segunda-feira, 6 de novembro de 2023
Måneskin sai da paixão e começa romance sério com São Paulo em show esgotado
Måneskin ainda é tudo aquilo que nos lembrávamos desde a estreia explosiva no Brasil no último ano (e muito mais), como mostrou o show esgotado em São Paulo na última sexta-feira, 04. E ainda que a apresentação tenha deixado evidente que a banda precisa deixar sucessos virais de lado, a irreverência e domínio dos italianos sobre o público apaixonado ainda são as memórias que ficam de mais uma apresentação de alto nível.
É impossível não comparar os shows de 2023 ao primeiro contato da banda com o público daqui, frequentemente citado pelo Måneskin como uma das experiências mais marcantes para na estrada até então. A banda retornou ao Brasil nesta semana para dois shows esgotados que repetiram o roteiro do ano anterior: primeiro, desembarcaram no Rio de Janeiro, desta vez em proporção bem menor no Qualistage, e depois seguiram para o Espaço Unimed, em São Paulo, mesma casa que os recebeu na estreia. Com duas apresentações tão próximas, o amadurecimento do grupo fica explícito em diversos aspectos.
Agora mais seguros do próprio poder no palco, o quarteto se despiu da selvageria depravada de quem estava em turnê mundial pela primeira vez, mas ainda brilha com a certeza da entrega de um bom show com doses certeiras de sensualidade irônica. Antes deslumbrado com a gritaria ensurdecedora dos fãs, o Måneskin de hoje sabe o que esperar e cobra do público uma participação a altura. Sabe quando uma relação passa da paixão para o relacionamento sério, onde as partes já se conhecem melhor? É justamente esse o caso.
E a entrega dos fãs começou a noite em coros ensurdecedores com a sequência das novas “Don’t Wanna Sleep” e “Gossip”, partes do álbum Rush, muito bem recebido em todo o show. A apresentação já mostrou desde que o destaque seria do novo disco, mas com espaço para faixas favoritas dos fãs, com “Zitti e Buoni” e “Coraline” intercaladas por “Honey (Are You Coming?)” e “Supermodel”.
Quando o hit viral “Beggin'” chegou, o próprio vocalista Damiano David confessou certo cansaço da versão que os revelou a nível mundial. Apesar de ainda ser um momento inevitável nos shows do Måneskin, se torna evidente de imediato que a banda já pode deixar essa canção de lado, uma vez que o público abraçou tão bem a discografia autoral dos italianos.
Esse sentimento voltaria com o sucesso “I Wanna Be Your Slave”: inexplicavelmente, a música é performada duas vezes no show, no segundo ato e para fechar a noite. Quando se tem três álbuns e fãs clamando por músicas deixadas de fora do setlist, como no caso de “Baby Said”, apresentada de improviso e sem paixão, não há justificativa para repetir uma faixa. Por melhor que essa música seja, duas vezes foi demais e tirou espaço de faixas muito queridas no show.
Mas nenhum desses detalhes conseguiu diminuir a potência da apresentação como mais uma noite inesquecível do Måneskin em São Paulo. A sequência caótica de “For Your Love” e “Gasoline” mostrou toda a dedicação rock n’ roll da banda, que não economizou tempo nos solos de guitarra, baixo e bateria, como deve ser.
Em um dos momentos mais intimistas do show, Damiano e o guitarrista Thomas Raggi fizeram um set acústico em um palco menor, montado no pista comum do Espaço Unimed. Depois de atender pedidos do público brasileiro com “Vent’Anni” e apresentaram um cover de “Exagerado”, do Cazuza, apesar do cantor confessar que possui um repertório mínimo de português. Nesse momento, a faixa etária predominantemente jovem do público se fez perceber pelo número de pessoas que não acompanharam o refrão do clássico nacional, como se simplesmente não soubessem a letra.
