isso e a revista estiver sendo impressa, o novo álbum do MAYHEM terá finalmente saído!
Nós terminamos as gravações de “De Mysteriis Dom Sathanas” agora, e só temos que mixar, e isso acontecerá em alguns dias. Trabalhamos neste álbum por seis anos e está cheio de novas ideias. Poderíamos ter feito muita merda, como por exemplo CANNIBAL CORPSE está fazendo, mas tomamos nosso tempo, porque queremos que este álbum seja o MELHOR! As pessoas não sabem do que estão falando, mas verão. E se precisarmos de cinco anos para fazer o próximo álbum, levaremos o tempo que precisamos. Ouça o álbum e entenderá o que quero dizer. Este não é um típico lançamento em massa, nós trabalhamos duro com ele e jogamos fora a maioria dos riffs, e apenas os perfeitos foram salvos.

Qual foi a principal razão para relançar o clássico mini LP “Deathcrush” pela Deathlike Silence Productions?

Euronymous – Nós decidimos lançá-lo para dar às pessoas algo enquanto esperam pelo álbum e porque ainda havia muita gente que não tinha o original. Eu pensei, porque não disponibilizá-lo para aqueles que ainda o queriam? Alguns dizem que é ruim disponibilizá-lo novamente porque antes apenas os verdadeiros fãs antigos o tinham e agora os modistas vão comprá-lo. Mas o fato é que havia apenas 40 pessoas que tinham o original e o mereciam, o resto era um bando de idiotas. Havia muito mais pessoas “verdadeiras” (trues – como eu odeio essa palavra!) que não o tinham e eu apenas achei que era a coisa certa a fazer. Ainda gosto muito desse álbum, mas nosso material novo está tão diferente! Eu nunca poderia fazer um novo “Deathcrush”, nem se eu tentasse.

Antes do “Deathcrush” M-LP MAYHEMlançou duas demos, então fale nos mais sobre elas.

Euronymous – A demo “Deathcrush” é basicamente o mesmo do Mini-LP. A fita “Pure Fucking Armageddon” é um pouco diferente. Nós não divulgamos mais as demos, mas acho que ainda podemos vendê-las se alguém realmente precisar delas.

Mayhem, Burzum e algumas outras bandas norueguesas de Black Metal tiveram problemas com uma banda de Black Metal finlandesa, e até mesmo ameaças de morte foram enviadas… então gostaríamos de saber qual sua opinião sobre isso e se você estaria pronto para matar alguém?

Euronymous – Eu nunca mandei nenhuma ameaça de morte ao IMPALED NAZARENE como dizem os boatos, mas alguém fez isso no meu nome. Eu acertei as coisas com eles e não tenho nada contra esta banda ou qualquer outra banda finlandesa. Não gosto muito da música das bandas finlandesas e acho que há muito caos e elementos “grind” nela. Eu prefiro atmosferas e melodias. E com relação a sua última pergunta, não tenho nenhum problema em matar alguém a sangue frio. Isso já aconteceu, más não vou falar mais sobre isso, por razões óbvias.

Grishnackh afirma que aqui na Finlândia (Nota do Tradutor: o entrevistador era finlandês), não há nada além de palhaços idiotas e não existem as chamadas “bandas trues” aqui. Qual sua opinião pessoal sobre isso?

Euronymous – O que Grishnackh fala é responsabilidade dele. E eu não gosto de falar muito sobre “ser true” ou não, essa palavra acabou sendo distorcida. Eu acho que a maioria das bandas no mundo são uma merda, e eu acho que a maioria das bandas que se chamam de “True Black Metal” eram clones do ENTOMBED há pouco tempo. Mas as pessoas podem mudar, claro. Eu não vou dar uma lista de bandas verdadeiras e falsas, as pessoas terão que julgar por si mesmas e provavelmente serão enganadas várias vezes antes de descobrir o que é real e o que não é.
Mas saiba que, não é o suficiente usar corpse-paint para fazer uma banda. Eles devem ter o espírito certo, e minha maneira de ver isso é ouvir sua música. Geralmente, se a banda é tão grande que me dá um frio na espinha, sei que você tem a sensação necessária para isso. Eu aceito nada menos que o maior. Eu também posso dizer que eu NUNCA aceitarei qualquer banda que pregue as ideias da CHURCH OF SATAN, pois eles são apenas um bando de hippies que amam a vida, exatamente o oposto de mim.

