segunda-feira, 20 de setembro de 2021

IRON MAIDEN: BRUCE DICKINSON DIZ QUE ‘NINGUÉM TEVE UMA CÓPIA’ DE ‘SENJUTSU’ POR DOIS ANOS APÓS SUA GRAVAÇÃO



 

Em uma nova entrevista para o programa de rádio nacionalmente sindicado Full Metal Jackie , o vocalista do IRON MAIDEN , Bruce Dickinson, falou sobre como ele e seus companheiros de banda conseguiram manter os detalhes de seu novo álbum, “Senjutsu” , em segredo por mais de dois anos após a conclusão no início de 2019, durante uma pausa na turnê “Legacy Of The Beast” . Questionado sobre como ele evitou a tentação de revisitar e potencialmente reconfigurar as músicas enquanto esperava o álbum ser lançado, Bruce disse : “Oh, não tínhamos acesso a ele – simples assim. Nenhum de nós tinha uma cópia do disco porque sabíamos que teríamos que ficar registrado por um tempo e éramos tão paranóicos com a segurança e a Internet e pessoas rasgando. Assim que você deixar o disco ser ouvido por alguém , você corre o risco de vazar, sabe? Então, basicamente, além de mim e Steve [ Harris , baixista do MAIDEN ], ninguém na banda ouviu, porque todos eles foram para casa [depois de completar as sessões de gravação]. Nós mixamos, e eu estava no estúdio quando terminamos a última faixa. E eu e Steve sentamos e ouvimos a mixagem, e ouvimos a mixagem novamente, e foi isso. E a próxima vez que ouvi o álbum foi, sim, alguns anos depois. “


Questionado se ele queria ouvir “Senjutsu” durante todo esse tempo, Bruce disse: “Sim, claro, você está curioso. [Você vai], ‘Eu só gostaria de ouvir’, mas ninguém tinha uma cópia – ninguém. Quer dizer, Steve , eu acho, tinha uma cópia e uma cópia bloqueada em algum laptop seguro em algum lugar. E quando ele estava mixando o álbum ao vivo ‘Nights Of The Dead’ que lançamos, então eu abri enquanto ele estava mixando, e eu disse: ‘Diga uma coisa, enquanto você está aqui, devemos apenas aumentar o álbum?’ E ele disse, ‘Sim. Sim. Vá em frente.’ E ele só ouviu uma vez desde então. Então, nós colocamos isso lá, nós [pensamos], ‘Quer saber? Isso é muito bom’.“

“Eu tinha uma cópia, uma espécie de cópia em baixa resolução [do primeiro single] ‘The Writing On The Wall’ que eles enviaram para mim porque enquanto eu estava fazendo este storyboard [para o videoclipe], eu disse, ‘ Ok, eu sei que escrevi as palavras, eu disse, ‘mas não consigo me lembrar de cada nota de todas as partes que foram no meio. Na verdade, preciso de uma cópia da maldita música se vamos fazer um enredo ou os storyboards do vídeo. ‘ E eles disseram, ‘Oh, tudo bem então’. Mas sim, nós estávamos muito, muito apertados na segurança para isso. “

“Senjutsu” foi lançado em 3 de setembro via BMG . O primeiro LP do IRON MAIDEN em seis anos foi gravado em Paris com o produtor Kevin Shirley e co-produzido por Harris . Foi precedido em julho por um vídeo animado altamente aclamado para “The Writing On The Wall” feito pela BlinkInk baseado em um conceito de Dickinson com dois ex- executivos da Pixar . Seguiu-se uma campanha de teaser de um mês e uma “caça ao tesouro” global por pistas sobre o título e o conceito da faixa.


Para “Senjutsu” – livremente traduzido como “tática e estratégia” – a banda mais uma vez contratou os serviços de Mark Wilkinson para criar a obra de arte espetacular da capa com o tema Samurai, baseada em uma ideia de Harris . Com um tempo de execução de pouco menos de 82 minutos, “Senjutsu” , como seu disco anterior “The Book Of Souls” , é um CD duplo / triplo de vinil.

“Senjutsu” marca o sexto álbum do MAIDEN a ser produzido por Shirley , que trabalhou com o MAIDEN nas últimas duas décadas.

Gamma Ray: A música em que Kai Hansen mostra seu lado mais humano e frágil

 “Heal Me”, músico deixa o peso de lado e se aprofunda numa canção mais intimista e sentimental






A música “Heal Me”, da banda Gamma Ray, é uma das baladinhas mais lindas já escritas por Kai Hansen.

Parte do álbum Insanity and Genius (1993), a faixa te coloca na visão de uma pessoa que começa a se questionar para entender seu propósito na vida.

“Quando eu acordo no fim do dia a lua aparece e o sol se vai
Eu me levanto da cama e choro […]
Não importa como, às vezes eu me sinto como
Um eco no vento, que não vai mais retornar.”

Nesse trecho, o vocalista e guitarrista percebe o quanto nossa vida é efêmera e que, com o passar dos anos, nós colecionamos apenas memórias.

“Eu olho dentro da minha cabeça e vejo os reflexos do mundo
E eu vejo genialidade e insanidade.”⠀

Hansen faz uma breve reflexão e compreende o mundo em que vivemos, onde muitas vezes essa genialidade e a própria insanidade estão na mesma pessoa, intrínsecas a uma mesma sociedade.

“Você pode ser forte se você souber quem é
Os sinais na parede dizem para você seguir em frente antes que seja tarde.”