O toque físico continua sendo uma das linguagens do amor do Måneskin com os seguidores apaixonados. A baixista Victoria de Angelis desceu para a plateia em um momento, Raggi se jogou em outro e mais de uma dezena de fãs foram ao palco para “Kool Kids” na reta final da apresentação, cantando próximo aos ídolos com intimidade de amigos.
E no fechamento do show, “The Loniest” provou ser um dos grandes acertos do mais recente álbum do Måneskin . Se não por originalidade, sendo uma balada hard rock mais convencional, a música foi um momento de lágrimas e casais dançando abraçados na pista, algo que o repertório da banda não tinha até então.
Show de carisma e talento, o retorno do Måneskin à capital paulista mostrou amadurecimento sem perda de atitude e deixou a curiosidade ara saber em quais circunstâncias a banda voltará ao país no futuro. Maiores, mais fortes ou complemente diferentes? Seja como for, o Brasil é um amante ansioso pela descoberta.
Bruce Dickinson anuncia novo single “Afterglow of Ragnarok”
Bruce Dickinson. Créditos: Reprodução/Facebook
Bruce Dickinson anunciou o novo single “Afterglow of Ragnarok”, que faz parte do álbum solo The Mandrake Project.
Ao falar sobre a escolha de música, Dickinson comentou: “Foi importante definir o tom do projeto com essa faixa. Condizente com o título, é uma música pesada e há um grande riff conduzindo-a… mas também há um verdadeiro melodia no refrão que mostra a luz e a sombra que o resto do álbum traz… e espere até ver o vídeo!”
O cantor também irá lançar uma história em quadrinho que, segundo uma declaração divulgada à imprensa, é “uma história sombria e adulta de poder, abuso e luta por identidade, ambientada contra o pano de fundo do gênio científico e oculto.”
A HQ foi criada por Bruce Dickinson, roteirizado por Tony Lee e ilustrada por Staz Johnson para a Z2 Comics. A série apresenta 12 episódios que se reúnem em três histórias em quadrinhos e serão lançados em 2024.
Mais detalhes sobre o The Mandrake Project serão revelados na abertura da CCXP23, evento brasileiro da Comic-Con que acontece em São Paulo onde Dickinson será palestrante.
O músico anunciou também uma turnê mundial que passará pelas terras brasileiras entre abril e maio. Ao todo são 7 cidades anunciadas até o momento, sendo elas Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e São Paulo. Saiba mais aqui.
The Mandrake Project é o sétimo álbum solo de Bruce Dickinson e também o primeiro em 19 anos. O disco foi produzido em conjunto com o produtor e colaborador musical de Bruce de longa data, Roy Z.“Roy Z e eu planejamos, escrevemos e gravamos há anos, e estou muito animado para que as pessoas finalmente ouçam”, comenta Dickinson em comunicado para a imprensa.
“Estou ainda mais animado com a perspectiva de cair na estrada com essa banda incrível que montamos, para poder dar vida a este projeto. Estamos planejando fazer o máximo de shows que pudermos, em tantos lugares quanto possível, para o máximo de pessoas que conseguirmos atingir! The Mandrake Project realmente é…. Bem, tudo será revelado em breve!”
sábado, 4 de novembro de 2023
Protótipo de guitarra signature de Steve Vai irá a leilão; lance inicial é de 2500 dólares
Protótipo de guitarra signature de Steve Vai irá a leilão; lance inicial é de 2500 dólares
Instrumento feito pela Hamer em meados dos anos 80 apresenta características do que se tornou a Ibanez JEM
Um protótipo de uma guitarra signature de Steve Vai irá a leilão. O instrumento é da marca Hamer e foi desenvolvido por volta de 1985-1986 como uma versão inicial do que viria a resultar na icônica Ibanez JEM, que leva a assinatura de Vai, embora a ideia completa ainda não estivesse totalmente desenvolvida.