Count Grishnackh disse que as “únicas bandas verdadeiras da Noruega” são MAYHEM, DARKTHRONE E BURZUM, as outras são apenas crianças estúpidas brincando com coisas sobre as quais não sabem nada. Mas se essas três são os “únicos verdadeiros”, por que o EMPEROR e o IMMORTAL. pertencem ao “Círculo Negro Norueguês”? E sobre outras bandas norueguesas como THORNS, THOU SHALT SUFFER e SATYRICON?

Euronymous – Mais uma vez, o conde terá que responder com suas próprias palavras, sempre apoiei o EMPEROR e o IMMORTAL. Mas nós temos algumas bandas falsas aqui, mas eu não vou lhe dar nenhum nome. você acabará descobrindo.

Euronymous, você poderia explicar aqui suas profundas crenças espirituais?

Euronymous – Eu acredito em um demônio chifrudo, uma personificação de Satã. Na minha opinião todas as outras formas de satanismo são besteiras. Eu odeio as pessoas pensem em formas idiotas de fazer a paz eterna no mundo e ousem chamar isso de satanismo, como muitos fazem. O satanismo vem da cristandade religiosa e lá deve ficar. Eu sou uma pessoa religiosa e vou lutar contra os que usarem seu nome em vão. As pessoas não devem acreditar em si mesmas e ser individualistas. Elas devem obedecer, ser escravas da religião.

Muitas pessoas não respeitam mais a cena norueguesa por causa de sua grande cena com toneladas de bandas e tem sido acusada de modista. Então, o que você tem a dizer sobre tudo isso?

Euronymous – Eu não consigo entender como algumas pessoas podem falar dessa maneira sobre a Noruega. Em primeiro lugar, IMMORTAL não é uma banda de Black Metal, pois não são satanistas. E isso é algo que eles mesmos dizem. O novo visual deles é apenas uma maneira de eles se aprofundarem naquilo em que sempre estiveram. E dái que o Count Grishnackh tocou no OLD FUNERAL, ele era exatamente a mesma pessoa na época, e ele estava até fazendo música para o BURZUM o tempo todo que ele tocava no OLD FUNERAL. Este é um exemplo típico de que as pessoas não sabem nada sobre o que estão falando… E mais, aqueles que se importaram em ler as letras de “Soulside Journey” de DARKTHRONE saberão que são as mesmas letras satânicas, o que significa que “Soulside Journey” é um álbum de Black Metal. Eles mudaram o estilo quando perceberam que todos os outros membros da banda, exceto o baixista, queriam. DARKTHRONE nunca foi uma banda onde os membros se conheciam muito bem. Parece um pouco estranho, mas é verdade. Eles descobriram que todos queriam ir musicalmente em outras direções e mudaram tudo. E isso foi muito tempo antes do Black Metal começar a se popularizar. Na verdade, o Black Metal foi odiado quando ele mudou. E é besteira que eles fazem isso por grana, porque eles ganharam muito pouco dinheiro com a Peaceville. Talvez $ 10.000 em todos esses anos juntos, e isso não é NADA! Eu não apoiaria DARKTHRONE se eles não valessem a pena. Se eles estivessem na moda, teriam excursionado pelo mundo e feito vídeos para a MTV. Ao invés disso, dois membros se mudaram para longe, para a floresta e eles viram os outros membros talvez duas vezes em um ano. E eu tenho que dizer que aqueles que falam sobre uma grande moda Black Metal aqui devem ficar em silêncio se não tiverem olhos para ver. Nós temos quatro bandas de Black Metal com álbuns e algumas bandas de garagem menores. E nós temos talvez 30 fãs de Black Metal e 700-1000 daqueles bastardos que ouvem o Black Metal comercial como DEICIDE. Eu acho que DARKTHRONE vende em torno de 5000 cópias neste país. Como é possível comparar com a Suécia, por exemplo, onde a ENTOMBED vende 30.000? O dia em que a MAYHEM vender 20.000 discos na Noruega, BURZUM estará na MTV todos os dias e a Nuclear Blast terá assinado com duas bandas de Black Metal norueguesas, ENTÃO você poderá começar a falar sobre uma moda. Algumas pessoas são tão estúpidas que chamam tudo de moda, mesmo que você venda apenas dez cópias de seu produto. Segundo eles, é moda comer.

