Luto no metal brasileiro: Fábio Figueiredo, ex-vocalista da banda John Wayne faleceu hoje, 31, aos 34 anos vítima de complicações da COVID-19.
A trágica notícia foi confirmada pela ex-banda do artista, que compartilhou com pesar que o músico, que sofria de diabetes, foi recentemente infectado pelo vírus que causou um quadro de pneumonia e tuberculose. Apesar da gravidade, Fábio apresentou melhoras que resultaram em sua alta do hospital, e ele já estava de volta ao trabalho, no entanto, complicações fatais surgiram.
“O Fah será sempre lembrado como uma pessoa excepcional, um coração enorme, brincalhão, um talento nato para a arte e um dos maiores frontmans que esse underground já viu!”, escreve a banda. “Sua obra jamais será esquecida, esses quase 10 anos que você se dedicou à John Wayne e tudo que você fez pela música pesada nesse país não existirão homenagens suficientes para agradecer e exaltar.”
A banda, que é composta por Max, o baterista Zach Coleman, e o cantor, baixista, guitarrista, e filho de Cavalera, Igor, começou com o pé direito assinando com a gigante do metal, Nuclear Blast.
“Uma colaboração única, pai e filho trazendo a velha escola com uma nova atitude!”, afirma Max sobre o projeto. “Riffs doentios e letras abrasivas de Igor e a bateria brutal de Zach Coleman (Black Curse, Khemmis) me inspiraram! Tempos extremos pedem música extrema.”
“Estamos muito entusiasmados em assinar com a Nuclear Blast. Eles são definitivamente a escolha certa para este álbum colossalmente pesado”, complementa Igor. “O G.A.A.D. irá entregar energia acelerada e movida por ódio que não era ouvida há anos.”
Zach também comentou sobre o projeto, “Eu não poderia estar mais animado por fazer parte do G.A.A.D. e ter o álbum lançado pela Nuclear Blast! Eu sinto que fomos capazes de capturar a agressividade (extrema) com o álbum. É uma mistura da velha escola (pense na era metal/punk de 1989) e novos sons que refletem o que está acontecendo ao nosso redor. Proteste e sobreviva!”
O próprio selo também compartilhou sobre receber a banda em sua casa, “Com um álbum tão pesado, brutal e furioso, o Go Ahead And Die deixará qualquer fã de metal com um sorriso no rosto. Com riffs do tamanho de pedras e uma atitude genuína e de f*der que fala sobre os horrores de hoje em dia, este álbum vai, sem dúvida, deixar uma marca no metal, e estamos felizes por fazer parte dessa jornada.”
Bom, o início da Burnkill, foi com o antigo guitarrista (Lucas Maia) saindo de uma banda e querendo montar algo com um som autoral, então, ele e o antigo vocalista (Antony Damião) que faziam parte dessa banda resolveram sair e montar a Burnkill, logo em seguida me contataram (Jorge Luiz) e chamei meu irmão, que tocava guitarra na época (Henrique Frugoli) e logo em seguida, o baterista, (Anderson Lima) também ingressou na banda, e logo na primeira semana, já tínhamos nossa primeira música, que foi intitulada "Guerra e Destruição"
2)A banda gravou o guerra e destruição lançado em 2016?como foi a produção desse álbum?
Isso, então como nosso primeiro trabalho físico, tivemos ajuda de muitos amigos e familiares pra levantar fundos, fizemos rifa, venda de merchandising e isso fez com que conseguíssimos alcançar o valor esperado. As gravações foram no Rota Estúdio em nossa cidade Pouso Alegre/Mg, foi um processo de algumas semanas pra conclusão e foi uma experiência muito bacana visto que não tinhamos tido contato e experiência ainda com gravações. Para o próximo álbum com certeza teremos uma qualidade superior nas composições e produção do que foi o primeiro álbum.
3)Porque a banda optou em cantar em português?
Bom na época foi um desafio como sempre, existe muitas bandas brasileira executando música em inglês, resolvemos cantar em português para chamar mais atenção da galera e ao mesmo tempo criar uma identidade própria.
4)A BANDA LANÇOU O SINGLE Introitus – Odium E Algumas plataformas digitais?como está a produção do novo álbum?
