sábado, 24 de junho de 2023

Discografias Comentadas: Destruction





Formados na cidade de Weil Am Rheim na Alemanha (na época a Ocidental), bem na tríplice fronteira com a França e a Suíça, o Destruction vem ao longo de 4 décadas fazendo um thrash metal (exceto por alguns anos na década de 90) consistente e nos brindando com músicas pesadas, blasfemas e de temática violenta. Inicialmente chamados como Knight of Demon e tendo Ulf Kühne (vocais), Mike Sifringer (guitarra), Marcel “Schmier” Schirmer (baixo) e Tommy Sandmann (bateria), começaram inicialmente tocando um heavy metal mais tradicional ao estilo da NWOBHM. Todavia, logo em seguida desistiram e partiram para um som mais cru e bruto ao estilo Venom, sua maior influência embora não tivessem partido para os caminhos do que se tornaria o black metal.





Tudo começou com Mike e Tommy, que eram já amigos de adolescência em Weil Am Rheim. Tommy tocava bateria mas estava parado e Sifringer já tocava guitarra fazendo algumas jams com uns amigos locais. Até que um dia convidaram Kühne para tocar com eles. Este deu uns berros e o Knight of Demon foi criado. Mas faltava um baixista.

Um dia, os três estavam bebendo em um clube local e viram um cara desconhecido deles usando roupas de heavy metal. Foram atrás dele, começaram a conversar e ficaram amigos. Umas semanas depois o convidaram para se juntar à banda como baixista. Ele aceitou. E esse baixista é o Schmier.



Continuaram a ensaiar mas eles não gostavam do nome Knight of Demon. Continuaram a pesquisar nomes até que o baterista Tommy veio com a ideia de se chamarem Destruction. A banda aprovou na hora.

Pouco antes de gravarem sua primeira demo, Kühne foi expulso da banda devido a um conflito por causa de uma garota com Mike Sifringer. O fato dele preferir que a banda fizesse um som mais ao estilo Twisted Sister também não ajudou. Em forma de trio e com Schmier também assumindo os vocais, e já sob o nome Destruction, eles lançam uma demo em cassete chamada Bestial Invasion of Hell [1984] e com a gravadora alemã Steamhammer gostando do material dos caras, eles lançariam ainda no final de 1984 um EP chamado Sentence of Death. Com boas vendas e recepção do público e dos zines, em poucos meses já emendariam seu primeiro disco de estúdio iniciando sua trajetória pelos palcos mundiais; uma história parecida com a dos contemporâneos do Kreator e do Sodom. Estes são até hoje considerados como a “Tríade do Thrash Alemão”. Veremos então a primeira parte da longa discografia dos germânicos.

Infernal Overkill [1985]

Aproveitando algumas faixas retrabalhadas de sua demo e mais algumas composições novas, temos as 8 músicas de seu primeiro trabalho de estúdio. Schmier faz aquele vocal de thrash meio agudo e esganiçado, bem típico de outras bandas similares dos anos 80. Apesar de um som veloz e cru, aquela típica produção meio pobre que para a galera desse estilo dá até um charme a mais, vejo que as músicas eram muito boas mas que tinham potencial para muito mais. Eu até perdoo geralmente essas gravações oitentistas pobres, mas aqui eu acredito que elas interferiram no resultado final. O baixo é quase inaudível e os pratos da bateria possuem uma mixagem muito ruim. Mas as composições e os riffs são ótimos e canções como “Death Trap”, “The Ritual”, “Tormentor” e “Bestial Invasion” são praticamente hinos da banda. Um disco curto mas que mostrou uma banda com grande potencial e que conseguiu logo no seu disco de estreia fazer uma tour com o Slayer pela Alemanha e indo tocar no festival WWIII no Canadá.