Quando se ouve as composições do Mayhem, pode-se perceber claramente as influências de bandas como BATHORY e HELLHAMMER. Você acha que o MAYHEM teria sido criado se não existissem estas cultuadas bandas?

Euronymous – É muito difícil dizer. Eu gostaria de pensar que nós teríamos sido a primeira banda maligna se as bandas mais antigas não existissem, mas eu não sei. VENOM foi nossa primeira e maior influência, mais tarde veio o BATHORY, HELLHAMMER, SODOM e DESTRUCTION, eles nos inspiraram a chegarmos onde estamos hoje. Tenho certeza que soaríamos bem diferentes. Trata-se de VENOM e BATHORY, HELLHAMMER e as antigas bandas malignas, mas ninguém mencionou SODOM e DESTRUCTION. Eles surgiram na mesma época que o BATHORY e HELLHAMMER e seus primeiros álbuns são obras-primas do metal negro. Ninguém consegue fazer músicas assim agora. Tantos copiam BATHORY, mas nunca vi ninguém copiar DESTRUCTION exceto o NECRONOMICON. Alguns desses velhos deuses se venderam, mas enquanto eu viver, o MAYHEM não será uma banda “modista”. Podemos mudar algumas coisas, mas a escuridão estará sempre lá…

Você é de opinião que o Black Metal deve se manter sempre “underground”?

Euronymous – Eu pensava assim antes, mas mudei de ideia. A ideia de “underground”, de vender álbum apenas para pessoas “reais”, não ganhar dinheiro, não achar que você é melhor que seus fãs e assim por diante, tudo vem do “hardcore”. E como diabos podemos saber quem é “real” e quem não é, quando a maioria das pessoas que se denomina “real” não passa de idiotas normais? Bandas originais de Black Metal como o VENOM nunca tiveram que estar no “underground” para serem aceitas, então por que nós teríamos? O “underground” é apenas um meio de nos rebaixar e nos controlar de uma desculpa ruim para as bandas ruins serem igualadas as bandas boas. Aqueles que mais chamam serem “underground” são geralmente aqueles que fazem música tão ruim quanto que nunca terão a chance de se tornarem tão grandes. Eu acho que se podemos ter um grande movimento crescendo com centenas de brutais soldados espalhando tristeza, morte e maldade no mundo. Quanto as pessoas para o nosso modo de pensar.

Seguem abaixo as páginas com a publicação original:
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THE TROOPS OF DOOM – ANTICHRIST REBORN (2022)




escrito por Marcos Gonçalves



Ainda que o mundo da música tenha mudado com a chegada de novas tecnologias, novos equipamentos que possam deixar o som mais limpo, mais moderno e acessível, nada se compara a produção suja, ao Old-School que bandas de Metal dos anos oitenta faziam. É isso que o The Troops Of Doom tem feito desde sua formação há pouco mais de dois anos. Jairo Guedz – sim, aquele mesmo – se juntou a Alex Kafer (vocal e baixo), Alexandre Oliveira (bateria) e Marcelo Vasco (guitarra), para fazer um Metal inspirado no Thrash/Death no estilo dos anos 80, cracterístico das banda brasieliras como Sepultura, Sarcófago e Korzus.