Estamos compondo. Começamos a compor ainda em 2019. De lá pra cá passamos por uma mudança na formação e claro. Por esse período de quarentena que todos estamos enfrentando. A Ódio é uma das nossas primeiras composições ainda fruto da nossa formação anterior. Decidimos lançá-la separado. Para voltar a compor do zero com nosso novo line up. Contamos com o músico e nosso amigo Henrique Villela que fez a intro orquestrada para acompanhar o EP. E agora voltamos a focar em produzir o novo material para nosso próximo album.
5)vocês fizeram um mini documentário sobre a banda ,como foi feito e qual a importância desse documentário
Esse documentário foi idealizado pra que os integrantes contassem suas experiências e influências pessoais e com a banda também. Alguns integrantes já não fazem mais parte da banda mas foi muito bacana ter esse material. Esse mini documentário ainda contará com vídeos dos novos integrantes e como está sendo essa nova fase da banda e contando mais dos novos projetos. É importante termos esse tipo de material pro legado da banda.
6?como está a formação atual do burnkill?
A formação atual está perfeita! Temos músicos com diferentes influencias e visões. O que faz muito bem ao processo criativo. Estamos desde a primeira jam conectados e em sintonia. Ansiosos para passar essa energia nos palcos, mas por enquanto focando-a para a criação de nossas composições. Acreditamos que o público será capaz de perceber as diversas influencias e tendências que cada músico traz para essa nossa nova fase.
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7)Quais influências a banda traz para o som do BurnKill?
A formação traz principalmente elementos de death/trash metal e algumas disgraceiras melódicas e esperimentais para dar um toque especial nas músicas. Importante também dizer, principalmente sobre as influencias dos temas de revolta e protesto que são bem forte na banda e dão força e punch nas composições. Assim também como as questões emocionais, que estão sendo abordadas nesta nova fase de composições junto novos riffs e shreds. O som BurnKill é rasgado, bruto, sem noção e com carinho para somar a cena metal brasileiro.
8)Como a banda vê a cena do metal nacional de um modo geral?
O metal nacional vem perdendo a força a cada dia infelizmente, mais não podemos perder a esperança de novas bandas que estão dando o sangue dentro do país! Existem várias bandas de grande porte que vale a pena conferir e muitos outros estilos.
9)A pandemia trouxe vários problemas a humanidade,o que a banda acha desse real situação do planeta?
Realmente, essa pandemia foi uma merda, tivemos que parar a banda quase que por completo, e fizemos as coisas mais devagar do que o esperado, e como ela ainda está acontecendo, e ainda não temos segurança completa em nenhum lugar, ainda iremos fazer as coisas devagar e cuidadosamente, para evitar problemas maiores para nós e nossos familiares, e assim como planejamos entre nós da banda, temos em mente em voltar aos palcos e turnês o quanto antes, a banda está mais preparada do que nunca!
10)Deixe uma mensagem para os bangers aqui do HELL METAL ROCK ?
E falando em cena, vou deixar uma mensagem para os malditos escutadores de som pesado Hell Metal Rock! A banda agradace a força de todos vocês por manter vivo o rock e metal, principalmente no underground. Tenho certeza que juntos vamos fortalecer cada vez mais esta cena. Vlw
Que o mundo do rock metal está cheio de bandas relativamente iguais , todos os amantes dessa estilo de vida já sabe ,mais encontrar bandas como o Null Positiv,que são relativamente novas e fazem um som totalmente diferente faz meu coração se encher de alegria, batemos um papo com a vocalista ELI BERLIN uma das maiores vocalistas da atualidade.
1) Como o Null Positiv COMEÇOU?
Desde os 16 anos, ganho meu dinheiro como cantora. Foi uma época difícil, às vezes tínhamos 150 shows por ano. Mas foi uma boa escola. Quando criança, tive vários treinamentos vocais diferentes. Hoje sou grata por isso. Eu amo a vida em turnê. Mas os primeiros anos me tornaram forte. Com 13 anos fiz minhas primeiras gravações em estúdio profissional. Aquilo foi engraçado.
Em 2015 comecei a procurar pessoas com a mesma mentalidade que estivessem dispostas a trabalhar numa música poderosa e moderna, caminho que senti que a minha carreira musical estava decidida a continuar. Foi um momento emocionante e emocionalmente agitado, sem saber qual seria o resultado e em que direção o projeto iria eventualmente.
