quarta-feira, 14 de novembro de 2018

ENCONTRO DE PESO EM PORTO ALEGRE: ARCH ENEMY E KREATOR FAZEM NOITE HISTÓRICA NO BAR OPINIÃO



Os monstros do heavy metal se apresentaram em Porto Alegre no último fim de semana

O calor porto-alegrense deste 9 de novembro, sexta-feira, apesar de nada convidativo, não foi o suficiente para conter a aglomeração de devotos enfileirados por uma quadra na Cidade Baixa. O Bar Opinião – que ainda há poucos dias sediava, de casa cheia, nada menos que os Irmãos Cavalera voltando às origens brutais do Sepultura –, mais uma vez seria palco de um encontro de peso, desta vez internacional: Kreator e Arch Enemy, dois cachorros grandes do heavy metal mundial.

As bandas vieram somar para uma grande turnê, pela América Latina, ao lado do revigorado Helloween. Desta vez, este (agora) septeto (!) alemão nos deixou de fora (até porque ano passado estiveram no Brasil com o mesmo show, tocando em Porto Alegre no próprio Halloween, 31/10/17). Embora tenha sido interessante misturar os soberanos do melódico com figurões do thrash e do “death melódico”, a sentida ausência do Helloween no Liberation Fest pelo menos fez jus ao motto “menos é mais”, proporcionando setlists prolongados para os ilustres remanescentes. Esse é o contexto que permitiu aos porto-alegrenses verem dividir a noite Arch Enemy e Kreator, dois monstros do heavy metal de nossos dias, headliners de grandes festivais, reis de seus próprios gêneros, e de exaltada popularidade no Brasil. Os portões se abriram a partir das 18h30, com o primeiro ato, Arch Enemy, previsto para as 19h30.

De casa tomada, o Arch Enemy deixou o camarim com 20 minutos de atraso, e a opulenta montagem de palco, com bandeiras, banners e background, foi uma resposta à altura ao meio-palco que lhes fora ofertado. Foi a primeira vez do quinteto sueco na capital gaúcha, o que justificou a ansiedade e expectativa generalizada, já que até quem não acompanha sua longa carreira (formada em 1995, contando com apenas um membro original) reconhece que são uma grande banda.

Ao tempo aludido, soou nos PAs a faixa introdutória do long lenght mais recente da banda, Will to Power (2017), do qual foram extraídas 7 faixas para compor o set. A banda deu o start com a excelente “Blood in the Water”, resolvendo duas questões para os mais críticos da plateia: as músicas do novo disco soariam espetaculares ao vivo, e Alissa White-Gluz não só entregaria uma fortíssima presença, como guiaria a noite com o público na mão. A sequência foi um tiro curto ao passado, trazendo “Ravenous” (Wages of Sin, 2001), um dos clássicos da fase com a respeitadíssima predecessora, Angela Gossow.

Com o público hipnotizado pelo banho de riffs, melodias e carisma, a banda mostrou um setlist que sintetiza a fase atual, com Alissa à frente da banda, e também revivendo alguns dos grandes momentos do passado. Regido pelas “duras” palavras de White-Gluz “We are Arch Enemy, and this… is… fucking… WAR”, o set trouxe também uma seleção de faixas do luxuoso álbum War Eternal (2014, o primeiro com Alissa nos vocais), como a furiosa parede sonora de “Stolen Life”, além da faixa-título “War Eternal” – que acendeu os ânimos do público – e dos empolgantes refrões de “You Will Know My Name” e “As the Pages Burn”, cantadas aos berros pelos devotos, para contentamento visivelmente emocionado do guitarrista e fundador Michael Amott.

Do último disco, outras escolhas foram ainda a rápida “The Race”, que explodiu em um moshpit no centro da pista (apenas um aquecimento para o que aconteceria em “Pleasure to Kill”, quando as entidades do thrash alemão assumissem o palco mais tarde); ainda rolaram “First Day in Hell” e as belíssimas dobras de “The Eagle Flies Alone”, um dos destaques do último álbum. A banda encerra o primeiro set com o aguardado clássico da era Gossow “We Will Rise”.

