domingo, 18 de junho de 2023

Discografias Comentadas:Dark Avenger




Formado no início dos anos 90 no Distrito Federal, o Dark Avenger despontou como uma das maiores promessas do heavy metal brasileiro. Em uma época onde o grunge o e rock alternativo dominavam as rádios voltadas para o rock, a banda lançou uma demo, Choose Your Side… Heaven or Hell que soava como um oásis para os fãs do heavy metal clássico de bandas como Manowar, de onde veio a inspiração para o nome da banda, Metal Church e Iron Maiden. Além dos riffs classudos e solos inspirados, o principal destaque da banda sempre foi o vocalista Mário Linhares, dono de uma voz potente e forte, capaz de atingir tons extremamente agudos. Entretanto, apesar de todo o potencial, a carreira do grupo sempre foi bastante instável, com diversas mudanças de formação e períodos de inatividade.


Dark Avenger [1995]

Lançado em 1995, o disco de estreia do Dark Avenger já demonstrava todo o potencial do grupo. Com forte influência de gigantes como Iron Maiden, Judas Priest, Manowar e dos brasileiros do Viper, mas com um toque quase thrash em algumas canções, a banda candanga foi capaz de compor músicas fortes, com riffs inspirados, solos com classe e os vocais excepcionais do jovem Mário Linhares, que já se destacava como um dos melhores vocalistas do estilo do Brasil. “Armageddon” abre o álbum com um andamento cadenciado, clima épico na medida certa e excelente uso dos teclados, sem exageros. A produção está longe da perfeição, mas não compromete a audição do disco em momento algum. A faixa seguinte, “Die Mermaid“, viria a se tornar uma das favoritas dos fãs, é mais acelerada, com um riff que beira o thrash metal, e uma performance espetacular de Mário Linhares. A influência maideniana dá as caras em “Who Dares To Care“, que tem um riff típico da donzela de ferro, e também caiu no gosto dos fãs. Outros destaques são: “Green Blood”, que tem um grande refrão; “Rebellion“, que tem agudos que chegam a lembrar o saudoso Midnight, vocalista do Crimson Glory; e “Madelayne”, onde o trabalho de guitarras de Leonel Valdez e Osiris di Castro brilha. Em resumo, uma excelente estreia que fincou o nome do Dark Avenger entre os grandes do metal brasileiro. Vale ainda ressaltar que o disco foi relançado no ano 2000 com uma faixa-bônus, a excelente “Morgana”, que faria parte do disco seguinte da banda.


Tales Of Avalon – The Terror [2001]

Seis anos após o lançamento do primeiro álbum, o Dark Avenger retornava com um trabalho ainda mais ousado. Tales Of Avalon – The Terror, é um álbum conceitual, com letras escritas pelo vocalista Mário Linhares e livremente baseadas no universo das lendas do Rei Arthur. Apesar das diversas mudanças na formação da banda, o núcleo criativo da mesma não foi alterado neste lançamento, sendo composto pelo já citado vocalista, o guitarrista Leonel Valdez e o tecladista Rafael Galvão. Sendo assim, as músicas de Tales Of Avalon – The Terror seguem o mesmo estilo do álbum anterior, tendo apenas uma dose ainda maior de melodias e atmosferas épicas, que combinam perfeitamente com o tema do disco. As duas primeiras músicas, “Tales Of Avalon” e “Golden Eagles” deixam esta tendência bem explicita, e lembram bastante o primeiro disco do Crimson Glory. Mais uma vez, vale ressaltar o excepcional trabalho de guitarras e a inacreditável voz de Mário Linhares, ainda mais madura, potente e variada neste disco. As composições são todas de altíssimo nível, e é até difícil escolher os destaques do disco. Contudo, é impossível não citar a pegada a la Judas Priest de “Class Myrddin” e a belíssima semi-balada “Galavwch”. Outro destaque absoluto é “Morgana“, música que apresentou a banda a muita gente, e que é dona de um riff espetacular, de um clima épico e de mais uma performance sensacional de Mário Linhares. No geral, Tales Of Avalon pode não ter a velocidade e a agressividade do seu antecessor, mas compensa com composições mais elaboradas e marcantes, fazendo deste mais um item obrigatório para fãs de heavy metal clássico.