Eternal Devastation [1986]

Voltando do Canadá a banda já se enfiou em estúdio para em pouco tempo lançarem este Eternal Devastation. A banda melhorou muito sua técnica aqui. Esses 12 meses tocando e viajando fizeram um bem danado à banda. O disco é o meu favorito deles e as músicas são uma pedrada atrás da outra. O melhor saco de riffs de Sifringer está aqui. A produção, mesmo ainda tipicamente abafada, melhorou bastante. Até recomendo que ouçam a versão remasterizada deste disco que o melhorou imensamente. E a banda apresenta uma variação maior de suas facetas e influências como a introdução dedilhada de guitarra de “Curse the Gods” para então cair em um thrashzão fodido. Mesmo Tommy, que nunca foi lá um grande baterista, se segura muito bem e consegue uma ótima performance. Schmier manera um pouco mais nos agudos e apresenta um vocal rasgado muito melhor do que no primeiro disco. Todas as faixas são excelentes aqui, mas além de “Curse the Gods”, tenho como preferidas “United by Hatred” um pouco mais cadenciada e que me remeteu à coisas do Iron Maiden e “Confused Mind”, novamente com aquele belo dedilhado de guitarra e baixo em sua intro mostrando que a banda não precisa ficar apenas socando riffs para soar boa e interessante. Claro que isso dura pouco e a velocidade do thrash à la Slayer volta com tudo logo depois contando com riffs e solos muito bons. Discaço do Destruction e um dos melhores álbuns thrash que se ouvirá em sua vida. Deguste sem moderação!

Pouco tempo depois do lançamento de Eternal Devastation, o batera Tommy Sandmann se viu em uma enrascada. Aos 19 anos ele teria que servir 12 meses no exército ou passar 18 meses fazendo serviço comunitário. Schmier e Sifringer conseguiram dispensa do quartel, mas ele não. Tendo que se decidir entre deixar a banda na mão durante todo esse período, questionando a própria carreira futura visto que não acreditava que pudesse tocar em alto nível até os 30-35 anos e sem ainda saber uma profissão que pudesse exercer caso tivesse que parar de tocar bateria, ele optou por deixar a banda. Christian Dudek do Sodom tocou bateria na tour que se seguiu até que a banda recrutasse Oliver Kaiser para o seu lugar. Para o Destruction foi ótimo porque Kaiser é um baterista melhor que Sandmann. E o velho batera resolveu se aposentar da música e se tornou um policial. Mesmo não creditado, Tommy disse que contribuiu como convidado a fazer alguns backing vocals para vários discos da banda. Ele ainda possui boas relações com eles e Schmier volta e meia o visita para assistem shows juntos.

Release from Agony [1987]

Um pouco depois com o lançamento do EP Mad Bucther [1987] (e cuja faixa título se tornou um clássico nos shows da banda) eles também recrutam Harry Wilkens para fazer a segunda guitarra para o disco. Agora como um quarteto, veio este Release from Agony. A banda agora se tornou mais técnica com estes novos membros o que começou a desagradar o rabugento Schmier que era favorável ao “bom e puro thrash metal”. Embora o álbum esteja entre os favoritos dos fãs da banda, ainda tenho preferência maior pelo segundo. As músicas continuam soando bem, o baixo de Schmier finalmente aparece com mais clareza e a banda parece estar mais confiante no próprio taco. Minhas favoritas aqui são a porrada “Dissatisfied Existence” e a última faixa “Survive to Die” que me lembram mais o Destruction do disco anterior. Esta canção tem seus últimos segundos uma ripagem de “In the Mood”, clássico antigo da velha swing music eternizado por Glen Miller. Um ótimo álbum, uma evolução do anterior e que a despeito de eu ainda preferir o segundo, vejo que as composições deste álbum mantém um patamar alto de qualidade no que diz respeito a serem um thrash de qualidade.

Veio a turnê aos quais eles abriram para o Celtic Frost (na bizarra tour do álbum Cold Lake, que Tom Warrior renega até hoje) e começaram os conflitos internos em relação a Schmier e o restante da banda. Iniciaram as gravações para o que seria o próximo disco e segundo Sifringer, Schmier estava sempre desanimado e reclamando das composições (ainda mais técnicas que do álbum anterior). Sem muita conversa, os caras dispensaram o baixista e vocalista e chamaram André Grieder do Poltergeist para o seu lugar. Para os baixos, Mike e Harry dividiram eles junto ao convidado Christian Engler (que entraria para o Destruction como membro oficial somente uns anos depois). O velho Shima fundou então uma nova banda chamada Headhunter e lá esteve durante os anos 90 e até lançou um disco nos anos 2000 quando já havia retornado ao Destruction. Porém, difícil conciliar as duas bandas e o Headhunter está inativo há algum tempo.