Justamente inspirado pela produção menos polida, como citado acima, vêm o destaque do The Troops Of Doom. Seus dois primeiros EPs, “The Rise of Heresy” (2020) e “The Absense of Light” (2021), obtiveram uma repercussão enorme diante do seu estilo nostálgico, além da qualidade das músicas ser impressionante. Isso logo puxava para um álbum completo, que chega nesse 15 de abril de 2022 sob o nome de “Antichrist Reborn”.



Com um produção um pouco mais limpa, mas sem fugir das características citadas, o álbum conta com dez faixas que são um petardo. Seus riffs cortantes são prazerosos, com a bateria atacando os ouvidos com batidas rápidas e precisas, um baixo presente que dá o peso necessário para o tipo de som proposto, tudo isso casado com o vocal imponente de Kafer, que se assemelha muito ao que Max Cavalera fazia em seus primódios de Sepultura.

Death Metal e Thrash Metal caminham juntos desde o início, onde “Dethroned Messiah” chega como um soco na cara do ouvinte, seguida de outro soco com “Far From Your God”, que não te deixa respirar. As viradas na bateria de Alexandre Oliveira lembram muito Dave Lombardo no “Reign In Blood”, então espere por coisa boa. Agora te nocauteando de vez chega “Altar of Delusion”, que te derruba de forma impressioante, e ainda estamos na terceira faixa.




Pausa pra se recuperar, dar uma respirada de um minuto no interludio “Grief”, pois logo vem mais porrada com “Pray into the Abyss”, com o melhor riff do álbum! Aqui você ainda tem algumas passagens menos aceleradas, mas não tem descanso. Em “The Rebellion” o destaque fica para a intro da bateria, com viradas impressioantes que aparecem em toda a faixa, além do ótimo refrão que vai ser ecoado no Mosh.

“Deserters from Paradise” começa com uma levada menos acelerada, mas é pesadíssima, mas prepare-se, nas suas passagens é onde o pescoço não vai parar. Você foi avisado! Outro interlúio em “Apocalypse MMXXII”, que nos puxa para a faixa “A Queda”, que conta com participação de João Gordo, que arrebenta na faixa, ainda com sua letra ácida contra a religião, que tornam a faixa um dos destaques.




Fechando a versão regular do álbum vem “Preacher’s Paradox”, com seus seis minutos que alternam bastante o estilo, seu início tem guitarrias fazendo um riff mais sombrio antes do Thrash chegar chutando bundas, logo após o seu refrão o ritmo diminui puxando para algo mais pesado, estilo Sabbath, que torna a ponte bastante interessante e diferente da proposta das outras das faixas, bastante agradável essa parte. Ao final, pé no peito novamente pra fechar o álbum de forma incrível.

Como bônus, temos um cover magnífico de “Necromancer” do Sepultura, além de outro cover, agora do Celtic Frost, da faixa “The Usurper”. As duas versões são tocadas com maestria e fecham o álbum com uma qualidade absurda.






Bom, temos aqui um verdadeiro masterpiece, dentro do estilo, é uma das melhores coisas já lançadas em anos, a pegada oitentista somada a fome de fazer música nesse estilo tinha tudo pra dar certo, e foi exatamente isso que aconteceu, todas as faixas mantendo um prdrão alto de qualidade, direto e reto, trazendo um prazer aos ouvidos de qualquer amante da música pesada. Parabéns a todos os integrantes, principalmente ao querido Jairo “Tormentor” Guedz pela iniciativa de trazer de volta esse tempero que faltava na sopa do Heavy Metal.