Esses sinais na parede podem ser uma metáfora para a comunicação, desde seus primórdios com os hieróglifos, até a mídia de hoje em dia.

“Ajude-me – eu preciso de ajuda […]
Talvez eu esteja errado, eu não faço ideia
Não sei onde eu pertenço – Diga-me o que é verdade.”

Ele fala isso como uma súplica, talvez pedindo a ajuda para alguma entidade. Kai Hansen é cristão, então pode estar se referindo ao “personagem” orando e conversando com Jesus, mas a certeza é de que ele está perdido em seus próprios pensamentos e dúvidas.

E não saber onde pertencemos é um questionamento comum em muitos de nós, que vivem uma vida inteira sem saber qual é sua verdadeira essência.

“Pense não pense – o que você pode ver?
Nossa vida é apenas a fantasia de alguém que você nunca verá
Então eu caio na risada
Agora enquanto eu mudo o meu ponto de vista
Não há nada mais para me deixar triste – não de novo, nunca mais”⠀

Depois de um tempo, ele percebe que, assim como nas ideias filosóficas do relativismo, não existe uma verdade absoluta. Porém, ao dizer que muda seu ponto de vista e nada mais o deixará triste, ele sucumbe à própria ignorância, acreditando que para ser feliz, não pode mais se sentir daquela forma.

“Oh, você não veio para me curar – me escute
Cure-me! Cure-me! Cure-me!”

Mas essa ideia não dura muito e ele pede para que algo – ou alguém – o cure, não de uma doença, mas de seus próprios pensamentos, que o consomem e não o deixam entender qual seu propósito.





ENTREVISTA SCULPTOR


Sculptor é uma banda relativamente nova ,que está ganhando seu devido espaço na cena metallica mundial,conversamos com o vocalista  RICK que nós contou um pouco sobre a tragetoria da banda ,planos e planos futuros..

Por Alexia  white 


1) o Sculptor começou como um projeto ou banda?


Rick: O Sculptor foi fundado como um projeto e seguimos nos primeiros anos de banda até realmente juntar os outros integrantes e se tornar de fato uma banda.


2)Qual a temática por trás do Álbum Untold Secrets?

Rick: O Untold Secrets é um álbum que tem por trás assuntos que não queremos compartilhar com as outras pessoas, algo que chamamos de próprios segredos, quando escrevi o álbum eu passava por uma depressão, onde pude compartilhar minhas emoções no álbum.



3) todos os músicos vieram de outras bandas de curitiba? Como

o Sculptor chegou a essa formação?


Rick: O Sculptor é uma banda que foi fundada em Curitiba, mas a maior dos músicos são de outras cidades, nós selecionando os músicos que achavam mais compatíveis com o perfil da banda, nossa primeira escolha foi nosso baixista Caco Ramos, onde já havia tocado em várias bandas de Curitiba e foi nossa primeira escolha, logo após isso o Mateus entrou em contato interessado em tocar conosco, ele já havia tocado em várias bandas em Guarapuava e ele se encaixou perfeitamente no que buscamos, após isso através da Mizuho Lin do Semblant chegamos ao Fabrício que já havia tocado no Holiness em SP, ele abraçou o projeto, e com isso fechamos nosso time no nosso primeiro álbum.





4) Se falando em composição a banda tem uma pegada única? Como são feitas as composições do Sculptor?

Rick: Nós tentamos mesclar nossas influências em períodos da nossa vida, o Untold Secrets foi baseado em uma época da minha adolescência onde escutava muito Melodic Death Metal, peguei toda essa influência para a criação do Untold Secrets.



                            





5) A banda assinou com o selo europeu Frontiers, conhecido pelo foco contínuo em bandas voltadas ao Hard Rock. ?Como a banda chegou até o selo?

Rick: Nós tínhamos um contato de um ex-head de uma grande gravadora que resolveu nos ajudar a encontrar um selo para lançar nosso álbum debut, e ele mostrou para a Frontiers e eles ofereceram um contrato imediatamente para nós.


6)Qual a importância da imagem da banda, em um mercado cheio de grandes bandas ?

Rick: Eu acredito que seja algo essencial, pois vivemos na era da internet, onde todo mundo tem acesso a tudo, mas ao mesmo tempo é muita concorrência com tantos lançamentos de qualidade, nós sempre tentamos criar um material com a melhor qualidade possível e o mais profissional que podemos. Isso era algo que foi pensado até mesmo antes de começar a compor as músicas.


7) vivemos uma nova realidade, com o covid ,como a banda enxerga essa nova realidade ?

Rick: São tempos difíceis e que requerem muita motivação e muitos cuidados, mas ao mesmo tempo são tempos de transformação e renovação. Estamos vivendo algo transformador para sociedade, onde a internet toma cada vez mais espaço, para nós foi algo extremamente difícil lançar um álbum com lançamento mundial e não poder fazer nem um show de lançamento. Mas confesso que gostaria de voltar a viver da maneira que tínhamos em 2019 com contato social e shows pois sinto muita falta disso.


8) Quais os planos da banda para o futuro?

Rick: Estamos começando as novas composições do novo álbum, e esperamos em 2022 poder voltar a fazer shows novamente.


9)A mixagem assinada por Linus Corneliusson do estúdio sueco Fascination Street Studios como foi trabalhar com esse grande produtor e como a banda fez a mixagem?


Rick: Foi incrível, o Linus é um excelente produtor e trabalhou com grandes artistas, tivemos uma ótima conexão com ele para a mixagem desse álbum, acredito que essa foi a pitada final que precisamos.


