quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

MOTOROCKER (Entrevista)




Marcelus dos Santos, vocalista do Motorocker, falou sobre as mais de duas décadas da banda

Prestes a completar 27 anos de carreira, o Motorocker coleciona conquistas invejáveis. A banda já dividiu o palco com lendas como KISS, Guns’n’Roses, Motörhead, Iron Maiden eDeep Purple.

Surgida em Curitiba, a banda fundada por Marcelus dos Santos conquistou o Brasil nos anos 2000, com o bom e velho rock n’ roll. As influências de bandas como AC/DC e Nazarethforam reconhecidas não só pelo público. A banda foi convidada para participar dos tributos das duas bandas. O fundador do Nazareth, Manny Chalrton, inclusive convidou o vocalista para cantar na turnê brasileira de sua banda solo.

Ainda assim, o rock brasileiro urge por mais espaço. Mesmo bandas como o Motorocker, aplaudida por milhares de pessoas no Rock In Rio 2015, sentem que tanto a cultura quanto a realidade política e social do Brasil dificultam a proliferação da música. Com um novo álbum já pronto, a banda preferiu esperar as eleições de 2018 para lançá-lo, por exemplo.

Prestes a se apresentar no Curitiba Motorcycles nesse sábado, 09 de fevereiro, a banda separou um tempinho para conversar com o WIkimetal. Em entrevista para a coluna Orgulho Nacional, o vocalista Marcelus dos Santos falou como é ser uma banda de rock no Brasil atual:

– O Motorocker já tem mais de 20 anos de estrada. O que vocês acham que mudou na banda desse tempo para cá?

Com o tempo ganhamos mais experiência profissional. Nossa percepção das coisas em relação ao que fazemos hoje, nada tem a ver com a que tínhamos quando começamos. Estar nesse meio é praticamente estar em outro mundo. É só tocando, viajando, tocando em grandes festivais e abrindo shows de grandes bandas pra se adquirir esse tipo de conhecimento. Ficamos mais velhos, porém ficamos um pouco melhores no que fazemos.

– O rock tem mais ou menos espaço no Brasil agora?

Menos espaço. Senti isso gradativamente desde meados de 2012. Mas sabe como é, de uma hora para outra o rock volta com tudo. É um estilo de música que além do apelo rebelde, tem uma plástica muito forte em termos visuais.

– Qual é a maior dificuldade de viver de música num país em que a cultura não tem o respeito que merece?

Só ser brasileiro já é uma dificuldade. Estamos pagando há muito tempo a conta que muitos políticos bandidos nos deixaram, e isso não é uma coisa que anima as pessoas. As pessoas têm primeiro que comer, morar e pagar um monte de impostos sobre tudo. Aí, se sobrar alguma grana, ela vai gastar em show, CD, etc. Querendo ou não, trabalhamos com algo que é supérfluo no Brasil. Obviamente existem pessoas que colocam a cultura à frente de muita coisa, e são elas as responsáveis pela nossa banda e outras continuarem na ativa. Seria melhor pra todo mundo se o Brasil fosse melhor.

– Em uma outra entrevista, vocês comentaram que já tem um novo disco pronto, mas que não lançaram por causa do clima de irritação política do país. O quanto a situação política interfere no trabalho da banda?

Essa polarização política revelou muita gente doente. Por um lado é bom, pois nos livramos de problemas futuros, ao nos distanciar de gente problemática. Mas por outro, fica um clima de animosidade que é péssimo. As pessoas não conseguiam pensar em outra coisa antes das últimas eleições, então preferimos adiar pra esse ano o lançamento do novo trabalho. Aos poucos o povo está se acalmando e seguindo cada um a sua vida, que com certeza é mais interessante que política.

– O disco de 2006, Igreja Universal do Reino do Rock, ironiza alguns aspectos da religião. Como é pra vocês ver uma realidade onde a moral religiosa está cada vez mais presente e interferindo na produção cultural?