X Dark Years [2003]

Lançado para comemorar os 10 anos de atividade da banda, X Dark Years é um EP com duas regravações de músicas antigas da banda, duas faixas inéditas e, em algumas versões, um cover para “Dark Avenger“, clássico do primeiro disco do Manowar que batiza a banda. A nova versão de “Dark Avenger”, do primeiro disco da banda, é excelente e supera a original. A nova gravação e produção evidenciam as qualidades da faixa, como o trabalho de guitarras e o sempre ótimo vocal de Mário Linhares. Outra faixa que supera as expectativas é a nova versão de “Caladvwch“, intitulada “Symphonic Caladvwch”. Conduzida ao violão e com uma orquestra ao fundo, a balada se tornou ainda mais bonita, e a interpretação de Mário Linhares ficou ainda mais forte. Já entre as faixas inéditas, temos a épica “Uther Hell”, mais cadenciada e pesada, e que seria regravada 10 anos depois no disco Tales Of Terror – The Lament, e a arrasa quarteirão “Unleash Hell“, uma das melhores músicas da banda, que só é encontrada neste EP. Por fim, há o cover do Manowar, que mantém a estrutura e o arranjo da versão original, e mais uma vez o vocal de Mário Linhares se destaca.









Formado no início dos anos 90 no Distrito Federal, o Dark Avenger despontou como uma das maiores promessas do heavy metal brasileiro. Em uma época onde o grunge o e rock alternativo dominavam as rádios voltadas para o rock, a banda lançou uma demo, Choose Your Side… Heaven or Hell que soava como um oásis para os fãs do heavy metal clássico de bandas como Manowar, de onde veio a inspiração para o nome da banda, Metal Church e Iron Maiden. Além dos riffs classudos e solos inspirados, o principal destaque da banda sempre foi o vocalista Mário Linhares, dono de uma voz potente e forte, capaz de atingir tons extremamente agudos. Entretanto, apesar de todo o potencial, a carreira do grupo sempre foi bastante instável, com diversas mudanças de formação e períodos de inatividade.


Dark Avenger [1995]

Lançado em 1995, o disco de estreia do Dark Avenger já demonstrava todo o potencial do grupo. Com forte influência de gigantes como Iron Maiden, Judas Priest, Manowar e dos brasileiros do Viper, mas com um toque quase thrash em algumas canções, a banda candanga foi capaz de compor músicas fortes, com riffs inspirados, solos com classe e os vocais excepcionais do jovem Mário Linhares, que já se destacava como um dos melhores vocalistas do estilo do Brasil. “Armageddon” abre o álbum com um andamento cadenciado, clima épico na medida certa e excelente uso dos teclados, sem exageros. A produção está longe da perfeição, mas não compromete a audição do disco em momento algum. A faixa seguinte, “Die Mermaid“, viria a se tornar uma das favoritas dos fãs, é mais acelerada, com um riff que beira o thrash metal, e uma performance espetacular de Mário Linhares. A influência maideniana dá as caras em “Who Dares To Care“, que tem um riff típico da donzela de ferro, e também caiu no gosto dos fãs. Outros destaques são: “Green Blood”, que tem um grande refrão; “Rebellion“, que tem agudos que chegam a lembrar o saudoso Midnight, vocalista do Crimson Glory; e “Madelayne”, onde o trabalho de guitarras de Leonel Valdez e Osiris di Castro brilha. Em resumo, uma excelente estreia que fincou o nome do Dark Avenger entre os grandes do metal brasileiro. Vale ainda ressaltar que o disco foi relançado no ano 2000 com uma faixa-bônus, a excelente “Morgana”, que faria parte do disco seguinte da banda.


Tales Of Avalon – The Terror [2001]

Seis anos após o lançamento do primeiro álbum, o Dark Avenger retornava com um trabalho ainda mais ousado. Tales Of Avalon – The Terror, é um álbum conceitual, com letras escritas pelo vocalista Mário Linhares e livremente baseadas no universo das lendas do Rei Arthur. Apesar das diversas mudanças na formação da banda, o núcleo criativo da mesma não foi alterado neste lançamento, sendo composto pelo já citado vocalista, o guitarrista Leonel Valdez e o tecladista Rafael Galvão. Sendo assim, as músicas de Tales Of Avalon – The Terror seguem o mesmo estilo do álbum anterior, tendo apenas uma dose ainda maior de melodias e atmosferas épicas, que combinam perfeitamente com o tema do disco. As duas primeiras músicas, “Tales Of Avalon” e “Golden Eagles” deixam esta tendência bem explicita, e lembram bastante o primeiro disco do Crimson Glory. Mais uma vez, vale ressaltar o excepcional trabalho de guitarras e a inacreditável voz de Mário Linhares, ainda mais madura, potente e variada neste disco. As composições são todas de altíssimo nível, e é até difícil escolher os destaques do disco. Contudo, é impossível não citar a pegada a la Judas Priest de “Class Myrddin” e a belíssima semi-balada “Galavwch”. Outro destaque absoluto é “Morgana“, música que apresentou a banda a muita gente, e que é dona de um riff espetacular, de um clima épico e de mais uma performance sensacional de Mário Linhares. No geral, Tales Of Avalon pode não ter a velocidade e a agressividade do seu antecessor, mas compensa com composições mais elaboradas e marcantes, fazendo deste mais um item obrigatório para fãs de heavy metal clássico.