Cracked Brain [1990]

Dentro da carreira do Destruction, este é um álbum tremendamente injustiçado. Grieder faz um belo trabalho com seus vocais e as composições continuam no nível Destruction de qualidade. Mas em termos de vendas este ficou muito abaixo dos anteriores e há relatos até mesmo de fãs que boicotavam a banda devido a dispensa do antigo baixista e vocalista. Aliás, devido aos próprios méritos deste disco, é o único trabalho que a banda considera como oficial sem ter Schmier em seus créditos. O disco é uma sequência natural de Release from Agony e faixas como “Time Must End” seguem novamente com uma alta qualidade de riffs por parte de Sifringer e solos por parte de Wilkens. Há até um cover bizarro do sucesso da banda de power pop The Knack, e eles gravaram “My Sharona” que ficou uma mistura a um estilo pop/thrash. Acho que com Schmier na banda, eles nunca poderiam viajar numa dessas.

Grieder apenas quebrou esse galho e logo voltou ao Poltergeist. Harry Wilkens também abandonou o barco para se tornar produtor de vídeo de uma tv suíça. Um tempo depois acabou voltando a tocar e lançou um disco há dois anos com a banda V-HAJD. Para piorar, o Destruction perdeu o contrato com a Steamhammer. Sifringer e Kaiser basicamente pegaram metade da formação do Ephemera’s Party (o chatíssimo vocalista Thomas Rosenmerkel, o baixista Christian Engler e o guitarrista Michael Piranio) e então passaram a se chamar “Neo-Destruction”, como uma sonoridade diferente do thrash de antigamente. Entre 1994 e 1998 lançaram os horrendos EPs Destruction e Them Not Me. Então veio 1998 e…

The Least Successful Human Cannonball [1998]

Sinceramente, nem quero me aprofundar muito nesse aqui. Tente imaginar uma mistura de Korn com Pantera feito por adolescentes espinhentos de 15 anos. Letras terrivelmente mal escritas, uma produção saturada e guitarras repetitivas sairão do som de suas caixas. Sem contar que Thomas Rosenmerkel tenta imitar Phil Anselmo. E com vocais cheios de efeitos ainda por cima. Bem compreensível que a banda renegue este álbum em sua discografia. Nada aqui se salva.

Agora também com Oliver Kaiser pulando fora, restou a Mike Sifringer sozinho reunir os cacos do que era o Destruction. Devido a questões jurídicas, Mike e Schmier tiveram que se reunir para discutirem estas questões. Já rolavam boatos de reunião entre a imprensa e os fãs. Os organizadores de alguns festivais como o do Wacken e With Full Force disseram que a banda poderia tocar nestes eventos caso se reunissem. Ambos botaram o rabinho entre as pernas, ensaiaram, tocaram e foram elogiadíssimos. Não restou outra alternativa senão Schmier retornar de vez.

All Hell Breaks Loose [2000]

Schmier e Sifringer se uniram ao baterista Sven Vormann e o restante da banda foi demitido. Como trio, soltaram em 2000 o lançamento deste ótimo disco. Para ajudar ainda, foi pela gigante Nuclear Blast. Com uma produção já mais modernizada e aos moldes dos anos 2000, a banda retorna em boa forma e exemplos disso já estão na excelente segunda faixa “The Final Curtain”, música que poderia facilmente estar nos dois primeiros discos com seu peso e velocidade. Ao longo do álbum Schmier e companhia não dão descanso e outra porrada de destaque se dá na forma de “World Domination of Pain”, seguida de “X-Treme Measures” que já dá uma cadenciada e se foca em riffs mais lentos e poderosos. Até este momento seu disco mais pesado e furioso e tal sonoridade continuaria nos lançamentos seguidos (com variados graus de sucesso).

Oliver Kaiser hoje é professor de musicologia e toca em uma banda pequena de jazz-fusion (jazz sempre foi uma de suas paixões),

A partir dos anos 2000 até hoje, a banda solta um calhamaço de álbuns com uma diferença de 1 a 3 anos entre cada lançamento. Alguns entre os melhores lançamentos da banda, outros menos inspirados. De qualquer forma, retorno em mais ou menos 20 dias para continuar com a segunda parte da discografia comentada do Destruction.