2) VOCÊ É UM GRANDE VOCALISTA? COMO VOCÊ COMEÇOU A CANTAR? QUAIS SÃO AS SUAS INFLEUNIDADES? Eu escuto muita música e bandas. Um dos meus favoritos é o Korn. O álbum Life is peachy foi o primeiro que comprei para mim. Hoje eu tenho um mix de Asking Alexandria, neste momento ou Slipknot, Parkway Drive e claro Korn. Talvez eu compartilhe minha lista de sucessos no Youtube, então você pode ouvir o que está me inspirando.
3) Koma é o primeiro álbum a ser lançado em 31 de março de 2017 pela própria gravadora da banda, Triplebase Records?
Antes disso, lançamos um EP chamado "Krieger"
4) Freiheit é um clipe muito bem produzido - como foi a produção desse clipe? e qual a importância de ter um material de qualidade?
Durante a produção desse vídeo nos divertimos muito porque sempre fazemos tudo nós mesmos, nos reinventando e sendo criativos. Além disso, todos os supernumerários são bons amigos. No final das contas, é claro, o material sempre tem que ter uma certa qualidade e atender o gosto exato.
5) Porque a banda escolheu cantar em sua língua nativa?
Não foi uma decisão. A questão nunca existiu para nós.
6) A banda tem um som único e destrutivo, como são feitas as composições?
No último álbum "Independenz", trabalhamos nele por muito tempo com os músicos. Especialmente Bene e eu discutimos muito de forma construtiva. Mas no final ficamos todos felizescom o Resutado final.
7) Nosso mundo é diferente, como a banda está vendo essa nova realidade atual? Infelizmente tivemos que cancelar muitos shows. E certamente haverá mais alguns. Isso é muito triste. Esperamos poder fazer pelo menos alguns shows em 2021. Mas as aparências são apenas 20% do nosso trabalho. O resto correu normalmente.Temos um relacionamento muito bom com nossos fãs. Comunicamos muito através do nosso site, mas também através de plataformas de redes sociais como Facebook, Instagram ou YouTube. Portanto, sempre temos um bom contato. O lema dos nossos fãs é #wearenullpositiv
8) A Triplebase Records contrata bandas ou é exclusiva da banda?
No momento, o Triplebase só funciona para nós. E mesmo que uma ou outra banda apareça, sempre haverá tantas bandas que podemos nos concentrar totalmente nelas.
9) Quais bandas brasileiras a banda conhece?
Não tanto, mas claro Sepultura e a Semblant liderada por uma mulher.
10) Deixar uma mensagem para seus fãs brasileiros e da America Latina ?
Hello Basils! Esperamos que toda essa merda pandêmica acabe logo e que possamos fazer uma grande turnê pela América do Sul. Até então, nos vemos no https://www.nullpositiv.com
É bom ouvir uma banda como ela realmente soa em vez de ouvirmos a versão Disney World dessa mesma banda.»
«Muito obrigado pelo tempo que nos estão a dispensar, estamos muito agradecidos por isso», começa por dizer de forma muito honesta e humilde John McEntee, líder dos Incantation. Claro que lhes dispensamos tempo. Afinal, são os Incantation!
Nem só de death metal técnico ou futurista reza a história. Na verdade, em 1992, meados do apogeu do estilo, viveu-se um dos seus momentos mais prolíficos. Entre LP, EP, compilações e demos, muitas bandas norte-americanas, e não só, fizeram história nesse ano: Nocturnus, Obituary, Mortification, Morgoth, Therion, Hypocrisy, Amorphis, Massacra, Sadus, Bolt Thrower, Baphomet, Afflicted e Vader são apenas alguns dos gigantes que lançaram discos fundamentais para a evolução do género. O estilo começava a limar arestas e a maturar – ouvindo “Thresholds” ou “A Vision of Misery” sentimos que ambos os registos poderiam ter sido gravados ontem, tal continua a ser a sua indiferença ao inevitável passar do tempo. Como em qualquer estilo, porém, houve quem percebesse que o death metal estava a transitar directamente da infância para a idade adulta, ignorando por completo a adolescência, uma idade vital para a formação pessoal e para adquirir competências sociais básicas. Assim, e em vez de saltar completamente essa fase, houve quem chegasse a ela e decidisse vivê-la como deveria ser vivida. De forma rápida, inconsequente e 100% descomprometida, portanto.