Eu não sinto isso mais, muito pelo contrário. Há uns 12 anos ficamos sabendo que chegaram a quebrar um CD nosso em um culto evangélico. Tinha gente que nos detestava e alguns chegaram a me falar pessoalmente que eu iria direto pro inferno quando morresse. Foi a época que mais fizemos sucesso e vendemos discos. Hoje sinto que as coisas estão muito mais calmas. Acredito ser efeito da globalização cada vez mais forte e a banalização da informação. Parece que muito pouca coisa hoje consegue impressionar as pessoas. Também existe muita mentira por aí e as pessoas andam mais desconfiadas de tudo.

– Vocês consideram que o rock no geral precisa de uma atitude mais revolucionária, de enfiar o dedo na cara das pessoas?

Não necessariamente. O rock sempre teve tema livre pra falar sobre o que quiser. Ter atitude não quer dizer fazer coisas idiotas só pra se parecer o “diferentão”. Ser revolucionário hoje pra mim é ser honesto, ter a cabeça livre pra pensar de forma imparcial a respeito de tudo, e agir com empatia. Hoje o que eu mais vejo é um monte de Maria vai com as outras. Parecem bonecos feitos em série, e de muito mau gosto.

– Muito tem se falado sobre a perda de relevância do rock e muitos ainda falam que o gênero pode acabar. Qual é a opinião de vocês sobre isso?

Nós passamos por uma fase de banalização geral das coisas. As pessoas estão sendo manipuladas o tempo todo e não estão se dando conta disso. Isso é péssimo culturalmente. Mas enquanto existir jovens indignados com alguma coisa se reunindo em um porão pra fazer um som, o rock nunca irá morrer. É desse sentimento que o Rock n Roll brota.

– Sobre o próximo álbum. O que vocês podem falar sobre ele? Qual vai ser a vibe do disco?

Fala de superação, força, contrabando, mosca, motocicleta e de se divertir loucamente. Igual aos outros trabalhos anteriores, porém novo.

– O Curitiba Motorcycles já é esse sábado. O que os fãs podem esperar do show?

Podem esperar muita energia e músicas inéditas. Aos poucos estamos revelando os temas e músicas do novo trabalho.

– Depois de tantos anos de banda, quais os próximos passos que pretendem seguir?

Seguiremos gravando discos e saindo em turnês para reencontrar o nosso maior patrimônio, que são os fãs. Queremos gravar um DVD ao vivo também. Não existe nada melhor pra se fazer nessa vida. É o que acho e acredito que os meus parceiros da banda também..


Fonte Wikimetal

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Armageddon Metal Fest 2019: Symmetrya é o novo nome confirmado no festival



Depois de Shaman e Ratos de Porão serem confirmados no “Armageddon Metal Fest”, nesta terça-feira (5) foi a vez de Symmetrya ser anunciada como terceira atração do evento.

A banda de Joinville/SC, possui três álbuns completos sendo que o último, “Beyond the Darkness” (2018), concorre a “Melhores de 2018” no site da revista Roadie Crew, no quesito “Melhor Álbum Nacional”. O grupo ainda recebeu indicações para “Melhor Vocalista Nacional”, “Melhor Guitarrista Nacional”, “Melhor Baterista Nacional” e “Melhor Tecladista Nacional”.





O AMF acontecerá no dia 1 de junho, em Joinville/SC a partir das 14h00. Sua grade de atrações será composta por quatorze bandas que promoverão doze horas de som no Centro de Convenções Expoville.




As entradas já são vendidas on line pela Ticket Brasil, sem taxa de conveniência e podem ser parceladas em até 12x. As modalidades de ingresso são Entrada Inteira (R$ 230,00), Meia-Entrada e Entrada Promocional com doação de 1kg de alimento não perecível ou ração para cães ou gatos (R$ 115,00) e AMF Vip Xperience (pacote promocional que inclui ingresso + entrada às 13h00 + cartão IPA com 2 chopps pilsen + credencial + 10% de desconto off na loja oficial do evento = R$ 160,00).