FROZEN SOUL - GLACIAL DOMINATION




New breed DM A-listers Frozen Soul are back with album number two, following up 2021 debut Crypt Of Ice. And yes, it's all cold, freezing cold, but the sounds love the swamps too, opener “Invisible Tormentor” downright Obituarian with the stomp and pummel, and “Death And Glory” just absolutely nails that tempo and vibe, the band sounding like old seasoned vets.

John Gallagher of Dying Fetus shows up in “Morbid Effigy”, not that you'd really notice, and “Annihilation” is a rare example of a cool instrumental interlude. Not that we're really talking about building atmosphere here: despite the band's cool icy theme, there's basically one sound here, and it's not as cold as I imagined it would end up being.

It's Florida DM through and through, and it's done incredibly well, the slower grooves on cuts like the title track absolutely devastating, the all-important but often neglected vocal hooks prominent in the song “Frozen Soul”, everything here except much of a musical personality (although they're holding hard to the brrrr theme, as hilarious/awesome song title “Best Served Cold” proves).

METALLICA GIVES BACK THROUGHOUT EUROPE ON M72 TOUR VIA ALL WITHIN MY HANDS FOUNDATION; CHARITABLE ORGANIZATIONS REVEALED









Metallica have checked in with the following message for the fans:

"We want to thank all of you who made the kick-off of the M72 tour so memorable! Not only did you share ten awesome nights with us, but you also helped us give back to eight charitable organizations doing critical work.



If you’ve been following along with All Within My Hands, you know we donate a portion of all ticket sales back into the communities visited during each tour stop. In partnership with local promoters, the Foundation has been working diligently to find organizations that align with the AWMH mission and actively put funds to use to better the lives of people in need. Curious where the money has gone while the M72 World Tour made its way through Europe?

Doro anuncia novo álbum e lança primeiro single




DORO anunciou um novo álbum de estúdio intitulado Conqueress – Forever Strong and Proud e lançou o primeiro single do trabalho, “Time For Justice”, que você pode ouvir no fim desta matéria.

Previsto para sair no dia 27 de outubro, Conqueress – Forever Strong and Proud traz 19 faixas inéditas do ícone do heavy metal. O álbum sucede Forever Warriors, Forever United (2018).

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Carcass LIVE







Death metal legends CARCASS are undertaking an intimate run of shows ahead of their appearance at Download Festival, a non-stop two week club tour before capping it off with their festival appearance.




Opening for them are fellow UK metallers CONJURER, whose enthralling blend of death, doom, sludge and more has won them legions of fans and catapulted them to the very fore of the country’s scene. They’ve a truncated set compared to earlier shows now UNTO OTHERS have joined the party but they’re no less brilliant. Opening with the furious Scorn and following it with Choke then Hollow is sheer sonic obliteration, the gradually growing crowd nodding their agreement. As is practically tradition by now, Hollow opens with Dan Nightingale roaring micless, and the set closes with the towering Hadal, whose final breakdown is a close contender for heaviest matter of the universe.

ANGRA É A PRIMEIRA BANDA CONFIRMADA NO ARMAGEDDON METAL FEST 2023

 



Armageddon Metal Fest, um dos festivais de heavy metal mais aguardados do Brasil, acaba de anunciar a lendária banda Angra como atração principal da edição 2023. O fest acontece no sábado do dia 18 de novembro na Bless (rua Monsenhor Gercino, 60) em Joinville (Santa Catarina).


O Angra é uma banda brasileira de power metal formada em 1991, na vanguarda da cena do metal há mais de três décadas. Com combinação única de elementos de metal progressivo, sinfônico e heavy metal tradicional, o Angra cativa distintos públicos ao redor do mundo.

O quinteto atualmente está em turnê que celebra 30 anos de história, com set list recheado de clássicos da extensa e vitoriosa carreira.



O Armageddon Metal Fest promete uma experiência única para os fãs do metal, apresentando uma programação diversificada de bandas nacionais e internacionais, que serão anunciadas em breve





Os ingressos para o evento estão disponíveis para compra on-line na plataforma Bilheto. O setor pista promocional, devido à grande procura, já está no segundo lote, por R$ 180.