X Dark Years [2003]

Lançado para comemorar os 10 anos de atividade da banda, X Dark Years é um EP com duas regravações de músicas antigas da banda, duas faixas inéditas e, em algumas versões, um cover para “Dark Avenger“, clássico do primeiro disco do Manowar que batiza a banda. A nova versão de “Dark Avenger”, do primeiro disco da banda, é excelente e supera a original. A nova gravação e produção evidenciam as qualidades da faixa, como o trabalho de guitarras e o sempre ótimo vocal de Mário Linhares. Outra faixa que supera as expectativas é a nova versão de “Caladvwch“, intitulada “Symphonic Caladvwch”. Conduzida ao violão e com uma orquestra ao fundo, a balada se tornou ainda mais bonita, e a interpretação de Mário Linhares ficou ainda mais forte. Já entre as faixas inéditas, temos a épica “Uther Hell”, mais cadenciada e pesada, e que seria regravada 10 anos depois no disco Tales Of Terror – The Lament, e a arrasa quarteirão “Unleash Hell“, uma das melhores músicas da banda, que só é encontrada neste EP. Por fim, há o cover do Manowar, que mantém a estrutura e o arranjo da versão original, e mais uma vez o vocal de Mário Linhares se destaca.


Tales Of Terror – The Lament [2013]

Depois de dez longos anos de inatividade, o Dark Avenger retomou as atividades, convocou o produtor Tito Falaschi, gravou a tão esperada continuação para seu segundo disco e ainda enviou o material para ser mixado e masterizado pelo renomado Michael Wagener, que já assinou a produção de discos de bandas como Skid Row, Accept, Dokken e mixou No More Tears, de Ozzy Osbourne e Master Of Puppets, do Metallica. Com tanto tempo de espera e talentos envolvidos na gravação e produção do álbum, a expectativa para seu lançamento era enorme. E Tales Of Avalon – The Lament não decepciona. A produção é excelente, e as composições fortes e marcantes. O vocal de Mário Linhares, sempre um destaque nos discos do Dark Avenger, está mais grave e contido, mas continua a causar arrepios, com interpretações perfeitas. A abertura com “From Father To Son” é excepcional, e a música tem um riff e levada perfeitos para a banda, pesados, fortes e épicos. Contudo, o disco mostra uma banda mais atualizada, e essas influências mais modernas podem ser ouvidas em “Doomsday Night”. Outros destaques são a emotiva “The Knight On The Hill”, que tem um refrão espetacular; a rápida “Sicorax Scream“; e a épica e sensacional “The Thousand Ones“, onde Mário Linhares dá um show de interpretação. Resumindo, Tales Of Terror – The Lament, mostra um Dark Avenger em grande forma, em sintonia

quinta-feira, 15 de junho de 2023

DAISIES – “EVERYBODY HAD TO GET AWAY FROM EACH OTHER TO APPRECIATE WHAT WE HAD”




2023 marks the ten-year anniversary of the self-titled debut album by The Dead Daisies, and the group is celebrating in a big way! Not only will they be releasing a double CD / double vinyl Best Of set on August 18, singer / songwriter John Corabi (The Scream, Mötley Crüe, Union), who was the vocalist from 2015 – 2019 is back in the band. In an unexpected, yet entirely welcome turn of events, Corabi replaced his replacement, Glenn Hughes (Deep Purple, Black Sabbath, Black Country Communion), who stood front and center for The Dead Daisies from 2019 – 2023.

“You know what dude, honestly, it was weird. I left, and I just needed a breather,” begins Corabi. “The last couple tours that we did, it was just crazy! I don’t know how to word this without sounding arrogant… once I did that first record with The Daisies (Revolución, released in 2015), it just kind of blew up. It went from… just prior to me they had been doing large clubs, they had done some festivals. But it was consistent festivals, huge shows, trips to Europe, Japan, Australia, Israel, South America. It was just bang, bang, bang, bang, bang. It was really kind of overwhelming. Then to boot, I had my son in my other ear going, ‘Dad, you suck. I thought we were going to do some fucking shows with the solo band.’ I just got off the carousel for a second. Then Covid hit, and it really… if I can be blunt, I was literally sitting here going, what do I do? There’s zero work. There’s nothing going on. And The Daisies, somehow, managed to keep moving forward.”