Quase 30 anos passados sobre a era de platina do death metal, poucos registos serão tão importantes na actualidade como “Onward to Golgotha”, dos Incantation, consensualmente considerada uma das obras maiores do subgénero e que honra a sua essência mais pura: é agressivo, primitivo e cavernoso. Sem este disco, não existiriam bandas como Portal ou Dead Congregation, entre imensas outras. Trata-se de um trabalho DESTA importância. No entanto, John McEntee, eterno fundador dos Incantation, sabe que o caminho é em frente e 2020 dá as boas-vindas a “Sect of Vile Divinities”, o 12º registo do quarteto que vê a banda fazer um corta e cola de diversos períodos da sua carreira, desta feita apostando numa produção mais moderna, mas sem ignorar o som cavernoso clássico de 1992. Nada que tivesse sido planeado, como nos afirma o vocalista.
«Não pensámos muito nisso, na verdade. Queríamos que este disco fosse muito mais atmosférico, algo parecido com o que fizemos em “Diabolical Conquest” ou “Mortal Throne of Nazarene”, com muitas partes harmónicas e uma sensação estranha, medonha, agonizante. Algumas das músicas do novo disco são mais directas e complexas. Como compositor, quis revisitar ritmos simples e eficazes, como o que fizemos em músicas como “Profanation”, “Iconoclasm of Catholicism” ou ainda “Blasphemy”. Quis concentrar-me mais nesse tipo de riffs poderosos e relativamente orelhudos, mas sem perder a agressão e peso; portanto, sim, concordo que há um pouco de tudo neste novo disco. Em termos de produção, é sempre uma situação estranha, pois queremos sempre um som poderoso e brutal, mas, claro, também queremos a melhor produção final possível. Por vezes, dou sugestões de como o disco poderia ficar melhor em relação à produção e acabo por encontrar alguma resistência, porque não fica. [risos] Pessoalmente, gosto de um som mais cru e natural, gosto mais do som das demos do que das grandes produções. Este disco acaba por ser o trabalho mais refinado que fizemos até hoje. Estou feliz com o resultado – ouço-o e soa-me mesmo muito bem. Poderia ter ficado com um som um pouco mais cru, mas, de certa forma, acaba por ser cru de uma maneira muito própria. É difícil compará-lo com algo que fizemos há 30 anos, pois não éramos músicos tão bons nessa altura e incidíamos numa faceta mais rude e grosseira. No entanto, penso que isso não lhe retira agressão. Entendo o que querem dizer – afinal, o novo disco não tem uma produção idêntica a “Mortal Throne of Nazarene”, é claramente mais refinado, mas esse disco foi uma anomalia que resultou nisso devido aos problemas com os membros da banda nessa altura.»
Mas não é por isso que “Sect of Vile Divinities” se parece com um disco de death metal actual. Na verdade, e exceptuando alguns triggers obrigatórios na bateria, todo o som do novo trabalho é natural e amplo, algo que os puristas tanto prezam por ser parte fundamental do estilo. Naturalmente, quisemos saber como decorreram as sessões de gravação do novo registo. «Não tinha ideia que os triggers de bateria soavam tão óbvios, é bom terem referido isso. À excepção de “Onward to Golgotha” e “Mortal Throne of Nazarene”, que são 100% analógicos em todos os sentidos, todos os nossos discos têm triggers de bateria, embora nos esforcemos para que pareçam o mais naturais possível. Como sabes, os triggers existem apenas para dar consistência ao som, e nós gravamos o som natural em duas pistas e os triggers noutras duas. Depois, misturamos ambas, pois achamos que pormenores como o som do bombo devem ser a coluna dorsal em que todo o trabalho se apoia. Assim, enviámos as músicas analógicas e digitais ao Dan Swanö [produtor de “Sect of Vile Divinities”] para que ele pudesse ter o máximo de opções possíveis, visto que não estivemos juntos em estúdio. Assim, ele poderia utilizar ambas como melhor entendesse, deixámos isso à sua vontade, pois ele é o mestre da produção. Se fosse eu a produzi-lo, teria ficado terrível, uma porcaria. [risos] Gosto de trabalhar com o Dan porque é da nossa geração, entende o underground e entende-nos, sabe que quereríamos um som orgânico, sem uma grande produção, que é o tipo de produções que bandas como The Black Dahlia Murder usam. Ele sabe isso. Necessitamos de uma certa quantidade de atitude old-school. É um gajo muito fixe, o que também ajuda.»