Os fãs são incentivados a garantir seus lugares antecipadamente para não perderem a oportunidade de presenciar o festival. O Armageddon Metal Fest 2023 está de volta, para ficar!

Para mais informações, siga o festival no Instagram @armageddonmetalfest.

Serviço
Armageddon Metal Fest 2023 – Desolation Rising
Data: 18 de novembro de 2023 (sábado)
Local: Bless
Endereço: Rua Monsenhor Gercino, 60
Horário: a partir das 15h
Classificação etária: 16 anos

DRAGONHEARTH ENTREVISTA





Um dos mais importantes nomes do power metal nacional está de volta. Durante 25 anos, o Dragonheart lançou álbuns que marcaram história, e o próximo capítulo dessa vitoriosa jornada já tem data marcada para chegar aos fãs: The Dragonheart’s Tale, o quinto registro de estúdio do grupo, será lançado mundialmente em agosto.


Em fase inspirada da carreira, o Dragonheart está prestes a lançar o disco The Dragonheart’s Tale, que marcará o retorno do vocalista e guitarrista Eduardo Marques, a voz dos clássicos Underdark (2000) e Throne of the Alliance (2002). The Dragonheart’s Tale expande o universo dos álbuns clássicos. O trabalho do grupo é indicado para fãs do verdadeiro heavy metal, além de trazer referências de música medieval, renascentista e celta, em uma roupagem arrojada e com muita personalidade. O material também agradará fãs de RPG, games e trilhas sonoras épicas.
O álbum, com 15 faixas (entre músicas, intro e interlúdios) e cerca de 52 minutos de duração, é uma obra de power metal dividida em três atos, que conta uma história cativante que mescla, batalhas, fogo, mágica e piratas. Sobre o single “Dragonheart’s Tale”, a banda comenta: “Essa música foi composta assim que Eduardo Marques voltou para a banda, 19 anos depois. É como um hino e sua letra é uma metáfora. Só quando o grupo está unido é que a banda tem força com seus fãs. Dragonheart é um herói do álbum e é como se ele tivesse renascido e se tornado forte novamente para contar seus feitos. Por isso é a faixa-título. Seria como bardos reunidos em volta de uma fogueira, relembrando o passado e planejando batalhas futuras. Essa música tem pontes perfeitas e refrões para os fãs cantarem junto. Nas partes instrumentais, há muita influência da música clássica. É a música mais melódica do álbum“.



The Dragonheart’s Tale – O álbum

Mixado e masterizado por Fredrik Nordström (Dream Evil, Hammerfall, Opeth, Evergrey, Powerwolf, entre outros), The Dragonheart’s Tale teve a capa criada pelo lendário Andreas Marschall (Blind Guardian, Grave Digger, Running Wild). Entre as participações especiais, há grandes nomes como Henning Basse (ex-Metalium) e Vanessa Rafaelly.O conceito geral do trabalho é continuar uma narrativa fantástica criada pelo grupo e celebrar o legado musical do Dragonheart, com – além do peso e melodia do heavy metal em sua mais pura forma – interlúdios, passagens acústicas de taverna, dublagens e efeitos sonoros, que levarão os ouvintes a um verdadeiro mundo de fantasia.O vocalista e guitarrista Eduardo Marques, que retornou a formação recentemente, explica sobre o trabalho: “Com ‘The Dragonheart’s Tale’ queríamos voltar às nossas raízes originais. Este é um disco épico de power metal com influências medievais, que permite aos nossos fãs desfrutar de histórias de fantasia. São canções que antigos bardos tocavam contando lendas nas tabernas de antigamente“. A atual formação do Dragonheart conta, além de Eduardo Marques, com Marco Caporasso, membro original, nas guitarras e vocais; John Oliver nas guitarras; Thiago Mussi na bateria ; e Marcos Prince no contrabaixo.


CONFIRAM A ENTREVISTA QUE FIZEMOS COM O VOCALISTA E GUITARRISTA QUE VOLTOU DEPOIS DE 19 ANOS A BANDA. EDUARD MARQUES.

