Acompanhando o lançamento de seu mais novo disco, The Lunar Injection Kool Aid Eclipse Conspiracy que chegou na úlima sexta, 12, Rob Zombie compartilhou com os fãs o clipe em preto e branco da faixa “Crow Killer Blues”.
O novo álbum, que foi finalizado há dois anos, havia sido originalmente planejado para chegar mais tarde, no entanto, contrariando o movimento que a grande parte dos artistas fez, Zombie decidiu adiantar o lançamento ao invés de o atrasar. Com isso, a novidade se torna o primeiro álbum inédito do artista em cinco anos.
Assista “Crow Killer Blues” e ouça The Lunar Injection Kool Aid Eclipse Conspiracy .
1)O Malefactor vai completar 3 décadas de dedicação ininterrupta ao metal extremo. Você poderia imaginar naquele longínquo 1991 que em 2021 a banda ainda estaria por aí?
Lord Vlad - Saudações amigos ! Nossa meta desde o início era ser uma banda bem ensaiada e nunca desistir. Nessa época, Salvador tinha pouquíssimos shows, mas já era a cidade nordestina com bandas já com discos lançados (Zona Abissal, Headhunter DC e Mystifier) e nossa já estava na mira das revistas, dos zines e dos metalheads. Rapidamente percebemos que precisávamos nos superar, e passamos a ensaiar duas vezes por semana, por horas e horas na garagem na casa do Danilo Coimbra (Guitarra). Talvez tenhamos demorado demais pra lançar o primeiro disco (1999) e isso nos atrapalhou, mas daí pra frente, nunca mais paramos com as turnês, no Brasil e fora dele, sempre lançando discos e clips e tendo a honra de tocar com vários de nossos ídolos. E ainda está muito longe o dia que o Malefactor vai desligar os motores.
2)Como foi o início da cena metal a 3 décadas atrás a banda viveu muitas coisas?Como o MALEFACTOR se tornou realidade naquele momento? O que os empurraram para dentro da cena metal? Lord Vlad - A cena começou aqui com o Zona Abissal, em 83. Na sequência vieram o Kranio Metálico (a primeira mais extrema, que chegou a tocar na época em Santos-SP, com o Vulcano e o Retrosatan do Chile), Íris Vermelha, Headhunter DC, Thrash Massacre, Mystifier, Crucificator e várias outras , quase sempre na linha do metal extremo. Comecei a ouvir heavy metal em 1986, ainda pirralho, mas só comecei a frequentar os shows em 89. Desde o primeiro show que vi na vida, que foi o Taurus do Rio de Janeiro tocando aqui, que eu decidi que um dia queria tocar e fui estudar violão e guitarra. Quando o Sepultura passou aqui na tour do "Arise" eu vi que era possível uma banda nacional estar no mesmo patamar que as gringas e junto com os membros da época, decidimos que nunca iríamos nos acomodar nem copiar ninguém. Nossos ensaios eram na Pituba, onde nasceram várias bandas da época. Nosso próprio ensaio era uma espécie de show, e vários amigos iam e formavam suas bandas ali mesmo, assistindo nossos ensaios e daí passamos a ser convidados para tocar junto com as bandas mais antigas.
3)A banda gravou em 1995 "Into the Black Order”, qual a importância para banda essa demo? Lord Vlad - Essa segunda demo foi produzida pelo Ephendy Steven, um austríaco que morou na Alemanha e tocava jazz. mas teve um estúdio onde ensaiaram bandas como Kreator e Destruction, e tinha acabado de gravar o segundo disco do Slavery, outra banda antiga daqui. Essa demo saiu nos Estados Unidos pela The Wild Rags Records, e suas faixas saíram em várias coletâneas, tanto em tape como em cd no Brasil, sendo a mais famosa a "The Winds of a New Millenium", que na época ajudava muito na divulgação da cena extrema brasileira. As duas demos estarão saindo em cd num formato diferenciado e de altíssima qualidade gráfica pela Eternal Hatred Records, ainda no primeiro semestre de 2021.
4)O “The Darkest Throne" podemos se dizer que é o orgulho do Malefactor?5)A banda como diversas outras teve diversos line ups? Qual a importância de cada músico que passou pelo malefactor? Lord Vlad - Foi o disco que chamou a atenção de boa parte da América do Sul, porque já tinha uma boa produção, o encarte vinha num material hoje muito raro, envernizado, e fomos fazer uma tour na Europa por alguns países divulgando o mesmo. Tenho orgulho de todos nossos álbuns, mas este com certeza é um dos mais especiais.Todo os músicos que passaram pela banda tiveram importância, mesmo os que fizeram pouquíssimos shows ou nenhum. Gostaríamos de reunir todos esse ano numa grande festa, se a pandemia for aplacada e se todos quiserem. O convite será feito a todos.