Para o generoso encore, a banda reservou a nova e ambiciosa “Avalanche”, outro ponto alto de Will to Power. Após o antigo duo “Snowbound”, o grand finale veio com “Nemesis” e “Fields of Desolation”, resgatando as grandes e distintas fases da banda, ambas cantadas com entusiasmo por todos os saciados e afetuosos fãs.

Os 4 anos com Alissa à frente passaram voando, e o entrosamento que se formou ali ajuda a superarmos a sóbria porém triste decisão de Angela Gossow, que optou por trabalhar nos bastidores da banda, deixando, como mulher e dona de vocais extremamente agressivos, um legado inigualável para somar à história heavy metal. Se inicialmente, em contrapartida, Alissa White-Gluz se diferenciava bastante de sua predecessora, causando certo contraponto na estética que a banda vinha praticando, hoje este contraste está bastante balanceado, mostrando a banda adaptada à pegada ‘moderna’ da vocalista, e ela cedendo à entrega perfectionista e neoclássica dos suecos.

De poucos sorrisos durante as canções e com uma pegada ‘curta e grossa’ (como dizemos por aqui), a vocalista deixou adereços complexos pela praticidade de um visual mais enxuto, contribuindo para uma experiencia mais dinâmica dentro da limitada espacialidade do palco. Nessas condições, ofereceu uma performance absolutamente brilhante, impondo respeito do primeiro ao último segundo. Se, pelas redes, ficamos convencidos de que Alissa White-Gluz– fora dos palcos – é uma mulher com muito conteúdo, posições ideológicas bem definidas e frequentemente inspiradoras, no palco, essa personalidade forte se traduz em uma cantora com vocais impressionantes e presença de palco de altíssimo porte. A banda deixou se despediu ovacionada, voltando sem os instrumentos para uma selfie com o público e uma despedida à altura de um dos melhores shows que Porto Alegre viu em 2018.

A saída dos suecos deixaria um outro vazio que não mais seria preenchido: o de equipamento. Quando se viu, o palco do Opinião havia se convertido em um amplo salão, apenas com a bateria de Jurgen “Ventor” Reil no centro. Para o pavor dos fotógrafos, os alemães subiriam ao palco com uma luz beirando o perturbador, propondo que apenas as silhuetas dos músicos e seus instrumentos fossem insinuadas na penumbra. Essa foi o tom do show dado pela lenda Mille Petrozza (vocal e guitarra), junto de seu companheiro de longa data Ventor (bateria), além dos hoje clássicos Christian Geisler (baixo) e Sami Yli-Sirnio(guitarra): apenas os músicos, o público e o único elo possível entre eles – a música do Kreator.

Com a imagem banda se perdendo em meio às luzes densas e agressivas, o foco do Kreator foi mesmo no som. O repertório dos alemães transitou amplamente entre os álbums modernos da banda, enfatizando no último lançamento, Gods Of Violence (2017). Nada mal para uma banda que esteve em Porto Alegre para promover outros grandes clássicos “recentes” de sua longa carreira, como Enemy of God (2005) e Hordes of Chaos (2009), o segundo na boa companhia do Exodus.

A banda subiu ao palco ao som da “Mars Mantra”, anunciando o ponto de partida em “Phantom Antichrist”, do álbum homônimo de 2012. Em seguida trouxeram o peso de “Hail to the Hordes”, primeira pedrada da noite a ser retirada último disco. Na sequencia, sob o anúncio “Enemy of God”, resta dizer que a pista do Bar Opinião virou um campo de batalha. Para quem estava fora das rodas, sempre encorajadas por Petrozza, era desafiador se manter no mesmo lugar sem tomar alguns pontapés ou empurrões. Em seguida, rolaram “Satan is Real”, entoada como profecia (e algum humor) pelos presentes, e a poderosa “Civilzation Colapse”, as quais antecipariam um breve e aguardado retorno ao passado.

