quarta-feira, 26 de abril de 2023

DELAIN – DARK WATERS

 



O mês de fevereiro marcou duas grandes bandas de Symphonic Metal: Xandria e o Delain. As duas bandas retornaram de um grande hiato (o do Xandria, foi maior), com trocas de formações e grande expectativas em relação às novas vocalistas. Se no Xandria, que a troca de vocalista já é mais habitual, as expectativas estavam altas (a banda lançou o disco “The Wonders Still Awaiting”, no Delain elas se multiplicaram.


O Delain já tinha trocado de integrantes, mas tinha estabelecido a espinha dorsal da banda com o baixista, Otto Schimmelpenninck, e com o guitarrista, Timo Somers (além da vocalista, Charlotte Wessels e do tecladista e líder, Martijn Westerholt), desde o terceiro álbum de estúdio, “We Are The Others”, lançado em 2012. Em fevereiro de 2021, só restou o líder Martijn Westerholt, e a ideia do Delain voltar a ser um projeto colaborativo, como era a intenção inicial do projeto.

A boa notícia, é que a ideia do projeto colaborativo não se concretizou. A outra boa notícia, é que o Delain voltou mais forte ainda!

Entre os dois anos de hiato, Westerholt, compartilhou algumas atualizações sobre as atividades da banda, e também anunciou o retorno do baterista, Sander Zoer (que deixou a banda em 2014) e do guitarrista, Ronald Landa (que deixou a banda em 2009), além do novo baixista Ludovico Cioffi. A vocalista, Diana Leah, foi a última a ser anunciada. Assim como o Xandria, a escolha da vocalista propôs – também – um caminho “mais pop”. E isso ficou claro na escolha do Delain, porque os antigos trabalhos da Diana Leah, era voltado para a música eletrônica.




Mas, assim como o Xandria, o estilo mais pop é só uma das faces que a banda conseguiu atingir com a nova vocalista. Com o trabalho instrumental extremamente competente, o disco “Dark Waters”, conseguiu ser mais consistente que o seu antecessor, “Apocalypse & Chill”, e Leah se mostrou ser uma escolha correta (assim como, Ambre Vourvahis, provou ser a escolha correta para o Xandria).

A faixa que abre o álbum, “Hideaway Paradise”, mostra como Diana Leah se encaixou na banda, imprimindo um vocal que não se distanciou da Charlotte Wessels, mas que nem passou perto de ser uma cópia. Os seus dotes para refrãos de EDM, também são destaques nas faixas: “Moth The Flame” e “Underland”.

Convenhamos que o Delain nunca foi uma banda que tentasse copiar o Nightwish, como tantas bandas do estilo foram acusadas. Então o canto lírico clássico, nunca foi a base da banda. E o espírito do Symphonic Metal moderno (rótulo facilmente cabível, desde “We Are The Others”), foi mantido com bastante qualidade. O single, “The Quest and The Curse”, e as faixas: “Beneath”, que conta com a participação de Paolo Ribaldini e “Mirror of Night”, estão no mesmo nível dos melhores momentos de “We Are The Others”, “Human Contradiction” e “Moonbathers”. Ainda teve o retorno da parceria com Marco Hietala, na faixa “Invictus”, que também conta com a participação de Paolo Ribaldini

No seu sétimo disco de estúdio, o Delain conseguiu passar no teste da troca de vocalista, e continuou na direção que os consagrou, sem perder a autenticidade.

TESTAMENT: VOCALISTA CHUCK BILLY ESPERA QUE O PRÓXIMO ÁLBUM CHEGUE NO COMEÇO DO PRÓXIMO ANO




As lendas do thrash metal, Testament, atualmente estão trabalhando na sequência do álbum de 2020, “Titans of Creation“, e, se tudo for como se espera, ela poderá chegar no começo do próximo ano, mas sem Dave Lombardo na bateria.


Essa informação vem de acordo com o próprio frontman da banda, Chuck Billy, que disse, durante uma entrevista recente ao canal uruguaio El Lado Oscuro TV, que era “tempo de deixar [“Titans of Creation“] para trás e fazer outro” (tradução livre da transcrição por blabbermouth).


“Não reservamos realmente muitos shows para este ano. Vamos fazer na América Latina e depois na Europa, e é isso, e depois no Japão alguns shows. Mas estamos deixando muito espaço livre na agenda para podermos terminar muitas músicas. E esperamos que até o final do ano possamos entrar no estúdio e começar a gravar, para termos um lançamento, esperançosamente, no início do próximo ano”

Dada a natureza da formação do Testament e das mudanças que o grupo está passando ao longo dos anos, Billy foi perguntado como ele e o único membro fundador restante da banda, o guitarrista Eric Peterson, se dão. E o vocalista afirma que eles são mais família do que companheiros de banda.


Bem, digo, neste ponto, ele é como meu irmãozinho. Brigamos e discutimos como irmãos. Mas acho que sou muito sortudo e tenho sorte de ter o Eric como parceiro de composição há tantos anos, porque o Eric é realmente o coração do Testament no que diz respeito à criação de músicas, porque Eric não ouve muitas outras bandas, como coisas modernas; ele ouve black ou algo mais antigo. Então, quando ele escreve música, ele realmente escreve apenas o que ele quer, e acho que isso sempre deu ao Testament o nosso próprio som, porque o Eric nunca se afastou do que faz. E ele sempre levou um passo adiante e criou músicas melhores. E torna mais fácil para mim, e acho que depois de trabalhar por tantos anos, temos um bom relacionamento como compositores; ele escreverá algo e saberá o que posso fazer e terei uma sugestão sabendo o que ele pode fazer e o que funciona. Então, acho que, neste ponto, nossa composição de músicas é muito mais fácil e melhor agora”.