10? A capa foi feita pelo Marcelo Vasco, ficou animal o que a banda queria mostrar com essa arte?

Rick: Marcelo Vasco para mim é um dos melhores nomes da atualidade para criação de capa para bandas de metal, sou realmente fã do trabalho dele. Queríamos trabalhar com algo que representasse bem nosso álbum debut álbum, e essa capa se encaixa perfeitamente no Sculptor, ela tem vários elementos escondidos que são realmente incríveis.


11) A PRODUÇÃO DOS CLIPES DA SCULPTOR DAS MÚSICAS

REDEMPTION E NO CONTROLE SÃO IMPECÁVEIS,COMO FOI A PRODUÇÃO DESSAS OBRAS PRIMAS?

Rick: Nós trabalhamos com dois diretores diferentes nos clientes, um deles foi a produção do No Control que gravamos na região metropolitana de Curitiba em uma chácara que foi uma experiência bem legal, foi nosso primeiro clipe e ele tem uma coisa especial para nós por se tratar do primeiro material lançado em formato de clipe, e temos a Redemption que foi gravada em São Paulo, que foi bem legal essa experiência de ir gravar em outro estado, foi interessante em ter contato com diferentes diretores nos clipes para ver qual a visão de cada um em cada música.


12)DEIXE UMA MENSAGEM AOS FÃS DA BANDA ?


Rick: Agradeço a todos os fãs do Sculptor peço que escutem nosso cd nas plataformas digitais e compartilhe para seus amigos para ajudar a chegar em mais pessoas, pois não é fácil ser uma banda nova de metal no Brasil e precisamos muito do apoio de vocês para crescer cada vez mais. Espero encontrar cada um de vocês nos nossos shows pelo brasil quando acabar a pandemia.


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Instagram: https://www.instagram.com/sculptorofficial 

domingo, 19 de setembro de 2021

ENTREVISTA MARCELO VASCO

 

 

Artista gráfico brasileiro com mais de 100 capas publicadas (Slayer, Kreator, Machine Head, Testament, Hatebreed, Soulfly), chefe do departamento gráfico da agência AISA, com escritórios na Noruega, Suíça e Estados Unidos, além de guitarrista das bandas Patria The Troops Of Doom e  Mysteriis, entre outros projetos musicais.

Por Alexia Rádio Rock





1) Marcelo, primeiramente gostaria de agradecer a você por nós conceder essa entrevista e
dizer que sou um grande fã e admirador do seu trabalho. Gostaria de iniciar por como você
começou a desenhar e em que momento o hobby se tornou profissão?


Marcelo Vasco - Ah que legal! Fico feliz! Eu que agradeço pelo espaço e interesse no meu
trabalho. Bom, eu comecei a desenhar quando era muito novo, ainda nos anos 80, mas nunca
estudei desenho de fato e esse hobby sempre esteve comigo desde então. Uma certa vez um
amigo do colégio me apresentou uma fita cassete do Iron Maiden, que era do irmão mais velho
dele, pedindo para eu desenhar o monstro da capa. O monstro era o Eddie e o álbum era o
Killers do Iron Maiden. Depois disso minha vida mudou, me apaixonei pelo Heavy Metal e dai
pra frente foi só ladeira abaixo sem freio, no bom sentido (risos). Eu por ter músicos na família
já me interessada por instrumentos musicais e até já tocava alguma coisa de violão, ensinado
pelo meu tio. Com o passar dos anos e com o Heavy Metal na minha vida eu obviamente
acabei indo para o lado da guitarra, estudei, comecei algumas bandas e tudo foi fazendo mais
sentido com o tempo. Em meados dos anos 90 eu tive acesso programas gráficos no
computador e isso também despertou meu interessante. Ainda no final dos anos 90 eu já
estava fazendo alguns trabalhos gráficos para minhas bandas, alguns amigos e acabei
expandindo para bandas de fora através do boca a boca. E esse hobby acabou virando aos
poucos uma possibilidade de virar profissão. No começo dos anos 2000 eu comecei a fazer
faculdade de Design Gráfico, trabalhei na área durante bons anos e paralelo a isso mantive
meu trabalho focado no mundo do Heavy Metal. Quando a demanda de trabalhos nesse nicho
aumentou e eu senti que poderia viver disso, mesmo estando no Brasil, onde não existe um
mercado real para esse tipo de música, eu acabei arriscando, largando emprego e focando
meu trabalho apenas para bandas. Por sorte deu muito certo e basicamente desde 2008 minha
vida gira em torno disso. Acho que foi nessa época que eu posso considerar verdadeiramente
que o hobby virou profissão, pois começou a ser meu ganha pão. Eu já estava casado, tinha
uma filha pequena e dependia disso pra sobreviver.






2) Como começa o processo de criação para a arte de um álbum?

Marcelo Vasco - Eu gosto de estar livre para criar de acordo com a minha própria interpretação
e perspectiva, baseada muitas vezes no título, conceito ou letras do álbum. As ideias iniciais
vindas da banda também são importantes para me dar um “norte”, então junto tudo isso e
começo a desenvolver alguma ideia na minha cabeça, ainda antes de ir para o computador e
meter a mão na massa. Meu trabalho é feito 99% em ambiente digital, então raramente uso
papel, lápis ou tintas.