They got Glenn, they went into the studio. They were very cautious about everything. A couple months ago they said, ‘Hey dude, Glenn’s going out to do his solo tour. You want to come back out and do some shows with us?’ I said, ‘Yeah man, that’d be great!’ I love the band. I always thought that the band was great. We really did some great music together. I just personally needed a little bit of a breather, and then I was going to try and go out and do some shows, like I said, with my son and my solo band. And that whole thing just didn’t materialize due to Covid. It was like three years, just sitting home. I did make due of my time; I wrote the book (Horseshoes And Hand Grenades). I took Pro Tools classes to learn how to use Pro Tools. I’m still very caveman about it, but I was productive. It was still like, fuck, man, I just want to go out and play music. They called, they said, ‘Hey dude, we’d love to have you back and do shows and stuff.’ I said, ‘Alright, let’s talk. Let’s work this ouT

KAMELOT SHARE "OPUS OF THE NIGHT" LIVE DRUMCAM VIDEO





Modern heavy symphonic metal leaders, Kamelot, recently released their most introspective, uplifting, vital release to date - their first full-length in five years, The Awakening. The album, which debuted at #2 on the US Current Hard Music Albums chart and #27 on the Current Album Sales chart, connected with fans and critics alike - touted by many as the best late-era Kamelot release to date.

The band have released the new video below, featuring a live drumcam video of the album track, "Opus Of The Night":

Discografias Comentadas: Hellfueled




O álbum No More Tears, lançado em 1991 por Ozzy Osbourne, é considerado um dos melhores trabalhos da carreira solo do lendário cantor inglês, além de ter consolidado a reputação de Zakk Wylde como um dos grandes guitarristas dos anos 1990, e servir de influência para muitos aspirantes a músicos em todo o mundo.

Quatro destes rapazes com certeza são os garotos suecos que formaram, em 1998, o Below, que depois mudaria de nome para Firebug. Com a formação estabilizada em Andy Alkman (vocal), Jocke Lundgren (guitarra), Henke Lönn (baixo) e Kent Svensson (bateria), o grupo gravou algumas demos e mudou novamente de alcunha (para Hellfueled, com o qual ficariam conhecidos daí por diante) antes de assinar com a gravadora Black Lodge e lançar seu primeiro disco em 2004. Chamando a atenção dos fãs de metal por causa da incrível semelhança da voz de Andy com a do Madman, e pelo estilo de Lundgren ser muito influenciado por Wylde, o grupo alcançou grande repercussão em sua estreia, e construiu uma carreira bastante interessante depois dela. Confira agora uma análise dos quatro lançamentos dos garotos originários da cidade de Huskvarna!






Volume One [2004]

Se este fosse um álbum da carreira solo de Ozzy Osbourne, com certeza seria um de seus melhores trabalhos. A abertura (com a veloz “Let Me Out“) já deixa isso claro, com a guitarra soando ao melhor estilo Zakk Wylde (cheia dos bends e vibratos característicos do americano) e os vocais muito semelhantes aos de Ozzy (além de um pouco de órgão Hammond na melodia para deixar tudo ainda melhor – instrumento que ficou a cargo do renomado Fredrik Nordstrom, que ficou responsável pela produção do trabalho e ainda executa um solo de guitarra em “Eternal”). Faixas como “Someone Lives Inside”, a citada “Eternal” (com um trecho mais “viajante” lá pelo meio), “Rock´N´Roll” (um pouco mais cadenciada), “Hunt Me Down” (e seu fantástico riff) ou “Mindbreaker” poderiam estar em qualquer disco do Madman pós-No More Tears, e certamente seriam apontadas como destaques de tais álbuns. “Live My Life” (cujo riff inicial lembra “Rat Salad”), “Midnight Lady” (que ganhou um interessante vídeo clipe) e boa parte de “Break Free”, apesar de rápidas, soam mais ao estilo dos primeiros discos do Black Sabbath, sendo que a segunda ainda gerou um EP que contém duas faixas inéditas e exclusivas (intituladas “Endless Work” e “Big Fat Eight”). Não fosse pela voz, a pesada (apesar de mais calma) “Sunrise” seria a que menos lembraria as composições da carreira solo do famoso comedor de morcegos, e o track list se completa com “Second Deal”, que possui um riff repetitivo e muito atraente. Muitos não dão tanta atenção a este disco, acusando-o de ser uma mera cópia dos trabalhos do Madman pós-Sabbath, mas eu afirmo que este é justamente o maior atrativo deste play. Ouça e confira você mesmo!