Ou seja, nem sempre o que soa melhor é, de facto, melhor. «Não há dúvidas de que o death metal sofreu imenso na atitude devido à produção e aos truques em estúdio, da utilização do ProTools – isso estragou tudo. Venho de um tempo em que tínhamos de tocar tudo em estúdio, tínhamos de dar o nosso melhor no álbum. Hoje, com o ProTools, clicas no botão do rato e uma parte de guitarra fica bonita. As bandas não se sentem obrigadas a ensaiar tanto, perde-se a alma do estilo. Quando é tudo muito bonito e digital, perde-se o feeling da música. Para mim, as melhores bandas são as que me fazem sentir que estão a dar o seu melhor. Não me interessa que a banda seja milimetricamente perfeita, mas que me faça sentir algo quando a ouço. Venho dessa onda mais rock n’ roll, menos estéril. Por isso é que não gosto da música actual, que está repleta de computadores, baterias digitais, efeitos EBM ou lá o que for. Para mim, é música sem alma, é sempre [imita uma batida de música electrónica] tum, tum, tum a toda a hora. Fico feliz quando percebo que existem bandas actuais a tentarem imitar o som do death metal inicial, antes de existirem computadores que faziam tudo. É bom ouvir uma banda como ela realmente soa em vez de ouvirmos a versão Disney World dessa mesma banda. Como músico que sou, acho negativo teres tanto auxílio digital, porque se torna difícil dares o teu melhor enquanto músico. É tentador poderes aperfeiçoar tudo com essas ferramentas, mas, por vezes, deves deixar as coisas serem o que são. Se por vezes não consegues tocar uma parte a 100%, deves deixá-la como está, pois assim soará sempre a algo legítimo, realista. Nos anos 90 tinhas bandas muito coesas e técnicas, como Atheist, Suffocation, Crytopsy e Atrocity, mas soavam e soam muito melhor do que as bandas técnicas actuais. Quando vês as novas bandas ao vivo e vês que não conseguem ser o que são em disco, percebes que algo está mal. Foi o que aconteceu com o ProTools nos anos 90. Ouvias as possibilidades que a ferramenta te oferecia e ficavas maravilhado. No entanto, quando ouvias muitos bateristas ao vivo, dizias: ‘Uau, este gajo é péssimo, como é possível?’ Era possível, claro, porque o ProTools não funciona ao vivo e a cores.»
Por fim, sabemos que os Incantation vão andar na estrada com os Belphegor e os Necrosy já neste Outono pela Europa, o que deve ser bastante satisfatório para uma banda que acabou de lançar um disco novo. «Espero que as coisas estejam melhores no Outono. Seria errado dizer que não estou preocupado com a situação. Soube que os Atheist cancelaram uma digressão em Setembro ou Outubro por causa de vôos cancelados dos Estados Unidos para a Europa, espero que isso mude. Mas estou muito optimista e ansioso e feliz em promover o novo disco ao vivo. Já fizemos muitas digressões com os Belphegor, conhecêmo-los bem e sabemos que correrá tudo bem, principalmente porque os fãs vão querer sair de casa depois desta pandemia para verem um bom concerto de death metal. Espero que as coisas melhorem, embora só mais próximos da data saberemos. Neste momento, não conseguimos programar nada, temos de esperar para ver.»
Single é o terceiro do próximo disco de estúdio da banda, ‘Hermitage’
O Moonspell lançou o clipe de “All Or Nothing”, faixa do disco Hermitage, próximo disco da banda portuguesa, previsto para 26 de fevereiro.
Ao falar sobre a novidade, o vocalista Fernando Ribeiro comentou: “O clipe foi gravado em um teatro vazio em Portugal que serviu como um cenário incrível para o vídeo”.