A primeira faixa da fase “clássica” do Kreator foi a esperada “People of the Lie”, aumentando o número de adeptos no vale do moshpit, que se ampliava na pista música após música. Em seguida, Petrozza surge com uma bandeira, enquanto o público clama pelo nome da banda. “It’s time… to rise… the flag… of… HATE!” foram as derradeiras palavras que deflagraram “Flag Of Hate”, do velho debut Endless Pain (1985), como se estourasse uma guerra por uns 4 minutos. “Phobia” encerrou o combo da era de ouro da banda, que enfim se volta novamente aos tempos modernos.

Em termos de execução, a banda se mantém rápida, direta e sempre fiel aos intrincados arranjos originais e solos pontuais; mas a participação do público nas canções seguintes, “Gods of Violence” e “Hordes of Chaos” – ao entoar os catárticos versos “we shall kill” e “everyone against everyone” – foi decisivo para tornar este o ápice do show. “Está uma noite fantástica. Cada vez que volto ao Brasil, me lembro que esta é nossa casa, é a casa do metal”, diz o vocalista. O vaidoso público apreciou o comentário, mas deu uma trégua com “Fallen Brother”, música que serviu de descanso para os presentes tomarem prumo para o que viria pela frente.

O quarteto deixou o palco por menos de 2 minutos, mas por nem um segundo o público deixou de berrar por seu retorno; logo se ouviu a épica introdução “The Patriarch” trazendo o bis, seguida do clássico hino à revolta social concebido pela banda em 2001: “Violent Revolution” deu lugar ao coro de uma casa lotada de pessoas famintas pelo thrash impiedoso do Kreator. Por fim o vocalista sentenciou o golpe de misericórdia: “Pleasure to Kill”, faixa mais rápida da banda (será?) e trilha da porção mais agressiva da noite, viria para encerrar a noite no melhor estilo “tudo ou nada”.

Mille orquestrou a abertura de um vão na pista. “Abre, abre”, gritava um, tentando ajudar a separar o público em dois grandes grupos – ao primeiro acorde do último petardo da noite, duas hordas de gaúchos enlouquecidos se enfrentaram corpo a corpo e deram os trabalhos por encerrado com uma grande festa da violência. A explosão sonora nos PAs rendeu aos músicos e seus instrumentos num palco vazio uma grandiosa experiência de thrash metal puro, direto e sem frescura.

A banda mantém-se no topo do gênero, e deixa o público na euforia da maior roda que já vi no naquele lugar. Nesse clima de fraternidade e celebração, o Kreator fecha a noite, numa grande catarse de ódio e devoção compartilhada pela legião de presentes.

Peço ao leitor que desculpe pela extensão desta resenha, mas se é fato que grandes noites são merecedoras de fartos relatos, é impossível ser econômico com o grande evento que deixou a vibe ideal para o que viria mais tarde, após o término do evento: uma festa do próprio Opinião, com umas 4 bandas tributo (um Dio cover absurdo!), além de uma apresentação da Sorrowful Dream, trazendo o lado negro do metal gaúcho.

Um fim de ano movimentado para a cena gaúcha de metal, que nesse ritmo apenas tende a receber mais adeptos. No mês que vem haverá ainda a segunda edição do RS Metal, com os nomes gaúchos que ajudaram e ajudam a escrever a história do underground Brasileiro: Panic, Rebaellion e o Hangar de Aquiles Priester, que passa por sua melhor fase desde Inside Your Soul. Longa vida à Liberation, que segue sua agenda com nomes relevantes da música internacional, mantendo-se firme na organização de eventos históricos em território nacional.

CHRIS CORNELL: SHOW TRIBUTO TERÁ PARTICIPAÇÃO DE FOO FIGHTERS E METALLICA




Um vídeo póstumo estrelando o filho de Chris Cornell também será lançado

Um grande show tributo em memória de Chris Cornell foi anunciado para janeiro. Alguns nomes convidados serão Metallica, Ryan Adams e Foo Fighters.