A guitarra vem acompanhada de uma carta de autenticidade assinada pelo próprio Steve Vai e uma fotografia dele segurando o instrumento. O corpo da guitarra possui um adesivo da Virgin Merchandising e outro com um crânio e a inscrição DD Ghosts Vision. Além disso, ela vem com um case de couro da Ibanez, forrado com tecido cor-de-rosa.
| Leia mais: Steve Vai explica como criou a técnica de joint shifting: “Dentro de uma limitação, há infinitas possibilidades”
Um aspecto interessante é que essa mesma guitarra foi leiloada no início deste ano. Na primeira vez, o lance inicial foi de U$S 20 mil e esperava-se que fosse arrematada por algo entre U$S 40 mil e U$S 60 mil. Agora, a expectativa é que a guitarra seja vendida por algo entre U$S 10 mil e U$S 20 mil, e o lance inicial é de U$S 2.500,00 (aproximadamente R$ 12.500,00).
Quanto à criação de uma guitarra com características próprias e exclusivas, Steve Vai disse à revista Guitarist que, na época em que trabalhava com Frank Zappa, o via mexer e fazer adaptações em seus instrumentos.
Isso o encorajou a ir pelo mesmo caminho. Steve Vai relembra que gostava das Stratocaster, mas que elas não tinham o som que buscava. No entanto, preferia a sonoridade das Les Paul, mas às achava desconfortáveis de tocar.
Se você é fã de Steve Vai e quer participar do leilão, basta acessar esse link.
Gus G. relembra o pior show da carreira: “Fui atacado por um morcego”
Foto de Gus G. via Facebook
Em nova entrevista, Gus G. foi convidado a relembrar o pior show de sua trajetória musical, em que foi simplesmente atacado por um morcego durante a performance.
“Em 2007, tocamos em um festival localizado perto de um lago. Fui atacado por um morcego no palco. Essa coisa voou em minha direção muito rápido. E era um grande, grande morcego”, contou o guitarrista grego durante o podcast That Metal Interview.
“E, de repente, o morcego simplesmente se prendeu à minha camiseta. Senti como se ele estivesse me mordendo ou prendendo suas garras em mim. Acho que o bicho era realmente um morcego, porque era enorme.”
| Leia também: Gus G. explica por que a banda Firewind não se tornou maior
Salvo pelo técnico de guitarra
Gus G. explicou que a banda não parou de tocar. “Eu também continuei tocando, mas estava em pânico. Comecei a gritar, fui para a lateral do palco e berrei para meu técnico: ‘Cara, tire essa coisa de mim!’. Ele começou a me bater na camiseta, e o morcego voou para longe.”
Curiosamente, o músico acabou se juntando à banda de Ozzy Osbourne menos de dois anos depois. O lendário vocalista de rock é também conhecido como O Príncipe das Trevas, cujo currículo inclui morder morcegos durante apresentações ao vivo.
Sobre o marcante trabalho, Gus G. afirmou em outra entrevista realizada há poucos meses: “Ser guitarrista na banda de Ozzy sempre foi como o ‘Santo Graal’ do heavy metal. Subir no palco com ele, mesmo que por alguns shows, tem o poder de transformar qualquer um.”
Ele finalizou: “Muitas coisas grandes estavam acontecendo ao mesmo tempo. Era meio difícil digerir e processar tudo naquela época. Eu ainda era muito, muito jovem. Porém, fiz o melhor que pude e aproveitei meu tempo com Ozzy.”
FEATURESGRUNGEHARD ROCKHEAVY MUSIC HISTORY
As with all emergent scenes, labelling bands with comparisons to who and what came before them is a superfluous task that only serves to categorise a sound that will inevitably speak for itself in due course. The term ‘grunge’ wasn’t as well-defined during the late 80s, and it’s only with the gift of hindsight that it’s easier to encapsulate the sound and the surrounding culture that was coming out of Seattle. Speaking to Phil Alexander of Raw Magazine in 1989, guitarist Kim Thayil described SOUNDGARDEN’s output at the time as a “heavy muddle”, and that lack of definition is something that was apparent when it came to the critics of the time. Somewhat undue comparisons to LED ZEPPELIN and BLACK SABBATH were skirted across their bow in these early days, bands that have and will continue to influence thousands of musicians, but the exact energy of this sound would soon evolve into its own thing entirely as the band grew into one of the premier rock bands of the 90s and beyond.
