sexta-feira, 11 de novembro de 2016
João Gordo: culpado pelo show horrível do Nirvana no Brasil
Em mais um trecho de sua biografia "Viva La Vida Tosca!", escrita com a ajuda do jornalista André Barcinski, João Gordo, do Ratos de Porão, conta que se sente culpado pelo show horrível que o Nirvana fez no Brasil em 1993:
"O show do Nirvana no Morumbi foi uma bosta. Muita gente, inclusive a banda, achou que aquela foi uma das piores apresentações da carreira do Nirvana. E acho que boa parte disso é culpa minha. Falei tão mal do festival que os caras entraram pra zoar tudo. Antes de eles subirem no palco, o Krist Novoselic me deu um papel com um manifesto e pediu pra eu ler no microfone. Eu tinha bebido tanto e fumado tanta maconha que tava com a boca na nuca, não conseguia nem falar. Eu olhava pro papel e só via um borrão. Mesmo assim falei umas groselhas lá e anunciei a banda. Mas o show foi horrível, cem mil pessoas em silêncio. Parecia um ensaio ruim."
E ele conta pra revista Trip que aquela foi uma noite muito, muito longa:
"Foi todo mundo. Meu amigo Renato Gordinho, veterano da cena punk em São Paulo, tinha um Corcel 2 azul-claro, todo batido, e no carro fomos eu e o Renato na frente, mais o Kurt, a Courtney, o Flea, do Chili Peppers, e a baterista do Hole espremidos atrás. No carro da Alê, um Golzinho, ela levou metade do L7 e uma pá de roadies."
"Nós ficamos no maior ratatá monstro, só na farinha, e o DJ da casa, o Aldo, começou a tocar anos 1960. Eles adoraram. Lembro como se fosse hoje: eu e a Courtney dançando o passo do submarino, aquele do B-52s em que as meninas tampavam o nariz com uma mão e desciam até o chão, ouvindo Taxman, dos Beatles. Uma hora, eu tava dançando com ela, de olhos fechados, e um filho da puta pulou nas minhas costas e ficou pendurado no meu pescoço. Comecei a girar feito um carrossel, até que percebi que era o Kurt! Ele tava feliz da vida, rindo que nem criança."
Leia a matéria completa no link abaixo:
http://revistatrip.uol.com.br/trip/biografia-de-joao-gordo-a...
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