sábado, 18 de março de 2017
Review: Aversions Crown – Xenocide
Quase caí, literalmente, da cadeira quando soube que o novo álbum da banda australiana Aversions Crown seria lançado no Brasil! Como sou grande amante do Deathcore, os acompanho desde 2011, quando lançaram o incrível “Servitude”, já demonstrando um enorme potencial no cenário mundial. A temática do grupo formado por Mark Poida (vocais), Chris Cougan (guitarras), Jayden Mason (bateria), Kevin Butler (guitarras) e Steve (baixo), sempre foi voltada para a ficção científica, mais precisamente para os alienígenas – assunto que sempre me fascinou particularmente. O que antes soava mais genérico e morno, agora toma novos rumos, ganhando uma nova roupagem, canalizando toda a fúria espacial em um Death Metal nervoso, cheio de blast beats, paradinhas mortais e uma atmosfera poucas vezes vista dentro do estilo. Sem brincadeiras, esse é um dos discos mais brutais e impactantes que já ouvi na vida! A construção das músicas está linda demais, aliando passagens viajantes com um peso absurdo das “milhares” de cordas que usam nas guitarras. A velocidade e técnica do baterista certamente não são desse mundo. O novo vocalista deu uma cara nova ao som, trazendo uma fúria descomunal, misturando vocais urrados, esgoelados, guturais, rasgados, enfim, uma soma dos melhores vocalistas extremos da atualidade. Pra quem não conhece o Aversions Crown, eu diria que fica entre o Born Of Osiris, Suicide Silence e Meshuggah, mas sem soar como nenhuma delas. A maravilhosa arte da capa já impressiona e agrega mais valor ao produto final, a temática ajuda bastante ao encantar o ouvinte e a qualidade sonora é a cereja do bolo que finaliza essa perfeita receita de sucesso. A única coisa que me incomodou no disco foi a forma com que as músicas começam e terminam, a transição das faixas ao longo da audição soam estranhas, acabam abruptamente, às vezes usando a péssima técnica de fade in e fade out. Todas as músicas são insanamente incríveis, mas destaco as cavalares “Ophiophagy” e “Cynical Entity”. Não interessa mais o que será lançado em 2017, já tenho o Aversions Crown garantido na minha lista de melhores da década.
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