Born II Rock [2005]



Após tocar em grandes festivais europeus e abrirem para o Europe na turnê de reunião deste ícone do rock sueco, era hora de lançar o segundo disco da carreira do Hellfueled. Como em time que está ganhando não se mexe, Born II Rock repete o produtor Fredrik Nordstrom, e vem na mesma pegada da estreia do quarteto, como fica claro em um de seus maiores destaques, a faixa de abertura “Can’t Get Enough” (que tem a bateria a cargo do engenheiro e co-produtor Patrik J Sten, que já havia executado percussão e backing vocals no registro anterior, além das mesmas funções técnicas), ou em canções como “Look Out”parece saída dos discos gravados pelo Madman na década de 1980, além de ter recebido um clipe promocional), “Friend” (que possui um trecho acústico em seu arranjo, com um violão flamenco a cargo do músico convidado Emil Pernblad, e nova participação de Nordstrom no órgão Hammond) ou a veloz “Old” (que possui um trecho mais cadenciado lá pelo meio). O peso e o timbre das guitarras em “Regain Your Cromn” e “Make It Home” chegam a lembrar algumas coisas do Black Label Society, assim como o riff inicial da faixa título e partes de “Girls Girls” e “Angel”. “On The Run” é uma das faixas mais velozes da carreira dos suecos, e o track list é completado pela também veloz “I Don’t Care”, onde a guitarra de Lundgren (assim como em quase todo o álbum) é o destaque, apesar de soar como se executada por Zakk Wylde. Born II Rock é a sequência natural de Volume One, e as acusações de que o Hellfueled era pouco mais que uma mera cópia da carreira solo de Ozzy Osbourne não diminuíram nem um pouco por causa deste registro, sendo que, a meu ver, isso não constitui nenhum problema!









Memories In Black [2007]

Parece que as constantes acusações (nem um pouco infundadas) citadas na última linha do texto acima começaram a incomodar os membros do Hellfueled após o segundo disco. Ao menos, é esta a impressão que se tem após ouvir seu terceiro registro, onde o conjunto se afasta um pouco do estilo “Madman” de compor, pisa um pouco no freio e injeta muitas doses de melodias nas doze faixas do play (que novamente contou com Fredrik Nordström na produção). A abertura com “Rewinding Time” chega a ser até um pouco chocante, pois mesmo a característica voz de Andy soa diferente (um pouco mais grave), não parecendo mais uma simples imitação do estilo do ex-cantor do Black Sabbath. As linhas de guitarra também não parecem mais tão derivadas de Zakk Wylde (embora o peso ainda seja digno de um Black Label Society), e o órgão Hammond (desta vez a cargo do músico convidado Mattias Bladh, que também executa o instrumento em outras músicas do disco) tem uma presença marcante. A viajante e psicodélica “Again” (que novamente apresenta o engenheiro/co-produtor Patrik J Sten nos backing vocals), apesar de alguns trechos mais pesados no refrão, nem parece ter sido gravada pela mesma banda dos discos anteriores, assim como a pesada “Queen Of Fire” (bastante “arrastada” para os padrões dos suecos) ou a oitentista “Down” (e seu marcante refrão). Lembrando muito a primeira fase do Sabbath com Ozzy (apesar do vocal não apresentar tanta semelhança quanto antes), “Sky Walker” se encaixa muito bem sob o rótulo de stoner metal, estilo que também dá as caras em “Face Your Demon” (outra composição com destaque para o Hammond) e na excelente “Master Of Night”, onde os vocais de Andy apresentam alguns efeitos bastante interessantes. É claro que alguns resquícios do passado ainda dão as caras no álbum, principalmente nos riffs de “Warzone”, “Slow Down” ou da agitada “Search Goes On” (que poderiam facilmente estar em um disco do Black Label Society), assim como em partes da veloz “Right Now”, que contém na letra a frase que dá título ao play, ou ainda em trechos de “Monster” (cuja condução é bem “marcada”), música que conta com o consagrado Snowy Shaw (Mercyful Fate, Dream Evil, Therion) nos backing vocals. Algumas edições, como a versão nacional (distribuída no país pela Hellion Records, assim como os registros anteriores), apresentam ainda duas faixas bônus, a agitada “Song For You” (que também tem uma pegada Stoner em seu arranjo) e “5 am”, talvez a que mais se pareça com a carreira solo de Ozzy no disco (até a voz de Andy soa diferente das demais canções, aqui ficando mais próxima do registro do Madman). Um disco diferente dos anteriores, mas não menos interessante.


Emission Of Sins [2009]