3) Você tem acesso às músicas do álbum que você está trabalhando?
Marcelo Vasco - Nem sempre, pois geralmente quando a banda me procura, o estágio de
produção do álbum ainda está inicial, então muitas vezes eles nem tem a música gravada
ainda. Mas quando eu tenho essa possibilidade, eu prefiro ouvir o som, é claro. Isso me ajuda
bastante na inspiração e até para saber que tipo de estética cabe bem ou não naquele
trabalho. Mas eu ouvindo algum material prévio ou ao menos sabendo o estilo da banda, já me
dá algum bom parâmetro também.
4) Como você começou a trabalhar com artistas internacionais?
Marcelo Vasco - A primeira capa internacional que eu fiz foi para a banda sueca Lord Belial, no
álbum “Angelgrinder”. Isso foi no final de 99 ou começo de 2000, mas o álbum só foi lançado
em 2001 ou 2002, não me lembro ao certo agora. Esse trabalho me abriu algumas portas para
o mercado estrangeiro, houve uma procura maior de bandas de fora do Brasil para eu fazer
trabalhos e isso foi muito positivo. Apesar de eu receber pra isso, eu ainda considerava um
hobby, mas estava aos poucos se expandindo, como eu disse anteriormente.

5) Sobre a capa do Slayer. Você considera a capa do álbum “Repentless” do Slayer o seu
trabalho mais importante? Como a banda chegou até você e se teve algum contato direto com
os integrantes durante o processo de criação para o disco?

Marcelo Vasco - Sem dúvida! O Slayer é até hoje meu trabalho mais importante e o que ainda
me rende ótimos frutos. Foi esse trabalho que me mostrou para o mundo, digamos assim. Eu
sou mega fã da banda desde moleque, eles são minha banda de Metal preferida, então
trabalhar pra eles sempre foi um sonho que eu achei que nunca pudesse ser concretizado. A
vida é muita louca né?! (risos). Até hoje meio que não caiu a ficha que eu trabalhei pra eles. É
algo surreal! O contato inicial foi através da Nuclear Blast, gravadora para a qual eu já havia
trabalhado por alguns anos. Eles entraram em contato comigo e perguntaram se eu estava
interessado em mostrar o meu trabalho e tentar criar algo pro Slayer. Eu fiquei atordoado com
a notícia, mesmo sem saber se seria eu de fato o escolhido. Então eu trabalhei
incansavelmente por muitos dias, fiquei estressado, dormia mal, enfim, a pressão era grande.
Foi um sofrimento mas extremamente positivo (risos). Sobre o processo de criação, eles me
passaram o nome do disco e me deixaram super livre pra criar, então eu acabei trabalhando
em cima de alguns rascunhos e mandei, pra ver se eles gostavam de algum dos caminhos. Até
o momento eu estava em contato somente com a Nuclear Blast, eles faziam a ponte com a
banda, até que num determinado momento eles escolheram um dos caminhos que eu havia
proposto e o Tom Araya e o Kerry King entraram em contato comigo. Eles disseram que
estavam adorando o resultado. Eu quase chorei (risos). Quando soubemos qual era o
direcionamento certo da banda, então trabalhamos todos juntos em adaptações, detalhes e
tudo mais, até a finalização da arte. Isso durou alguns meses. Foi um trabalho enorme, pois eu
fui responsável também pelo layout interno do disco, de todos os formatos, além de
merchandise e tudo mais. Mas valeu super a pena todo aquele “sofrimento”. Depois de
“Repentless” eu praticamente fiz todo material gráfico para o Slayer até que eles resolveram
parar com a banda em 2018, como programação visual do palco, mais merchandise, fiz a capa
do ComicBook deles na versão limitada de capa dura, fiz arte do ao vivo “Repentless Killogy” e
a ilustração da Tour final de despedida deles. Nesse período de 2015 a 2018 tive ainda a
oportunidade de conhecer eles pessoalmente, estive junto com eles mais de uma vez e eles
foram nota 10 comigo. Fiquei feliz demais por ter conhecido meus ídolos de infância, e ter
trabalhado pra eles é algo que não tem preço.




6) Quais são seus planos futuros?
Marcelo Vasco - No âmbito do mundo gráfico, eu simplesmente sigo trabalhando arduamente
para milhares de bandas, pois faço muitos trabalhos para grandes selos como a Nuclear Blast,
Century Media, Napalm Records entre outros. Minha vida e agenda é sempre bem turbulenta,
as vezes até mais do que eu gostaria (risos). Recebi também uma proposta de uma editora do
Reino Unido querendo lançar um livro solo meu, com minhas artes e algumas histórias ao redor
delas. Pretendo trabalhar nisso para 2022, se der tudo certo.

7) Alguma banda ou artista que você gostaria de trabalhar mas ainda não teve oportunidade?
Marcelo Vasco - Meu sonho de consumo sempre foi o Slayer, então eu posso dizer que zerei a
vida e nada estaria além dessa conquista, mas obviamente existem muitas outras bandas
importantes pra mim que eu ainda gostaria de trabalhar, como o Metallica, o Sepultura ou o
Iron Maiden, por exemplo.]


8) Você é um artista completo. Como anda seus projetos musicais como o THE TROOPS OF
DOOM, PATRIA entre outros?
Marcelo Vasco - Acabamos de lançar um segundo EP com o THE TROOPS OF DOOM,
chamado “The Absence of Light”, com participação do lendário Jeff Becerra do Possessed e do
Lars Nedland do Borknagar. Está disponível, juntamente com o nosso Ep de 2020, em todas as
plataformas digitais e também em formato físico. Quem tiver interesse de adquirir o material é
só acessar o link da nossa loja (https://www.thetroopsofdoom.com/compreaqui). E também já
estamos gravando o Full álbum, que pretendemos lançar por volta de Maio do ano que vem.