1) COMO FOI O INICIO DA BANDA DRAGON HEARTH


O início da banda foi no longínquo 1997 em Curitiba. Éramos um grupo de amigos, fãs de heavy metal e estava acontecendo um fenômeno no estilo. O powermetal estava se transformando no maior deles nesse período. Como sempre fomos fãs de filmes como Conan, Brave Heart, The Gladiator e jogos de RPG como Dungeons & Dragons foi natural formar uma banda que falasse dessa temática. Queríamos que fosse épico como os filmes, livros e jogos que a gente curtia. Então eu e o Marco, que deu o nome pra banda num show que estávamos do Gamma Ray, começamos a compor e descobrimos a voz incrível do Maurício Taborda mais gutural, eu cantando melódico e o Marco Caporasso no estilo Accept em conjunto com os coros épicos. O Marcelo Caporasso, irmão do Marco, era um pouco mais velho e dominava técnica de dois bumbos e era muito viceral e criativo. Ensaiamos dia e noite e compúnhamos direto até acharmos nossa linguagem musical que é nossa assinatura até hoje. Gravamos uma demo chamada Gods of Ice e fomos contratados para lançarmos o primeiro álbum.




2) EU TENHO O ALBUM UNDERDARK E ACHO MUM CLASSICO DO POWER METAL ,COMO FOI GRAVADO ESSE ÁLBUM,NA EPOCA,
E COMO ERA ESSA FORMAÇÃO ´JA QUE MUITOS DIZEM SER A FORMAÇÃO CLASSICA DA BANDA.


Obrigado cara! Quando a gente compôs esse álbum a gente estava desenvolvendo nosso estilo. Então são várias músicas com várias temáticas que depois nós usamos para compor nas nossas músicas sobre piratas, batalhas, magia, heróis , vilões e músicas acústicas de taverna. E se você ouvir as músicas que vieram nos outros álbuns pode perceber que cada tema tem conexões musicais uma canção com a outra dentro da mesma temática. Para gravar esse álbum no Brasil, nessa época, não se tinha conhecimento como produzir esse tipo de som. Nós e o produtor Murilo da Ross tivemos que inventar maneiras para conseguir chegar próximo as bandas de fora. Um exemplo é a bateria. Tinha que se tocar as músicas sem erro nenhum. Não existia edição! Era tudo gravado em rolo e sem computador. Era um trabalho gigante. Sem metrônomo, simuladores de amplificador, sem ajuste de vozes. Tudo valendo. Um trabalho massivo e intenso.
A formação clássica era reflexo de nossas personalidades e relacionamento. Acredito até hoje que uma banda é uma família onde você defende aquela bandeira. O relacionamento de irmandade dentro do grupo sem individualismo é mais de meio caminho andado para dar certo. E cada um era único no que fazia. Isso tornou essa formação muito forte diante dos nossos fãs.






3)Throne of the Alliance (2002) E SEM DUVIDA UM ALBUM EPICO E TRAZ A CAPA ASSINADA POR ANDREAS MARSHAL ,COMO A BANDA
CHEGOU ATE O ARTISTA.


O Andreas é nosso amigo hoje em dia. E sabe que sempre fomos muito profissionais com ele. Ele fazia as capas de nossas bandas favoritas. Nosso empresário foi até a Alemanha na casa dele para contratá-lo. E então nos tornamos a primeira banda da América Latina a ter uma capa com ele. Ele trabalha em cima do conceito das músicas e da estória a ser contada. Ele é mestre nisso e o resultado é uma obra de arte única.


4)A BANDA SOFREU MUDANÇAS AO LONGO DE SUA CARREIRA SE FALANDO EM INTEGRANTES ,O QUE ISSO AJUDOU E ATRASOU O PROCESSO DO
NOVO ALBUM DA BBANDA.


Acredito que numa banda que tem 26 anos de carreira isso é natural. Claro que uma formação estável é ideal. Mas temos nossa linguagem e estilo o que facilita bastante quando entra um novo integrante. É mais no relacionamento pessoal que é importante a adaptação e o músico se sentir realmente parte do grupo, da nossa irmandade e entender que somos uma banda conceitual com um mundo próprio criado ao longo dos anos. Ajuda quando a pessoa entende isso e traz idéias e energia nova. Atrapalha quando o integrante não entende quem somos como banda e pessoas e toda história que temos no heavy metal. Todos os músicos que passaram na banda deram sua contribuição e o que temos hoje é reflexo disso.