Apesar da troca de produtor (quem assume os botões agora é Rikard Löfgren), este disco continua do mesmo ponto onde o anterior parou.Se o vocal volta a apresentar muitas semelhanças com o do nosso amado comedor de morcegos (como na “quase” faixa ítulo “A Remission Of My Sins”, outra que parece saída da carreira solo do Madman, ou na marcante “Where Angels Die“, que abre os trabalhos e se configura em um dos destaques do track list), Lundgren continua, em boa parte o tempo, se afastando da pecha de “cópia” de Zakk Wylde, acrescendo ainda mais melodia a suas linhas de guitarra, sem, no entanto, se esquecer do peso. São assim “Am I Blind”, “Save Me” (que possui um belo refrão), “For My Family And Satan” (com uma linha vocal bem “viajante”), “Stone By Stone” (com um riff bem marcante) e “End Of The Road”, talvez a mais melódica de todas, e que possui um dos melhores solos de guitarra deste registro. “In Anger” (que ganhou um vídeo clipe) tem um inegável apelo radiofônico, onde a voz de Andy apresenta uma mistura do estilo dos primeiros discos com o do registro anterior, dependendo do trecho da canção, enquanto “I Am The Crucifix” (outra que mereceu um clipe) possui um breve trecho de canto gregoriano em sua introdução e muito peso nos riffs (que voltam a remeter ao Black Label Society, assim como o começo de “Lost Forever”, que depois ganha um tom mais melódico em seu arranjo), com o track list sendo encerrado pela instrumental “Moving On“, onde o destaque vai todo para a guitarra de Jocke Lundgren. É interessante notar que algumas músicas possuem um vocal “narrado” e meio sombrio em certos trechos, mas, como este álbum não teve lançamento nacional e não consegui encontrar maiores informações a este respeito, não posso confirmar quem é o autor dos mesmos. Um disco no mínimo do nível do anterior, e que merecia mais reconhecimento por parte dos fãs do grupo.

ENTREVISTA RAFAEL NERY GUITARRISTA








O brasil e um celeiro de grandes músicos batemos um papo com o grande guitarrista Rapel Nery que ja trabalhou com grandes marcas ,e lançou um cd com a produção de felipe Andriole angra..



1- COMO FOI SEU INICIO NA GUITARRA.

Olá, tudo bem? Muito obrigado pela oportunidade da entrevista. Meu início na guitarra foi como da maior parte dos garotos rockeiros que estão no colégio tentando se enquadrar. Comecei a tocar guitarra por ter me apaixonado por ouvir som do riff de speed da banda angra, como sou nerd, fui querer aprender nos mínimos detalhes e ai o resto é história, estou nessa até hoje..rs2-VOCE TRABALHOU COM ALGUMAS MARCAS AO LONGO DA SUA CARREIRA COMO CONSEGUIR UM ENSORDER


Sim, trabalhei sim com algumas empresas! Essa resposta é longa, mas conseguir endorsement basicamente depende da exposição que você tem com seu material online + falar com pessoas certas e apresentar seu trabalho. O ideal mesmo é que a marca chegue até hoje antes… é uma conjunção de coisas, mas se você está em evidência e tem isso nas mídias sociais (hoje isso é muito forte) é quase como uma coisa natural de se acontecer… procure quem é a pessoa que você tem de falar na marca que você almeja e mostre uma apresentação profissional do seu trabalho


3 VOCE E PROFESSOR DE GUITARRA A ALGUNS ANOS COMO ESTA ESSE MERCADO ATUAL NOS TEMPOS DE HOJE.
Sim, lecionar guitarra é o meu trabalho até hoje… há 20 anos ensino guitarra pela internet, é um mercado que temos muitos players, tem que saber como se posicionar…mas se você souber como se posicionar, ele pode pagar muito bem… ;)

4 QUAL DICA VOCE DARIA PARA UM GUITARRISTA INICIANTE NA CARREIRA
Saber usar as mídias sociais direito

5 VOCE ESTOU COM ALGUM GUITARRISTAS AO LONGO DE SUA JORNADA E QUAL E A IMPORTANCIA DE TER UM ACOMPANHAMENTE NOS ESTUDOS DE GUITARRA.


Não sei se eu saberia responder direito essa questão, sempre tive professor e em alguns casos as aulas eram em grupo, porém eu sempre estudei sozinho, sempre foi muito mais fácil pra mim… eu funciono bem sozinho, sou introspectivo, gosto de passar tempo recluso para aprender ou evoluir em algum assunto… Imagino que ter um parceiro te ajude a evoluir quando existe algum enrosco, mas tem que ser bem sintonizado senão pode dar problemas.


6 UMA DAS COISAS QUE MAIS ME INTRIGAM E O PORQUE DE MUSICOS COMO VOCE ,NAO ESTAR EM BANDAS FAMOSAS OU TER UM SUPER GRUPO
Aqui estou aguardando meu telefone tocar e receber o convite…rs Já mandei alguns materiais, mas a coisa nunca rolou por diversos motivos. Eu sou muito espiritual, as coisas acontecem no momento certo e na hora certa pelo motivo certo. Então, sem pressa…
7 MY HEAVEN FOI PRODUZIDO POR FELIPE ANDRIOLE ,QUAL A IMPORTANCIA DESSE ALBUM PARA SUA CARREIRA.




Com certeza foi o primeiro álbum PROFISSIONAL que eu gravei, num grande estúdio, com produtor, com equipamento top… foi um aprendizado muito grande. O Felipe sendo baixista do angra e o bruno durante o processo virou baterista do angra também, foi um grande sonho pra mim e especial por ser tão fã da banda. Já está completando 10 anos, gostaria de ter divulgado-o mais, mas como disse antes, tudo na hora certa.