Com o PATRIA, estivemos num hiato de 4 anos, desde que lançamos nosso último álbum
“Magna Adversia”, mas atualmente estamos gravando finalmente material novo que será para
um novo álbum, também em 2022. Tenho também um projeto paralelo chamado LE CHANT
NOIR, que estamos lançando disco novo agora no dia 22 de Outubro. É um projeto que tenho
com baterista Malphas, que toca comigo no MYSTERIIS, e com o ex-vocalista do ANCIENT
(Noruega), Lord Kaiaphas. O som é mais experimental, transitando entre o Black Metal
sinfônico e Doom/Death Metal, com pitadas de música clássica, progressiva e algumas outras
loucuras. Não é um material para todos os ouvidos, eu diria (risos).

9) Vivemos em um mundo diferente devido a pandemia, como você enxerga essa nova
realidade em que vivemos?

Marcelo Vasco - É uma situação ainda muito recente e eu acho que apesar de já não estarmos
tão perdidos como no começo da pandemia, ainda não sabemos bem o que isso representa ou
vai representar no futuro. Ainda estamos aprendendo a lidar com ela e com todos os possíveis
efeitos colaterais. Agora com uma boa parte da população vacinada eu acredito que as coisas
vão estar um pouco mais controladas, na medida do possível. Temos que observar o que
acontece, aprender a conviver com vírus e continuar tomando todos os cuidados possíveis. E
apesar de parecer que não vai acabar nunca, tenho certeza que vai passar, se houver bom
senso e cada um fizer sua parte.

10) Sobre o THE TROOPS OF DOOM? Como a banda conseguiu a sonoridade de discos
antigos? Nós entrevistamos o Jairo Guedz e lembro que não perguntamos sobre como a banda
chegou a sonoridade destruidora desse álbum?


Marcelo Vasco - Desde que montamos a banda essa era uma das nossas principais
preocupações. Não queríamos soar moderno, com produções cristalinas ou seguindo o molde
do “mercado”, onde você precisa soar de tal jeito para ser bem aceito. Hoje em dia muitas das
bandas acabam parecendo todas iguais e eu acho isso algo muito monótono e sem
personalidade. Então investimos em tentar resgatar da melhor maneira possível essa
sonoridade mais oitentista, que tem tudo a ver com a proposta do THE TROOPS OF DOOM,
nadando contra a maré. Como formamos a banda no meio de uma pandemia, não tivemos
sequer a oportunidade de estarmos todos juntos para a produção das músicas. Foi tudo feito
de maneira remota, via WhatsApp, cada um gravando sua parte separadamente em sua cidade
e depois sendo mixado. Não foi um trabalho muito fácil (risos), mas no final deu super certo.
Ficamos bem felizes com o resultado e acho que essa sonoridade mais primitiva que
conseguimos alcançar é exatamente a cereja do bolo. Inclusive muita gente desavisada acabou
não entendendo a proposta desse som mais raíz que estamos fazendo, mas ai também não é
problema nosso (risos). Mas quem entendeu a proposta simplesmente adorou!




9) Deixe uma mensagem aos fãs do seu trabalho?
Marcelo Vasco - Gostaria de agradecer demais a todos pelo apoio e carinho com os meus
trabalhos, tanto com as artes gráficas como com as minhas bandas e projetos. Muito obrigado
pela força! Espero que a gente consiga atravessar esse momento ainda conturbado de
pandemia e num futuro próximo possa se encontrar pelos shows e se divertir! Valeu! Grande
abraço e saúde!










Visite o site de Marcelo Vasco em www.marcelovasco.com

IRON MAIDEN (NICKO MCBRAIN)

 




It’s a huge metal event when Maiden puts out an album, but I can’t remember any being debated so hotly as Senjutsu. Which is a reflection of the times, given the always-increasing ease of using social media including the proliferation of YouTube channels willing and able to give any album a deep and substantial hearing. Funny, but after reading about a thousand comments, certain trends emerge, with the biggest being gripes about intros, long songs and the mix. But then there are the vigorous defences on all those fronts with many fans calling Senjutsu the greatest Maiden album of the 2000s save for… well, then pretty much any of them is up for grabs, with Brave New World and A Matter Of Life And Death being cited most.

“Next year, mate,” begins Maiden drummer Nicko McBrain, about to put his own spin on the band’s 17th album after a little tour talk. “Because we still owe Legacy of the Beast part three, which was cancelled due to unpopular demand—we all know why (laughs). But we’re scheduled to go out next June. So I’m looking forward to that. I would love to get going and I know that all the guys are absolutely chomping at the bit. But we’re going to make it next year.”

And then we’re into a discussion about the band’s strident, 82-minute opus of a new album, with Nicko first answering with a roar why it makes sense that Senjutsu opens with its swirling cauldron of a title track.

“Well, it features primarily the best-looking bloke in the band—come on! It kicks off… the first thing you hear is a massive like boom, and all this tinkly-winkly fairy stuff going on behind it. When they wrote the tune, I visualized the Kodo drums, the Japanese Kodo drums. Our marching bands go into battle with the snare drummer and a flute, a fife, and the Japanese lads would have these big massive Kodo drums. So that was where it originated. And they had this rhythm for it, which then developed. It’s a fantastic album opener because it’s totally different for Maiden. I don’t recall us ever having a track like that. I love the melodies within the tune. The actual framework within the rhythm doesn’t change very much, although there are slightly different bass drum parts that go in there and triplet fills and stuff. But it’s a cracking opener.”