The Troops Of Doom – Antichrist Reborn
Data de lançamento: 15 de abril de 2022
Gravadora: Alma Mater Records

Tracklist:
01. Dethroned Messiah
02. Far From Your God
03. Altar Of Delusion
04. Grief
05. Pray Into The Abyss
06. The Rebellion
07. Deserters From Paradise
08. Apocalypse MMXXII0
9. A Queda (com João Gordo)
10. Preacher’s Paradox
11. Necromancer (Bonus Track)
12. The Usurper (Exclusive CD; Bonus Track)

Formação:
Jairo “Tormentor” Guedz — Guitarra
Alex Kafer — Baixo, Vocais
Marcelo Vasco — Guitarra
Alexandre Oliveira — Bateria

Anthrax promete “ótimas músicas” em novo álbum de estúdio: “As pessoas ficarão felizes”







O processo de gravação ainda não foi iniciado oficialmente, mas Scott Ian se mostrou otimista



Em entrevista recente para a Metal Injection, Scott Ian disse que o Anthrax já tem algumas músicas para o novo álbum e que eles esperam retornar ao estúdio ainda em 2022.

O disco será o sucessor do For All Kings, de 2016, e o terceiro do Anthrax desde o retorno de Joey Belladonna para a banda. “Temos algumas músicas e tudo que posso dizer é que iremos para o estúdio quando estivermos prontos, o que eu espero que seja esse ano. Acho que estamos chegando lá. Acho que temos ótimas músicas e acho que as pessoas ficarão muito felizes”, comentou Ian.

Anteriormente, o guitarrista tinha comentado que a composição do novo disco havia começar em 2019, antes do COVID-19, e que a pandemia teria interrompido o processo. “Estávamos separados e longe uns dos outros. Revisitamos algumas demos, mas não trabalhamos ativamente nisso”,

terça-feira, 26 de abril de 2022

DINO CAZARES: “POR QUE AINDA NÃO REVELEI A IDENTIDADE DO NOVO CANTOR DO FEAR FACTORY”

Em uma nova entrevista ao “The Garza Podcast” , apresentada pelo guitarrista do SUICIDE SILENCE , Chris Garza , o guitarrista do FEAR FACTORY , Dino Cazares , falou sobre a busca de sua banda por um novo vocalista após a saída de Burton C. Bell há quase dois anos:



Muitas pessoas estão me chamando por não anunciar nosso novo vocalista”, disse Dino. “[Eles estão dizendo] ‘E aí? Você ia anunciar um novo cantor? O que aconteceu?’ O que eu ia fazer era anunciar o novo vocalista pouco antes da turnê do STATIC-X [com FEAR FACTORY ] que deveria acontecer agora. obter algum hype para a turnê [e] apresentar a pessoa. Mas a turnê foi adiada, e eu saí em turnê com o SOULFLY [como guitarrista convidado] e depois todas essas outras coisas.

“A questão é que se eu anunciar o nome dele agora, todo mundo vai atacar – bum! Eles nem o ouviram ainda e vão atacá-lo”, Dino explicou. “Então, eu quero lançar uma faixa. Todo mundo fica tipo, ‘Lance uma faixa agora’. Bem, há planejamento envolvido. Eu não quero lançar uma música apenas para lançar e nada por trás disso. Então, em outras palavras, o que estou tentando dizer é o que a maioria dos fãs não entende o que é que você quer criar. Em outras palavras, pouco antes de uma turnê, eu lançaria uma música com o novo cantor e as pessoas ficariam animadas – bum! – você tem algo para fazer em turnê. Espero que ajude a gerar mais vendas de ingressos, gerar mais interesse para a banda, blá blá blá blá. Mas se eu lançar uma faixa agora, não há nada por trás disso e é apenas o que for. Isso é o que a maioria dos fãs não entende – há planejamento e tempo envolvidos.“