8 PORQUE A MERCADO MUSICAL DO BRASIL NAO ALAVANCA E VEMOS SEMPRE OS MESMOS ROSTOS NA CENA ,EU FALO PORQUE
VIAJAMOSA O MUNDO E SABEMOS QUE O BRASIL ESTA LONGE DE CHEGAR AO MERCADO EUROPEU.
Essa pergunta é difícil de responder, o que me parece é que temos um mercado de nicho aqui e isso faz com que seja uma coisa pequena naturalmente, de menor investimento e está dominado por algumas figurinhas carimbadas de muito tempo. Talvez a resposta seja, “não tem espaço pra todo mundo”… e eu digo, está tudo bem

9 DEIXE UM RECADO PARA SEUS FÃ
Galera que me acompanho, espero que esteja tudo bem com vocês… se vocês querem ficar por dentro do que ando fazendo me siga no instagram @rafaelnerybarbosa e lá falaremos muito sobre guitarra e com ctz o mundo da música! Valeu, Paz e Amor...


links:https://rafaelnery.com/

ALICE COOPER: SINGLE “I’M ALICE” ANUNCIA NOVO ÁLBUM, “ROAD”, PARA AGOSTO




O lendário e icônico músico, Alice Cooper, anunciou hoje o lançamento de seu novo álbum de estúdio, intitulado Road, para 25 de agosto, via earMUSIC. O primeiro single do álbum, a canção de abertura “I’m Alice”, deu o pontapé inicial, lançada também hoje em formato de vídeo clipe oficial, que você assiste no final desta matéria. Produzido pelo colaborador de longa data Bob Ezrin, Road foi escrito, composto e gravado com os companheiros de longa data e confiança de Alice Cooper – Ryan Roxie (guitarra), Chuck Garric (baixo), Tommy Henrikson (guitarra), Glen Sobel (bateria) e Nita Strauss (guitarra), de volta à banda após um período como guitarrista de turnê da cantora Demi Lovato. Road canaliza o espírito da velha escola de Alice com coragem instantaneamente reconhecível e muito entusiasmo. É tudo o que você esperaria dele e muito mais. Sobre esse novo momento e o processo de composição e gravação, Alice disse:
"No passado, o show era avaliado antes da música. Nós alcançamos o primeiro lugar nos álbuns, mas sempre foi sobre o que fizemos no palco. Para 'Road' , eu queria que a banda se envolvesse na fundação de todas as músicas. Eu só vejo esses caras quando estamos no estrada. Então, eu queria que eles estivessem tão unidos quanto estão para o show, mas com material totalmente novo. Foi o que fizemos para este álbum. Quando você tem uma banda tão boa, acredito em exibi-la, e esta é a minha maneira de fazê-lo."


A abertura do álbum e primeiro single, “I’m Alice” dá o tom para o álbum com sua batida de bateria enquanto as guitarras gemem à distância. A voz ríspida instantaneamente reconhecível de Alice toma conta. Em parte diz a letra: “Eu sei que você está procurando por um bom momento. Então, deixe-me apresentá-lo a um amigo meu. Eu sou Alice. Eu sou o Mestre da Loucura; o Sultão de Surpresa… então não tenha medo, apenas olhe nos meus olhos.”

Road será lançado em uma ampla variedade de formatos e cores de vinil limitadas. Complementando o tema do álbum, o DVD/Blu-ray bônus vem com o show ao vivo completo de Alice Cooper, em 2022, no Hellfest e inclui todos os clássicos e joias raramente tocadas. Ao longo de 2022, ele colaborou de perto com os membros de sua banda e o produtor de longa data Bob Ezrin, montando o que se tornaria Road. Ele nos conta sobre isso:"Eu disse a todos: 'Este é o seu álbum, então quero que todos tragam músicas'. Ouvir Ryan ou Tommy dá muita personalidade. A espinha dorsal é o grupo. Depois que eles compartilharam suas ideias, Bob e eu sentamos lá e conectamos as músicas. Foi como dirigir uma peça"



"Ryan trouxe 'I'm Alice', e nós pensamos, 'Isso PRECISA abrir o álbum'. Você não luta contra isso. Você apenas deixa ser o que é. Isso define o resto de todo o álbum."


Mais pra frente, uma outra canção, intitulada “White Line Frankenstein” gira em torno de um riff de aceno de cabeça enquanto segue em direção a um refrão cantável, “Eles me chamam de ‘White Line Frankenstein'”, antes de um solo de Tom Morello, quente o suficiente para queimar borracha. Sobre essa música, Alice Cooper comentou:

“Se você é um motorista de caminhão que está na estrada há muito tempo, você manda na estrada. Na música, esse cara durão surreal está dirigindo em linhas brancas por toda a sua vida, e ele provavelmente está FAZENDO linhas brancas. Então, ‘ White Line Frankenstein’ seria seu identificador CB. É monstruoso e definitivamente uma música de palco.”