Will we see Nicko in short shorts at the front of the stage then? Possibly, muses the plotting percussionist… “Can you imagine opening with that live? Can you imagine that being the first song opening live?! With the whole massive big drum feel? Oh, I should get up front with the Kodo drums. I thought about this. I talked to ‘arry about it months ago. ‘Oh, it’d be nice to have a Kodo,’ and he goes, ‘Yeah, it would be cool.’ But maybe Bruce could do it. Because if I did it, I would have to do it behind my drum set, up on the riser. If we did that, right? I’ve got to go from the boom boom boom, and then it’s like… because it’s one, two, two and three. So I couldn’t get the third one, because the guitar starts going (sings it). A little bit of a shaky time. Unless I did the whole thing with a drum set at the front of the stage. Who knows, boys and girls?! My drum company wouldn’t like that, because I’d have to have two sets of drums, one up on at the front and one up at the back.”

Asked whether the concept of “senjutsu” permeates the album past the title track, Nicko figures, “Yes. I take it to mean inner strength and tactics, so it lends itself in various ways. There’s various different kinds of ways you can translate that word as well. But we do write songs about war and the futility of whatever. And not political, by the way—I don’t think we’ve ever been a political band and we never will be. But yeah, I think it sums up the album. My second favourite song on the album, funnily enough, is ‘Darkest Hour,’ and that’s still related to war. ‘The Time Machine’ to a certain degree; ‘Death Of The Celts.’ There’s all these kinds of flavours.”

“Oh, I gave him $30 before I left, to make sure I’m up in front,” cracks Nicko, responding to the assertion that the drums seem to be pretty high up in the mix on Senjutsu. “Yeah, he was a cheap night out that night. No, well, the one thing I love about the whole of this album is sonically, each track is different. It’s got a different EQ, it’s got a little bit different compression on the snare drum, it’s got different sounds to the bass. Some of the guitar solos are brighter; some are not. It’s mixed within the song. It’s not just everything goes up. To reiterate, there’s the mix for ‘Senjutsu.’ Right, let’s do ‘Stratego’ next and it’s not, ‘We’ll just leave everything there and maybe just pull the solo up and put Bruce’s vocal harmonies higher.’ It’s not like that. Every track had its own place, in terms of sonics. Kevin is a genius. He’s brilliant. There’s no question about it. A Matter of Life and Death—listen to that album.”

“And I think the performances from all my band mates are like, superb,” continues McBrain. “They’re just magic. Steve’s bass playing... I mean, I’m blessed to still be able to do what I do with this band and be their drummer. But they have all excelled themselves absolutely. And of course Kevin has put the old man up there nice in the mix and I love it. I think the drums sound fantastic. Certainly if I had a criticism, some of the cymbal sounds are a little bit too compressed. They don’t sing enough. They kind of fade a little bit quick. But that’s only my thing. And that’s not all the tracks; that’s just in a couple of places. So sonically, yeah, he’s done me an A+, without a doubt. He’s made me sound really good (laughs).




I asked Nicko what he expects out of his band mates with respect to songwriting. Who likes what? Who has a tendency to come to the table with a slow one, a fast one…

“Well, Steve, pretty much any time he comes in with a song, I go, ‘Oh shit, what now?’ (laughs). ‘What time are we going to be playing in halfway through the song?’ No, I love it. Steve is the challenge. I always get super-excited when Steve goes, ‘I’ve got a song I’ve written on me own.’ And I go right, I know it’s going to be epic. Because those songs Steve writes primarily on his own are always, always very structured with beautiful melodies and parts. When he came up with ‘The Parchment,’ I thought, oh my, that reminds me of ‘The Red and the Black,’ where we’ve got all these different guitar motif lines of melody and then you’ve got another one and you’ve got eight bars of that and 16 bars of that and then three solos—stunning, absolutely stunning. Bruce and Adrian, pretty much, you’re going to get 1,2,3,4, all right, see you at the end. Pretty straight, not too difficult of a song. ‘Darkest Hour,’ that’s the best ballad Bruce has ever written, with Adrian. So there’s those two. And when Janick brings something in, it’s kind of ‘Dance of Death.’ It’s got these beautiful, little motif intros… you know that Janick has written that song. And then when he collaborates with Steve, we’re off, we go running up and it’s, ‘What comes next after the 18th bar? What meter are we going to?’”

In defence of Steve’s notorious long songs—check out the firestorm over whether Maiden is progressive rock or just repetitious—Nicko figures he’s doing that because, “They’re compositions. Any piece of music is a composition, if you like, but he writes a story within the music. Now people go, ‘Why does it always have to have a slow intro? And then that same outro, and then another slow bit?’ It’s telling a story with the music. You know, we do the songs and we finish them and we go sit in the control room with Kevin and we listen. We’re critiquing—everyone is critiquing each other’s work, which is beautiful. The last few albums, that’s what we do. We sit in the studio and we go, ‘Steve, is that bass line right?’ Or I missed a bass drum part or the snare whack and it’s not right. So you critique each other. ‘Can we maybe find a second verse? The first part of the second verse wasn’t as good as it could’ve been.’ Right?”