6) "Sixth Legion” é o álbum mais maduro da banda ?Como foram as composições e a gravação desse álbum? Lord Vlad - Ele é um disco mais direto. Praticamente não tem teclados. Não teve música folk. É o disco mais porrada, com certeza. Queríamos dar esse passo à frente na velocidade e nem todos estavam preparados. E sempre fomos assim. Quando acham que iremos para um lado, vamos para outro. Não fazemos nada pensando na aceitação comercial, até porque não vivemos da banda e temos essa liberdade. Ele teve uma pré-produção equivocada. Todos foram compondo e só fomos ensaiar na véspera da gravação. E vimos ali que a banda não estava à altura do que o disco exigiria de desempenho técnico. Foi aí que a banda se dividiu, e os que ficaram tiveram que trabalhar ainda mais duro para fazer esse, que pra mim, é o melhor disco da banda e um dos melhores do metal nacional em todos os tempos.
7)Como a banda enxerga o Malefactor lá atrás e nos dias de hoje?O que mudou? Lord Vlad - Olho pra trás e gostaria muito de ter a visão e a cabeça de hoje na minha época de 18 anos. Demos muita cabeçada por inexperiência, assinamos com um selo que mais atrapalhou do que ajudou, entramos em várias roubadas. Fora que a gente não era uma turma muito da paz. Era muita bebida e muita briga. A cena era assim. Hoje eu evitaria estes atritos, manteria o foco somente no que tem importância, coisa que faço hoje evitando brigar e ter desavenças na cena. Sempre aparece alguém para atrapalhar, mas nosso foco é na música. Enquanto muitos querem aparecer na cena usando artifícios de canalhas e safados, a gente continua seguindo nossa estrada. No final, fica o legado de quem trabalhou e fez música por amor. O resto some no pó da história ou fica lembrado como palhaço.
8)A pandemia trouxe uma nova realidade ao mundo?Quais seriam os pontos positivos e negativos sobre isso em relação à nossa realidade metálica? Lord Vlad - Não vejo nada de positivo nessa pandemia. As bandas tiveram que produzir em condições improvisadas, várias lojas, bares e gravadoras faliram, muitas pessoas legais morreram ou sofreram muito. Aquela ilusão midiática/religiosa de que as pessoas iriam aprender a cuidar mais da natureza e respeitar uns aos outros é uma balela. Uma mentira. O ser humano só fez mostrar sua pior face. Na área da música está quase todo mundo desempregado, angustiado e depressivo. A única coisa positiva é saber que ela está perto de acabar ou diminuir muito. Fora isso, é um péssimo momento para todos. Com exceção para os donos de banco e de laboratórios/farmácias/funerárias.
9) Quais os planos da banda para o futuro? Lord Vlad - Além do lançamento das demo em digibook, acabamos de lançar um videoclipe tocando nossa versão para "Angel of Death" do Slayer para um tributo da Inglaterra, junto com várias bandas brasileiras. Iremos gravar um EP em breve, com vídeo clip para todas as faixas. A meta é lançar alguns discos antigos em LP, e fazer uma tour ano que vem no exterior. Provavelmente pela América do Sul devido a nossa moeda não estar valendo mais nada na Europa e nos EUA. Passar o fim de 2021 e todo 2022 comemorando os 30 anos da banda. Da forma que for possível.
10)Nos anos 2000 vocês estiveram tocando na Europa. O que vocês trouxeram na bagagem de lições que foram usadas na construção da carreira do MALEFACTOR? Lord Vlad - As lições foram: nunca mais fazer tour em época de frio, só viajar com booking agency, nunca atrasar o show, e viajar levando sempre merchandising de qualidade alta. Isso tudo irá ajudar muito a sua turnê, que mesmo que você se prepare muito, sempre vão aparecer problemas e você precisa estar preparado para resolver. É muito trabalho, e não somos mais tão garotos, mas é sempre uma experiência sensacional.
11)Deixo aqui o espaço para que você dê seu recado final. Toda a sorte para o MALEFACTOR. Lord Vlad - Muito obrigado pelo convite. Muito obrigado a todos que nos apoiam. Viva o metal brasileiro. STAY EVIL !!
Integrantes: Vladimir Mendes Senna Jafet Hermano Amoedo Machado Danilo Dantas Coimbra Daniel Falcão Brandão
Olá caros headbangers viajantes, bem-vindos a mais uma viagem semanal do quadro “Heavy Metal Pelo Mundo”, onde todas as terças-feiras conhecemos um pouco da cena pesada em países com média, pouca, ou nenhuma tradição no metal.
