sábado, 9 de outubro de 2021

Epica Sensorium”.






Mais uma canção bastante filosófica da banda Epica, e hoje vamos falar de “Sensorium”.


A canção está no disco The Phantom Agony lançado em 2003 e fala sobre o acaso, se ele existe ou não, e sobre como podemos ter nosso próprio livre arbítrio.

Mark Jensen, fundador e principal compositor da banda, falou sobre a música: “Somos responsáveis ​​por nossos atos, embora nada aconteça por acaso. Ela trata da exploração de partes menores na ciência, em vez de ter uma visão geral total”.

As partes menores na ciência que ele cita, muito provavelmente são referências do conceito da sincronicidade, desenvolvido pelo criador da psicologia analítica, Carl Jung.

A sincronicidade se define por acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado.

É diferente da coincidência, pois não implica somente aleatoriedade das circunstâncias, e é também referida por Jung de “coincidência significativa”.

“O acaso não existe, mas o caminho da vida não é totalmente assim tão predestinado […]
Caminhos da existência para descobrirmos por que estamos aqui
Ser consciente é um tormento
Quanto mais aprendemos, menos entendemos”

A música de cara já dá a mensagem que Mark Jensen quis passar, onde ele diz que não acredita no acaso.

E então eles falam sobre o tormento que é ser consciente, e que quanto mais aprendemos, menos entendemos.

O que é uma verdade, isso é principalmente muito verdadeiro para a ciência, pois vivemos procurando por respostas, e a cada nova resposta, obtemos mais e mais perguntas.

“Ninguém examina a tudo, o foco está em coisas tão pequenas
Mas o objetivo da vida é fazer com que isso seja significativo
Procurando apenas por isto, isso que não existe
Embora nossa habilidade de relativizar permaneça incerta”

As coisas pequenas onde estão o foco, hoje em dia e muito pelas temáticas da banda, poderia ser a física quântica, mas de acordo com o conceito dessa música em específico não. Provavelmente são nos pequenos momentos da vida.

E isso que “não existe”, pode ser de fato o acaso, e essa habilidade de relativizar é realmente um dom do ser humano, que consegue relativizar qualquer coisa ou situação para que se adeque à sua maneira de pensar.

“Eu não tenho medo de morrer! Eu tenho medo de estar vivo sem saber disso”

Mas afinal, qual o sentido da vida? Para Sócrates o sentido da vida consistia em alcançar a verdadeira felicidade.

Na prática filosófica do estoicismo, o sentido da vida, é viver livre de emoções, desejos e paixões.

“Nosso futuro já foi escrito por nós sozinhos
Mas nós não captamos o sentido do nosso curso de vida programado”

Aqui podemos entender que realmente temos um futuro destinado, porém, ainda não conseguimos entender seu significado..


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