“And Kevin will sit there and go, ‘Here, I don’t know if you know, but that song was over 12 minutes long.’ And we’re like, ‘No, can’t be!’ But you’re hearing a song and the clock doesn’t lie. He points to the timer on the desk and we’re like, ‘So what? It’s 12 minutes frickin’ long! Why are you telling us? What does that got to do with anything?’ The thing is Steve, when he writes a piece of music, he has a complete sketch in his mind of where it’s going with all these different lovely different harmonies. Plus he is very considerate of the fact that we have three guitar players in the band. And he writes around for one solo from that man, one from that man and one from that man. And maybe if it’s that good, he’ll go, ‘One from that… no, that’s going to two, that’s going to two, and that’s going to two’ and he’ll pick and swap. And as they’re doing their solos, the track is building. And it’s a beautiful way… I love the way Steve composes. I don’t think he’s an earthling. I think he’s from another world. Because he comes up with these insane melodies; he’s just a genius, absolutely.”




terça-feira, 14 de setembro de 2021

Entrevista: Aborted







Aborted convida o público para uma experiência brutal e potencialmente enlouquecedora em ManiaCult, décimo primeiro álbum de estúdio da banda belga, que será lançado nesta sexta-feira, 10 de setembro, pela Century Media Records.

O trabalho é ambientado para acompanhar uma seita doentia, narrando os sacrifícios humanos exigidos para invocar demônios Lovecraftianos. O líder deste culto sinistro é Wayland Thurston, retirado diretamente das histórias de H.P. Lovecraft, dominado por um verme que se instalou em suas costas.

Em entrevista ao Wikimetal sobre o novo projeto, o vocalista Sven de Caluwé comentou as inspirações para o novo álbum, estereótipos criados sobre o death metal e o novo momento da banda.

A banda passou por algumas adaptações no último ano: o guitarrista Mendel bij de Leij deixou o grupo, em 2019, após sete anos na banda. O grupo convocou Harrison Patuto para a turnê que realizaria ano passado, mas com o cancelamento dos planos, decidiram seguir como um quarteto: Ken Bedene (bateria), Ian Jekelis (guitarra) e Stefano Franceschini (baixo).

Essa formação foi responsável por La Grande Masquerade, EP lançado em 2020, e agora o Aborted gravou o primeiro álbum com essa dinâmica. “Nós apenas nos livramos de alguém, então são as mesmas pessoas do último álbum. Para ser honesto, não mudou muita coisa, fizemos essa mudança porque algumas coisas não estavam acontecendo. O cara não estava contribuindo com nada, fizemos todo o trabalho apenas nós quatro. Fizemos tudo assim, então foi bem normal para nós”, explicou o vocalista.

Com integrantes em diferentes países, a banda está acostumada a trabalhar de forma remota, mas a pandemia ainda trouxe desafios entre os cancelamentos de shows e a gravação individual, sem ensaios presenciais. “Estou animado para o retorno de tudo e fazer shows novamente um dia, sabe? Seria ótimo. Quando fizermos o próximo show, terá completado dois anos desde que vi os integrantes da banda pela última vez”, desabafou





A rotina do Aborted teve algumas alterações nesse período, com chamadas de vídeo regulares “para saber como cada um estava” e começar a composição do álbum. “Você tem duas opções: ficar deprimido e se cagar ou superar, escolhemos a segunda opção”, continuou. “Geralmente, todos nos encontramos e passamos um mês no estúdio para gravar. Foi bom e ruim ao mesmo tempo, mas tudo deu certo e estamos muito felizes com o resultado”.

Nas entrelinhas dos acontecimentos nauseantes descritos nas faixas, ManiaCult também aborda temas de cunho mais político – mas Caluwé é rápido para rechaçar esse termo. “Político não!”, interrompe rapidamente. Apesar das negativas, o disco passa por temáticas atuais e de cunho político e social, ainda que não seja partidário: a trama nefasta levanta debates sobre saúde mental, polarização, redes de fake news, controle da Igreja sobre as massas. Não seriam esses temas politizados, também?

“Eu não diria que são tão políticos, o tema principal é sobre saúde mental, todas as merdas loucas que estão acontecendo nesses últimos anos. É sobre meu olhar ao assistir tudo isso e me questionando: ‘Como isso é possível?’”, reflete o líder da banda. “Não estou escolhendo nenhuma posição do ponto de vista político, especialmente porque não estou aqui para pregar nada ou dividir as pessoas, mas o que me incomoda mais ao longo do álbum é que estamos muito polarizados enquanto sociedade e se tornou impossível simplesmente ter uma discussão, discordar e ainda manter amizade [quando se trata] de política ou religião. Parece que mantemos uma arma carregada [o tempo todo], não pode ser apenas uma troca de ideias sem uma briga. São extremos e acho que isso é um problema”.
As mensagens atuais seguem nos visuais do projeto. No lyric video de “ManiaCult”, todos esses temas são traduzidos em manchetes bizarras e perturbadoras sobre atualidades, enquanto o clipe de “Impetus Odi” traz uma representação literal e sanguinária do poder de controle das instituições religiosas na sociedade. .







Em faixas como “Drag Me to Hell”, por exemplo, interpretações mais amplas realmente não fazem sentido: como o próprio nome dá a entender, se trata apenas de uma música baseada na trama do filme Arraste-Me para o Inferno (2009), do diretor Sam Raimi, um longa que Sven indica. “Você precisa manter em mente que tudo é pensado para ser artificial, exagerado e bobo. Tem tanta merda acontecendo naquele filme, é hilário! O tanto de coisas idiotas que acontecem com aquela garota… Você devia dar uma chance ao filme”, respondeu.