5)PORQUE A BANDA TEVE ESSE HIATO DE ALGUNS ANOS .


Tivemos problemas extra banda. Coisas da vida pessoal de cada um. Perda de familiares, cansaço, doenças. Para se manter uma banda em alto nível é necessário uma energia inacreditável, 24 horas todos os dias. Estudo, ensaio, redes sociais, bastidores, business, etc. Eu pessoalmente amo todo o processo. Agora estamos estáveis e prontos novamente para realizar um trabalho digno do nome DragoNHeart. O Marco Prince e o John Oliver são os novos integrantes. Baixo e guitarra respectivamente. Os caras vestiram a camisa e se tornaram parte do grupo rapidamente. Grandes músicos e grandes caras! Trouxeram empolgação, muito trabalho e dedicação. A nova formação é realmente incrível e acredito que cada um colocará a sua marca pessoal na nossa história.


6) A BANDA TEM 25 ANOS DE CARREIRA ,COMO VOCE DEFINE ESSE TEMPO PARA A BANDA QUAIS FORAM SUAS CONQUISTAS COM O DRAGON HEART


Olha, dá para escrever um livro a respeito. Uma coisa que fiquei muito feliz, porque estive 19 anos fora do DragoNHeart e segui vivendo de música, mas não dentro do heavy metal, então eu não tinha noção de que tínhamos feito clássicos. Músicas que são consideradas dentro e fora do Brasil significativas, como a Blacksmith, Dinasty and Destiny, Throne of the Alliance, Silent Sentinel, Arcadia Gates... A banda fez shows enormes, excursionou com bandas que sempre fomos fãs como o Grave Digger, tivemos participação de gigantes do metal nas nossas músicas, trabalhamos com grandes produtores e continuamos a vender muitos álbuns. E agora a nova geração nos descobriu ao redor do mundo e isso tem sido muito gratificante.


7)O QUE ESPERAR DO NOVO ALBUM DA BANDA The Dragonheart’s Tale


Eu esperei 19 anos para fazer esse álbum. Acredito que ele é a nossa melhor versão. Nossa obra prima. Tudo que elaboramos ao longo dos anos está ali. Ele é pensado desde o título, da capa, a parte instrumental e vocal. É uma estória que queríamos contar. Uma estória de origem. Que conecta musicalmente e conceitualmente todos os álbuns que lançamos e hoje amadurecido com o tempo, estudo musical e conhecimento de produção . Tudo isso feito com o melhor que poderíamos oferecer aos fãs. O produtor Frederick Nordstorm, que trabalha com Sabaton, Powerwolf fez um trabalho primoroso. E a capa de Andreas Marshall que resume todas as músicas na arte. Serão 3 atos, o primeiro sobre piratas, o segundo sobre batalhas e o terceiro sobre magia e forja. Tudo permeado com nossos heróis, vilões, anti-heróis e eventos épicos. Cobrindo todos os estilos de powermetal que gostamos.





8) COMO A BANDA EXERGA A CENA DO METAL EM CURITIBA NO BRASIL E NO MUNDO DIANTE DE MILHOES DE BANDAS


Realmente são milhões de bandas. Todos tocam muito bem hoje em dia. E tem acesso a tecnologia para se fazer bem um trabalho e reproduzir em alto nível ao vivo. O que faz a diferença é a linguagem, o conceito e a conexão que você cria musicalmente com os fãs. Pessoas que tem afinidade com o que vc faz. Realmente em termos de estrutura o Brasil está deficitário em relação a Europa. Existem poucos empresários realmente sérios no país e estrutura com tecnologia de palco condizente com os talentos que temos Isso prejudica e mata bandas boas. Fico impressionado com os músicos que vejo tocando nas minhas redes sociais. São incríveis. A maioria nunca vai chegar lá devido as condições que temos. O metal não está em baixa, é só ver os festivais enormes na Europa e no Brasil. Todos lotados! O estilo sempre será um nicho mas existem milhões de pessoas que amam o metal. Falta profissionalismo e organização, não das bandas mas dos bastidores que levam uma banda ao sucesso. Aqui em Curitiba existem bandas incríveis em todos os estilos do Heavy Metal. Gostaria muito de que tivessem oportunidade de fazerem uma grande carreira e acesso a produção e divulgação digna de seu talento.