Quando perguntado por Garza se o novo vocalista do FEAR FACTORY está “emocionalmente” pronto para lidar com a inevitável reação de alguns fãs que ele receberá assim que sua identidade for revelada, Dino disse: “Acho que ele está pronto. Ele tem talento, ele está muito pronto. Mas ‘pronto para a tour‘ é completamente diferente. Vamos torcer para que… Bem, a pessoa que temos fez algumas turnês, mas não como nós fazemos turnês. Tipo, uma turnê completa nos EUA pode durar de quatro semanas a seis semanas, então você voa para a Europa e faz mais quatro a cinco semanas, volta para os Estados Unidos, faz outra turnê, então você vai para a América do Sul e faz mais algumas semanas lá, então você vai para a Austrália e faz mais algumas semanas lá, e então você planeja para o próximo ano. Acho que uma das outras coisas também é que quando essa pessoa for anunciada, ela terá que ser capaz de lidar com todas as críticas. Essa vai ser a parte difícil. ‘Bem, não soou como Burt .’ Bem, claro que não. Eu quero essa pessoa… Eles realmente soam como Burt– eles podem lidar com todas as coisas antigas como Burt – mas quanto a seguir em frente, eu gostaria que eles tivessem sua própria identidade. Nós ainda teremos a fórmula do que faz FEAR FACTORY – com certeza – mas eu quero que essa pessoa tenha sua própria identidade também.”


Pressionado sobre o que aconteceu para fazer com que Burton deixasse a FEAR FACTORY , Dino disse: “Boa pergunta. E isso nos prejudicou financeiramente – pessoalmente também – e eu apenas acredito que ele perdeu o interesse. Eu acho que possivelmente todas as coisas que passamos no FEAR FACTORY foram apenas, tipo… Ele é um daqueles caras, ‘Foda-se. Eu’ Estou fora. Eu parei. Foda-se. Ele não aparece como um lutador – como alguém que vai ser, tipo, ‘Foda-se. Nós passamos por isso. Vamos passar por isso e vamos continuar.’ Quer dizer, eu deixei a porta aberta para ele por um tempo voltar para a banda, Raymond [ Herrera , ex- baterista do FEAR FACTORY] e Christian [ Olde Wolbers , ex- baixista do FEAR FACTORY ] — todo mundo. Foda-se todo mundo.“

“Eu não vou forçar”, acrescentou Dino . “Eu não vou pressioná-lo ou nada disso. Os fãs me perguntam o tempo todo: ‘Ei, ligue para ele. Apenas ligue para ele.’ Bem, se você viu as coisas que ele disse quando saiu, ele não está exatamente a um telefonema de distância… Ele saiu muito amargo, e é praticamente onde… Parece que ele está se divertindo em liberdade. Então não vou forçar alguém para voltar ou [qualquer] coisa assim.“

“Algumas pessoas querem mudanças em suas vidas, mas às vezes os fãs simplesmente não conseguem aceitar isso. Os fãs são, tipo, ‘Ele foi o cantor por 30 anos. Volte.’ Essa foi a decisão dele. Ninguém o empurrou para fora, ninguém o obrigou a sair – nada disso. Essa foi a decisão dele.”

Dois meses atrás, o ex – vocalista do NIGHTRAGE , Antony Hämäläinen , que recentemente fez um teste sem sucesso para a vaga de vocalista do FEAR FACTORY , afirmou em uma entrevista que o novo frontman do FF é “uma pessoa da Itália“. Ele também acrescentou que uma vocalista que está “em uma banda com alguém que é um produtor/músico bem conhecido” também fez o teste para o cargo, mas não conseguiu o show.


Questionado sobre seu comentário anterior de que estava aberto a contratar uma vocalista feminina para o FEAR FACTORY , Dino disse à Bucketlist TV : “qualquer coisa assim. Porque eu queria escolher quem fosse o melhor para a posição, e acabou sendo um cara.”