ManiaCult tem a trilha sonora ideal para os acontecimentos funestos narrados nas letras, mas também combina com os tempos de obscuridade ao redor do mundo. Com vocais impressionantes de Sven, explorando as regiões mais altas e a técnica impressionante do gutural – às vezes ao ponto de nem mesmo soar humano-, o disco é brutal e sombrio sem perder melodias hipnóticas.

Ao longo das 11 faixas, a banda mergulha em novos níveis de brutalidade, abrindo as portas do reino da loucura no campo lírico e sonoro, mas com lucidez de profissionais com excelência técnica e grande conhecimento dentro do gênero.

Para divulgação de ManiaCult, o grupo pensou em uma estratégia completamente diferente: Wayland Thurston, a persona que lidera o culto maligno da narrativa do álbum e também funciona como uma metáfora para questões de saúde mental foi transformado em um boneco colecionável exclusivo do Aborted. Com filtro nas redes sociais, o personagem ganha vida para além da capa e dos clipes da banda. A merch oficial do novo disco inclui ainda bermudas, camisetas e os discos de vinil.

SABATON - FORÇA DE INVASÃO DOS EUA!

 





Se você alguma vez (tolamente) duvidou do poder da Internet, a setlist atual dos historiadores militares suecos está repleta de singles que (além de importações extremamente limitadas e caras) SOMENTE estiveram disponíveis (geralmente como vídeos), através do Net, ainda a noite inicial da turnê (ao lado de Judas Priest) viu essas mesmas joias adotadas como amigos de longa data. Em um movimento que realmente faz sentido na era dos celulares dos fãs postando uma performance inteira, online, o Sabaton permitiu aos fotógrafos oficiais a oportunidade de fotografar qualquer / todas as suas horas no palco.



Infelizmente, como um ato de abertura, desta vez não há piro (nem mesmo erupções de CO2) e nem tanques. Os adereços solitários são um pano de fundo da arte da Grande Guerra e algumas caixas de munição grandes. Dados os parâmetros, e o fato de grande parte do público do JP os estar vendo pela primeira vez, a reação foi incrível.





O trio de instrumentos de cordas ficou lado a lado, em movimentos de palco sincronizados para o início de "The Last Stand". Iluminação apropriada (adivinhe a cor?) Para o bouncy "The Red Baron", ode ao ás do vôo da Primeira Guerra Mundial. Venha o refrão, Brodén se atreveu a pedir à multidão para cantar junto. Eles obedeceram. Durante o intervalo da guitarra, Tommy Johansson deu um passeio no centro do palco, para seu solo. Antes de "Bismarck", a banda ficava "à vontade", os braços ao lado do corpo, as mãos fechadas, atrás das costas. Durante a história do gigantesco navio de guerra alemão, o co-fundador / baixista Pär Sundström balançou sua quatro cordas em uma extravagância triunfante, claramente se divertindo.

Vindo "Fields Of Verdun", o cantor admitiu abertamente que estava um pouco preocupado (inicialmente) ao ver as cadeiras, em uma arena sentada. "Não temos isso na Europa", começou ele, "mas vocês estão todos de pé!" Ele sorriu. Aqueles de quem ele falou (os assentos do chão, agora em pé) foram estimulados a bater palmas junto com "Carolus Rex", que proporcionou ao guitarrista Chris Rörland um solo / pausa com destaque no palco. Uma música totalmente nova (OK, foi lançada online, duas semanas atrás), "Steel Commanders" é um jogo de videogame, a banda emprestando seu nome, música e semelhança a uma plataforma de batalha de tanques. Apesar da novidade, teve um grande sucesso (obrigado novamente, internet).




O mesmo vale para "Defense Of Moscow" (sic), que nem mesmo é um original do Sabaton! Foi lançado em maio deste ano, então grande parte do set tem uma vibe "quente fora das prensas", uma espécie de teste, para ver como o material é traduzido ao vivo, já que a banda teve apenas alguns shows (festivais) Desde a. Na verdade, esta foi sua primeira exibição pública! O cenário foi destacado em púrpura, no início deste pisoteio militar, onde Johansson tem mais um momento para brilhar. Dos arquivos, da faixa-título à estreia, há 16 anos (sim, o Sabaton não é uma banda "nova", apesar de muitos norte-americanos apenas os terem descoberto), vê o cantor (e alguns na multidão) pogo para cima e para baixo para "Primo Victoria". Saiba que eles estão com pressa, adaptando-se a um slot inicial, quando acostumados com a atração principal, mas espero que a personalidade de Brodén,

Ao terminar, ele pergunta se alguém presente tem herança escandinava. Eventualmente, alguém confessa sua ascendência sueca, norueguesa ou dinamarquesa, o que indica os "pagãos suecos" iluminados em verde. Estranho, depois de uma década de "protestos" no palco, capturado em álbuns ao vivo, bem como testemunhado pessoalmente em concerto, que Brodén não oferece resistência simulada, mas abraça livremente a música. É fácil cantar o refrão "whoa whoa" faz sua mágica na multidão. Talvez eles devessem mover para cima na ordem de execução, para virar as opiniões céticas dos fãs headliner, em seu favor, no início da noite. Enquanto a cantora agradece aos fãs e começa a se despedir, um assobio ocidental apresenta o encerramento "To Hell And Back". A única coisa que resta é a reverência final do grupo. Então, como alimentar os famintos habitantes do zoológico..