Though the genre was still in its nascency at the point where SOUNDGARDEN’s Ultramega OK was released on Halloween of 1988, many of the key players in grunge were active by this time. NIRVANA’s debut single Love Buzz would be released the month following, and Layne Staley had already crossed paths with Jerry Cantrell to form what would soon become ALICE IN CHAINS. However, SOUNDGARDEN were among the first in the scene to record a full-length LP – albeit one that they themselves consider to be a step away from their original mission statement. At this time, the band were batting away major label attention after departing from Sub Pop Records, a Seattle-based independent record label that was gathering major momentum in the Seattle scene towards the end of the 80s, but at the time of their departure the record label couldn’t offer what the Seattle four-piece believed they needed.
The result of this departure was their decision to sign with SST Records based in Long Beach, California. Speaking to Kerrang! in August 1995, frontman Chris Cornell stated “I think we made a huge mistake with Ultramega OK, because we left our home surroundings and people we’d been involved with and used this producer [DREW CANULETTE] that really did affect our album in a kind of negative way.” Cornell had previously attributed this disappointment with the sound they achieved on the record to be down to their move away from Seattle to record, telling Raw Magazine, “Production-wise we left Seattle and it showed. It wasn’t exactly what we were after.”
This feeling of disappointment followed the band for years, and in March 2017 Cornell spoke to Adam Tepedelen of Decibel about the production of the album. “That was the single-most exasperating and terrifying moment of my career as it pertains to Soundgarden. Because it was a crucial moment for us to not get this wrong. We had offers from virtually every major label worldwide and we couldn’t really afford to screw that up. And yet it seemed to me to be screwed up.”
Although their style was established by the point they moved to the west coast for this album’s production, METALLICA were continuing to make noise further up the coast in San Francisco as the Bay Area thrash scene continued to develop. On the outskirts of Los Angeles, bands like KYUSS and YAWNING MAN were beginning to host their infamous “Generator Parties” that would eventually develop into the Palm Desert scene and give birth to the wave of desert-rock that continued to gain popularity in the 90’s. While Cornell and company felt that this move detracted from their Seattle-based sound, influence from contemporaries in the Bay Area and Palm Desert scenes can undoubtedly be heard in SOUNDGARDEN’s early sound. Their cover of HOWLIN’ WOLF’s Smokestack Lighting would easily have found a place at one of the aforementioned’s “generator parties”. It’s a track which conjures the imagery of the desert scene, blaring from the speakers on a rusted-out converted Dodge van driving across the rough desert terrain towards these infamous late-night gatherings.
METALLICA have been forthcoming in stating the influence that they gathered from SOUNDGARDEN, with guitarist Kirk Hammett coming up with the massive career-defining riff from Enter Sandman after staying up late one night listening to SOUNDGARDEN’s subsequent release Louder Than Love. The idea the influence went both ways can be heard on tracks from Ultramega OK like Head Injury, which shares the tempo and power that fuelled the thrash scene (a track that would later be covered by METALLICA at the Chris Cornell memorial show I Am The Highway in January 2019). The melancholic droll of Cornell’s vocals in the opening bars of Beyond The Wheel conjure Tom Araya’s haunting vocals on Dead Skin Mask before delving into the high-pitched shrieks that became a trademark of Cornell’s vocals.