Nessa semana iremos mais uma vez para o chamado “Leste Europeu”, mais especificamente para um dos países banhado pelo Mar Báltico. O destino de hoje é a Letônia.
Como dito anteriormente, a Letônia é um pais do Leste Europeu, que faz fronteira com a Estônia, Belarus, Rússia e Lituânia. A sua capital é localizada na cidade de Raiga, a moeda é o Euro, o idioma falado é o letão, e possui uma população de mais ou menos 2 milhões de habitantes, que vivem sob uma República Parlamentarista.
O primeiro nome que temos é a banda de Doom/Death Frailty, formada em 2004 em Riga, capital da Letônia.
Apresentando todas as características instrumentais do Doom Metal, com o peso do Death, e com pequenos toque de Folk em algumas ocasiões, a banda possui cinco discos lançado, sendo o mais recente o “Tumsi Üdeni”, de 2020, sendo esse o primeiro deles todo feito em letão.
O fotógrafo Ross Halfin escreveu em sua conta oficial no Facebook para informar que finalizou seu novo livro, que é dedicado ao lendário guitarrista Randy Rhoads (Ozzy Osbourne, Quiet Riot).
“Finalizei hoje”, disse Ross. “O meu novo livro sobre o Randy Rhoads será lançado em breve via Rufus Books”, revelou o fotógrafo. “Eu vasculhei todos os meus arquivos para trazer fotos inéditas, com isso eu espero que seja uma boa surpresa para vocês”, finalizou.
Randy Rhoads ganhou fama mundial e notória ao demostrar com maestria a sua técnica impecável, e assim demonstrar os belos trabalhos realizados no Blizzard of Ozz (Ozzy Osbourne, no ano de 1980) e Diary of a Madman (Ozzy Osbourne, 1981). No entanto, a trajetória do músico foi bruscamente interrompida por um acidente aéreo, que ocorreu no dia 19 de março de 1982. No dia anterior a essa terrível tragédia, a banda de Ozzy havia tocado no Civic Coliseum em Knoxville, Tennessee (EUA), e dali iriam para Orlando (Florida), onde iriam tocar no “Rock Super Bowl XIV” com as bandas Foreigner, Bryan Adams e UFO, o show do dia 20 de março de 1982,foi cancelado por esse motivo e os ingressos devolvidos.
Em março do ano passado, o Ghost finalizou a turnê A Pale Tour Named Death no México, com um show no Palacio de los Deportes. No final do set, o frontman Tobias Forge fechou o ciclo do álbum Prequelle se despedindo do personagem Cadinal Copia e apresentando o Papa Emeritus IV.
Agora, um vídeo dessa apresentação foi disponibilizada no YouTube da banda para ilustrar a canção “Life Eternal”, a última faixa do disco Prequelle. Assista o vídeo abaixo.
Papa Emeritus IV irá liderar a nova fase do grupo que deve lançar o próximo disco de estúdio esse ano. Cardinal Copia foi a persona de Tobias Forge desde 2018, com o lançamento de Prequelle.
Em 2020, a banda havia informado que Lars-Göran Petrov, havia iniciado tratamento de quimioterapia contra o câncerO vocalista Lars-Göran Petrov do Entombed (que em 2013 passou a se chamar Entombed A.D., porém sem o guitarrista Alex Hellid) morreu na manhã desta segunda, 08, aos 49 anos de idade.
O anúncio do falecimento foi feito pelo Facebook da banda que diz:
“Estamos devastados em anunciar que o nosso amado amigo Lars-Göran Petrov nos deixou.
Nosso irmão, líder, vocalista, nosso Chief Rebel Angel deu sua última cavalgada ontem. É com profunda tristeza que temos que anunciar que ele nos deixou. Ele era (é!!!) um amigo incrível, e uma pessoa que tocou tantas pessoas. Ele mudou tantas vidas com sua voz, sua música, seu caráter e sua personalidade única. O sorriso do LG é algo que vamos carregar para sempre em nossos corações. Em uma entrevista, quando lhe foi perguntado o que ele gostaría de ter escrito em sua sepultura e qual seria o seu legado, ele disse ‘Eu nunca vou morrer, nunca irá morrer’. E você não morreu. Você viverá para sempre em nossos corações.
Olá, Renato Gimenez por aqui. O início do Vazio foi em 2015, eu e o Daniel tocávamos no Social Chaos, e decidimos montar um projeto voltado a música extrema, e então surgiu o Profecia Vazia, que logo mudou de integrantes e de temática e junto com meu velho amigo Loukas no baixo gravamos o primeiro EP que saiu em 2016.