O AMF tem sua excursão oficial em Curitiba/PR. Sem dar direito ao ingresso a Excursão Saindo de CWBtransportará as pessoas passando pelo Aeroporto Afonso Pena, com bebidas como água e refrigerante inclusos no valor do serviço que é de R$ 80,00. A excursão é organizada pela Mosh Travel e o valor também pode ser parcelado no site.




A pessoa portadora de necessidade especial, ao adquirir ingressos: Inteira, Meia-Entrada ou Promocional, será beneficiada pelo projeto #EventoAmigoPNE, que dá direito à entrada gratuita de seu acompanhante.

O “Armageddon Metal Fest” é uma realização da Mosh Productions e Metal Scream, com apoio de Opa Bier, Programa Midnight Metal e Radio Mundo Livre FM.


SERVIÇO

ARMAGEDDON METAL FEST 2019

Data: 1 de junho de 2019, 14h00

Local: Centro de Convenções Expoville, Rua XV de Novembro, 4315 – Glória, Joinville/SC

ENTRADAS
Entrada Inteira

R$ 230,00


Meia-Entrada (apresentar documento estudantil válido com foto no dia do evento)

R$ 115,00

Promocional (válido somente com doação de 1kg de alimento não perecível ou ração para cães ou gatos)

R$ 115,00

NETFLIX COMPRA DIREITOS DE EXIBIÇÃO DO FILME COM JAMES HETFIELD




Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile ficará disponível na Netflix dos Estados Unidos

De acordo com a Variety, a Netflix adquiriu os direitos de Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile.

O elenco do longa conta com o frontman do Metallica, James Hetfield.

O filme segue a relação entre o notório serial killer Ted Bundy e sua namorada que não sabe dos crimes. Zac Efron e Lily Colins, respectivamente, interpretam os personagens.

Não há informações quanto à distribuição internacional do filme, que pode passar nos cinemas brasileiros ou chegar ao streaming.

Assista ao trailer abaixo:


terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

MEGADETH LIBERA TRAILER DE WARHEADS ON FOREHEADS; ASSISTA AQUI




Coletânea será lançada em breve

Em 22 de março, o Megadeth irá celebrar seus 35 anos de carreira com o lançamento de uma coletânea intitulada Warheads On Foreheads.

O trabalho irá contar com 35 faixas de toda a carreira do grupo, desde o lançamento de Killing Is My Business…And Business Is Good até o Dystopia, lançado em 2016. A novidade irá contar 3 CDs, 4 LPs e uma edição digital nas plataformas de streaming.

Warheads On Foreheads ganhou uma prévia com um trailer divulgado pelo Megadeth e você pode assistí-lo logo abaixo. Em seguida, veja a capa e tracklist do lançamento.








01. Rattlehead

02. Mechanix
03. Killing Is My Business…And Business Is Good!
04. The Conjuring

05. Wake Up Dead
06. Devils Island
07. Good Mourning / Black Friday
08. Set The World Afire
09. In My Darkest Hour
10. Holy Wars…The Punishment Due

Disc 2

01. Hangar 18
02. Tornado Of Souls
03. Rust In Peace…Polaris
04. Five Magics
05. Take No Prisoners
06. Skin O’ My Teeth
07. Angry Again
08. Symphony Of Destruction
09. Sweating Bullets
10. A Tout Le Monde
11. Train Of Consequences
12. Reckoning Day

Disc 3

01. Trust
02. She-Wolf
03. Wanderlust
04. Dread and the Fugitive Mind
05. Blackmail The Universe
06. Washington Is Next!
07. Head Crusher
08. Public Enemy No. 1
09. Kingmaker
10. The Threat Is Real
11. Poisonous Shadows
12. Death From Within
13. Dystopia

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

COREY TAYLOR REVELA COMO FEZ SUA PRIMEIRA MÁSCARA NO SLIPKNOT



Vocalista ainda explicou o motivo de sempre trocar suas máscaras

O Slipknot é famoso pelos seus macacões e máscaras que a cada ciclo novo, passam por uma transformação. Durante uma conversa com o Dean Delray no podcast Let There Be Talk, Corey Taylor revelou como criou a primeira máscara que usou na banda.