Dino também abordou sua declaração do ano passado de que queria dar uma chance a um “cara desconhecido” de liderar o FEAR FACTORY . Ele disse: “Bem, não era como se eu estivesse apenas procurando por alguém que ninguém conhecia. Eu estava procurando por todos os diferentes [tipos de cantores]. Claro, se o cara acabasse sendo, ou a garota acabasse sendo , alguém que ninguém conhecia e eu dei a eles essa chance, sim, ótimo. Eu estava aberto a tudo isso, é o que estou dizendo. Masculino, feminino, o que for, conhecido, desconhecido – eu estava aberto a tudo isso. “

Em setembro de 2020, Bell divulgou um comunicado anunciando oficialmente sua saída da FEAR FACTORY , dizendo que “não pode se alinhar” com alguém em quem não confia ou respeita.

A saída de Bell do FEAR FACTORY ocorreu mais de duas semanas depois que Cazares lançou uma campanha no GoFundMe para ajudá-lo com os custos de produção associados ao lançamento do último LP do FEAR FACTORY .


Bell mais tarde disse à revista Kerrang! que sua separação com o FEAR FACTORY estava chegando há muito tempo. “Está na minha cabeça há um tempo“, disse ele. “Esses processos [sobre os direitos do nome FEAR FACTORY ] apenas me esgotaram. Os egos. A ganância. Não apenas dos membros da banda, mas dos advogados envolvidos. Eu simplesmente perdi meu amor por isso.“

“Com FEAR FACTORY , tem sido constantemente, tipo, ‘O quê?!’ Você só pode aguentar tanto. Eu senti que 30 anos foi uma boa corrida. Aqueles álbuns que fiz com o FEAR FACTORY sempre estarão lá. Eu sempre farei parte disso. Eu senti que era hora de mudar frente.”

Em outubro de 2020, Dino divulgou um comunicado no qual disse que a porta para Burton voltar à FEAR FACTORY não “ficaria aberta para sempre“. O guitarrista também revelou que Burton “perdeu seus direitos legais” sobre o nome FEAR FACTORY “depois de uma longa batalha judicial” com Herrera e Olde Wolbers . “Tive a oportunidade de fazer algo certo e senti que obter o nome completo era a coisa certa a fazer para nós dois, então depois de quase quatro anos podemos continuar como FEAR FACTORY ., para fazer mais discos e fazer uma turnê”, disse ele. “É por isso que é triste saber que ele decidiu sair e, na minha opinião, por quaisquer problemas que ele tenha, parece que poderia ter sido resolvido“.

O último álbum do FEAR FACTORY , “Aggression Continuum” , foi lançado em junho de 2021 pela Nuclear Blast Records . O LP, que foi gravado principalmente em 2017, traz Cazares e Bell ao lado do baterista Mike Heller .

domingo, 24 de abril de 2022

SAMAEL LANÇA VIDEOCLIPE DE “DITATE OF TRANSPARENCY”





A lendária banda de Post-Black Metal da Suíça, SAMAEL, acaba de lançar um intenso videoclipe oficial para “Ditate Of Transparency”, retirado de seu último álbum completo, “Hegemony” de 2017. A música dificilmente poderia se encaixar melhor com os tempos atuais. Também está disponível agora um lançamento em vinil de 7’’ estritamente limitado da faixa, incluindo também outra faixa, “Against All Enemies”, tirada do mesmo álbum de destaque de 2017.


A banda comenta sobre a faixa: “‘Ditate Of Transparency’ reflete o zeitgeist do mundo digital. A música é retirada do álbum ‘Hegemony’ e, desde seu lançamento, consegue descrever com ainda mais precisão o mundo em que vivemos. Não fazemos previsões, apenas fazemos observações.”

O vinil de 7” de “Ditate Of Transparency” está disponível em vermelho transparente e é estritamente limitado a 500 cópias em todo o mundo.