O vocalista do Soundgarden, Temple of the Dog e Audioslave foi encontrado morto em um hotel em maio de 2017, aos 52 anos. Membros de suas bandas também tocarão no show, que se chamará “I Am The Highway”.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

OLI HERBERT: CAUSA DA MORTE É CONFIRMADA POR EXAMES TOXICOLÓGICOS


Exames de Oli Herbert foram divulgados pela viúva do músico

Oli Herbert, guitarrista do All That Remains, morreu por afogamento depois de ingerir antidepressivos e calmantes.

Herbert foi encontrado morto em 16 de outubro perto de casa, em Connecticut. Ele tinha 44 anos.

Segundo o TMZ, a polícia foi enviada até a residência depois de reportarem seu desaparecimento. O corpo de Oli foi encontrado em um riacho perto de casa.

Hoje, a esposa de Oli, Beth, divulgou um depoimento através da página oficial do guitarrista. Ela escreveu: “Bom dia, aqui é a Beth. E é um bom dia realmente; resultado do exame toxicológico saiu. Assim como a causa oficial da morte do meu marido.”

“Causa da morte – Afogamento – Oli aparentemente estava se tratando por conta própria de sua condição maníaco-depressiva. Antidepressivos foram encontrados em seu sistema, assim como calmantes. Os remédios encontrados são os mesmo com os quais um parente próximo era receitado, então ele sabia o que procurar para o “tratamento”. O fato de que ele não ia (e não iria) a um médico para ser diagnosticado explica o comportamento errático que vinha tendo em casa.”

Beth também falou sobre o cancelamento do memorial público que deveria ter acontecido neste domingo, 11 de novembro.

“Quanto ao cancelamento do memorial, minha segurança pessoal e a de minha casa foi o motivo. Já que ambas receberam diversas ameaças nos últimos tempos”, relatou

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Dream Theater: “Distance Over Time” chega oficialmente em 22 de Fevereiro de 2019






Duas vezes indicado ao Grammy e com milhões de discos vendidos, os titãs do Metal Progressivo, o Dream Theater anuncia o lançamento mundial do seu 14º álbum de estúdio, “Distance Over Time“, em 22 de fevereiro de 2019. “Distance Over Time” mostra uma criatividade recém-descoberta para o Dream Theater, mantendo os elementos que atraíram fãs dedicados em todo o mundo. O álbum também marca o primeiro da nova gravadora da banda, a InsideOutMusic/Sony Music. A obra de arte foi criada pelo colaborador de capa Hugh Syme (Rush, Iron Maiden, Stone Sour). “Distance Over Time” foi produzido por John Petrucci, mixado por Ben Grosse e masterizado por Tom Baker.

“Quando eu ouço de novo o álbum, posso recordar claramente cada momento do processo de escrita; onde eu estava na sala, o que nos inspirou naquele instante e o significado de cada música. Como produtor, meu objetivo era tentar e criamos o disco do Dream Theatermais sonoro que já fizemos para que os ouvintes possam ser envolvidos na música. Eu realmente queria que essa gravação refletisse verdadeiramente o espírito, a alegria e a paixão que fizeram o álbum e que as pessoas saíssem, sentindo um pouco da natureza orgânica, personalidade e energia bruta que a banda capturou enquanto estávamos juntos no estúdio. Para mim, acho que cumpre isso e espero que as outras pessoas sintam o mesmo caminho“, explica John Petrucci.

Em junho de 2018, o Dream Theater isolou-se em um local privado no interior de Nova York para começar a escrever para o novo disco. Enquanto passavam o verão morando juntos na residência adjacente da propriedade, a banda passava seus dias e noites preparando a música que comporia o novo álbum no ‘Yonderbarn‘; um celeiro bonito e espaçoso que tinha sido meticulosamente transformado em um estúdio de gravação e filme de última geração. Após um período intenso e extremamente produtivo de sessões de redação em grupo e querendo manter a magia que foi capturada neste local pitoresco e inspirador, eles decidiram gravar o álbum na mesma sala em que todos haviam se reunido para escrever juntos. Viver juntos durante a escrita e gravação de “Distance Over Time” marcou mais uma estreia nos 33 anos de carreira da banda. O resultado é uma coleção de músicas pesadas que mostram as primeiras raízes da banda enquanto exploram novos territórios como músicos e como amigos.

“Foi como voltar ao acampamento de verão“, acrescenta James LaBrie. “Estar perto um do outro o tempo todo fez uma experiência muito mais profunda. Acho que as músicas refletem a energia. Foi muito divertido ter uma situação tão poderosa neste ponto de nossa carreira.“

Já se passaram 3 anos desde que o Dream Theater lançou novas músicas. Para anunciar os detalhes do novo álbum, a banda contou com a ajuda de um vencedor do concurso para dar a notícia do disco aos fãs leais da banda. Foi lançado um jogo de realidade alternativa que englobava uma “caça ao tesouro”, na qual os fãs podiam procurar por pistas escondidas em várias fotos, vídeos, postagens de mídia social e muito mais. Por fim, um vencedor sortudo recebeu acesso ao conteúdo antes de todos os outros, incluindo a data de lançamento e a capa, e o vencedor seria aquele que compartilharia o primeiro gosto da música nunca antes ouvida. Ouça o primeiro teaser aqui:




Dream Theater também está planejando pegar a estrada em apoio ao novo álbum. A turnê “Distance Over Time” da América do Norte foi anunciada recentemente e começa em 20 de março de 2019 em San Diego, Califórnia. A turnê vai durar sete semanas antes de terminar na Cidade do México em 4 de maio de 2019.


Informações sobre ingressos para todos os próximos shows, bem como pacotes VIP podem ser encontradas em www.dreamtheater.net. Mais datas de turnê para a turnê mundial serão anunciadas em breve.


Em 2018, a InsideOutMusic celebra 25 anos como uma das principais marcas mundiais de música progressiva e faz parte do Century Media Label Group, uma divisão da Sony Music.



terça-feira, 6 de novembro de 2018

GHOST PODE LANÇAR NOVO MATERIAL JÁ EM 2019, AFIRMA TOBIAS FORGE



Tobias Forge, frontman do Ghost, disse que novo material pode já estar gravado

Em entrevista para a rádio Oklahoma, Tobias Forge, do Ghost, falou sobre os planos para o futuro.

“Minha intenção não é lançar outro EP de covers. Pode ter algo novo saindo no ano que vem, que talvez já esteja até gravado, que não serão covers”, afirmou Forge.

O cantor ainda falou sobre a vontade de gravar algum show e lançar em vídeo. Isso deve acontecer “se a produção de shows ao vivo chegar onde eu quero” e “se fizermos alguns shows em um lugar onde o público é muito, muito vívido”.

“Nós precisamos lotar os shows. Há alguns lugares do mundo onde a plateia é super calma, eles aplaudem e balançam a cabeça enquanto tomam algum drink. Em outros, Buenos Aires por exemplo, eles pulam e praticamente destroem o lugar. Isso é muito mais legal do ponto de vista estético. Dependendo de tudo isso, uma gravação de um show está na minha lista.

O Ghost está atualmente em uma turnê pelos Estados Unidos. O ultimo álbum, Prequelle, foi lançado em junho de 2018.

MEGADETH: DAVE MUSTAINE REVELA TRECHO DE MÚSICA NOVA



O vídeo divulgado pelo vocalista do Megadeth faz parte de uma sessão de escrita do novo disco

Dave Mustaine do Megadeth compartilhou um pequeno vídeo do baterista Dirk Verbeurentrabalhando em nova música. A faixa deve fazer parte do 16º álbum do grupo.

No post do Twitter, Mustaine escreveu a seguinte frase: “O Gato de Cheshire está sorrindo! Aproveitem um pequeno teaser. #album16”. As sessões estão sendo coproduzidas por Chris Rakestraw, que previamente trabalhou em Dystopia, o disco de 2016.

Em entrevistas passadas, Mustaine foi perguntado se veremos novas músicas do Megadeth em 2019. Ele respondeu: “Absolutamente. Com certeza. Um novo disco, eu diria que as chances são de 95%. No mínimo uma música nova, eu diria que 100% de chances. Sem dúvidas.”

O próximo disco do Megadeth será o primeiro com Verbeuren na bateria, que se juntou à banda dois anos atrás.

https://twitter.com/DaveMustaine?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1059587923740364801&ref_url=http%3A%2F%2Fwww.wikimetal.com.br%2Fmegadeth-revela-trecho-de-musica-nova%2F

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Megadeth: Youthanasia completa hoje 24 anos





Hoje, 1º de novembro, é uma data bem especial. Além de fazer um ano de um show pra lá de especial que o MEGADETH fez na cidade do Rio de Janeiro divulgando o mais recente álbum da banda, “Dystopia“. Este redator que vos escreve estava lá e era uma oportunidade única, uma vez que em 2016, a banda foi “recomendada” a não tocar na cidade maravilhosa, já que a tour brasileira na ocasião era concomitante com os Jogos Olímpicos realizados por aqui. Mas a verdadeira razão desta matéria é que “Youthanasia“, o sexto álbum da carreira da banda era lançado. E já tem bastante tempo…

Falar sobre este álbum me traz emoções pessoais e como faço com alguns deles, fica impossível não compartilhar isso com o caro leitor. “Youthanasia” foi o primeiro disco do MEGADETH que eu escutei. Isso se deu no ano de 1997, eu era estudante do último ano do ensino fundamental e ganhei este disco de um amigo que resolveu presentear “o amigo roqueiro”. Eu tinha um preconceito enorme com a banda de Dave Mustaine e falava que odiava a banda, sem ao menos escutar. Coisas de adolescente.

O MEGADETH hoje certamente está no meu “The Big Four“, caso eu resolva criar uma lista com as quatro bandas que eu mais gosto, então quem me conhece, até estranha o fato de em meados dos anos 90 eu não ter tido muito apreço pela banda. Mas felizmente, o “Youthanasia” mudou esse panorama.

O curioso é que este não é um disco necessariamente Thrash Metal, que consagrou a banda nos quatro cantos do globo, mas ele certamente conta com alguns dos riffs mais pesados já compostos por Dave Mustaine. E sim, “Youthanasia” é um excelente disco. Não tão comercial quanto o antecessor “Countdown to Extinction” e nem tão rápido quanto “Rust in Peace“.

Com produção de Max Norman e Dave Mustaine, era o segundo dos três álbuns que a dupla produziria. Gravado no “Phase Four Studios“, em Phoenix. A capa é em minha opinião a mais genial já criada. Mostra um varal que parece não ter fim e nele bebês dependurados de cabeça para baixo. E o título é uma sacada sensacional, onde há uma junção dos nomes “Youth” com “Euthanasia“. E Dave Mustaine explicou que pensou neste nome após ouvir falar de um médico chamado Jack Kervokian (conhecido médico por lutar pelo direito ao suicídio coletivo) e também o declínio do bem-estar dos jovens, a relação com drogas, violência e a falta da figura paterna.

Era o terceiro álbum da banda com a formação clássica, que ainda gravaria mais dois álbuns futuramente e aqui o quarteto tinha um desafio enorme pela frente: fazer um álbum tão bom e que superasse comercialmente “Countdown to Extinction“, lançado dois anos antes.