“Foi tentantiva e erro”, contou o vocalista, “Para alguns dos caras, foi natural a escolha, o Clown tinha a máscara desde os 12 anos. Para mim, eu não sabia por onde começar”. Então o músico conta que a esposa do co-fundador Clown o ajudou na criação da máscara: “Eles encontraram uma máscara antiga de um boneco e comecei a usar ao contrário.”

Taylor explica que usava dreads no cabelo na época e precisava passar eles por fora da máscara e quando ele os tirou, a solução foi simples: ele colocou seus próprios dreads na máscara.

“Os caras da banda estão felizes com suas máscaras, mas eu gosto de explorar quem eu sou agora, então eu mudo sempre. Nada contra a escolha deles, mas principalmente com as letras, eu não sou a mesma pessoa que eu era quando fizemos .5: The Gray Chapter, e antes disso com All Hope is Gone. Estou mudando constantemente e acho que as máscaras devem acompanhar esse processo.”

O vocalista revelou que trabalha com diferentes artistas a cada mudança de máscara. Recentemente, ele apresentou uma parte do novo modelo, que ele deve começar a usar assim que lançar o próximo disco do Slipknot.

SLAYER: CONHEÇA A HISTÓRIA DAS TATUAGENS DEMONÍACAS DE KERRY KING



Uma das tatuagens mais famosas do mundo do metal é o “Homem Folha” na cabeça de Kerry King, do Slayer. Ele também tem um demônio tatuado na mão esquerda.

O Loudwire começou uma série de vídeos com o tatuador Paul Booth. No primeiro episódio, ele conta as histórias por trás das duas tatuagens.

O tatuador cresceu sendo uma enorme fã de Slayer e sonhava em tatuar algum membro da banda. “Meu professor na loja em que eu trabalhei saía às vezes e eu colocava Slayer no último volume enquanto tatuava.”

Booth, então, começou a sair em turnês e conheceu Kerry King. Os dois tornaram-se amigos e veio o dia em que King pediu para ser tatuado por Booth. O guitarrista escolheu o “Homem Folha” e queria que o rosto olhasse para as pessoas quando King ficasse de costas.

“Eu posso dizer, não apenas porque somos amigos, mas ele ficou parado com uma pedra”, disse Booth. “Mais do que os outros, na verdade. Eu acho que demorou umas quatro horas para terminar. Ele passou sem problemas”, relembrou Booth.

Quanto à mão, Paul tatuou chifres do demônio nos indicador e mindinho de King. O rosto da tatuagem pode ser visto como Cristo ou como um demônio. Depende do ângulo que você olha.


Assista ao vídeo abaixo:


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

DISTURBED: BANDA NUNCA ENTENDEU SER CHAMADA DE NU METAL



David Draiman disse que o Disturbed “nunca teve algumas características” do gênero

David Draiman, vocalista do Disturbed disse à Music Connection que não entende o por quê da banda ser chamada de nu metal.

Ele explicou: “Eu não entendo isso de nu metal, porque nunca fizemos rap, nunca tivemos mesa de DJ. Todos esses elementos que fazem parte de ser uma banda de nu metal, nós nunca tivemos. Mas nós viemos da mesma época que esses caras, quando eles faziam muito sucesso, então fomos colocados nessa etiqueta.”

Segundo ele, se tivessem surgido na mesma época do Iron Maiden e do Judas Priest, “não teria dúvida de como seriam identificados”. Mas, independente da categoria, ele acha que o importante é explorar novos territórios.

“A mudança de direção do Disturbed no álbum Evolution foi muito gratificante. Na nossa opinião, é uma das melhores coisas que já escrevemos. É tudo o que podemos tentar fazer.”