2) VOCêS VIERAM DO SOCIAL CHAOS COMO FOI ESSE PERIODO COM A BANDA?
Foi de muita produção e aprendizado também, entrei em 2011, junto com o Daniel e gravamos o disco “Dia do Óbito”, no mesmo ano fomos pra Europa divulgar o trabalho e fizemos mais de 70 shows. Após esse período gravamos mais diversos splits, material pro tributo ao Napalm Death, pro tributo ao Ratos de Porão e o último full “Enquanto Desus Empoeiram Dentro de Você”.
3) COMO FOI A PRODUÇÃO E GRAVAÇÃO DO"Eterno Aeon Obscuro"?
Levou dois anos para termos as músicas arranjadas, isso leva mais tempo para a gente do que a engenharia de estúdio, pois hoje contamos com o Eric Cavalcante nas guitarras e também na produção. Ele foi meu professor em um curso de áudio no Instituto Souza Lima e algum tempo depois entrou no Vazio. Tendo dois engenheiros de som na banda ajuda muito para chegarmos mais rápido ao resultado desejado. A entrada do Nilson no baixo também trouxe uma abordagem mais técnica e criativa,
4) QUAL O CONCEITO DAS LETRAS DO VAZIO?
O Vazio trabalha a egrégora do sagrado culto brasileiro aos mortos, junto a isso vários outros temas se somam, como os conceitos anti-cósmicos da Cabala Draconiana, os conhecimentos xamânicos/indígenas. Minha vivência no caminho da espiritualidade traz as chaves que são os temas das músicas. Todas tem uma ligação e nada é por acaso.
5) PORQUE A BANDA OPTOU EM CANTAR EM PORTUGUES?
Pela necessidade de comunicar a verdadeira vontade. O diferencial de quando você utiliza o português fica claro num processo espiritual e é isso que trazemos para o black metal extremo e ocultista. Não apenas música rápida e sinistra, mas uma imersão nas sombras. As línguas nativas proporciona maior conexão com os mortos nativos e é essa a chave. Isso também é um diferencial na cena atual, onde a maioria prefere escrever num inglês sofrível do que se relacionar com a escrita em português. Domino outras línguas mas o caminho do Vazio é em português.
6)QUAL SIGNIFICADO DO NOME VAZIO?
Vazio tem várias interpretações, cada um por ter a sua. O abismo é pessoal, mas podemos abrir suas manifestações para o campo quântico da anti-matéria cósmica ou dentro da espiritualidade, podem ser os reinos da inversão da criação.
Como disse acima, o tema gera diversos olhares mas todos são o mesmo, a ausência. O Vazio não deseja ser completado, mas é uma manifestação do caos.
7) A BANDA TEM DIVERSOS CLIPS COM UMA BELA PRODUÇÃO?QUAL A IMPORTÂNCIA PARA A BANDA EM PRODUZIR ESSE CONTEUDO?
Nós decidimos trabalhar firme no Vazio e fazer vídeos com qualidade faz arte dessa rotina artística. Gostamos muito de áudio-visual e tentamos trazer linguagens que amarrem com o som e as letras. Nosso último vídeo foi para a faixa título do disco “Eterno Aeon Obscuro” e realizei o roteiro e performances durante a pandemia, junto a parceiros que trabalharam para trazer a arte mortuária num vídeo clip com características de performances artística sombrias, diferente dos clips de bandas que mostram músicos tocando e etc. Foi uma experimentação nesse caminho, esó por curiosidade de quem se interessar o clip foi feito sobre referências de clips como “What the hell have I?” do Alice in Chains e “Where are we now” do David Bowie entre outros artistias como Skinny Puppy e Alien Sex Fiend. Olhar para outros artistas fora do black metal também soma muito dentro da arte do Vazio, não queremos nos limitar a nada. A arte é para libertar e não para aprisionar, ou seja mesmo estando dentro do Black Metal, nosso trabalho tende a conter influências de correntes sinistras diversas.
8)ESTAMOS VIVENDO UM MOMENTO CAÓTICO ,COMO A BANDA ENXERGA ESSA NOVA REALIDADE?
Seguimos compondo e trabalhando forte nos próximos materiais do Vazio, que serão um DVD-CD com o Vulcano, fruto de um show no Sesc Pompeia que fizemos juntos e também um Split CD com os mexicanos do Skid Raid, apenas com material inédito que estamos finalizando nesse momento. Seguimos vendendo nosso material pela internet e processando as mudanças na sociedade e no lixo que é a política brasileira.
