quinta-feira, 20 de julho de 2023

Tsjuder – “Helvegr” (2023)








Sendo uma das bandas responsáveis por manter acesa a chama do Black Metal dos anos 90 nos dias atuais, o Tsjuder chega ao seu sexto álbum de estúdio “Helvegr”, lançado via Season of Mist, com o status de lenda dentro do gênero e com um dos discos mais agressivos e intensos do ano. Foram oito anos de espera, mas o resultado agradou todos os fãs da banda.

Começando de forma impressionante com “Iron Beast”, a banda entrega riffs de motosserra, uma bateria frenética e um baixo extremamente pesado, criando uma parede caótica do mais puro Black Metal, atacando o ouvinte de imediato.

“Prestehammeren” tem um tom mais épico, com acordes mais estruturados e uma bateria intrincada, somando os rosnados selvagens de Nag, a faixa tem uma energia pesada de Heavy Metal que a torna algo bombástico.

“Surtr” tem um ritmo mais misterioso e com camadas no início, criando uma atmosfera sombria, mas que rapidamente dá lugar a uma sessão de agressão pura, sendo bem variada e que incorpora mais elementos musicais do que alguns álbuns inteiros.

“Gamle-Erik” é uma faixa doentia e desequilibrada, misturando guitarras rápidas e cortantes, mais uma pancada do baixo e uma bateria cheia de blast beats para deixar qualquer fã de metal extremo extasiado, além de mais uma aula de vocal com Nag que comanda tudo com seus urros sinistros, tornando a faixa algo rápido, porém memorável.

“Chaos Fiend” adota uma fórmula semelhante, com uma levada mais punk e guitarras ásperas, combinadas com urros sujos que formam uma parede densa e visceral de som. Dentro de todo esse caos vale a pena destacar a bateria de Jon “The Charn” Rice, que faz um trabalho incrível por trás do kit, e quem já teve a oportunidade de vê-lo ao vivo sabe que o músico é um dos melhores dentro do gênero.

O Tsjuder já construiu um legado onde seus álbuns já são lançados como clássicos instantâneos, e “Helvegr” já está entre os melhores de sua discografia, com a mesma pegada furiosa e sombria de “Kill For Satan” e “Desert Northern Hell”.

Este álbum mostra que a banda segue vibrante e revigorada, sem perder a mesma chama criativa dos primeiros anos do Black Metal, coisa que muitas outras bandas não possuem mais. Com esse novo disco eles provam que são uma força relevante e influente nos dias de hoje, e que seu som ainda ficará por muitos anos em nossas cabeças. Recomendado!

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