Em outra faixa, o piano Ragtime e uma linha de baixo funkeada cortam a distorção em “Big Boots”, já que a letra detalha uma interação de jantar com um monte de duplo sentido. Sobre ela, Alice disse sorrindo:"É a música mais engraçada. Você tem uma garçonete dizendo: 'Leve-me em turnê', e o cara diz: 'Bem, ela tem botas grandes'. Essa é a piada."


Kane Roberts (um colaborador em turnê e gravação de Alice nos últimos anos, que brevemente se juntou a Cooper na estrada em 2022) faz uma aparição especial, contribuindo com a estridente e estrondosa “Dead Don’t Dance”. Outros contribuidores especiais para o álbum incluem Tom Morello (Rage Against the Machine), que co-escreveu, toca e canta backing vocals em “White Line Frankenstein”, e Keith Nelson (Buckcherry) e Wayne Kramer (MC5), que também co-escreveu novas músicas com Alice. Esta equipe de demolição sônica em particular recuperou “Road Rats”, do terceiro álbum de Alice Copper, Lace And Whiskey, de 1977 como “Road Rats Forever”, como “uma homenagem aos roadies. No outro extremo do espectro, “100 More Miles” capturou o desejo de chegar em casa no final de uma turnê. O álbum é encerrado com um cover de “Magic Bus”, do Tthe Who. Sobre ela, Alice sorri e diz: “Nós amamos o original, então o tornamos mais hard rock.”

Há 32 anos, o Pearl Jam lançava seu disco de estreia, ‘Ten’



O álbum produziu grandes hits com letras poderosas sobre depressão, suicídio, solidão e saúde mental









Em 1991, dois lançamentos mudaram o rumo da música: Nevermind do Nirvana e Ten do Pearl Jam. Juntos, os grupos vindos de Seattle ultrapassaram o hard rock e hair metal dos anos 1980 e apresentaram o grunge ao mainstream.

Uma das bandas teve uma vida útil curta, apesar de ter revolucionado a música, a moda e até o comportamento social. A outra, criou um império de mais de 30 anos – e contando. Ten, que foi lançado no dia 27 de agosto de 1991, é o início dessa história.

O Pearl Jam, grupo responsável pelos hits “Even Flow” e “Jeremy”, se formou no início de 1990 quando o guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament se juntaram no Mother Love Bone em 1988. Enquanto preparavam o lançamento do álbum de estreia do grupo, Apple (1990), o vocalista Andrew Wood morreu vítima de overdose de heroína em março daquele ano. Com o fim da banda, os colegas buscavam músicos para embarcar em uma nova jornada com eles – e que jornada!

Logo, eles conheceram Mike McCready, que também sofria pelo término de sua banda, Shadow. Juntos, eles formaram o Mookie Blaylock e gravaram uma demo esperando encontrar um vocalista e um baterista para completar o lineup. Enquanto isso, o frontman Chris Cornell, ex-colega de quarto do falecido Wood, convidou os ex-Mother Love Bones para gravar algumas faixas que tinha escrito em homenagem ao amigo. Ao lado de Matt Cameron, baterista do Soundgarden, eles criaram o Temple of the Dog.

Alguns meses depois, em setembro, um artista, surfista e músico de San Diego, Califórnia, conhecido hoje como Eddie Vedder, ouviu a demo que o Mookie Blaylock gravou e se interessou pelo som. O cantor gravou seus vocais por cima da demo e enviou de volta para Ament, Gossard e McCready, que logo o convidaram para visitá-los em Seattle. Quando chegou, Vedder viu Cornell e o restante do Temple of the Dog gravando no London Bridge Studios e logo entrou para completar “Hunger Strike” com seu vocal. Quando as sessões com o Temple of the Dog terminaram, a nova formação do Mookie Blaylock entrou naquele mesmo estúdio com o mesmo produtor, Rick Parashar, e começaram a trabalhar no que viria a ser Ten.

Cheio de texturas, riffs poderosos que ocupam estádios, refrões que seriam cantados por milhões de pessoas ao redor do mundo anos depois, e letras poderosas sobre depressão, suicídio, solidão, saúde mental, desabrigo e assassinato. O álbum produziu grandes hits como “Alive”, que conta a história de um menino que descobre que seu pai é na verdade seu padrasto – inspirado na vida de Vedder -, “Even Flow”, uma faixa sobre um homem sem-teto, e “Jeremy”, um hit sobre um garoto que comete suicídio na frente de seus colegas de escola.