LAMB OF GOD – interview

 

In just over a year, a lot has changed. Well, at least in the field of Lamb of God, since the interview you check out on now, held on April 2, 2020, showed a band obviously not knowing how to deal with the promotion of their new album, self-titled and that was yet to be released – Lamb of God hit stores on June 19 of that year. The whole world was indeed living the first weeks of the Covid-19 pandemic, and Randy Blythe (vocals), Mark Morton and Willie Adler (guitars), John Campbell (bass) and Art Cruz (drums) had, as well as many others, the hope that it wouldn't take so long for everything to get back to normal. It took a long time and is taking time, so the entirety of the chat with Campbell shows the even the quintet not considering a show via streaming, which ended up happening with quarantine videos and, also, a presentation on September 18 that became the Live CD/DVD in Richmond, VA (2021). So let's go back in time a little with the bassist's words – unlike spokespersons Blythe and Morton, an interviewee of few words.





Let's talk a little about the current situation because of the new coronavirus, because the tour in Europe was canceled and in the United States, with Megadeth, should follow the same path. With a new album on the way, how are you dealing with this new scenario?

 John Campbell: Yes, the European tour was cancelled, as were the festivals, but we hadn't announced anything other than that and the Megadeth tour. Our governor (N.R.: Ralph Northam of the Democratic Party) recently issued a new order for us to stay home, so it's all very uncertain. We don't know how things will turn out. I have stayed at home with my family and restricted my interaction with the outside world. It's crazy, but I believe the best we can do right now is stay home and stay calm.



About the new album, after having worked with Gene Freeman and Devin Townsend, for example, it seems to me that the band found in Josh Wilbur their honorary member…
 Campbell: It definitely became a big part of the process. Josh is incredibly talented and a great human being (N.R.: the producer has been with Lamb of God since Wrath, released in 2009).



And Lamb of God was recorded at Studio 606, owned by Dave Grohl (Foo Fighters), who bought the Sound City soundboard when this legendary studio closed its doors. I think it was something special, because everyone says the equipment has a mystique of its own…

 Campbell: Man, it was amazing! It was almost like recording in a museum, only we could touch things, while respecting everything that was there. It was an amazing experience to be there, but at the end of the day it was just the studio where we were recording, something we could have done from anywhere in the world because of the technologies available. However, playing with historic equipment was really cool.


Chris' influence on Art is obvious, although Chris is more detail-oriented. However, Art brought his own style, including blast beats in On The Hook… Anyway, did something change for you, who is the bass player? Campbell: That's a tough question for me… What I can say is that Art has a lot of technique with his hands, but he plays with tons of energy. It seems that the battery is always on fire.

I usually say it's a matter of DNA, and songs like Checkmate, Bloodshot Eyes, Gears and New Colossal Hate are 100% Lamb of God.

 Campbell: We've operated on this process from the beginning, with Mark and Willie as songwriters, and they have nuances and talents that they bring to the band. They are unique nuances and talents, really unique and that make the Lamb of God sound


what was it like being a part of Slayer's farewell tour?

 Campbell: Amazing! We've played with Slayer many times over the years, and it was an honor for us that they invited us to be a part of that last tour, from historic shows for one of the greatest heavy metal bands in history, and to huge audiences. It was a dream come true.

LAMB OF GOD: CONFIRA VÍDEOS DA PERFORMANCE COM O VOCALISTA JOE BADOLATO, DO FIT FOR AN AUTOPSY, SUBSTITUINDO RANDY BLYTHE












A aclamada banda de Groove Metal, Lamb Of God. subiu ao palco com outro vocalista durante seu set na noite de 22 de abril em Green Bay, WI. Juntando-se a eles para a apresentação estava o frontman do Fit For An Autopsy, Joe Badolato. Ele foi recrutado para substituir o vocalista do Lamb Of God, Randy Blythe, que continua se recuperando do COVID-19 após testar positivo no fim de semana passado. Espera-se que Blythe volte a se juntar à banda no palco neste domingo em Sioux Falls, SD.


Além disso, o baixista John Campbell estava ausente do show da noite passada também com Phil Demmel do Vio-lence tendo sido chamado para substituir. Com Blythe forçado ao banco no início desta semana, Lamb Of God subiu ao palco para um show especial com os vocalistas do Chimaira, Trivium e In Flames.