Hermitage é o décimo terceiro álbum da banda e o sucessor de 1755, de 2017. Assista abaixo o clipe de “All Or Nothing” e em seguida veja a capa e tracklist do disco Hermitage.
Raphael Mendes se tornou popular no YouTube por causa dos seus incríveis covers do Iron Maiden, incluindo a série de vídeos, “E se Bruce Dickinson cantasse em outras bandas”, que contou com nomes emergentes da cena do Metal nacional, como também músicos já consagrados, a exemplo de Aquiles Priester, ex- Angra e Primal Fear. O vocalista bateu um papo curto com a Roadie Metal, e nos contou sobre o vindouro, Icon of Sin, projeto com Sergio Mazul, vocalista da banda brasileira de Death Metal Melódico, Semblant e Marcelo Gelbcke, guitarrista da também brasileira Landfall, confira abaixo:
Raphael, como surgiu o Icon of Sin, essa junção, você, o Rafael e o Marcelo?
Na verdade foi o seguinte, os vídeos do meu canal chamaram a atenção da gravadora Frontiers Music Srl, que é a mesma gravadora do Whitesnake, Journey, Jeff Scott Soto, assim como da Semblant e Landfall. Daí eles me procuraram, se apresentaram, disseram que gostaram do meu estilo de canto e que estavam interessados em montar um projeto autoral para mim. Foi aí que os representantes da gravadora falaram: “A gente tem uma equipe aí no Brasil, em Curitiba, vamos colocar vocês em contato, e eles vão trabalhar nas composições e produção do álbum, que no caso, é o Sérgio e o Marcelo.” Depois disso começamos a trocar ideias e as coisas foram fluindo, e assim se formou a Icon of Sin.
O som que o Sérgio faz é bem diferente do que você costuma cantar, o que podemos esperar da sonoridade da Icon of Sin, soará mais pesado ou mais puxado para o heavy tradicional?
Então, apesar do som da Semblant ser bem diferente do que eu costumo cantar, o Sérgio Mazul é um cara muito criativo, ele tem uma bagagem enorme de ideias, tem influências de qualquer estilo de Metal que você possa imaginar. Mas, na verdade, a gravadora pediu pra a gente seguir uma linha voltada para o heavy metal tradicional, como Judas Priest, Iron Maiden e Dio, eles foram bem específicos com isso. Muita gente vem falando que seremos uma cópia do Iron Maiden, mas eu te garanto que isso não vai acontecer. Nós conseguimos criar uma identidade para a banda, te digo que o instrumental soa mais Judas do que Maiden, porque o vocal eu não consigo fugir muito, muita gente diz que eu imito o Bruce Dickinson, o que não é verdade, eu moldei minha voz dessa forma, comecei a cantar por causa do Iron Maiden, se você me pedir pra cantar de outra forma, não vou conseguir. Resumidamente, o Icon of Sin soará mais Heavy Metal tradicional.
Quando o Icon of Sin estará entre nós?
Sobre data de lançamento, infelizmente ainda não posso falar, existe um planejamento e temos que segui-lo. Eu só posso te dizer que a previsão é que seja lançado ainda no primeiro semestre.
Para finalizar, poucos sabem que você já cantou com grandes nomes do Metal mundial, como Michael Kiske, Mark Boals, Blaze Bayley, Olaf Hayer, entre outros, conta pra gente como foi essa experiência.
Cantar no Legend Of Valley Doom Pt. 2 foi sensacional, foi a minha primeira experiência internacional, participei da música “Crystal Mountains”, fiz também alguns backing vocals em faixas que tem a participação do Kiske, e outra com o Blaze Bayley, a “By the Dragon’s Breath”. Tudo isso aconteceu graças aos vídeos covers do Iron Maiden que eu estava fazendo em 2016, daí o Marius Danielsen, que é o cabeça do projeto, entrou em contato, fez o convite e foi foda pra caralho! Inclusive, já gravei duas músicas do Legend Of Valley Doom Pt. 3 que será lançado ainda esse ano.
Pra você que ainda não conhece o trabalho do Raphael Mendes, segue abaixo um vídeo do canal do cantor, da série “E se Bruce Dickinson cantasse em outras bandas”, fazendo um cover de “Through The Fire and Flames” da banda de Power Metal, Dragonforce, com participação de Aquiles Priester: