quinta-feira, 19 de outubro de 2017
VULCANO gravará novamente álbum ao vivo em Americana
Após 32 anos, uma parceria que marcou a história do rock pesado nacional e do interior se repete. Em 1985, a convite de Wilton Christiano, proprietário da loja Heavy Metal Rock, a banda santista Vulcano veio a Americana para fazer show na Praça de Esporte Luiz Meneghel. Na ocasião, o grupo gravou o seu primeiro álbum ao vivo, “Vulcano Live”, o primeiro registro ao vivo de heavy metal nacional.
Neste sábado, o Vulcano volta a região, desta vez para tocar no NoCanto Bar, na vizinha Nova Odessa (Saiba mais do evento clicando AQUI), e fazer show que será gravado e lançado como seu próximo álbum, pelo selo Heavy Metal Records, de Christiano. A apresentação ocorre a partir das 22h, em evento que visa celebrar 34 anos do estabelecimento que “respira” rock em Americana. A noite ainda conta com shows dos grupos Pop Javali e Circle of Infinity, e discotecagem de DJ Flavião.
Christiano recorda que o show de 1985 foi o último que ele realizou na região, devido às dificuldades que surgiam durante as produções. “Naquela época era tudo complicado, tudo muito trabalhoso, e sem contar que era tudo muito caro. Eu só tomava prejuízo!”.
O amor pelo rock sempre “tocou” mais alto na sua vida. Além de organizar o evento, colecionar discos, e ser proprietário da única loja de artigos rock’n’roll de Americana, ele é responsável pelo selo Heavy Metal Records, que realiza lançamentos de álbuns há três décadas, e pela primeira vez terá a oportunidade de lançar um trabalho do Vulcano. “O rock foi uma coisa boa na minha vida. Desde pequeno, aos 10 anos, comecei a curtir o som. Fui ‘pegando’ o gosto por isso e no fim virou minha profissão”, comemora.Foto: Marcelo Rocha / O LiberalO produtor Wilton Christiano traz a banda Vulcano de volta para a região
Para o guitarrista Zhema, do Vulcano, tanto o show de 1985 quanto o reencontro com Christiano são marcos na carreira da banda, que está em atividade desde o início da década de 1980. “Naquela época, acreditava-se que só havia cena de metal na capital paulista. O Vulcano é de Santos e tinha uma grande dificuldade de entrar nesta cena”, lembra o músico.
O guitarrista lembra que o evento provocou uma “invasão” de roqueiros na região. “Observávamos pessoas chegando sempre em grupos e intervalos distintos, todos de preto, com cintos de metal e pulseiras. Então deduzimos que aquilo se dava em virtude dos horários de chegada dos trens da Estação de Americana. Haviam pessoas de diversas cidades!”.
A expectativa da banda para o show desta sexta-feira é alta, revela Zhema. “Estamos retornando para fazer o mesmo que foi feito quando éramos todos jovens e o metal extremo estava nascendo no País”, observa. “A fase de nossa adolescência é uma das melhores da vida, e, com certeza, muitos ‘quarentões’ e ‘cinquentões’ esperam por reviver essa emoção. E nada mais justo que tentar repeti-la 32 anos depois”, completa.
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