9) COMO A BANDA CONSEGUE SEGUIR FIEL AS SUA SUAS ORIGENS ,E COMO SAO FEITAS AS COMPOSIÇOES E LETRAS DA BANDA


Na real, quando você tem a sua própria linguagem a música é reflexo da personalidade dos integrantes e da história da banda. Eu sei realmente como o DragoNHeart deve soar e o que nos agrada. Primeiro fazemos músicas pra nós. A nossa música precisa refletir o que a letra está contando. Tenho um solo no álbum novo que conta um duelo de espadas numa batalha, por exemplo. Quando vamos compor, primeiro surge a estória do álbum, depois a estória de cada música, então a letra e o instrumental vão sendo desenvolvidos traduzindo as imagens que vizualizamos. Uma batalha entre galeões, um ser místico que controla as tempestades no mar, um bardo amaldiçoado por um hidromel mágico, etc. Tudo tem que se conectar com a capa do álbum e com a estética do que já fizemos.


10) EU QUERIA DIZER QUE NO ANO DE 2002 EI TINHA UMA BANDA CHAMADA MOURNINGHALL EM CURITIBA E LEVEI NOSSO EP NA LOJA QUE UNS DOS
INTEGRANTES , ROCKNATION ,LEMBRO DE OUVIR JUNTOS NA LOJA E FOI SURREAL PARA MIM PORQUE JÁ ERA FÃ DA BANDA,HOJE VIVEMOS ,EM UM MUNDO
VIRTUAL,COMO ISSO AJUDA A BANDA E PREJUDICA NO SENTIDO DE ESTAR JUNTO COM O PUBLICO DE UMA FORMA GERAL.


Estar com o público é o melhor de ter uma banda. Hoje com as redes sociais temos contato direto e em tempo real. As mensagens, comentários nos empolgam demais. Porque realmente nossos fãs são os melhores. Apaixonados pela banda, nos apoiam e conhecem cada detalhe das músicas e da nossa estória. Grupos de RPG jogam as sagas que criamos. Gravam cover das nossas músicas e estão sempre compartilhando nosso conteúdo e interagindo com a gente. Não vemos a hora de ir para estrada e conversar com cada um sobre o álbum novo.


11)ESTAMOS ANCIOSOS PARA OUVIR O NOVO ALBUM COMO ESTA A VOLTA DE Eduardo Marques NA BBANDA.


Eu sou o Eduardo Marques! LOL. Voltei com muita vontade de viver o que não tive oportunidade de experienciar com a banda e com meus amigos. O Marco é um irmão pra mim. E conheci o Thiago quando retornei a banda. E realmente musicalmente somos muito entrosados. E nos tornamos irmãos também. Foi um trabalho inacreditável para a banda compor, escrever as letras, ensaiar, no meio uma pandemia, depois retomar o trabalho, meses de gravações. Nossas músicas são bem complexas de se gravar. Foi bem cansativo mas uma experiência feliz e inesquecível! Buscar um nível mais alto assinando com a Rock Shots uma grande gravadora europeia e eu ter assumido as redes sociais da banda é uma coisa que eu adoro fazer. Realmente esse álbum é tudo que sonhava realizar com meus irmãos e melhores amigos. Acredito que nossos fãs ficarão muito empolgados com ele. É uma fase muito empolgante e criativa pra mim. Dedicação total!


12)QUAIS OS PLANOS DA BANDA


Vamos lançar mais dois singles em julho, agosto e lançar o álbum. Estamos produzindo um clipe incrível. Depois queremos participar de festivais e tour dentro e fora do Brasil.


13)DEIXE UMA MENSAGEM AOS Fãs DA BANDA


Vocês são os melhores fãs. Recebemos sempre seus comentários, mensagens, compartilhamento nas nossas redes sociais. Sempre nos dando energia para fazermos o melhor trabalho. Então esse novo álbum é pra vocês que sempre tiveram a capacidade de viver e sonhar as estórias que contamos. Muitos fãs escreveram: “O DragoNHeart voltou!” Realmente estamos de volta e queremos ver vocês nos shows e interagindo com a gente. Stay Heavy Dragon Squadron, vocês são foda.








Mais informações no Instagram @dragonheart_metal.