Aguardamos o momento em que voltaremos aos palcos e a fazer tours, que sinceramente é a coisa mais satisfatória de ser ter uma banda, é você poder tocar para pessoas diferentes e conhecer outros lugares. Disseminar teu trabalho artístico para aqueles que tiverem interesse, nas esferas da música extrema e do ocultismo. Mas no momento nosso trabalho se resume ao estúdio.
9)QUAIS SÃO AS INFLUÊNCIAS DA BANDA?
O que gostamos mesmo é de extremismo de blast beats como Marduk, Gorgoroth, com as invenções do Rotting Christ, Zemial, Satyricon, Samael, as melodias decadentes do Unanimated, Watain, Dissection, curto muito as experimentações do Dodheimsgard e Thorns e a nova cena da Islândia que piro muito tipo o Myspirming, o Almyrkvi, o Sinmara entre muitras outras bandas de diversos outros estilos musicais que fogem do campo do metal extremo, mas ao compor se encaixam na nossa temárica.
10) COMO SÃO FEITAS AS COMPOSIÇÕES DA BANDA?
Sempre estou trabalhando em alguma música nova, como se sempre tivesse uma voz me dizendo para seguir em determinado caminho. Uso das inspirações músicais e da técnica para alcançar o resultado como algumas progressões de riffs. Assim eu gravo as guitarras e mando pro pessoal ouvir. Quando a gente podia ensaiar mais antes da pandemia, a gente se reunia no nosso estúdio e ia tocando esses riffs e todos opinavam sobre os arranjos, mas o grosso do trabalho eu já deixo arquitetado. Assim tem sido fieta a maioria do material do Vazio.
11) COMO A BANDA VÊ A CENA BLACK METAL NO BRAZIL?
Vejo hoje em dia com o fechamento das casas de shows como um período de reconstrução. Eu toco em bandas no underground a 25 anos e sei bem com funciona a cena de São Paulo. Existem aqueles que querem somar e fazer coisas acontecerem e aqueles que querem criticar negativamente, por inveja, competição e outras coisas que só trazem atraso para a cena.
Tentamos sempre caminhar junto com aqueles que apoiam o caminho do Vazio, seja no comprando nosso material, mandando uma palavra de inventivo ou resenhando nossos discos em zines. Galera tem que valorizar mais os guerreiros dos selos, das lojas, os fotógrafos, jornalistas, os técnicos de som assim como os fans. Todos esses pontos são importantes quando se trata de ter uma carreira musical sólida de uma banda que se leva a sério como o Vazio.
Cena é algo que deveria ser mais auto-sustentável financeiramente, não vejo isso acontecendo muito devido aos fatores que apontei acima. Tem gente que se acha demais e faz de menos. Isso acontece. Mas vamos seguir o nosso caminho que é o caminho da arte mortuária em forma de música extrema real. Queremos entregar material de qualidade aos fans que nos apoiam. E para aqueles que contestam a veracidade do nosso trabalho lhes entrego o desprezo. Pois foi o próprio inferno que me concebeu as chaves que hoje estão na arte do Vazio. Em rituais, me foi revelado pelos grandes mortos, o reconhecimento e a benção ao nosso trabalho, tendo isso, todos os caminhos estarão abertos, dependendo apenas e exclusivamente do nosso empenho e dedicação ao Vazio e a toda espiritualidade que nos cerca.
12)QUAL O FUTURO DO VAZIO?
Seguir compondo e tocando até onde minha saúde permitir.
Temos diversos lançamentos agendados como disse acima, com o Vulcano e com os mexicanos do Skid Raid. Paralelamente a esses materiais que já estão prontos, sigo compondo o novo material para nosso segundo full álbum.
13) DEIXE UMA MENSAGEM AOS FÃS DA BANDA?
Criaturas do underground, vocês são importantes para que haja uma evolução na cena underground desse país maldito, então compre materiais, divulgue zines, camisetas de bandas independentes e faça a roda girar, pois tá foda pra todo mundo. Eu trabalho com produção musical a 16 anos dentro de estúdio , morei e trampei no Caffeine Studio (RIP) e agora no novo Estúdio Sinfonia de Cães, e vi o estrago que a pandemia fez no rolê. Casas de shows fechando e todo mundo sem grana. Então só com apoio, garra e maturidade essa cena pode voltar a ser incendiada novamente por lançamentos e apresentações musicais constantes como um dia já foi. Estamos numa fase de reconstrução, e muitos já desistiram, mas não é o nosso caso. O Vazio segue forte.