SISYPHEAN EXPLORES THE PSYCHOLOGY OF SELF WITH “THROUGH CORROSION” SINGLE





Sisyphean have issued a new mind-bending and thought-provoking lyric video to the track “Through Corrosion”. The single is also out now on all digital platforms via Transcending Obscurity Records and includes a live version of the track “Hearts Of Mercury” which was recorded at the Mercury Booking showcase in Vilnius, Lithuania in 2021.


JETHRO TULL’S IAN ANDERSON – “I HAVE NO INTEREST IN WORKING WITH ANYBODY WHEN IT COMES TO WRITING MUSIC; IT’S A SOLITARY PURSUIT”

 



Ian Anderson is a force of nature.

On top of mounting the greatest example of a reissue program in rock history, through his legendary fat remakes of the classic catalogue (The Broadsword And The Beast has seen delays), he’s recently done a box of prints of the album covers along with two new Jethro Tull albums in not much more than a year.



The latest is called Rökflöte and you won’t be reading much about it, due to the time and effort it takes to stick in the umlauts. But there should be lots of audio and video discussion, because fans all over the world love to talk Tull, old and new. Again, that’s due to the energy Ian throws at the brand, even at a youthful and flute-ful 75 years of age.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Helloween Monsters of Rock 2023 resenha




o público brasileiro é apaixonado pelo Helloween – e o show da banda no Monsters of Rock neste sábado, 22, mostrou como o sentimento é completamente recíproco.

Os ícones do power metal já estavam no Brasil há alguns dias e se apresentaram em Curitiba na última quinta-feira, 20. Com o horário mais nobre disponível antes dos headliners da noite, os alemães subiram ao palco, às 15h, para uma multidão já reunida no Allianz Parque.

Apenas seis meses separam o show no Allianz Parque da última passagem do Helloween por São Paulo, em outubro do último ano. Mais uma vez, a experiência de ter Kai Hansen, Michael Kiske e Andi Deris no mesmo palco se mostrou mais do que eficiente, uma vez que o Helloween foi a primeira banda do dia que realmente dominou a plateia.

Apesar do setlist já apresentado para o público daqui e os momentos já esperados do show, seja Hansen cantando “Ride The Sky” ou o dueto de “Forever and One” entre Kiske e Deris, a banda consegue manter algo completamente orgânico e vivo nas apresentações.

A forma como cada um dos integrantes interage de forma honesta com os fãs (trocando olhares, cumprimentos e gestos de reconhecimento), a presença de palco única e original de cada um, seja nas roupas ou na forma de se mover, e o entrosamento bem humorado dos membros do Helloween são alguns dos ingredientes que tornam todo show da banda um sucesso completo por aqui.

O único contratempo do show foi a falha da queda da bandeira que oculta a banda no início da apresentação. A bandeira permaneceu diante da banda por boa parte da primeira música, descendo lentamente, mas o problema logo foi resolvido e esquecido. Não é um pedaço de pano que vai impedir o Helloween de fazer um espetáculo.

Já se apresentaram no Monsters of Rock Doro, Symphony X e Candlemass. As próximas atrações do festival serão os headliners Deep Purple, Scorpions e Kiss.



NOTURNALL COSMIC REDEMPTION”

 

A banda brasileira de metal progressivo Noturnall, acaba de lançar nas plataformas digitais, seu quarto álbum de estúdio, Cosmic Redemption. O novo trabalho traz os vocais de Thiago Bianchi, as guitarras de Mike Orlando, que deixou a banda no final do ano passado, o baixo de Saulo Xakol e a bateria de Henrique Pucci. Para o lugar de Orlando, a banda trouxe de volta o guitarrista original Leo Mancini. Cosmic Redemption conta com as brilhantes participações de Mike Portnoy (em “Scream! For!! Me!!!”), David Ellefson (em “Take Control”) e Ney Matogrosso (em uma versão para “O Tempo Não Para”, de Cazuza), além de Michael Romeo (guitarrista do Symphony X), responsável pela condução das partes orquestradas e dos coros de “Shadows (Walking Through”). Vale lembrar que o lançamento de hoje é direcionado às plataformas digitais, uma vez que o álbum já havia sido lançado em formato físico. O álbum foi produzido por Thiago Bianchi e Mike Orlando, com a arte da capa assinada por Carlos Fides.





OVERKILL - SCORCHED








Forty years, twenty albums, rotten to the core, the mean green killing machine from the Jersey underground and below are back to scorch 2023. They never stopped. Original members and songwriter's DD Verni and his distinctive bass sound and Bobby Blitz with his equally unique voice still joined (over twenty years) by the two-guitar team of Dave Linsk and Derek Tailer, second album with Jason Bittner on drums.

Scorched is everything fans would want from Overkill, but the playbook is not a copy from the ‘80s, or the modern ‘90s/2000s groove era. Ironbound kicked off the 2010's with a reinvigorated approach to thrash, remembering who they are from the ‘80s, utilizing the contemporary progression found in the post 2010 albums, while finding new ways to be creative. Like title track album opener, guitar notes, drums and bass come together building an energy before launching into the attack and mid-tempo verse. Something Overkill are good for. But then things get faster, and back to another rhythmic change with frantic guitar leads. Pre-solo slows down and the solo section even gets a little prog. An arrangement of surprises, and damn are those drums busy (love the big sound), all without losing the melody and chorus.



"Goin Home" again not a thrash riff to start that settles in the rhythm pocket right into the hook, catchy. First single "The Surgeon" a tried-and-true banger that let's everyone know Overkill still is the real deal wrecking crew. Great power and swift gallop to barn burner "Twist Of The Wick", a punchy romp to "Wicked Place" that allows room for Blitz's vocal lines to land and melodic guitar accent