Although exact chart positions and sales are not readily available for this album at the time of original release, Cornell and the rest of the band were ultimately unhappy with the result, believing that the production issues hampered their growth at the time. That being said, the album was nominated at the 32nd Grammy Awards for Best Metal Performance, alongside FAITH NO MORE’s The Real Thing, and eventually lost out to METALLICA’s One from And Justice For All. Ultramega OK provided a solid platform from which SOUNDGARDEN would launch themselves with subsequent releases as grunge began to peak in the early 90s.
In March 2017, a mere two months prior to the passing of Chris Cornell, the band returned to their roots with Sub Pop Records and remixed the album using the original tapes and enlisting famed grunge engineer Jack Endino (who had previously acted as the producer on their Screaming Life EP from 1987) to assist them in returning the album to their earlier sound for the 2017 reissue. Included in this re-release was the lost recordings of the Ultramega EP – a series of early versions of tracks from the album that provide a stiff injection of the raw power that SOUNDGARDEN would use as their model for their original career run throughout the late 80s and well into the 90s.
Ultramega OK was originally released on October 31st 1988 via SST Records.
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Angra ‘Cycles of Pain’ resenha
Angra lançou nesta sexta-feira, 03, o aguardado décimo álbum de estúdio. Chamado Cycles of Pain, o disco explora o conceito das várias facetas da dor humana em uma viagem épica e cinematográfica que encanta para além da técnica ou arranjos grandiosos, mas pela nota tão humana de emoção costurada nas músicas.
Ao longo das 11 músicas do álbum, o Angra mostra o motivo pelo qual o empresário Paulo Baron acredita que esse é um dos melhores (se não o melhor) momento da banda brasileira, especialmente se pensarmos na fase com o vocalista Fabio Lione, que chega agora ao terceiro disco, sucessor de Secret Garden (2014) e Ømni (2018).
Em Cycles of Pain, a formação presente do Angra entrega um trabalho robusto e tocante dentro do fio condutor lírico e sonoro, com equilíbrio entre o DNA já conhecido da banda e novas possibilidades. Do começo acelerado com a sequência de “Ride Inyo The Storm”, “Dead Man on Display” e as ótimas partes 1 e 2 de “Tide of Changes”, o disco traz a brasilidade e ousadia características do Angra na incrível “Vida Seca”, parceria com Lenine, cuja transição orgânica entre estilos foi talhada à perfeição.
Depois da questionadora “Gods of The World”, o álbum desacelera com beleza e encanto na belíssima “Cycles of Pain”, um dos pontos altos do novo disco do Angra. A nova face da atmosfera intensa e nublada do álbum tem ainda “Faithless Sanctuary” e “Here In The Now”, outro destaque desde a primeira audição, antes de acelerar freneticamente “Generation Warriors”.
Para o fechamento da jornada, a banda optou por um caminho mais teatral ao se inspirar em O Fantasma da Ópera para a dramática “Tears of Blood”, uma narrativa de culpa e dor por parte de um feminicida atormentado pelo fantasma da vítima.
HEXENHAMMER – HYBERACULA
40 minutes of metal, ambient insanity. Celebrating 40 years, cult metallers HexenHammer have delivered their second full-length – the weird, ambitious, and maddening Hyberacula. Divided into four parts, Hyberacula is “a curious tale involving the very real practice of cryogenics... the habitat of Limbo inside a box of quantum time...the relentless patience of Ol' Mr. Death come to call... and the prophetic spectacle of Mankind's latest version of sanity....”
That’s an intriguing concept and HexenHammer does it their own way – hell there isn’t a single chorus to be found! It’s vastly atmospheric with the “metalized” parts coming in and out the picture at various moments. Hyberacula swims in this sci-fi/horror environment that reminds of those radio programs from the ‘40s/’50s like Suspense or The Whistler and fits well with the Halloween season.
The vocals can barely qualify as singing as it is mostly this muffled spoken word passages of the characters and the descent into madness with his shallow existence and also oratory and lecturing, describing the dystopian world of Cydonia (“Part Three”) – similar to Libria from the Christian Bale movie Equilibrium.
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