Assim como no álbum Chaos A.D. do SEPULTURA, o qual eu falei recentemente aqui, eu também estranhei “Youthanasia”quando eu o escutei pela primeira vez. Mas a diferença é que na época em que tive acesso a este disco, eu já começava a me familiarizar com o Heavy Metal, então algumas músicas já ficaram na minha cabeça logo de cara.

E assim foi com as quatro primeiras músicas: “Reckoning Day” é pesada demais, um riff de guitarra que não é dos mais complexos, mas simplesmente maravilhoso. E a letra, Mustaine deveria estar com muita sede de vingança quando a escreveu.

“Train of Consequences” é outra bem pesada, com riffs bem mais intrincados e mais voltada para o Hard, onde Dave Mustaineflerta com melodias vocais, coisa que ele já havia tentado fazer e com sucesso, no álbum anterior. O solo desta música é maravilhoso



Addicted to Chaos” é uma música mais densa, igualmente pesada, sombria, mas bem melódica no seu refrão. Outra música que me impressionou.

“A Tout Le Monde” foi a última das quatro músicas que me chamaram atenção na primeira audição. Também pudera, é a música de maior sucesso da banda, obrigatória nas apresentações. A letra, bem depressiva foi composta após uma tentativa de suicídio de Dave Mustaine.

Depois, começa a sequência que me conquistou com o tempo: “Elysian Fields” tem uma levada bem Hard Rock, sem abandonar o peso das guitarras, muito boa!

“The Killing Road” é uma música com um andamento um pouco mais rápido, a mais Metal das faixas deste disco, mas atenção: aqui, rapidez nunca poderá ser comparado ao que foi mostrado ao mundo nos álbuns de “Rust in Peace” para trás. A música é muito boa e com um refrão que gruda na sua mente.

“Blood of Heroes” é uma música mais densa, mas o timbre das guitarras segue o mesmo, agradando o ouvinte que preza pelo peso. Detalhe: uma das coisas que pessoalmente me chamam atenção em uma banda é o timbre da guitarra, um som limpo e isso o MEGADETH dá de sobra.

“Family Tree” é uma faixa onde a banda explora mais a melodia. Aqui tudo é certinho.

Chega a faixa título e essa é outra que se destaca pela complexidade da composição e os riffs bem intrincados. Para mim, certamente essa música figura entre as melhores de toda a carreira da banda.

“I Thought I Knew it All” é mais uma na linha Hard Rock, onde as guitarras não abandonam o peso e melodia. E a cozinha também faz um excelente trabalho.

“Black Curtains” começa com um riff bem pesado e a bateria de Nick Menza anunciando que o fim do disco está próximo. Uma música bem densa e pesada, como se mostra o álbum. Muito boa!

E o final não poderia ser melhor: “Victory” é uma música incrível, em que Mustaine faz meio que uma retrospectiva da banda, e encaixando na história, os títulos das músicas de álbuns passados.

É um álbum um tanto quanto subestimado por alguns fãs, mas ele tem o seu valor. Não foi comercialmente tão bem sucedido quanto o seu antecessor, mas é querido por este redator e tenho certeza, por muitos que estão lendo estas linhas. É um álbum que você precisa escutar muitas vezes para compreendê-lo. E depois você vai escutar mais vezes por ter se apaixonado por ele, como eu.

Em 2014, a banda realizou uma turnê em que este álbum fora executado na íntegra, em comemoração aos 20 anos de seu lançamento. O Brasil foi agraciado com um show na cidade de São Paulo.

E celebraremos mais um ano de vida deste álbum.

Formação:

Dave Mustaine – Vocal/Guitarra

Dave Ellefson – Baixo

Marty Friedman – Guitarra

Nick Menza – Bateria




Tracklisting:

01 – Reckoning Day

02 – Train of Consequences

03 – Addicted to Chaos

04 – A Tout Le Monde

05 – Elysian Fields

06 – The Killing Road

07 – Blood of Heroes

08 – Family Tree

09 – Youthanasia

10 – I Thought I Knew it All

11 – Black Curtains

12 – Victory