Conversamos com o guitarrista Michael Paget sobre os primórdios do grupo e a nova fase que inicia amanhã, 29
Os galeses do Bullet For My Valentine iniciaram sua carreira como muitas outras bandas. Com um grande repertório de músicas covers, o grupo se apresentava em todos os pubs e casas de shows que cediam um espaço. “Eventualmente gravamos uma demo e pessoas começaram a ir aos nossos shows”, conta Michael Paget , “Depois nós assinamos com uma gravadora e desde então tudo tem sido uma louca jornada”.
A banda está prestes a lançar o aguardado Gravity, sexto disco de estúdio da carreira, e o guitarrista revelou que a sonoridade será um pouco diferente daquilo que estamos acostumados a ouvir deles: “Esse álbum não será tão metal, mas queremos conversar com um público maior para que possamos conquistar novos fãs enquanto apresentamos novas coisas aos fãs mais antigos.”
Paget confessa que a banda ainda está buscando conquistar um espaço maior na cena musical, “Esse álbum foi escrito para os granes palcos”, ele diz, “Estamos sempre querendo melhorar e crescer com a nossa carreira”. Com 20 anos de estrada, a banda ainda sonha alto e tem todas as intenções de continuar crescendo, “Somos muito gratos por tudo o que já conquistamos e por tudo aquilo que ainda vamos conquistar”.
Otimista, Paget acredita que o futuro do metal está nas mãos de bandas como o Bullet For My Valentine, “O Metallica está firme e forte, o Guns N’ Roses voltou, essas bandas grandes ainda estão por aqui, ainda estão trabalhando, mas eventualmente elas precisarão parar porque infelizmente ninguém fica por aqui para sempre. E então bandas como nós vão precisar levar o metal para frente e depois deixaremos para as novas bandas que estão por vir. Será interessante, apesar de triste. O legado que essas bandas deixarão é o que nos inpirou a ser o que somos hoje.”
E o guitarrista tem razão, o legado dessas bandas irão viver por gerações e gerações, mas quem carregará a tocha do metal quando elas não estiverem mais por aqui? As novas bandas. Nomes como Bullet For My Valentine, Godsmack, Avenged Sevenfold, Five Finger Death Puch, entre vários outros, serão os responsáveis por honrarem e levarem em frente a música criada pelas grandes bandas.
“Quando eu estava crescendo, ouvíamos coisas pesadas como Pantera, Metallica, Machine Head, e agora temos vários subgêneros que se criaram, deixando o metal mais eclético. O metal não tem o mesmo significado para todo mundo. Mas está aqui e ainda é grande. É muito legal saber que o metal é imortal.”
Apaixonado pelos fãs e pela música que faz, Paget diz que guarda boas memórias dos lugares que já visitou, como Brasil. A última vez em que o grupo esteve em terras tupiniquins foi em 2016 quando se apresentaram no Maximus Festival ao lado de Halestorm, Hellyeah, Shinedown, Rammstein e Marilyn Manson. “Os fãs brasileiros são muito pacientes e nós sabemos que eles nos esperam, mas voltaremos logo para lá. Assim que pudermos. O mundo parece pequeno quando estamos em turnê, porém demora um tempo para conseguir ir a todos os lugares. Mas irá acontecer, só não sei dizer quando.”
Gravity será lançado nesta sexta-feira, 29, e até lá você pode ouvir as faixas já divulgadas, “Over It”, “Piece Of Me” e “Letting You Go” na nossa playlist abaixo.O novo trabalho marca o primeiro lançamento da banda com o baterista Jason Bowld
O Bullet For My Valentine lançou nesta sexta-feira, 29, o sexto disco de estúdio da carreira. Gravity traz onze faixas, incluindo os singles já lançados “Over It”, “Piece Of Me” e “Letting You Go”.
Ao falar sobre o trabalho, o vocalista e guitarrista Matt Tuck revelou que o trabalho marca uma fase diferente para o grupo: “Tenho pensado muito sobre a palavra ‘contemporâneo’, e eu sinto que esse é um disco contemporâneo. Não é uma coisa da velha escola”.
“Esse álbum não é tão metal, mas queremos conversar com um público maior para que possamos conquistar novos fãs enquanto apresentamos novas coisas aos fãs mais antigos”, contou o guitarrista Michael Paget em uma
entrevista exclusiva ao Wikimetal.
Gravity sucede Venom (2015) e marca a estreia do baterista Jason Bowld que substituiu Michael “Moose” Thomas em 2016. Ouça o disco na íntegra logo abaixo.
https://open.spotify.com/album/28sCbClwbAhHN6ovutizQg